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SILHUETA CORPORAL - VOLUME COM PLANOS

 

22/09/2009

Autor e Coautor(es)
Soraia Cristina Cardoso Lelis
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 Conhecer parte da produção poética de Lotte Reiniger em silhuetas de animação;
 Trabalhar a apreciação da imagem da obra “Walking Man” - escultura de Jonathan Borofsky;
 Exercitar a prática de desenho e recorte através de criação de silhueta corporal humana;
 Produzir plasticamente propostas em silhueta corporal humana na tridimensionalidade, visando a montagem de uma instalação à luz do referencial teórico-plástico estudado.

Duração das atividades
• Seis aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras;
• Conhecimento da linguagem artística “Instalação”;
• Construção de objetos tridimensionais;
• Corpo e movimento.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1
 Prepare uma aula teórica, buscando alinhavar os conceitos necessários para o desenvolvimento do conteúdo proposto em Arte Contemporânea: Silhueta, Tridimensionalidade e Instalação.
 Para estudar e conhecer mais sobre SILHUETA com seus alunos, sugiro trabalhar o seu conceito, segundo Chivers:
Silhueta
Imagem de contornos de uma figura, matizada em uma única cor sólida e plana, dando a impressão de uma sombra projetada pela figura em questão. O termo aplica-se em particular a retratos de perfil, em cor preta contra fundo branco (ou vice-versa), pintados ou recortados em papel, que foram extremamente populares no período compreendido entre 1750 e 1850. A palavra “silhueta” é derivada do nome de Etienne de Silhouette (1709 – 1767), que cortava silhuetas como passatempo. Na Inglaterra os retratos em silhueta foram geralmente chamados “sombras” ou “perfis” até o final do século XVIII. Lotte Reiniger, artista alemã, fez interessantes experimentos na década de 30, com silhuetas animadas gravadas em película cinematográfica. (CHILVERS, Yan. Dicionário Oxford de Arte. São Paulo: Martins fontes, 2001, p.492-3.)
 Reserve o laboratório de Informática da escola e convide e os alunos pesquisar na rede artistas e trabalhos com silhueta, contemplando não só pessoas, mas também silhuetas urbanas, de animais e objetos;
 Disponibilize CDs para a gravação de imagens e informações importantes encontradas e os seus respectivos sites (fontes);
 Recolha os arquivos para conhecer o que os alunos conseguiram produzir a nível de pesquisa;
 Posteriormente, no seu horário de planejamento, aprecie as contribuições contidas nos arquivos, selecione as informações mais relevantes e prepare uma apresentação em power-point para socialização com projetor multimídia, na próxima aula.

Aula 2
 Socialize na turma os referenciais da pesquisa da aula anterior no Laboratório de Informática, aproveitando para ressaltar as descobertas e o desenvolvimento da proposta: pesquisar artistas e obras com ênfase em SILHUETA;
 Apresente aos alunos alguns trabalhos em silhueta. Sugestão:

Essas e outras silhuetas estão disponíveis em:
http://temoutrascoisas.blogspot.com/2007/05/silhuetas-lotte-reiniger.html


 Fale também sobre a autora desses trabalhos.

Sugestão:
Lotte Reiniger (Alemanha 1899 – 1981)
Reiniger nasceu em Berlim e foi a primeira mulher a se dedicar à animação. Mudou-se para o Canadá nos anos 70. Trabalhava com silhuetas de papel, técnica tradicional na China e Europa Oriental, transpondo-as para filmes a partir de 1918. Realizou um longa-metragem em 1926, intitulado Prinz Achmed. Sua técnica de animação de recortes tinha efeito leve e delicado em seus filmes de contos de fadas.
http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/plugcultura/expoisicao-lotte-reiniger


http://www.aldeianago.com.br/component/option,com_events/task,view_detail/agid,7040/year,2009/month,7/day,22/Itemid,50/catids,46/

Aula 3
 De posse de todo o referencial teórico-plástico trabalhado nas aulas anteriores, proponha um estudo de croquis de silhuetas humanas inseridas em um contexto qualquer, usando papel sulfite e grafite;
 Encerrando a aula, apresente a imagem da obra Walking Man, uma escultura de Jonathan Borofsky, instalada em Munique, na Alemanha;

Walking Man, Jonathan Borofsky, Escultura / Munique – Alemanha
Fotografia de M. Torres
ht tp://www.travel-images.com/germany30.jpg

 Apresente também a imagem da obra vista de outro ângulo:

http://photos1.blogger.com/blogger/6746/466/1600/walkingman_borofsky.jpg

 Proponha aos alunos o retorno do olhar sobre os croquis elaborados no início da aula, ressignificando as propostas construídas.

