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Vamos fazer um Fóssil?

 

25/10/2009

Autor e Coautor(es)
MARIA ANTONIETA GONZAGA SILVA
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Desenvolver uma atividade experimental que permita compreender como ocorre a Mineralização de fósseis.

Duração das atividades
100 minutos (2 aulas)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Para o desenvolvimento desta aula, os alunos devem ter conhecimento inicial sobre os fósseis e processo de fossilização (Mineralização).
Estratégias e recursos da aula

Introdução
O interesse das crianças por dinossauros e outros animais pré-históricos é muito grande. Geralmente esse interesse é alimentado por situações fantasiosas derivadas de filmes e desenhos animados de ficção, inclusive mostrando a convivência entre o ser humano e esses animais, fazendo com que os alunos construam no seu imaginário conhecimentos irreais dos fatos. Assim sendo, é importante que o tema seja objeto de estudo nas aulas de ciências para que os mesmos tenham acesso a informações corretas e adequadas ao seu nível de desenvolvimento cognitivo. A seguir leia este texto de apoio para que você, professor, possa trabalhar o assunto com os seus alunos com mais segurança.
Do osso à pedra: criando fósseis
A maioria dos esqueletos de dinossauro que você vê em museus existe devido às rochas sedimentares. Esses fósseis começaram a surgir quando um dinossauro morreu em um ambiente que tinha muito sedimento móvel, como um oceano, leito de rio ou lago. Um local assim é uma zona bêntica: a parte mais profunda de um corpo d´água. Esse sedimento rapidamente enterrou o dinossauro, oferecendo ao seu corpo proteção contra a decomposição. Enquanto as partes macias do dinossauro eventualmente se decompuseram, suas partes duras (ossos, dentes e garras) permaneceram. Mas um osso enterrado não é a mesma coisa que um fóssil. Para se tornar um fóssil o osso precisa se tornar rocha. As partes orgânicas do osso, como as células sangüíneas, colágeno (uma proteína) e gordura, eventualmente, se decompõem. Mas as partes inorgânicas do osso, ou as partes compostas de minerais como o cálcio, têm mais poder de permanência. Elas permanecem após o desaparecimento dos materiais orgânicos, criando um mineral frágil e poroso no formato do osso original. Outros minerais reforçam esse osso, fundindo-o em um fóssil. A água gradualmente percorre o interior do osso, transportando minerais como ferro e carbonato de cálcio extraídos do sedimento circundante. Quando a água penetra os ossos do dinossauro, alguns desses materiais se precipitam dentro de seus poros microscópicos. À medida que esse processo continua, o osso se torna mais e mais parecido com rocha. Isso é como encher uma esponja com cola: a estrutura física da esponja permanece a mesma, e os poros e buracos dentro dela são preenchidos. A cola torna a esponja mais robusta e mais resistente a danos. Ossos grandes e espessos, que têm mais espaço para a cola mineral, formam fósseis melhores do que ossos pequenos e finos. Com o passar de milhões de anos, o sedimento ao redor desses ossos reforçados se torna rocha sedimentar. A erosão, as marés e outros processos naturais continuam a depositar mais sedimento, e esse sedimento também se torna rocha. Enquanto eles podem reter a pressão da rocha circundante, os ossos permanecem ocultos e preservados de forma segura. Após milhões de anos, algum processo natural, como a mudança gradual da superfície do planeta, pode revelar essas camadas e os fósseis que elas contêm.
Retirado de: http://ciencia.hsw.uol.com.br/fossil2.htm (consultado em 13/09/2009, às 15h30min)

Estratégia
Em uma aula anterior de nossa autoria, também disponível neste site, os alunos assistiram a um vídeo sobre o trabalho dos paleontólogos e tiveram contato com fotografias de fósseis, ocasião em que foram introduzidos os conceitos de fósseis e paleontologia. Para desenvolvimento desta aula é importante que o professor tenha trabalhado anteriormente com a turma os conceitos iniciais de fósseis e paleontologia. Na aula de hoje realizaremos uma atividade experimental para que, através de uma analogia, os alunos possam compreender como ocorre a mineralização dos fósseis. Lembramos que a atividade experimental constitui um excelente recurso no processo investigativo das crianças na busca e construção do conhecim ento científico, por permiti-los vivenciar experiências diretas de aprendizagem.

