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Rosas ou Rozas? Ditado interativo com música

 

24/10/2009

Autor e Coautor(es)
Ana Paula Campos Cavalcanti Soares
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Sulamita Nagem Dias Lima

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Sistema alfabético e ortográfico
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Perceber que um mesmo som pode ser grafado de diferentes maneiras.

• Perceber que uma mesma letra pode representar sons diferentes, dependendo
de sua posição na palavra.

• Perceber as diferenças entre a pronúncia e a grafia convencional das palavras.

• Identificar, nas palavras, sílabas terminadas em consoante..

• Identificar, nas palavras, os encontros consonantais cuja 2ª letra é R ou L
(BR, CR, DR, FR, GR, PR, TR; e BL, CL etc.).
• Identificar, nas palavras, os encontros vocálicos orais nasais( ão, õe, ãe).

• Identificar, nas palavras, os dígrafos: CH, NH.

• Escrever corretamente palavras usuais com s com som de z; x com som de z; je, ji ou ge, gi.

Duração das atividades
Aproximadamente 100 minutos; 02 aulas.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

- Gênero textual: forma composicional, estilo, função, contexto de circulação.

Estratégias e recursos da aula

As estratégias a serem utilizadas são:- aula interativa;
- leitura de imagens
- vídeo

Desenvolvimento da aula
1º passo:
- Inicialmente o professor apresentará aos alunos o vídeo do Cartola, cantando a música “As rosas não falam” http://letras.terra.com.br/cartola/44898/ (ver vídeo em recursos educacionais).
- Apresentar a imagem do Cartola (ver recursos educacionais) e explicar rapidamente quem foi o Cartola e sua contribuição para a Música Popular Brasileira (ver biografia em recursos complementares).
- Caso os alunos desconheçam a música (mas lembramos que a música foi e continua sendo amplamente divulgada), essa será uma boa oportunidade para os alunos conhecerem uma das obras do sambista Cartola.

2º passo:- A opção por um texto conhecido pelos adultos, no caso uma canção, não é gratuita. Se o texto já foi lido e discutido, o grupo já estabeleceu com ele uma interação apropriada, tomando-o como unidade de sentido. Isso permite que o ditado interativo não repita a velha tradição de usar um texto como um mero pretexto para a condução de exercícios de análise linguística.
-Após a escuta da música, o professor irá ditar algumas frases da música que contemplem palavras com seguintes aspectos da ortografia:

Palavras com sílabas terminadas em consoante: ENFIM, JARDIM, etc.
Palavras com encontros consonantais (BR, CR, DR, FR, GR, PR, TR; e BL, CL etc.): TRISTONHOS, OUTRA, etc.
Palavras com encontros vocálicos nasais( ão, õe, ãe): VERÃO, CORAÇÃO, etc.
Palavras, os dígrafos: CH, NH: CHORAR, SONHOS, etc.
Palavras usuais com s com som de z; x com som de z; je, ji ou ge, gi: BOBAGEM, EXALAM, ROSAS, etc.

3º passo:-Durante o ditado o professor deve fazer várias interrupções nas quais pergunta aos alunos se na frase ditada há alguma palavra que acham mais “difícil” ou indaga explicitamente se determinada palavra é “difícil”.
- Ao realizar o ditado com a turma, o professor pode propor a focalização das palavras que contêm determinada dificuldade ortográfica, agora, com a canção impressa.

- Se o professor, por exemplo, está querendo a focalizar o uso do S com som Z, após ditar uma frase onde aparece a palavra “rosas”, pode lançar questões do tipo:
• Um pessoa que não sabe escrever a palavra “rosas”, como poderia se enganar? Por que?
• E uma pessoa que sabe escrever, como colocaria? Temos como saber por que só se pode escrever com S a palavra “rosas”?
- O professor pode ser menos diretivo e deixar que os alunos expressem o que eles consideram difícil. Neste caso o alfabetizador, ao interromper o ditado, pode, por exemplo, pedir que as crianças digam se alguma palavra é difícil, indagar que pedaço da palavra pode fazer com que uma pessoa erre ao escrever e seguir com a reflexão: identificando que formas errôneas poderiam aparecer quando alguém, que não soubesse escrever corretamente, fosse colocá-las no papel e discutindo com a turma se existem ou não regras que possam nos dar segurança sobre qual letra é a correta.

