O aluno deverá ser capaz de perceber os movimentos que os objetos podem realizar no espaço  e desenvolver as habilidades para ocupar este  espaço com formas que podem ser impulsionadas pelo ar, de uma forma equilibrada, criando um móbile em grupo. Para tal, ele deve ser motivado a utilizar materiais reciclados, desenvolvendo paralelamente, a noção de aproveitamento de materiais diversos na arte, bem como a consciência ecológica.

O professor deve apresentar aos alunos, algumas obras do artista Calder para que estes entrem em contato com a dimensão e importância do movimento na expressão artística.

O professor poderá incentivar os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental a pesquisarem préviamente em livros, revistas ou na internet, o que seria um móbile, sugerindo que eles descrevam um conceito, relatem o nome de um artista e colem uma imagem representativa em sua pesquisa, antes de ingressar no tema da aula, despertando a curiosidade dos alunos acerca da temática proposta.

Seria interessante que o professor já tenha trabalhado com os alunos, a tridimensionalidade, as noções de volume, superfície, espaço e já tenha abordado conteúdos sobre esculturas. Como sugestão a aula "Tridimensionalidade - superfícies que se encaixam", disponível neste portal, poderia ser utilizada como pré-requisito para o desenvolvimento desta aula.

Aula 01: Introdução ao tema  e apresentação do artista Alexander Calder

• O professor deverá dialogar com os alunos a respeito da pesquisa sugerida sobre móbiles, para que eles externem em sala de aula quais foram os conceitos encontrados, quais os artistas e tipos de imagens escolhidas por eles. Após este primeiro momento de sensibilização ao tema, o professor iniciará suas abordagens sobre o termo “móbile” no âmbito das artes, explicando que referido termo pode ser empregado para nomear esculturas, em geral abstratas, compostas de materiais leves, suspensos no espaço por meio de fios. As peças, movimentadas pelo ar, se caracterizam pelo equilíbrio, leveza e harmonia. Em 1932, Marcel Duchamp (1887 - 1968) usa a palavra para fazer referência a algumas esculturas do norte-americano Alexander Calder (1898 - 1976). Os trabalhos eram formados por placas planas de metal, algumas pintadas, equilibradas em fios de arame fino que as mantinham suspensas. Os móbiles moviam-se ao sabor da aragem mais suave, produzindo efeitos mutáveis em função da luz.
• O próximo passo é apresentar o artista Alexander Calder e algumas obras suas.
  O mais interessante neste momento, caso seja possível ao professor, é principalmente mostrar filmes de curta duração de seus móbiles, já que o movimento deles causarão maior interesse e aprendizado para os alunos do que a apresentação de imagens ou fotos estáticas.

Sugestões de filmes:

Filme 1: Alexander Calder

http://www.youtube.com/watch?v=IH8f87CYTv4

Filme 2: Alexander Calder Mobile handler

http://www.youtube.com/watch?v=av-jr3vLP74&feature=related

Filme 3: Alexander Calder Mobile in Philadelphia

http://www.youtube.com/watch?v=7daTukUjx3E&feature=related

Filme 4: Wind Art.

Neste curto filme, mostrar uma obra que não é do artista, mas que neste contexto abordado, se movimenta apenas ao sabor do vento.

http://www.youtube.com/watch?v=SoLiTSmNzs4&feature=related

• No próximo passo, o professor poderá explicar brevemente  também  o termo "arte cinética",  conhecida como Cinetismo, como sendo uma corrente das artes plásticas que explora efeitos visuais por meio de movimentos físicos, ilusão de óptica ou truques de posicionamento de peças.

• Atividade: Ao final da aula, o professor deverá pedir aos alunos que façam em casa um desenho que projete um móbile de sua criação. Eles deverão imaginar um móbile feito com materiais recicláveis, não utilizados, guardados em casa e que possam ser aproveitados para pendurar nos fios. Os alunos deverão trazer na aula seguinte o desenho e os objetos recolhidos em casa, além de tampinhas, canudinhos, barbantes, fios de lã ou nylon, que possam compartilhar para a realização de um móbile em sala de aula.

Aula 02: Trabalhando com os disquetes e outros materiais

O professor deve formar grupos de 4 alunos, que deverão discutir entre si as melhores idéias para a formação de um móbile em grupo, partilhando os materiais trazidos para a realização deste trabalho. Conversar com eles sobre a importância de nossa conscientização e ação no sentido da preservação do meio ambiente e utilização de materiais recicláveis na criação artística, incentivando-os a trazerem mais materiais diversificados nas aulas seguintes, como botões, miçangas, pequenos objetos tridimensionais, cds, restos de bijou teria, sucata, etc

Como sugestão, vale a pena abrir disquetes antigos e aproveitar o interior destes, colorindo-os com canetas hidrocor e lápis de cor. No verso poderão ser colados quadrados de papéis coloridos, contendo desenhos dos alunos, conforme as fotos abaixo. Estes, depois de prontos, poderão ser suspensos com fios, através dos orifícios que já possuem.

Aula 03: Colagem na parte solta e circular dos disquetes

Outro item interessante é a parte circular encontrada dentro do disquete, que poderá ser aproveitada com colagens de papéis picados coloridos e formas da preferência dos alunos.

Aula 04 e aula 05: Montagem dos fios e do móbile

Garrafas pet poderão ser cortadas e aproveitadas como peças para pendurar nos fios. Em especial, as garrafas de 5 litros de água mineral, oferecem dupla utilidade na confecção destes móbiles, pois poderão ser cortadas argolas transparentes, depois furadas com furador, para passar fios coloridos, funcionando como peças a serem suspensas no móbile. A parte superior da garrafa pode funcionar como suporte para os fios do móbile, também podendo ser furadas. O gargalo e sua tampa com alça facilitará a amarração e exposição dos móbiles no teto da escola.
Nas fotos que se seguem podemos observar vários fios construídos pelos alunos antes da montagem dos móbiles.

Exposição: O professor deverá montar a exposição dos móbiles na escola, incentivando a produç ão artística dos alun os, bem como expressando a todos os espectadores que reciclar é uma ação importante na educação.

Sugestões bibliográficas:

BARBOSA, Ana Mae (org.) Ensino da Arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2008. p.335.

ZANINI, Walter. Tendências da escultura moderna. 2. ed. São Paulo: Cultrix, s/data.

Alguns sites para pesquisa:

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u278.jhtm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_Calder

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/artemanhas_conteudo.asp?Id=351

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=4627

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_cin%C3%A9tica

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=353

• O professor deve estabelecer os critérios de avaliação de forma clara e evidente ao apresentar a proposta de trabalho aos alunos, para que tenham conhecimento do que necessitam desenvolver durante as aulas e consigam atingir os objetivos almejados. O educador deve ser um incentivador em todas as fases do processo e avaliar o interesse, participação e questionamentos apresentados pelos alunos nas reflexões sobre as obras apresentadas. Deverá acompanhá-los para analisar até que ponto envolveram-se com a proposta chegando à criação de móbiles em grupo, bem como a participação dos mesmos nas pesquisas iniciais e na busca de materiais reaproveitáveis em casa. Deverá observar a capacidade criativa no desenvolvimento dos móbiles, como também a habilidade em planejar e executar um projeto em equipe, de forma cooperativa.
• O professor deverá trabalhar dentro da perspectiva da Abordagem Triangular de Ana Mae e suas seis possibilidades de articulações nas dinâmicas do Apreciar, Contextualizar e Fazer.