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O jogo do tempo na construção de um conto

 

23/11/2009

Autor e Coautor(es)
Maria Luiza Scafutto
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Weitzel Tavela

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Médio Literatura Estudos literários: análise e reflexão
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno ampliará seus conhecimentos sobre o tempo na narrativa, especialmente, as estratégias de flashback e de flashfoward (antecipação).

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O aluno já deve estar familiarizado com a leitura de contos, conhecer os elementos principais da narrativa (foco narrativo, tipos de narrador, personagens, espaço, tempo) e sua macroestrutura (orientação, conflito, complicação, clímax e desfecho).

Estratégias e recursos da aula

A partir da exploração do conto Piquenique de Moacyr Scliar, o professor ajudará os alunos a perceberem as estratégias de flashback e de flashfoward (antecipação) na construção da trama narrativa.

ATIVIDADE I

Leitura do conto: o professor poderá optar por pedir aos alunos que leiam individual e silenciosamente ou por fazer uma leitura compartilhada. A escolha dependerá do grau de amadurecimento dos alunos como leitores.


PIQUENIQUE

Moacyr Scliar

1 Agora é como um piquenique: estamos no Morro da Viúva, homens, mulheres e crianças, comemos sanduíches e tomamos água da fonte, límpida e fria. Alguns estão com os rifles, embora isto seja totalmente dispensável – temos certeza de que nada nos acontecerá. Já são cinco da tarde, logo anoitecerá e voltaremos às nossas casas. As crianças brincaram, as mulheres colheram flores, os homens conversaram e apenas eu – o distraído – fico aqui a rabiscar coisas neste pedaço de papel. Alguns me olham com um sorriso irônico, outros com ar respeitoso; pouco me importa. Encostado a uma pedra, um talo de capim entre os dentes, e revólver jogado a um lado, divirto-me pensando naquilo que os outros evitam pensar: o que terá acontecido em nossa cidade neste belo dia de abril, que começou de maneira normal: as lojas abriram às oito, os cachorros latiam na rua principal, as crianças iam à escola. De repente – eram nove horas – o sino da igreja começou a soar de maneira insistente: em nossa pequena cidade este é o sinal de alarme, geralmente usado para incêndios. Em poucos minutos estávamos todos concentrados frente à igreja e lá estava o delegado – alto, forte, a espingarda na mão.
2 Ele era novo em nossa cidade; na verdade, nunca tivéramos delegado. Vivíamos em boa paz, plantando e colhendo nosso soja, as crianças brincando, nós fazendo piqueniques no campo, eu tendo os meus ataques epilépticos. Um belo dia acordamos e lá estava ele, parado no meio da rua principal, a espingarda na mão; esperou que uma pequena multidão se formasse a seu redor, e então anunciou que fora designado para representante da lei na região. Nós o aceitamos bem; a seu pedido, fizemos uma cadeia – uma cadeia pequena mas resistente. Construímo-la num domingo, todos os cidadãos, num só domingo, e antes que o sol se pusesse tínhamos colocado o telhado, comemos os sanduíches feitos por nossas mulheres e bebemos a boa cerveja da terra.
3 Às seis horas da tarde olhei para o delegado, de pé diante da cadeia, o rosto avermelhado pelo crepúsculo; naquele momento, tive a certeza de que já o vira antes,e ia dizer a todos, mas em vez disto soltei um grito, antes que o ar passasse por minha garganta eu já sabia que seria um grito espantoso e que depois cairia de borco na rua poeirenta, me debatendo; que as pessoas se afastariam, temerosas de me tocarem e se contaminarem com minha baba viscosa, e que depois acordaria sem me recordar de nada. Permaneceria a confusa impressão de já ter visto o homem alto em algum lugar e isto eu diria ao doutor e o doutor me responderia que não, que não o vira, que isto era uma sensação comum a epilépticos. Restaria um dolorimento pelo corpo, um entorpecimento da mente. Então eu sairia ao campo, e recostado numa pedra, um talo de capim entre os dentes, escreveria ou rabiscaria, coisas várias. Dizem – as pessoas supersticiosas – que tenho o dom da premonição e que tudo quanto escrevo após uma convulsão é profético; mas ninguém jamais conseguiu confirma-lo, pois escrevo e rasgo, rabisco e rasgo. Os pedacinhos de papel são levados pelo vento, depois caem na terra úmida e apodrecem.
4 Agora mesmo, sentado aqui, neste dia de abril, fixo os olhos num pedacinho de papel amarelado que ficou preso entre as pedras e onde se lê “... no jornal”. É minha letra, eu sei, mas quando o escrevi? E que queria dizer? Foi há muito tempo, é certo, mas antes da chegada do delegado? Hoje pela manhã ELE NOS REUNIU FRENTE À IGREJA: Do ad ro o homem alto, esp ingarda na mão, falou-nos; lembrou o dia em que chegara, não há muito tempo. “Aqui cheguei para proteger vocês...” Todos de pé, imóveis, silenciosos. Mas eu estava sentado; numa cadeira, na calçada do café, que fica fronteira à igreja. E entregava-me ao meu passatempo: lápis e papel. Mas não escrevia: desenhava, o que também faço muito bem. Do meu lápis surgiu o rosto impassível do homem alto. Fui informado há pouco que um grupo de bandidos se dirige à nossa cidade. Devem chegar aqui dentro de uma hora. Sabem que a agência bancária está com muito dinheiro... Era verdade: o soja fora vendido, os colonos haviam feito grandes depósitos durante a semana.
5 É minha obrigação defendê-los. Entretanto, conto com a ajuda de todos os cidadãos válidos... Naturalmente, anotei algumas destas frases: senti nelas o peso do histórico. As pessoas cochichavam entre si, assustadas.
6 Vão para casa – concluiu o homem alto. Armem-se e voltem. Espero-os aqui dentro de meia hora. As pessoas se dispersaram e eu vi rostos apreensivos, crianças chorosas, as mulheres murmurando aos ouvidos dos maridos.

