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MOSAICO RENDADO – A BELEZA DO KIRIGAMI

 

23/11/2009

Autor e Coautor(es)
Soraia Cristina Cardoso Lelis
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cultura e diversidade cultural
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 Conhecer a poética visual de Escher;
 Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obra, com enfoque em obras cuja repetição de signos seja recorrente;
 Exercitar a prática do mosaico rendado, através do desenho com tesoura;
 Produzir plasticamente propostas em mosaico com papel, à luz do referencial teórico-plástico estudado.

Duração das atividades
• Cinco aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras;
• Propostas em recorte e colagem para desenvolvimento da coordenação motora fina;
• Trabalhos com repetição e seriação.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1
 Pesquise conceitos e/ou definições de elemento gráfico, símbolo e signo e prepare uma conversa informal, no nível de sua turma sobre essas palavras e o seu significado;
 Mostre imagens de obras destacando os elementos sígnicos e/ou os símbolos presentes na composição;
 Proponha aos alunos para que, individualmente, façam uma incursão por revistas velhas a fim de se destacar imagens que apresentam signos recorrentes – que repetem algumas vezes no seu contexto (Os alunos retirarão a imagem da revista para exposição em local visível a todos);
 Socialize no grupo as imagens encontradas pelos alunos, fazendo os destaques necessários;
 Solicite aos alunos para que façam um croqui contemplando a repetição de signos/objetos (papel sulfite e lápis de desenho);
 À medida que os alunos concluem a proposta, anexe os trabalhos na parede de modo a viabilizar a apreciação e o olhar, para isso, deixe que os comentários/críticas floresçam no grupo.

 Algumas imagens que poderão ser encontradas em revistas:

Chá Verde LIPTON – “Pressa, só pra relaxar”.

NATURA – “Bem estar bem”

Coca-Cola – “O jeito Coca-cola Brasil de viver bem”.

Esmaltes Ana Hickmann – “A moda em suas mãos”.

Hidratantes de bronze gradual – Teste/consumidores

Sopa de abóbora e ricota

Fonte: Fragmentos/recortes de Imagens retiradas da Revista Boa Forma, Ano 22 Nº 12 Edição 260. Editora Abril: São Paulo, Dezembro 2008.

 Questione o grupo sobre os recortes feitos nas imagens de forma a enfatizar a repetição dos elementos gráficos contidos no seu contexto;
 Solicite para que nomeiem tais elementos, como: pés, quadrados coloridos, bolas vermelhas, vidros de esmalte, pernas cruzadas, tigelas de louça...
 Teça comentários sobre a composição da imagem, figura e fundo, as cores, as formas, o que é mais abstrato e o que é mais figurativo;
 Discuta com os alunos se há relação entre a imagem e o lema (slogan da propaganda);
 Enumere coletivamente as relações presentes no contexto das referidas imagens além da repetição dos símbolos (Nos exemplos acima, as imagens se referem a questões de saúde, qualidade de vida, alimentação, estética...);
 Eleja com os alunos a imagem ou as imagens que causaram maior estranhamento entre eles discutindo/percebendo os diferentes olhares para uma mesma imagem.
 Solicite aos alunos um desenho em forma de croqui contemplando a repetição de signos/objetos (papel sulfite e lápis de desenho);
 À medida que os alunos concluem a proposta, anexe os trabalhos na parede de modo a viabilizar a apreciação e o olhar. Deixe que os comentários/críticas floresçam no grupo.


Aula 2

 Retome os croquis elaborados na aula anterior trazendo novamente a idéia de signo e repetição;
 Exercite com os alunos o olhar, enfocando “figura e fundo”, a partir da análise dos croquis e das imagens de revista pesquisadas na aula anterior;
 Apresente algumas obras de Escher, tecendo comentários sobre repetição, signos recorrentes, figura e fundo. Sugestão:

http ://matematicamaniaunij orge.blogspot.com

http://anaisabelbarreira74.googlepages.com/m.c.escher

http://matematicamaniaunijorge.blogspot.com

http://joyedson-artevie.blogspot.com/2009/03/pos-modernismo-frederic-jameson.html


 Olhando as imagens de obras apresentadas pergunte ao grupo:

- O que vocês vêem/ percebem nas imagens?
- Vamos dar um nome para cada uma destas obras?
Mostrando novas imagens de obras:

- Pergunte: O que é figura e o que é fundo?

- Mostre outras obras de Escher onde a noção/percepção de figura e fundo pode estar mais evidente e deixe que os alunos falem suas impressões.