Recu rsos Educ acionais adicionados na aula

Imagem 1:

http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/2007/12/10/cartola-1974-cartola.htm

Vídeo 1

Vídeo: As Rosas Não Falam (Cartola - O Eterno)

http://www.youtube.com/watch?v=te2HfDsXcXs

Biografia

Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908 — Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980) foi um cantor, compositor e violonis ta brasileiro.
Consi derado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira, Cartola nasceu no bairro do Catete, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão.[1] Dificuldades financeiras obrigaram a família numerosa a se mudar para o morro da Mangueira, onde então começava a despontar uma incipiente favela.[2]
Na Mangueira, logo conheceu e fez amizade com Carlos Cachaça - seis anos mais velho - e outros bambas, e se iniciaria no mundo da boemia, da malandragem e do samba.[2]
Com 15 anos, após a morte de sua mãe, abandonou os estudos - tendo terminado apenas o primário.[1] Arranjou emprego de servente de obra, e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima. Por usar esse chapéu, ganhou dos colegas de trabalho o apelido "Cartola".[2]
Junto com um grupo amigos sambistas do morro, Cartola criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo em 1928 fundou a Estação Primeira de Mangueira. O nome e as cores verde-rosa teriam sido escolhidos por Cartola, que compôs também o primeiro samba para a escola de samba, "Chega de Demanda". Os sambas de Cartola se popularizaram na década de 1930, em vozes ilustres como Araci de Almeida, Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis e Silvio Caldas.[2]
Mas no início da década seguinte, Cartola desapareceu do cenário musical carioca e chegou a ser dado como morto. Pouco se sabe sobre aquele período, além do sambista ter brigado com amigos da Mangueira[2], contraído uma grave doença - especula-se que seja meningite[1] - ter ficado abatido com a morte de Deolinda, a mulher com quem vivia.
Cartola só foi reencontrado em 1956 pelo jornalista Sérgio Porto (mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta), trabalhando como lavador de carros em Ipanema. Graças a Porto, Cartola voltou a cantar, levando-o a programas de rádio e fazendo-o compor novos sambas para serem gravados. A partir daí, o compositor é redescoberto por uma nova safra de intérpretes.[1][2]
Em 1964, o sambista e sua nova esposa, Dona Zica, abriram um restaurante na rua da Carioca, o Zicartola, que promovia encontros de samba e boa comida, reunindo a juventude da zona sul carioca e os sambistas do morro. O Zicartola fechou as portas algum tempo depois, e o compositor continuou com seu emprego publico e compondo seus sambas.[2]
Em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o primeiro de seus quatro discos solo, e sua carreira tomou impulso de novo com clássicos instantâneos como "As Rosas Não Falam", "O Mundo é um Moinho", "Acontece", "O Sol Nascerá" (com Elton Medeiros), "Quem Me Vê Sorrindo" (com Carlos Cachaça), "Cordas de Aço", "Alvorada" e "Alegria". No final da década de 1970, mudou-se da Mangueira para uma casa em Jacarepaguá, onde morou até a morte, em 1980.[2]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cartola_(compositor)

Recursos Complementares


Sugestões Bibliográficas para o professor: - COSTA, Sérgio Roberto Dicionário de gêneros textuais. 2ª. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
- Revista Nova Escola. Editora Abril. Ano XXIV. Nº 224. Agosto de 2009. www.novaescola.org.br

- MORAIS, Artur Gomes. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2007.

Avaliação

A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e dificuldades.
O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas propostas, as observações e intervenções do professor, a auto - avaliação do professor e do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.
O foco da aula não é observar se o aluno vai escrever corretamente ou não. É preciso que o professor observe se o aluno compreendeu a lógica do sistema ortográfico, em específico nos casos ortográficos explorados na aula. O aluno precisa entender, no caso das irregularidades ortográficas, que um mesmo fonema pode ser representado por diferentes grafemas, sem que para isso haja uma regra, sendo necessário consulltar o dicionário ou memorizar essas palavras.

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