7 A praça ficou deserta. Apenas o homem alto parado na praça, o rosto iluminado de frente pelo sol forte, e eu oculto na sombra projetada pelo toldo do café. Cinco minutos depois, chegou o primeiro cidadão; era o barbeiro; quando surgiu na praça eu já sabia o que ele diria; que o delegado o perdoasse, mas que era chefe de família, tinha muitos filhos; e eu já sabia que o delegado ia desculpá-lo, recomendando que fosse para o Morro da Viúva com sua família onde estaria seguro. Mal o barbeiro se fora, e o farmacêutico aparecia, gordo, os olhos esbugalhados, a testa molhada de suor; que o delegado compreendesse... O delegado compreendia e também ao dono do bar e ao lojista que surgiram depois.
8 O último foi o gerente do banco; este tentou levar o delegado consigo, mas foi repelido brandamente; antes de sair correndo, gritou: Delegado, o cofre está aberto; se não conseguir atemorizar os ladrões, pelo amor de Deus, entregue o dinheiro e salve a sua vida! O delegado fez que sim com a cabeça e o homem partiu.
9 Foi então que o delegado me viu. Creio que só nós dois estávamos na cidade, à exceção dos cães que farejavam a sarjeta.
10 O homem alto ficou a me olhar por uns instantes. Depois atravessou a rua a passos lentos. Postou-se diante de mim, o homem com a espingarda na mão.
11 - O senhor não tem ajudante – eu disse – sem parar de rabiscar.
12 - É verdade – ele me respondeu. – Nunca precisei.
13 - Mas precisa agora.
14 - Também é verdade.
15 - Aqui me tem.
16 Tênue sorriso.
17 - Tu és doente, meu filho.
18 Por isso mesmo – digo-lhe. – Quero provar que sirvo para alguma coisa.
19 É então que ele vê o retrato em minhas mãos; seu rosto se contrai, ele avança para mim, arranca-me o papel: - Me dá isto, rapaz, não quero que se lembrem de mim depois – ele diz, e eu vou protestar, vou dizer que ele não faça isto, mas aí o seu rosto está diante de mim – onde? onde? – e sinto o grito fugir do meu peito, e nada mais vejo.
20 Quando acordo estou amarrado a um cavalo que sobe lentamente o morro. Lá em cima, entre as pedras, toda a população da cidade: desmontaram-me, espantados, me desamarram; alguns me olham de maneira irônica, outros me fazem perguntas. – Por fim me deixam em paz.
21 Fico sentado a ouvir o que dizem: o telegrafista está explicando que tentou mandar um telegrama à guarnição, sem resultado, porém. Na certa, eles cortaram os fios.
22 Foi então que os cinco tiros ecoaram nos morros. Levantamo-nos todos, ficamos inteiriçados, à escuta, um grande silêncio caiu sobre a região.
23 - Vamos até lá – ouvi a voz, com grande surpresa, pois era a minha própria. Todos se voltaram para mim. Eu continuava sentado, um talo de capim entre os dentes.
24 O gerente do banco se aproximou.
25 - Está louco? Prometemos voltar quando soassem os sinos ou às seis da tarde!
26 Não respondo. Fico quieto a rabiscar. O sol vai se pondo agora, e os sinos não soaram. Estão todos alegres, pois é melhor ficar pobre do que morrer. Breve desceremos e todos não cabem em si de ansiedade: o que encontraremos em nossa cidade? Divirto-me pensando no que encontraremos; sei que quando chegarmos será como se eu já tivesse visto tudo (o que, segundo o doutor, é comum em minha doença): a rua vazia, as portas do banco escancaradas, o cofre vazio. Acho também que na estrada, muito longe, vai um homem alto a cavalo, com os alforjes cheios de notas. Talvez sejam três ou quatro, mas é certo que o homem alto vai rindo.

(In: Histórias Divertidas – Coleção Para Gostar de Ler – vol. 13)


Como gênero narrativo ficcional, o conto apresenta uma unidade dramática, ou seja, contém um único conflito em torno do qual sua ação se desenrola. Apresenta, em geral, poucos personagens, tempo e espaço limitados. Vamos explorar estes elementos, através das atividades abaixo:

1. A narrativa começa com a frase: “Agora é como um piquenique: estamos no Morro da Viúva...”
a) A quem se refere o sujeito elíptico nós?
b) Quem é o personagem-narrador incluído neste nós?
c) Com que expressão apositiva ele se define?
d) Que outro marcador temporal, no mesmo parágrafo, especifica o conteúdo semântico do marcador Agora?

2. No conto Piquenique, podemos perceber um conflito, ou seja, um fato que desestabilizou a rotina dos moradores da pequena cidade na manhã do dia em que o conto está sendo narrado.

a) Qual é este fato?
b) Qual a reação dos moradores a ele?

3. No segundo parágrafo, o personagem-narrador apresenta a cidade onde ocorre a narrativa:

a) Como ele a apresenta?
b) Como ele se apresenta neste contexto?
c) Considerando a descrição da cidadezinha, podemos dizer que há também um momento de desestabilização da rotina da cidade: qual é?

4. Releia o terceiro parágrafo e responda:

a) “Às seis horas da tarde...” – refere-se às 18 horas do dia do piquenique do primeiro parágrafo? Justifique.
b) “naquele momento, tive a certeza de que já o vira antes...” – especifique a referência do pronome o.

5. Ainda no terceiro parágrafo, há um longo trecho em que há uma descrição de um ataque epiléptico e da reação das pessoas a ele:

a) O trecho fala de um ataque epiléptico específico, ou seja, que estava acontecendo naquele momento da narrativa ou dos ataques que o personagem costumava ter?
b) Que recurso linguístico foi usado para que o leitor fizesse essa interpretação do ataque?
c) Como as pessoas reagiam a estes ataques?
d) Em relação ao delegado, qual a impressão que ficava após o ataque e como o médico a interpretava?
e) Após o ataque, como o personagem-narrador se sentia e qual atitude tomava habitualmente?

6. Volte ao quarto parágrafo:
a) Explicite a referência das palavras destacadas em: “Agora mesmo, sentado aqui, neste dia de abril, fixo os olhos num pedacinho de papel amarelado...” e “ Hoje pela manhã ELE NOS REUNIU FRENTE À IGREJA:”
b) Relacione o fato de o papel estar amarelado com a resposta dada na questão 5 letra e acima.
c) No momento em que o delegado discursava para o povo na praça, onde estava e o que fazia o protagonista do conto?
d) Há um trecho em itálico neste parágrafo que tem continuidade no quinto e no sexto parágrafos: diga resumidamente do que se trata?

7. Releia o sétimo e o oitavo parágrafos e conclua como reagiram as pessoas da cidade à notícia dada pelo delegado e como o delegado reagiu à atitude delas.

8. Do nono ao décimo nono parágrafos, apresenta-se a cena do diálogo entre o protagonista do conto e o antagonista. Releia-os e responda:
a) O que irritou o delegado?
b) O que há em comum entre esta cena e aquela descrita no início do terceiro parágrafo?

< p>9. Releia do 20º ao 26º parágrafo:

a) Levante uma hipótese sob re o que aconteceu co m o personagem-narrador entre o ataque epiléptico iniciado no 19º parágrafo e a sua chegada ao morro.
b) Explicite a interpretação ingênua que a população deu ao fato contrapondo-a àquela feita pelo protagonista do conto.
c) O que possibilitou ao protagonista esta interpretação mais realista?

10. Retire de cada parágrafo abaixo um exemplo de que o autor deixou pistas que antecipavam o final:
a) 3º parágrafo:
b) 4º parágrafo:
c) 7º parágrafo:
d) 21º parágrafo:

11. Discuta a afirmação: no conto lido, além do conflito estabelecido pela notícia dada pelo delegado, podemos dizer que há um outro interno ao personagem-narrador.