- Vocês acham que o autor destas obras fazia cálculos, usava régua, compasso ou desenhava livremente repetindo e encaixando os elementos no suporte de papel?

http://matematicamaniaunijorge.blogspot.com

http://matematicamaniaunijorge.blogspot.com

http://matematicamaniaunijorge.blogspot.com

 Fale sobre o artista – autor de tais obras, enquanto REFERENCIAL TEÓRICO-PLÁSTICO PARA ESTUDO E PRODUÇÃO DE MOSAICOS: “Produção poética com repetição de signos”.

http://hisarfilo.blogspot.com/

O artista gráfico holandês M. C. Escher (1898 - 1972) produziu uma série de litografias e xilogravuras que procuravam representar construções impossíveis, inúmeros padrões geométricos, além de provocar no observador uma verdadeira confusão mental com suas brilhantes ilusões de óptica. Sua obra é vasta e diversificada. Escher é geralmente lembrado como uma artista amante da matemática. No entanto, a genialidade de Escher não se limita a construir imagens com impressionantes efeitos, dotado de qualidade técnica e estética à perspectiva. Escher é um grande artista moderno, admirador das formas e da transformação. Ele também é um artista que pinta a imagem de um novo homem capaz de se auto-analisar e, por conseguinte, de se reconstituir.
http://hisarfilo.blogspot.com/2008/11/escher-e-sua-ciencia.html

Ver também:


ESCHER - Maurits Cornelis Escher (1898 - 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons, que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maurits_Cornelis_Escher


 Leia o texto anteriormente e procur e contar a história de Escher adaptada ao entendimento e discernimento da turma e da sua faixa etária ou trabalhe o texto com seus alunos:

Quem foi ESCHER?
Mauritz Cornelis Escher nasceu em 17 de junho de 1898, em Leeuwarden, na Holanda, onde curso u a Escola de Arquite tura e Artes Decorativas. Viajou muito pela Europa, principalmente pela Espanha e Itália, país em que morou por mais de dez anos.
Escher costumava utilizar em seus trabalhos a técnica da gravura sobre metal, madeira, pedra, etc, o que permitia a obtenção de muitas cópias de uma mesma obra.
Numa de suas viagens pela Espanha, visita em Córdoba, o Palácio da Alhambra e a Mesquita – antigos edifícios de origem árabe – interessando-se pelos mosaicos geométricos que os adornam, os quais estuda detalhadamente. A partir de então, sua obra vai se enriquecendo de elementos geométricos. Sua produção passa a ser tão admirada mundialmente, que Escher é convidado a expor na Conferência Internacional de Matemática, realizada em Amsterdã, em 1954. Nos anos seguintes, escreve artigos sobre Geometria e faz palestras a respeito de suas gravuras na Europa e no Canadá.
Quando faleceu, em 1972, suas obras já tinham sido expostas nos principais m useus e galerias da Europa e da América do Norte, sendo reconhecidas pela notável combinação de sensibilidade, precisão técnica e conhecimento matemático que expressavam.
Escher era um grande observador da natureza: tinha profundo interesse não só pelo mundo microscópico – estudou cristalografia -, mas também pelo mundo macroscópico – foi um astrônomo amador tão dedicado, que chegou a fazer ,mapas detalhados do céu.
Escher considerava a Matemática “um portão aberto”. Desse portão, dizia ele, partem muitos caminhos que se ramificam por um jardim. Quando pensava já haver percorrido todos eles e retratado todas as vistas desse jardim, acabava encontrando um novo caminho, que permitia outras descobertas. Com essa concepção, Escher utilizava a Matemática como uma ferramenta que lhe ampliava a percepção e enriquecia seu trabalho gráfico, disso resultando uma obra primorosa.
As aplicações da Matemática em sua produção não se limitaram aos mosaicos geométricos regulares: utilizou também malhas curvas e espiraladas e módulos variáveis, além de perspectivas e sólidos geométricos.
Comentando seus próprios trabalhos, Escher escreveu: “Se você me perguntar por que faço essas coisas tão loucas, esses objetos tão absolutamente objetivos, sem nenhum toque pessoal, eu só posso lhe responder que é porque não consigo deixar de fazê-los”. (IMENES, Luiz Mário. Geometria dos Mosaicos. São Paulo: Scipione, 1988, p.36-37).


Aula 3

 De posse das informações sobre o artista (biografia), construa um texto no nível da sua turma e realize a leitura oral e interpretação com o grupo;
 Convide seus alunos a realizarem exercícios de desenho livre com tesoura. Para isso, entregue retalhos variados de papel e deixe que experimentem a criação de formas sem o convencional uso do lápis;
 Entregue uma folha de papel sulfite ou qualquer papel de gramatura fina (papel fantasia ou seda) no tamanho A4 para cada aluno e oriente a turma para dobrar ao meio, no sentido vertical, cuidando para vincar corretamente na união das quatro pontas da folha;
 Continue dobrando a folha, ao meio de novo, agora obtendo a divisão em quatro;
 Novamente a dobradura para obter a divisão em oito partes;

