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Literatura de Cordel

 

20/11/2009

Autor e Coautor(es)
Isabella Fernandes Pessoa
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Professor Luiz Prazeres

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: processos de interlocução
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Esta aula contribuirá para que o aluno reconheça a importância da literatura de cordel como patrimônio histórico e cultural do povo brasileiro. Contribuirá, também, para estimular a leitura, a produção de cordéis entre alunos e demais integrantes da comunidade escolar, e utilizar a literatura de cordel como recurso para debater temas relacionados à atualidade.
Através dessas aulas, os alunos ficarão mais motivados em produzir textos, pois outras pessoas terão oportunidade de ler suas produções. Os alunos também praticarão a escrita, aguçando assim a criatividade e o enriquecimento do vocabulário.

Duração das atividades
6 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos devem reconhecer as variedades linguísticas e o regionalismo presente na literatura.

Estratégias e recursos da aula

1ª aula:

O professor sugere o seguinte exercício para os alunos:
1 – Leia este poema " A morte de Nanã" de Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa de Assaré:

Fonte: http://meupensar.wordpress.com/2009/08/03/patativa-do-assare-a-morte-de-nana/ (acessado em 13 de setembro de 2009)


2 – Patativa de Assaré (1909-2002) foi um importante poeta brasileiro, que se destacou na literatura de cordel. Pelas características de sua linguagem, é possível supor que ele seja:
a) Um poeta popular ou um poeta erudito? Por quê?
b) Um poeta urbano ou um poeta rural? Por quê?

3 – O poema A morte de Nanã foge às normas da língua escrita e procura retratar o modo de falar do poeta.
a) Identifique palavras que tenham sido escritas de modo diferente daquele registrado no dicionário.
b) O poeta emprega no texto a palavra “cajuêro”, muito usada em certa região do país. Qual é essa região?

Antes de fazer a correção do exercício com os alunos, pergunte se alguém sabe o que é literatura de cordel. Caso não saibam, através do nome (literatura de cordel) e do poema de Patativa de Assaré, pergunte o que eles suponham que seja a literatura de cordel. Após responderem o professor dirá que, nas próximas aulas, eles estudarão o que é literatura de cordel, que tem importante contribuição para a cultura do povo brasileiro.
Em seguida, o professor fará a correção do exercício com os alunos e passará o vídeo que contém esse poema recitado pelo próprio poeta Patativa de Assaré. O vídeo está disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=cWD0YoweNy4 (acessado em 13 de setembro de 2009).

2ª a ula:
Nesta segu nda aula, o professo r falará sobre o que é literatura de cordel. Ele poderá levar um texto para os alunos expondo sobre o assunto. É interessante que o professor leve alguns exemplares de cordel, para que os alunos conheçam e tenham contato com esse material.

Como sugestão seg ue o seguinte texto:


Literatura de Cordel
A poesia popular, enquanto literatura oral já existe há mais de 3.500 anos. No Brasil o cordel chegou, trazido de Portugal, onde era vendido como "folhas soltas", mas foi com um poeta nascido em Pombal, que ele ganhou celebridade. Foi Leandro Gomes de Barros quem primeiro passou a editar e comercializar, no final do século XIX, o folheto na forma tal como temos atualmente, por isso ele é considerado o patriarca dessa expressão popular e a Paraíba é tida como o berço da literatura de cordel.
O cordel que era vendido nas barracas das feiras livres pendurado em cordões e recitado ou cantado pelos poetas violeiros para atrair os compradores, hoje sofre dos males do esquecimento e do abandono, explicado pelo advento da era tecnológica e assimilação desenfreada da cultura estrangeira. Ele já foi, no interior do Nordeste, o jornal, a música, o lazer de um povo que se reunia nos salões ou terreiros das casas para fantasiar histórias lidas por aqueles que dominavam os códigos da leitura e servia também para alfabetizar tantos outros que às vezes sabia de cor folhetos famosos. O hábito de ler cotidianamente o cordel fez surgir no Nordeste poetas de expressão como Patativa do Assaré e revelar ao mundo uma música inigualável de Luiz Gonzaga, valores que sintetizam a grandiosidade da nossa arte popular.
Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público. Ainda hoje são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.
De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados
Temas da Literatura de Cordel
Não há limite na escolha dos temas para a criação de um folheto, que tanto pode narrar os feitos de cangaceiros, as espertezas de heróis como João Grilo e Pedro Malasartes ou uma história de amor, ou ainda acontecimentos importantes de interesse público, como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. Também são comuns os temas sobrenaturais, como a chegada de Lampião no Inferno ou a realização de profecias de Antônio Conselheiro. Com o advento dos meios de comunicação de massa, os astros da TV também passaram a aparecer como personagens de cordel.


Fragmentos do texto “Projeto Cordel na Escola” de Francisco Ferreira Filho Diniz e do texto “Literatura de Cordel e Literatura Oral” extraído do site http://www.suapesquisa.com/cordel/ (acessado em 13 de setembro de 2009).

O professor poderá ler alguns poemas de literatura de cordel e, oralmente, após a leitura, pedir para os alunos identificarem os temas presentes nesses poemas. Caso haja tempo poderá passar alguns áudios e fazer a mesma exercitação com os alunos.
Segue endereço de sítio que contém sugestão de outros poemas de cordel: http://www.arteducacao.pro.br/Cultura/cordel/cordel.htm (acessado em 13 de setembro de 2009)
Seguem endereço de sítios em que há áudio e vídeo de poemas da literatura de cordel:
http://vodpod.com/watch/1931397-patativa-do-assar-eu-e-o-serto (acessado em 13 de setembro de 2009).
http://www.guiasdecocina.com/videos/video/OTxEL9lptW4/Literatura+de+Cordel.html (acessado em 31 de outubro de 2009).


3ª aula:

O professor fará a leitura de al guns poemas de literatura de cordel para análise das características do gênero. Em seguida,
esquematizará no quadro de giz as principais características da literatura de cordel, juntamente com os alunos.
Como lição de casa, o professor pedirá aos alunos que pesquisem sobre o significado e o histórico da Literatura de Cordel, com o intuito de que eles possam ampliar o conhecimento sobre esse gênero. Os alunos podem ler e anotar as informações mais importantes no caderno, tais como: O que significa Literatura de Cordel? O nde e como surgiu? Qu ais as suas principais características? Quem são os principais autores?


4ª aula e 5ª aula:

O professor iniciará um trabalho em grupo de 3 a 5 pessoas na classe. Cada grupo elaborará um texto no formato da literatura de cordel. Logo após, os grupos deverão escolher uma temática para desenvolver. O professor poderá sugerir alguns temas:
• Reciclagem
• A importância da água
• O meio ambiente
• A importância da educação
• Nossa escola
• A dengue

Cada grupo ficará encarregado do material utilizado na confecção do trabalho. É importante ressaltar que a ilustração do cordel será feita pelos próprios alunos, de acordo com a temática de cada grupo.
Os trabalhos dos grupos serão, primeiramente, apresentados em sala em formato de sarau e, em seguida, expostos para a escola em varais. Os melhores textos poderão ser publicados no sítio da escola e/ou xerocados para a comunidade escolar.


6ª aula:

Apresentação dos cordéis no sarau promovido pela sala. Outras salas poderão ser convidadas para o sarau.

Recursos Complementares
Avaliação

A avaliação deverá ocorrer durante a confecção e a apresentação dos cordéis produzidos pelos alunos. Na confecção, o professor estará atento ao nível de criatividade dos alunos. Já durante as apresentações dos cordéis, o professor deve valorizar os aspectos positivos do grupo. As observações deverão ser anotadas pelo professor durante o sarau e serão comentadas somente com a classe, após todos os grupos apresentarem. Tanto os avaliadores como os avaliados devem ter clareza do objetivo das observações feitas, ou seja, de contribuir para a melhoria das futuras apresentações.
O professor deve verificar se os cordéis evidenciaram conhecimentos do tema como um todo, de acordo com o que foi trabalhado em sala de aula.

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