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O CONFLITO NOS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

 

07/10/2009

Autor e Coautor(es)
Fátima Rezende Naves Dias
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Gláucia Costa Abdala Diniz; Marta Regina Alves Pereira; Liliane dos Guimarães Alvim Nunes; Lucianna Ribeiro de Lima

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

1. Reconhecer os conflitos como um fenômeno inerente às relações humanas e que podem contribuir para a aprendizagem da convivência.
2. Identificar experiências de vida em que os conflitos estiveram presentes e as conseqüências favoráveis ou prejudiciais para as relações.
3. Perceber que as diferenças individuais podem enriquecer as relações entre as pessoas.

Duração das atividades
Aula de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
- Não são necessários conhecimentos prévios.
Estratégias e recursos da aula
                   

Comentários para o professor:
Caro professor, nesta aula vamos abordar o tema do conflito a partir de uma história que possibilita o pensar sobre esta questão. Nosso propósito é sensibilizar os alunos para reconhecer, nos conflitos, a possibilidade de desenvolver como seres humanos; de aprender a relacionar com os outros, apesar das diferenças. Nesse sentido, pretendemos desconstruir a idéia de que todo conflito é nocivo, um mal a ser eliminado. O conflito é universal, um fenômeno inerente à vida psíquica e à natureza social do homem.

Momentos da aula:

1° Momento: O professor inicia a aula convidando os alunos a buscar uma posição confortável para ouvir a história que será lida em voz alta:

Sim! Mas que seja rainha

Houve há muitos, muitíssimos séculos, nos tempos felizes dos cavaleiros de capa e espada, uma cidade muito famosa. Estava construída no fundo de um vale e, como seus habitantes eram homens corajosos e trabalhadores, em pouco tempo a cidade se expandiu enormemente. Os viajantes a enxergavam de longe e ficavam deslumbrados com o brilho dos seus mármores e dos seus bronzes. Era uma cidade muito rica, onde todos viviam em paz.
Porém, num dia não muito bom, seus habitantes resolveram escolher um rei. As trombetas dos arautos reuniram a todos diante do palácio da cidade. Não faltou ninguém. Pobres e ricos, jovens e velhos observavam-se e faziam comentários em voz baixa.
Quando o toque longo e estridente de um clarim de prata conseguiu impor silêncio à multidão, avançou um personagem baixinho, bem gordo e muito bem vestido. Era o homem mais rico da cidade. Ergueu a mão cheia de anéis e disse:
- Cidadãos! Somos já imensamente ricos. O dinheiro não nos faz falta. O nosso rei deverá ser um homem nobre, um conde, um marquês, um príncipe, para que todos o respeitem pela sua elevada estirpe.
- Nããããão! Fora! Cale-se! – gritaram os pobres. – Queremos para rei um homem rico e generoso, que ajude nas nossas necessidades.
Ao mesmo tempo, os soldados ergueram aos ombros um gigantão de enorme estatura e gritaram, agitando no ar as suas espadas:
- Este será o nosso rei! O mais valente!
Ninguém se entendia ali. Ouviam-se gritos, ameaças, aplausos, o bater das armas dos guerreiros. Aquilo ameaçava converter-se em uma guerra.
Soou de novo o clarim. Pouco a pouco foi se calando a multidão e um velho, calmo e prudente, aconselhou, dizendo:
- Amigos, não cometam a loucura de se baterem por um rei que não existe. Procurem uma criança inocente e que ela escolha o rei entre nós.
Trouxeram a criança e, na presença de todo o povo, perguntou-lhe o ancião:
- Quem você quer que seja o rei desta cidade tão grande?
O pequeno passeou os olhos por todos, mordeu a unha do polegar e respondeu:
- Os reis são muito feios. Eu não quero um rei. Quero que seja uma rainha: a minha mãe.

2º Momento: Ao término da leitura, o professor pergunta se os alunos gostaram da história, a parte de que mais gostaram, do que não gostaram. Em seguida, propõe algumas questões para os alunos refletirem e dizerem o que pensam: Na história que vocês acabaram de ouvir, a escolha de um rei quase se converteu em uma guerra. Na opinião de vocês, situações de escolha podem trazer conflitos para as relações? Vocês já viveram experiências semelhantes a esta? Como se sentiram? Vocês identificam outras situações em que os conflitos ocorrem em suas vidas? O que acontece quando pensamos e manifestamos desejos e opiniões diferentes dos de outras pessoas? E quando agimos de forma muito diferente dos outros? Temos conflitos em casa, com a nossa família? Em quais situações? Temos conflitos n a escola, nos nossos grupos de convivência? Que estratégias temos utilizado para lidar com os conflitos? O conflito é sempre ruim? Ele pode contribuir para a convivência grupal? De que forma?

3° Momento: O professor divide a lousa em duas partes. De um lado coloca a seguinte questão: Em que situações o conflito prejudica as pessoas e as relações? Do outro lado da lousa, a outra questão: Quando é que o conflito possibilita o nosso desenvolvimento, o nosso crescimento pessoal?

Os alunos, juntamente com o professor, deverão responder a estas questões, buscando elementos na história, nas reflexões e debates realizados. O professor faz o registro das respostas na lousa. Após esse momento, o professor sintetiza as idéias do grupo, destacando a importância de reconhecer que os conflitos estão presentes na convivência com os outros e de que precisamos buscar formas criativas de lidar com eles na perspectiva de negociação das idéias, solidariedade e respeito à diversidade humana.

Recursos Complementares

Referência Bibliográfica:
FRANCIA, A. Educar com Fábulas. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2000, p.161-163.

 

Sugestão de leitura complementar para o professor:
DEVRIES, R.; ZAN, B. O Conflito e sua resolução. In: _______ A Ética na Educação Infantil: o ambiente sócio-moral na escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. Cap.5.

Avaliação

A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica. Ao professor cabe perceber como tem lidado com os conflitos em sua vida pessoal e nas relações com os seus pares e com os alunos.

Auto-avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e grupal nos momentos de discussão.

Avaliação dos alunos pelo professor: Envolvimento e participação dos alunos nos debates e no relato de experiências. Respeito aos momentos de fala e escuta e às opiniões dos colegas.

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