Desenvolvimento
Professor, num pri meiro momento da aula, retome com os alunos o que são os fósseis, ressaltando o papel do paleontólogo no estudo destes objetos.
Hoje vamos relembrar um pouco sobre os fósseis. Quem se lembra o que são?
 Professor, eu lembro que os fósseis podem ser pegadas de algum animal do passado.
 E eu lembro que tem o paleontólogo, que estuda os fósseis.
 Fóssil é um osso que virou pedra depois de muitos anos.
Muito bem, vocês estão se lembrando bem. Os fósseis são restos ou vestígios de seres vivos que viveram há milhares de anos em nosso planeta, que ficaram preservados em rochas. Um dos colegas lembrou do paleontólogo, e é muito importante o trabalho deste cientista, pois é ele que estuda os fósseis e nos diz várias coisas sobre os seres vivos do passado.
Vocês devem se lembrar também do processo que faz com que estes fósseis sejam formados, não?
 Eu não lembro...
 Os ossos são enterrados e...
 Tem um negócio de trocar os minerais do osso pelos minerais da terra, não tem?
Sim, boa lembrança. O processo de fossilização mais comum é chamado mineralização, e há mesmo esta troca de minerais do osso pelos minerais da terra onde ele está. Os minerais da terra são mais resistentes e duros, tanto que esta terra, com o passar dos anos, vai se tornando rocha, junto com o fóssil que está nela.
Então, já que vocês estão se lembrando da nossa aula de paleontologia e fósseis, hoje vamos preparar nosso próprio fóssil. Vocês acham que é possível?
 Acho que não, porque os fósseis demoram muitos anos para se formarem.
 Pode ser que seja, senão o professor não ia falar para a gente fazer.
 Mas pode ser que a gente só vai fazer de brincadeira...
É isso mesmo. Não é possível a gente fazer um fóssil de verdade, pois se lembram que só são considerados fósseis aqueles que têm mais de 11.000 anos? É claro que não vamos ficar aqui 11.000 anos fazendo um fóssil... Mas nós podemos brincar de fazer um fóssil, e com isso aprender melhor como ele se forma. Vamos lá?

Atividade experimental– Fazendo um Fóssil
Professor, leve os alunos ao laboratório de ciências e prepare com eles uma atividade prática de fabricação de um fóssil. A atividade abaixo é simples e pode explicar de forma divertida como pode ocorrer a formação dos fósseis:

Sabia que você pode fazer um fóssil?

Para a sua experiência de criar um fóssil parecido com aqueles que demoram milhares de anos para se formar, você vai precisar de:
• 1 balde (ou um recipiente fundo para abrigar o seu fóssil)
• Areia para encher o balde até a metade
• Esponjas sintéticas
• Sal de cozinha (aproximadamente 2 colheres de sopa por litro de água)
• Água quente suficiente para cobrir a areia
• Canetas hidrocor grossas
• Tesoura
É imprescindível a ajuda do professor ou de outro adulto para esquentar a água e manuseá-la. Coloque a água para esquentar antes de começar.

Para começar, desenhe seu osso de dinossauro, de gente, de qualquer bicho que venha na cabeça em uma esponja. Depois é só recortar.

Recortou? Então coloque em um balde um pouco de areia e sobre ela arrume o osso que você recortou na esponja. Agora, cubra-o com areia. Aperte um pouco a areia para não ficarem muitos espaços entre ela e a esponja.

E a sua água, já esquentou? Não precisa ferver, basta estar bem quente. Acrescente o sal e mexa até dissolvê-lo por completo. Agora com a minha a ajuda ou de um adulto despeje a água até cobrir a areia, espere um pouco ela penetrar para ver se cobriu tudo.

Finalmente, é só ter paciência e esperar toda a água secar por completo. Lembre-se que se a experiência for feita em dias úmidos demorará mais a secar. Depois é só cavar, como fazem os arqueólogos, paleontólogos e cientistas da áre a e finalmente encontra rá o seu fóssil.