Execução da dobradura no papel – 8 partes (quatro dobras)
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

 Mostre aos alunos como se deve proceder ao desenho com a tesoura: com o papel dobrado em oito partes, desenhar com a tesoura tirando formas do papel, usando os quatro lados do retângulo formado na dobradura;

Execução de recorte em desenho com a tesoura
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

 Chame a atenção para o cuidado em não retirar o vinco todo - “inteiro” (linha imaginária que contorna o retângulo de papel), ou seja, a cada recorte, deve-se deixar um espaço entre o próximo, para não despencar em muitos pedaços (esse é o segredo do trabalho!);
 Os desenhos com a tesoura feitos em cada um dos quatro lados do retângulo, devem ir até o meio papel;

Trabalho de desenho com tesoura em papel dobrado pronto para abrir/desdobrar
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

 Convide os alunos para a surpresa: - Desdobrar devagarinho o papel para não rasgar a trama construída com os recortes de desenho com tesoura;

Kirigami – Mosaico rendado (sem passar)
Fonte: Acervo e auto ria Soraia Lelis

Aula 4


 Para retirar as marcas das dobras do papel, leve para a sala de aula um ferro elétrico e um tecido grosso. Prepare um canto da sala para que os alunos possam passar os trabalhos a ferro quente, cuidando para colocar uma folha de papel por cima do mosaico rendado de modo a proteger para não rasgar. Devido às muitas formas criadas e vazadas no papel, este torna-se frágil e o ferro poderá entrar em um dos “buracos” e destruir a composição plástica;

Alunos 3º Ano passando o trabalho
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Kirigami – Mosaico rendado
Criação: Soraia Lelis/2009
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis


 Leve cola e folhas de papel colorido (Creative Paper, Filipinho ou color-set) em tamanho A4 para a sala de aula e convide os alunos a emoldurarem o trabalho, criando um suporte/base para abrigar o Kirigami;

Composição plástica em Kirigami - Alunos 3º Ano/2008
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Aula 5

 Solicite aos alunos para criarem uma definição para o termo KIRIGAMI;

 Apresente aos alunos o conceito de KIRIGAMI. Sugestão:
Kirigami é uma técnica mista em que além de utilizar a dobradura no papel – origami, utiliza-se cortes – kiri. O kirigami normalmente é feito com base em um papel de gramatura maior onde, ao introduzirmos alguns cortes, podemos dobrá-lo para formar as figuras desejadas. É uma técnica cuja simplicidade chega a impressionar dado os resultados que são possíveis de obter. (Norberto Kawakami)
Disponível em http://origami.em.blog.br/archives/kirigami/

Acesso em agosto/2008


 Exponha as produções e converse com os alunos retomando os conceitos estudados anteriormente: repetição de elementos gráficos, figura e fundo, formas.

Composição plástica em Kirigami
Exposição Coletiva - Alunos 3º Ano/2008
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Recursos Complementares

 Símbolo - O termo símbolo, com origem no grego σύμβολον (sýmbolon), designa um elemento representativo que está (realidade visível) em lugar de algo (realidade invisível) que tanto pode ser um objecto como um conceito ou idéia, determinada quantidade ou qualidade.  http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolo


 Signo - Resumidamente, um signo relaciona três elementos - segundo Peirce. É composto por: um OBJETO (que pode ser um fato); um INTERPRETANTE (que pode ser a interpretação que alguém venha a fazer do fato - não confundir com "intérprete"); e um REPRESENTÂMEN, que é o corpo do Signo em si. Assim, no Signo há uma relação tripla entre Objeto, Interpretante e Representâmen. A palavra "computador" é um Signo: o seu Objeto pode ser um computador qualquer; o Interpretante, para você - é o computador que vem à sua cabeça ao ler a palavra; e o Representâmen é a própria palavra "computador".  www.semiotic.com.br/conceito/semiotica.htm

 Mosaico - Mosaico ou arte musiva, é um embutido de pequenas peças (tesselas) de pedra ou de outros materiais (vidro, mármore, cerâmica ou conchas), formando determinado desenho. O objetivo do mosaico é preencher algum tipo de plano, como pisos e paredes. A palavra "mosaico" tem origem na palavra grega mouseîn, a mesma que deu origem à palavra música, que significa próprio das musas. É uma forma de arte decorativa milenar, que nos remete à época greco-romana, quando teve seu apogeu. Na sua elaboração foram utilizados diversos tipos de materiais e teve diferentes aplicações através dos tempos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosaico

Avaliação

• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.

Recursos educacionais
Nome                                         Tipo
Aula expositiva                           Teórica
Apreciação de imagem de obras   Teórica
Recorte e desenho                       Prática
Mosaico                                       Prática

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 2 classificações

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  • Quatro estrelas 1/2 - 50%
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