ATIVIDADE II


TEMPO INTERNO DA NARRATIVA

Na construção das narrativas ficcionais, os escritores utilizam recursos variados para criar sua obra de arte. No conto lido, Moacyr Scliar cria um personagem-narrador epiléptico que, com as características próprias da doença, relata, de maneira quase fragmentada, um episódio de sua vida. Para isso, o autor lida, de forma bastante peculiar, com o TEMPO INTERNO da narrativa, alterando a SUCESSÃO CRONOLÓGICA no DISCURSO do personagem-narrador, ou seja, a sequência em que ele apresenta os fatos não obedece à ordem cronológica.

1. Faça uma releitura do conto completando o esquema abaixo com o número dos parágrafos correspondentes:

TEMPO INTERNO DA NARRATIVA
FLASHBACK FLASHBACK FLASHBACK FLASHBACK TEMPO DA NARRAÇÃO                                    ANTECIPAÇÃO      
A cidadezinha antes da chegada do delegado O dia da chegada do delegado O domingo da construção da cadeia A manhã do dia do "piquenique"         O "piquenique" Previsão do que estará acontecendo com o delegado.

O professor poderá concluir com o aluno o que é tempo interno na narrativa, retomando conhecimentos anteriores, a partir do seguinte material:

O TEMPO NA NARRATIVA

É importante estabelecer a diferença entre tempos externos à narrativa e tempos internos da narrativa.

I - TEMPOS INTERNOS À NARRATIVA

1. Tempo da história: trata-se da sucessão cronológica dos eventos contados pelo narrador e do tempo psicológico, ou seja, o tempo cronológico distorcido em função das emoções dos personagens.
2. Tempo do discurso: é a sequência em que são apresentados os fatos narrados. À medida em que o leitor lê, vai tomando conhecimento dos eventos que podem estar ou não em ordem cronológica (tempo da história).

O paralelismo entre o tempo da história e o do discurso pode ser rompido por um RETROCESSO ou FLASHBACK em que, por exemplo, o narrador pára a sequência temporal e intercala uma recordação. Também pode acontecer uma ANTECIPAÇÃO ou FLASH-FORWARD em que é feita uma interrupção para que o narrador relate algo que ainda vai acontecer. Por exemplo, ele antecipa a separação de um casal para levar o leitor a se preocupar com os fatores que motivaram esse afastamento.

II - TEMPOS EXTERNOS À NARRATIVA

1. Tempo histórico do escritor: período da história real em que viveu o escritor que, muitas vezes, interfere na organização da narrativa pela presença de valores, dos costumes, da linguagem, do gosto estético da época.
2. Tempo histórico da história narrada: a narrativa pode se passar em época igual ou diferente da do escritor. Alguém pode criar hoje, no século XXI, uma história que se passa na Idade Média. O autor terá de conhe cer os valores, costumes, a geografia etc desta época para ambientar adequadamente a história.
3. Tempo históri co do leitor: uma mesma narrativa será lida (apreciada) de forma diferente por um leitor do século XIX e um do século XXI. Por exemplo, atualmente, estranha-se o excesso de descrição das narrativas do século XIX.

Avaliação

AVALIAÇÃO

Escreva um resumo do dia do “piquenique” usando foco narrativo de 3ª pessoa e tempo interno em ordem cronológica. Comece assim:

Naquele belo dia de abril, a cidade amanhecera de maneira normal: as lojas abriram às oito, os cachorros latiam na rua principal, as crianças iam à escola....

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 3 classificações

  • Cinco estrelas 2/3 - 66,67%
  • Quatro estrelas 1/3 - 33,33%
  • Três estrelas 0/3 - 0%
  • Duas estrelas 0/3 - 0%
  • Uma estrela 0/3 - 0%

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Opiniões

  • clarisse vargas dunker, Uruguai - disse:
    clara291@live.com

    03/11/2011

    Quatro estrelas

    gostei muito do planejamento da aula. Com un exemplo claro que me ajudou muito a seguir uma linah concreta , e que ficara bem estruturado para o aluno.


  • VanildaFialho de Carvalho Silva, SANTOS DUMONT E E E FUND , Paraná - disse:
    vanilda@seed.pr.gov.br

    21/10/2010

    Cinco estrelas

    Parabéns Profª Maria Luiza, sua produção esta excelente, usa bem os recursos de produção textual e os meios adequados para que o aluno entenda e interaja com o conto. Dessa forma os alunos tornan-se mais receptivos para com o tema escolhido.


  • sandra helena, Colegio franciscano nossa sra do carmo , São Paulo - disse:
    sandrassavo@bol.com.br

    09/05/2010

    Cinco estrelas

    Excelente. Adorei a aula . meus alunos leram este conto e utilizei algumas questões em minha prova


Sem classificação.
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