Professor antes de desenterrar o material, converse com os seus alunos o que eles imaginam que possa te r acontecido com o osso de esponja, para que comparem as suas previsões com o que de fato será observado.
Resultado esperado: as esponjas ficaram duras como ossos de fósseis.
Retome a discussão com os alunos.

Mas por que aconteceu isso?
Resposta desejada: quando a água com sal foi colocada na areia e depois evaporou (mudou do estado líquido para o estado de vapor), o sal se agregou nos espaços vazios das esponjas que ficaram duras como ossos depois de secas.

Porque meu "osso de esponja" é como um fóssil?
Resposta desejada: o que aconteceu com a sua esponja é um processo parecido ao que ocorre na natureza. Os minerais (substâncias encontradas na natureza que não são nem animais e nem plantas) andam soltos por aí e acabam preenchendo os espaços vazios das matérias animais e vegetais. Com o passar de milhares ou milhões de anos eles secam e endurecem, formando os fósseis.

Adaptado de: http://www.pulganaideia.com.br/modulos/canais/descricao.php?cod=43&codcan=13 – consultado em 13/10/2009, às 10h55min.

Após a realização da atividade experimental, os alunos deverão confeccionar um relatório científico. Abaixo segue modelo para que você, professor, possa ensinar aos seus alunos a forma correta de fazê-lo.

MODELO PARA UM RELATÓRIO CIENTÍFICO

Primeiro Autor, Segundo Autor, Terceiro Autor, etc
Ciência da Computação, Faculdade de Computação, Universidade de Santo Amaro,
SP, Brasil
primeiro@provedor.br, segundo@provedor.br, terceiro@provedor.br

INTRODUÇÃO

Este texto tem a finalidade de ser uma base para a apresentação de um relatório científico. Apresenta o que deverá conter em cada item básico da redação do trabalho.
Deve conter no mínimo duas idéias.
Anunciar o assunto a ser desenvolvido.
Pode-se delimitar, situá-lo no tempo/espaço, mostrar importância, justificar escolha, definir termos, indicar documentos consultados. Embasamento teórico: teoria de base.
Anunciar as partes do desenvolvimento.
Dirá “o que” e “como” será o desenvolvimento.

DESENVOLVIMENTO
Seguindo a mesma metodologia apresentada no ModeloArtigo.doc, os trabalhos não terão aqui limite de páginas (dependerá do assunto), contendo: Capa, Folha de rosto, Sumário, Introdução, Materiais e métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Agradecimentos, e Referências Bibliográficas.
A apresentação da pesquisa:
Capa contendo: entidade, título, autor(res), orientador, local e data. Se recebeu apoio (bolsa) de alguma entidade durante o desenvolvimento do trabalho, fazer referência aqui.
Objetivos e justificativa: Tema, Delimitação do tema: especificação, limitação geográfica e temporal; Objetivos gerais e específicos.
O assunto é dividido em partes para maior clareza e facilitar a análise. Esta divisão pode ser apresentada opondo as idéias, comparando-as, hierarquizando-as.
É aqui que o tema é discutido, são apresentados os trabalhos correlatos (estado da arte), provas, argumentos, demonstrações.

RESULTADOS
Este item apresenta o estudo prático (experimento), contendo a sua metodologia: método de abordagem, método de procedimento, técnicas: descrição, como será aplicado, codificação e tabulação e o foco escolhido para a análise (delimitação do Universo).
São apresentados os tipos de amostragem: caracterização e seleção; tratamento estatístico: modelo de esperimento, nível de significância, variáveis controladas, medidas, testes de hipóteses (supor a verdade ou explicação que se busca: por dedução, por experiência: alargar a experiência, variar, inverter, estudo de casos) e resultados obtidos deste estudo (indução – a rgumentos e premissas -- e dedução de complementam), bem como as considerações referentes a eles.

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Aqui deverá conter a síntese interpretativa dos principais argumentos do desenvolvimento. (Conclusões e inferências – concluir algo a partir de certos d ados antecedentes – extensão do conhecimento.)
O ponto de vista do pesquisador, até aqui não revelado.
Os aspectos do tema discutido que deveriam ser mais aprofundados em pesquisas posteriores (trabalhos futuros).

AGRADECIMENTOS
Os trabalhos poderão conter os agradecimentos julgados necessários, colocado no final do texto, antes da lista de referências.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Este item dá seriedade e rigor científico à pesquisa

Retirado de: http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/kalil/Downloads/IT_102/Modelo%20de%20relatorio%20cientifico.pdf (consultado em 15/09/09, às 23h50 min).

Avaliação

Para verificar a construção de conhecimentos pelos alunos sobre a formação dos fósseis, você pode, professor, pedir que eles façam um relatório de como foi a atividade prática de fazer um fóssil. Eles deverão explicar também o que aprenderam sobre a formação dos fósseis. Oriente-os como fazer um relatório, para que se familiarizem com esta linguagem mais científica e formal, não esquecendo da introdução, materiais e métodos, resultados e discussão. Com isso, você poderá mensurar o quanto seus alunos aprenderam sobre a formação de fósseis, além de iniciar com eles a linguagem de relatórios científicos.

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 10 classificações

  • Cinco estrelas 8/10 - 80%
  • Quatro estrelas 1/10 - 10%
  • Três estrelas 1/10 - 10%
  • Duas estrelas 0/10 - 0%
  • Uma estrela 0/10 - 0%

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Opiniões

  • Sakura Kyotto, Escola Estadual Yuri Kalil , Espírito Santo - disse:
    sakura_ks@live.com

    12/09/2013

    Cinco estrelas

    Qual a utilidade da caneta hidrocor na experiencia?


  • vertunha, Argentina - disse:
    vertunha@hotmail.com

    15/04/2013

    Cinco estrelas

    legal achei interesante


  • lauriete, escola estadual pedro martins pereira , Minas Gerais - disse:
    laurietesather@hotmail.com

    05/11/2012

    Cinco estrelas

    achei esta aula muito mais muito interessante.alem de ensinar uma esperiencia ensina uma curiosidade a todos.


  • Hellen Góes, Escola , Minas Gerais - disse:
    hellengianefofo@hotmail.com

    17/08/2012

    Cinco estrelas

    Eu fiz e agora é só esperar secar !!!To louca pra pegar e para ver!!!!!!!!!!!!!!!!! =) AMEI =)


  • Hellen Góes , Escola , Minas Gerais - disse:
    hellengianefofo@hotmaill.com

    17/08/2012

    Cinco estrelas

    Amei essa ideia sempre quis achar ou pelo menos olhar um !!!!Mais ñ sabia que podia fazer um !!!! Bjs !!!=)


  • DANIELA M.R., FUCAMP , Minas Gerais - disse:
    DANIELANEGONA@HOTMAIL.COM

    02/03/2012

    Cinco estrelas

    MARAVILHOSO ESTE EXPERIMENTO, SOU UNIVERSITÁRIA DO CURSO DE BIOLOGIA, E FIQUEI ENCANTADA,COM CERTEZA IREI APROVEITAR MUITO ESSA PRATICA.


  • lucas felipe de oliveira, " E.E Virgillio Caponi , São Paulo - disse:
    lucas-oliveira98@live.com

    23/05/2011

    Cinco estrelas

    Gostei da sua aula agora vou fazer o mandado tchau um beijo vc poderia fazem algo mais?


  • juriedila, alto do pindare , Maranhão - disse:
    juriedila@yahoo.bvlde.com.br

    19/04/2011

    Três estrelas

    eu procurei para faser com folha mas nao achei me ajuda ai!?!?!?!?!?!?!?!?!?!


  • Ruth Rezende Matias, EM PROF JACY DE ASSIS , Minas Gerais - disse:
    ruthrezende2006@yahoo.com.br

    18/05/2010

    Quatro estrelas

    Boa aula, sempre penso em aula sobre fósseis, mas esta da esponja sintética pra mim foi inédita e criativa.


  • Cristiano, Belíssima Cyber Café , Goiás - disse:
    gyngonet@hotmail.com

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    Ótimo texto com uma idéia fascinante!


Sem classificação.
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