Compreender que para cooperar é preciso aproximar-se, principalmente uns dos outros e da gente mesmo.

Analisar a importância da cooperação para o desenvolvimento da cidadania.

- Definição de esporte e jogo.

- Jogos cooperativos.

- Jogos competitivos.

Podemos dizer que o jogo é diferente do esporte devido ao seu lado lúdico, pois este é praticado de maneira voluntária, podendo ser modificado a qualquer tempo, interrompido a qualquer instante. No jogo regras podem ser informais, ou seja, este tem como principal característica a liberdade e o prazer.

Vamos lembrar dos jogos de criança em que todos brincávamos e não preocupávamos com quem venceria, mais valia a brincadeira

O que tem levado as pessoas a competirem e não se preocuparem com o próximo?

Como podemos reverter a competitividade entre as pessoas?

A principal característica do jogo cooperativo é a sua forma de participação. As atividades tem o objetivo de proporcionar diversão, sem a preocupação da competição, o foco é a ajuda ao próximo.

Educação Pública. http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao_fisica/img/0006.jpg acessada em 09/09/2009.

Atividade 1 - Pessoa para Pessoa

• Reúna toda a turma na quadra ou num espaço amplo da escola.
• O professor em voz alta, explica como as ações devem ser realizadas, ou seja, combina com a turma as regras a serem seguidas. O objetivo é que a turma siga os comando do professor e reconheça as partes do seu corpo e dos colegas.
• Peça para que todos explorem suas possibilidades de movimentar-se de maneiras variadas pelo espaço disponível (passos largos, saltitando, rastejando, etc).
• Depois de alguns minutos, e com auxílio de uma música, o professor ao parar o som deverá dizer outro comando  em voz alta: duas partes do corpo (mão no joelho, dedo na orelha, cotovelo no ombro, etc), reinicia-se a música...
• A este estímulo, todos deverão formar duplas e tocar, um no outro, as partes do corpo faladas pelo professor.
• Quando todos estiverem em duplas e tocando as partes faladas, o professor reinicia o processo propondo uma caminhada livre e criativa.
• Após algumas combinações, que devem variar, o professor pode dizer em voz alta o nome do jogo: "pessoa para pessoa".
• Nesse momento, todos (inclusive o professor) devem formar uma nova dupla e abraçar um ao outro, para garantir o encontro.
• A atividade segue ao som de uma música.

Word Press. http://camicasseb.files.wordpress.com/2009/02/6382_1174003077 .jpg acessada em 0 9/09/2009.

• Com a entrada do professor diretamente no jogo, poderá haver um desequilíbrio numérico: alguém poderá ficar sem par. O que fazer? Uma possibilidade é trabalhar em duplas, trios, quartetos ou conforme o grupo sugerir, desde que não fique ninguém de fora. Outra sugestão é que aquele que não tiver par assuma por alguns instantes o lugar do professor, reiniciando o jogo, ao invés de ser excluído do jogo. (Fábio Otuzi Brotto. Jogos Cooperativos, 2002, p. 131-132).

Converse com seus alunos:

• Quais dificuldades for am encontradas ao long o da atividade?
• Estas dificuldades foram solucionadas? Como?
• A maioria de nós tem dificuldades para tocar nas pessoas. Isso aconteceu? Por que?
• Como o grupo ajudou aos mais tímidos participarem da brincadeira?

Atividade 2 - Barco Cooperativo

Porto Rizzo. http://www.portorizzo.com.br/loja/config/imagens_conteudo/produtos/im agensGRD/GRD_barco-eva .jpg acessada em 0 9/09/2009

• Para realizar esta atividade iremos precisar de canetas coloridas, papéis, vendas e algo para imobilizar os membros superiores dos alunos.
• Inicialmente divida sua turma em grupos de 5 alunos, que deverão posicionar-se sentados no chão. Caso alguém fique sem grupo deverá auxiliar o professor.
• A tarefa é simples: desenhar um barco num tempo de 5 minutos.
• Cada aluno fará uma ação de cada vez, passando em seguida o desenho para outro colega e assim por diante.
  • Regras 1: Cada um, na sua vez, poderá fazer apenas um traço no papel, até que o desenho esteja concluído ou o tempo tenha acabado. Simples, não é?
  • Regras 2: Além de poder fazer um traço por vez, os participantes também deverão ter as seguintes características individuais:
    • o aluno 1 é cego e só tem o braço direito;
    • o aluno 2 é cego e só tem o braço esquerdo;
    • o aluno 3 é cego e surdo;
    • o aluno 4 é cego e mudo
    • o participante 5 não tem braços.

Atenção!

1. Para desempenhar estes papéis, o professor pede que os grupos escolham quem será 1, 2, 3, 4 e 5, entregando as vendas para os olhos e tiras de pano para amarrar os braços de quem for escolhido como número 5.

2. Quando os grupos estiverem prontos, o professor iniciará a contagem do tempo, deixando que os grupos façam a atividade sem interrupção, permanecendo em silêncio até que o tempo acabe.

3. Todas as dúvidas que surgirem devem ser esclarecidas pelo próprio grupo e poderão ser retomadas posteriormente em discussão com o grande grupo.

4. Após o jogo, cada grupo deverá apontar quais foram as dificuldades encontradas, o desafios superados e as formas de cooperação colocadas em prática.

DICA: Inicialmente, podemos fazer a atividade sem que ninguém represente os papéis propostos com as necessidades especiais apresentadas. Depois de se familiarizar com atividade, num segundo momento, daí sim seria interessante distribuir os papéis que cada um deverá desempenhar. (Ana Paula Perón. Revista dos Jogos Cooperativos, ed.3/2003, p.21).

O jogo cooperativo favorece a promoção da a uto-estima e a potencialização de valores e atitudes que melhoram o desenvolvimento da sociedade, tais como a solidariedade, confiança e o respeito mútuo.

Nos jogos cooperativos cada um representa, com suas características, uma força que contribui para que todos se sintam contemplados com o resultado final.

Estimule os alunos para escreverem suas sensações durante a atividade no seu caderno.

Solidariedade [Visões do esporte]

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O vídeo relaciona o esporte à solidariedade entre os companheiros de equipe. O jogo é um ato coletivo: um por todos e todos por um.

Através do jogo floresce a solidariedade entre os participantes, a mais nobre virtude humana,  feliz do homem que faz do jogo esportivo um exercício de vida, de convivência, de fraternidade, sentimento que na vitória como na derrota o aproxima de seus companheiros e de Deus.

Peça aos alunos que entrevistem colegas de sua escola perguntando-lhes as seguintes questões:

• Existe competitividade nas aulas de Educação Física?
• E nas demais disciplinas, a competição também existe? Como podemos perceber isto no cotidiano da sala de aula?
• Se a competição ocorre, ele é motivada por alunos ou professores e colegas?
• A escola é um local apropriado para que ocorra competição de qualquer natureza entre colegas?
• Pode haver um tipo de competição onde o resultado não seja vencedor e perdedor?
• Quais as propostas da turma?

Reflita sobre as questões acima, tire suas conclusões e faça os apontamentos em seu caderno sobre o tema.

O professor deverá retomar em debate para observar os conceitos formados pelos alunos sobre a importância dos jogos cooperativos dentro das aulas de Educação Física e nas demais atividades da escola.

PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO. JOGOS COOPERATIVOS COMO INCLUSÃO SOCIAL NA ESCOLA. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/59-4.pdf acessado em 12/09/2009. Artigo do Prof. Deleusis Mari Marques Ferreira sobre a importância dos Jogos Cooperativos, com várias sugestões de atividades práticas.

REVISTA JOGOS COOPERATIVOS. Exemplos de Jogos Cooperativos. Disponível em: http://www.jogoscooperativos.com.br/jogos.htm acessada em 14/09/2009. Estão disponibilizadaos alguns dos jogos contidos nas edições da Revista Jogos Cooperativos.

Será realizada no momento da prática das atividades através da participação podendo-se observar o nível de cooperação de cada um durante os jogos propostos, através de uma ficha de observação, das anotações dos alunos e de sua proposta de prática social final.