Aula 3
 Retome a obra “Walking Man” trabalhada na aula anterior e fale sobre a sua autoria, bem como da linguagem plástica da escultura. Sugestão:
*Sobre Borofsky:
Disponível em

http://www.allaboutarts.com.br/default.aspx?PageCode=12&PageGrid=Bio&item=1205P2 >Acesso em: maio/2009)

*Sobre Escultura - Técnica usada por Borofsky na obra em questão:


ESCULTURA: Esse trabalho de talhar ou modelar, possibilita ao escultor sentir o seu caminho/percurso de criação e descoberta pessoal, dirigindo-se pela forma tomada/encorpada na matéria, na qual suas mãos obedecem aos pensamentos próprios e às possibilidades do material, numa atitude de respeito e encantamento. Assim, o cortar e o esculpir num processo escultórico é dar forma a um bloco, a um todo bruto que se apresenta de forma autônoma e deixa-se revelar na ênfase da função expressiva. (LELIS, Soraia Cristina Cardoso. Poéticas Visuais em construção – o fazer artístico e a educação (do) sensível no contexto escolar. 2004. Dissertação de Mestrado em Artes Visuais -Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004, p. 112)

 Disponibilize aos alunos livros variados de arte e catálogos de exposições para que apreciem imagens de obras em escultura, promovendo o diálogo e a interação da turma com as decobertas realizadas;
 Solicite o desenho em papel sulfite e grafite de várias silhuetas corporais sem a preocupação com o contexto (fundo ou cena), contemplando as incursões nos livros, nos sites das internet visitados e no conteúdo apresentado;

Estudo de croquis - Silhueta corporal
Aluna 5º Ano/2009 – ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Vitor Marcelino

 Explique aos alunos que as silhuetas devem ter a parte inferior bem nivelada, ou seja, a base precisa estar alinhada para que posteriormente tais objetos consigam se equilibrar em uma superfície plana;
 Lembre seus alunos de que a silhueta remete a contorno e não contempla detalhes e divisão do corpo em membros, mas o todo em si – uma linha que começa e termina na sua origem;

Aula 4
 Retome os desenhos dos alunos e solicite para que escolham três deles – os de maior preferência entre os demais;
 Confira se nos desenhos, as silhuetas estão mais ou menos niveladas na região dos membros inferiores – pés e joelhos ou glúteo, braços... dependendo da forma /posição que o aluno desenhou o corpo em forma de silhueta;
 Explique que o próximo passo do trabalho será a duplicação de cada um dos três desenhos de silhueta escolhido, no sentido de que cada aluno tenha em mãos, seis silhuetas para formar três pares;
 Mostre a necessidade de um molde ou chassi para que as silhuetas em pares fiquem exatamente iguais, para isso, distribua um papel mais encorpado onde os alunos farão os moldes ou chassis;
 Disponibilize retalhos de E.V.A em seis cores, de modo que cada aluno escolha as cores com as quais deseja realizar a proposta em recorte, criando um jogo de cores;

Retalhos de E.V.A – matéria prima para a construção dos objetos tridimensionais em silhueta corporal
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

 Após o desenho das seis silhuetas no E.V.A, através do molde, os alunos farão o recorte normal dos seus contornos;
 Confira com cada aluno as suas silhuetas e os pares formados, observando se estão realmente iguais, principalmente na parte inferior – base do objeto tridimensional (estando o corpo retratado de joelhos, em pé, deitado ou sentado);

Construção de Silhueta corporal
Alunos 5º Ano/2009 – ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Vitor Marcelino


Aula 4

 Retome as silhuetas recortadas em E.V.A;
 Mostre aos alunos a necessidade de se fazer um corte embaixo – “das pernas para cima” em uma silhueta do par e “da cabeça para baixo” na outra silhueta que forma o par com esta;

Construção de Silhueta corporal
Alunos 5º Ano/2009 – ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Vitor Marcelino


 Com a incisão dos cortes, ensine como se monta o par – entrando um no outro, de forma a dar equilíbrio e as silhuetas fiquem de pé;

Construção de Silhueta corporal
Alunos 5º Ano/2009 – ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Vitor Marcelino

 Os pares serão colados com cola quente nas regiões anterior e posterior ou direita e esquerda, dependendo da posição em que ela está;

