Portal do Governo Brasileiro
Início do Conteúdo
VISUALIZAR AULA
 


Jogos Teatrais – Leituras Dramatizadas

 

20/10/2009

Autor e Coautor(es)
Renata Oliveira Caetano
imagem do usuário

JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Nelson Vieira da Fonseca Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Artes Teatro: Teatro como produto histórico-cultural
Ensino Fundamental Final Artes Teatro: Teatro como comunicação e produção coletiva
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Exercitar a voz por meio da leitura de textos. 

- Interpretar textos. 

- Diferenciar fábulas de lendas. 

- Conhecer o gênero contos.

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos no mínimo
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Jogos Teatrais – Pantomima

Jogos teatrais – Uso da Voz

Estratégias e recursos da aula
                                       

                  Os alunos podem aprender muito fazendo leitura de textos. O professor pode preparar a turma através de uma conversa, onde contextualize a importância da compreensão do que está sendo lido pelo ator para sua interpretação. Somente quando apreende o sentido das palavras, pode transmitir para a platéia através de gestos e expressões o que a personagem está sentindo e vivendo. A proposta da atividade, portanto, se apóia na questão da leitura e da compreensão de textos, dramatizando-os somente usando a voz para envolver e contextualizar o público.

                 Inicialmente o professor deve escolher textos curtos para orientar a atividade. Sugiro que trabalhe em conjunto com professores de Português, no sentido de um exercício interdisciplinar de textos já conhecidos de outras aulas. Nas turmas em que esta aula foi ministrada, escolhemos contos africanos com a ajuda das professoras de português do Colégio, que já faziam um trabalho anterior com os alunos em suas aulas.

                O critério para escolha do texto deve seguir principalmente ao grau de dificuldade que a turma corresponda, o número de personagens que possibilite ampla participação e que ofereçam possibilidade para criação de vozes diferenciadas que dêem colorido ao texto.

                No Colégio, usamos o livro Contos e Lendas da África de Yves Pinguilly como referência para os contos que retratam muito da cultura africana e de suas histórias, mas sugiro que o professor trabalhe lendas do folclore brasileiro, fábulas, pequenos contos brasileiros ou de outras nacionalidade adequando a atividade da melhor forma ao seu conteúdo.

                Com o texto escolhido e tendo a quantidade de alunos que serão necessários para fazer sua leitura dramatizada, incluindo possível narrador ou narradores, o professor deve explicar o conteúdo do texto, no caso de contos e lendas como a transmissão oral deles foi importante para que chegassem até nós. Sugiro que comente a importância de cada personagem para o andamento da história e como a leitura bem trabalhada gera imagens na cabeça de cada pessoa do público.

               Acredito que o professor não deva escolher a princípio os alunos para participarem, deixando que eles se ofereçam e estejam confortáveis em fazer. O professor só deve interferir no caso de poucos alunos se apresentarem, escolhendo quem irá participar completando o grupo, ou fazendo sorteio no caso de ter excesso de alunos a se oferecerem. Se a turma for muito grande sugiro que seja dividida em dois ou três grandes grupos, onde cada um trabalhe com um texto diferente. Para não haver tumulto nos ensaios, sugiro que enquanto um grupo ensaia os demais trabalhem preparando a apresentação através de leituras em voz baixa ou cuidando de cenário e figurinos para a apresentação.

              Com os grupos divididos cada pessoa deve receber uma cópia do texto e marcar as falas (e p ensamentos, caso ocorram ) de sua personagem. Primeiramente cada um pode fazer uma leitura silenciosa  para conhecer e entender o texto. Posteriormente eles devem fazer uma leitura em voz alta sem se preocupar em colocar entonação nas vozes. Esta leitura serve para os alunos perceberem as palavras, sua pronúncia, em quais momentos a fala deve ser forte ou fraca, quais palavras devem ganhar destaque, quem está falando baixo demais e etc.

              Cada grupo pode trabalhar em um semicírculo, e no momento em que a leitura estiver integrada, fluente e principalmente sem momentos de silêncio, sugiro ao professor que comece a trabalhar os alunos para que criem vozes que diferenciem seu personagem. Exemplo: Se você está interpretando uma pessoa invejosa, como seria a voz dela? Se for alguém que sofre, quais as características da voz dessa personagem? Se for um animal como uma tartaruga? Ela fala rápido ou devagar? Um leão pode falar baixo? Dentre outros questionamentos. É interessante que os alunos percebam como que a voz orienta o sentido da leitura e se esforcem para diferenciar as vozes. Dependendo do empenho da turma, são necessários cerca de 3 a 4 ensaios para poder fazer uma apresentação.

             Sugiro ao professor que os narradores digam o nome da fábula ou conto escolhido, no início da apresentação e no final digam alguma frase em conjunto, concluindo dessa forma a apresentação. Exemplo: No caso da apresentação dos Contos Africanos, os alunos tiveram no espaço de apresentação, cadeiras de frente para o público em semicírculo, iniciaram a apresentação agachados e de cabeças baixas de frente para o público ao som da música típica Nyatiti, aos poucos vão se levantando e encarando o público. Eles recitaram um pequeno verso que falava sobre as coisas e as pessoas na natureza. Em seguida se assentaram, os narradores (eram 2) falaram o título do texto juntos e iniciou-se a leitura. Durante a apresentação não tocou nenhuma música de fundo para que os alunos se concentrassem principalmente nas vozes do texto. Quando a apresentação se encerrou, começou a tocar a música típica Tambores de Mina e eles lentamente se levantaram e pegaram papéis picados em um saquinho preto confeccionados por eles mesmos e colados na lateral de cada cadeira. Vieram andando até a frente do palco e se alinharam. A música escolhida se iniciava com as vozes de mulheres e em um dado momento ainda no início, ela tem uma breve pausa. Neste momento os alunos recitaram juntos a seguinte frase extraída do livro Contos e Lendas da África:” As palavras e a vida são como o camaleão, podem mudar de cor”. Neste momento na música começam a tocar vários tambores e os alunos sopraram os papéis coloridos, criando um belo efeito visual e muito impacto no público.

Cada professor pode adaptar ao texto às músicas e efeitos cênicos da apresentação. O importante é reforçar como a leitura dramatizada é determinante para a compreensão e o interesse do público. Posteriormente ela será um apoio importante para a dramatização de peças.

Recursos Complementares

Pinguilly, Yves. Contos e Lendas da África; São Paulo – Editora Cia das Letras, 2007

Coleção Caras – Música do Mundo / Música da África. Faixas 4 e 7. Produzido pela Azul Music (www.azulmusic.com.br).

Avaliação

                 Toda a turma pode escrever suas impressões sobre a apresentação, do ponto de vista em que estavam – como atores ou público. É interessante pedir também que façam um registro visual do que viram na mesma folha da avaliação por escrito. Posteriormente estes depoimentos podem ser expostos para todos comparando as opiniões, observando as críticas, elogios e sugestões.

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 1 classificações

  • Cinco estrelas 0/1 - 0%
  • Quatro estrelas 1/1 - 100%
  • Três estrelas 0/1 - 0%
  • Duas estrelas 0/1 - 0%
  • Uma estrela 0/1 - 0%

Denuncie opiniões ou materiais indevidos!

Opiniões

Sem classificação.
REPORTAR ERROS
Encontrou algum erro? Descreva-o aqui e contribua para que as informações do Portal estejam sempre corretas.
CONTATO
Deixe sua mensagem para o Portal. Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas.