19/10/2009
Sulamita Nagem Dias Lima
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem oral |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Sistema alfabético e ortográfico |
• Conhecimento das unidades menores da palavra.
• Percepção e identificação de rimas em palavras.
As estratégias a serem utilizadas são:- aula interativa;
- trabalhos em grupos.
- recitação.
Desenvolvimento da aula
1º passo:- Para iniciar a aula, o professor deverá expor os cordéis pendurados em um cordão tal como é feito originalmente em feiras do nordeste (ver imagem 1 em recursos educacionais).
- Com isso, solicitar que os alunos folheiem e analisem os diferentes cordéis, atentando a aspectos como a xilogravura (ver imagem 2 em recursos educacionais) e a organização do texto em versos e estrofes.
- Distribuir para os alunos o cordel anexado a seguir em fichas para que os mesmos transponham para configuração do gênero cordel, isto é, os alunos deverão organizar o cordel em forma de livrinhos, ilustrando a capa.
Justiça deixa a lei escapar
Justiça deixa a lei escapar
No ano de 2003
O caso volta a chocar
Com os tais assassinos
A mídia a mostrar
Pela morte do índio
Aparecem em vídeo
É o mínimo a pagar
Justiça deixa a lei escapar
Pra quem se esqueceu
E pior do que isto
Assustados com o fogo
E os sete jurados
Segundo os jurados
Eron Chaves Oliveira
No entanto os outros
Até hoje a defesa
Essa história ainda vai
Este processo foi
Na nossa sociedade Isabel de Assis Fonseca |
- O professor deve chamar atenção para a origem desse gênero, intitulado como cordel, pois os folhetos ficam pendurados em varais ou cordões feitos de barbante nas feiras livres do Nordeste.
2º passo:- Exibir o vídeo anexado em recursos educacionais, enfatizando para os alunos a forma como os cordelistas e repentistas recitam os cordéis.
- Ler ou recitar para os alunos o cordel “Justiça deixa a lei escapar” da cordelista Isabel de Assis Fonseca, enfatizando seu ritmo e exagerando suas rimas.
- A seguir, relendo verso por verso, os alunos devem repetir cada uma delas em uníssono. Para que possam ouvir e aprender as palavras, o ritmo deve ser lento e deliberado inicialmente, ganhando velocidade aos poucos.
- Solicitar que os alunos recitem o poema em voz baixa, mas dizendo as palavras que rimam no poema em voz alta.
- Pedir que os alunos pensem e falem palavras que rimam com as palavras do cordel “Justiça deixa a lei escapar”.
3º passo:
- Discutir com os alunos a temática ressaltada pela autora do cordel. Em seguida, solicitar que os alunos, assim como a autora Isabel de Assis Fonseca, escolham um tema atual para produzirem um cordel.
- O professor poderá entregar para os alunos revistas e jornais com o objetivo de localizarem reportagens e matérias atuais, relacionadas ao contexto social para criarem seus cordéis.
- Ressaltar durante as produções a necessidade de se manter as rimas nas estrofes para que o texto não perca a característica principal: o ritmo e a musicalidade.
- Com a produção textual do cordel (que pode ser feito em duplas, grupos ou individualmente), pedir que os alunos memorizem suas produções para recitarem.
- Como atividade síntese da aula, propor um sarau aos alunos a fim de que recitem seus próprios cordéis para os colegas e para outras turmas da escola.
Recursos educacionais adicionados na aula
Imagem 1: http://farm4.static.flickr.com/3057/2620327999_e4368f5fab.jpg?v=0
Imagem 2:
Vídeo 1:
Vídeo do cordelista e repentista Davi Teixeira
http://www.youtube.com/watch?v=ai5hpB0lDpI
Definição: Literatura de Cordel
A literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem lá de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, herdamos o nome (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_cordel
1. Sugestões bibliográficas para o professor e o aluno:
Cordéis: http://mundocordel.blogspot.com
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_cordel
2. Sugestões Bibliográficas para o professor: ADAMS, M. J (et al) Consciência Fonológica. Porto Alegre: Artmed, 2006.
A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e dificuldades.
O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas propostas, as observações e intervenções do professor, a auto - avaliação do professor e do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.
Nessa aula, o professor verificará, durante a realização da mesma, se a capacidade de identificação e produção de rimas nos cordéis foi desenvolvida pelos alunos.
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