Construção de Silhueta corporal
Alunos 5º Ano/2009 – ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Vitor Marcelino

 Observe os alunos brincando com os bonecos e curtindo a nova criação do bi ao tridimensional;
 Fale da proposta de construção de uma instalação coletiva com os objetos tridimensionais criados;
 Introduza um conceito de instalação e procure mostrar algumas imagens de obras desta linguagem artística.
Sugestão:
Instalação – É o ato de ocupar um espaço de exposição de forma a produzi-lo teatralmente. Há nesse procedimento grande respeito ao espaço. No qual a exposição acaba por estabelecer uma relação de fusão com o lugar, levando o olhar do espectador para o todo, envolvendo-se com a obra em si. O importante é o ambiente, o espaço produzido com a participação do público que interage criativamente a partir da proposta do artista. O artista, ao realizar uma instalação, parte da coerência entre o espaço, a obra e o público para inventar uma nova visão de arte interativa. É um trabalho dinâmico entre galeria, o museu e a obra, uma relação que é controlada pelo artista, e o seu sucesso está na possibilidade da visibilidade do conjunto que certamente levará ao desenvolvimento de novos paradigmas críticos. A instalação é uma vertente significativa da arte contemporânea que predomina nos projetos de jovens artistas e aparece nas exposições de galerias, museus, bienais e outros espaços culturais. Um dos exemplos mais interessantes de instalação foi a proposta da artista Ana Maria Tavares, que visou à apropriação do Museu da Pampulha, buscando um diálogo entre seus impecáveis objetos e o espaço criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. (SANTOS, Denise. Orientações Didáticas em Arte Educação. Belo Horizonte: C/Arte: FHC/Fumec, 2002. p.88)

Sugestão de consulta:
“O tridimensional na Arte Contemporânea”
Reúne 15 artistas com obras inéditas que trafegam pelo Tridimensional. São cerca de 100 obras entre instalações, vídeo-instalações, objetos e esculturas. Utilizando materiais insólitos, entenda-se não usuais, suas propostas englobam desde vergalhões, resíduos industriais, madeiras, chapas de aço, passando pelos aramados, e até materiais orgânicos-inorgânicos.
Algumas obras disponíveis neste site para apreciação da turma:

Tiago Fazito com suas megas figuras fragmentadas, antenado pelo mundo e recém-chegado da Alemanha, França e Itália, parte de uma tendência internacional num confronto com seu em torno. Das fotografias antigas, incluso de membros da família, ele cria e se apropria de situações que são ao mesmo tempo cenários e instalações.

http://www.macvirtual.usp.br/mac/templates/exposicoes/exposicao_tridimensional/exposicao_tridimensional.asp

Aula 5
 Convide os alunos para a construção da instalação envolvendo todos os objetos tridimensionais criados;
 Busque com o grupo um local na escola que abrigue todo o material construído;
 Permita que cada alune instale a sua produção plástica e registre com fotografia – lembre-se que esta instalação tem o caráter efêmero e que, mesmo se futuramente o grupo decidir remontá-la esta nunca será a mesma, pois os objetos podem se perder, desbotar e montada em outro espaço, se desconfigurará e se distanciará da maneira como foi trabalhada agora na sua montagem.

Recorte Instalação “Dupla Face”
Alunos 5º Ano/2009 – ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Vitor Marcelino

 Eleja com o grupo de alunos um nome para o trabalho e confeccione com eles uma plaquinha de identificação da proposta


Aula 6
 Visite a instalação dos alunos antes de desmontá-la e converse com a turma sobre tridimensionalidade;

Instalação “Dupla Face” – Alunos 5º Ano/2009 – ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Vitor Marcelino


 Sugestão:
TRIDIMENSIONAL - adj. Que comporta três dimensões (altura, comprimento e largura).

http://www.hostdime.com.br/dicionario/tridimensional.html

 Encerre essa unidade propondo um Desenho de Observação dos objetos tridimensionais, trabalhando as dificuldades que possam surgir em relação a volume, plano, altura, largura, equilíbrio.

Volume com planos – Aluno realizando Desenho de Observação
Aluno 5º Ano/2009 – ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Vitor Marcelino

Avaliação

• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.

Recursos educacionais

Nome                                                Tipo
Aula expositiva                                 Teórica
Apreciação de imagem de obras         Teórica
Recorte e desenho                             Prática
Construção de objeto tridimensionais   Prática
Montagem de Instalação                     Prática

Opinião de quem acessou

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