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"A rã encantada"

 

29/10/2009

Autor e Coautor(es)
Fernanda Maurício Simões
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Tânia Aretuza Ambrizi Gebara

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Processos de leitura
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Ao final dessas atividades, esperamos que os alunos:

·         Avancem no processo de compreensão de textos.

·         Aprendam a levantar hipóteses sobre o texto e confirmá-las.

·         Aprendam a prever o conteúdo do texto a partir das informações que já tiverem. 

Duração das atividades
1 aula de 40 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Essa atividade pode ser realizada desde o início da alfabetização.
Estratégias e recursos da aula

Levantar e confirmar hipóteses sobre o texto que está sendo lido é uma operação que os leitores mais experientes realizam de forma quase automatizada. Ensinar essa estratégia de leitura para os alunos é importante no processo de formação de leitores. Dessa forma, propomos que o professor, em uma roda com as crianças, faça a leitura protocolada do texto: “A rã encantada”. Para isso, deverá interromper a leitura de tempos em tempos e pedir à turma que, levantem hipóteses sobre o que acontecerá na história.

            Sugerimos que logo após a leitura do título, o professor já interrompa a leitura e pergunte aos alunos como imaginam que será a história. É importante registrar as hipóteses das crianças para que após a leitura verifiquem se correspondeu ou não ao seu conteúdo. Ao longo do texto, marcamos os pontos em que a leitura poderá ser interrompida para que os alunos, com base na compreensão que já construíram pela leitura da história, prevejam como será o seu desenvolvimento:

A rã encantada

O QUE VOCÊS IMAGINAM QUE ACONTECERÁ NESSA HISTÓRIA?

POR QUE ELA TEM ESSE TÍTULO?

Em tempos que já lá vão em que todo o desejo se cumpria, e que por desgraça já passaram, vivia um rei que tinha muitas filhas e todas muito formosas, porém a mais nova era tão bela que até o próprio sol ficava encantado quando lhe iluminava o rosto.


Perto do castelo havia uma grande selva com muito arvoredo e muita sombra e  debaixo de uma velha tília, um poço. Nos dias de muito calor, a filha do rei sentava-se à borda do poço e quando queria brincar, agarrava uma bola de ouro e atirava-a várias vezes ao ar. Este era o jogo que mais a divertia.


Uma vez em que ela estava assim brincando, a bola em lugar de lhe cair nas mãos, foi a terra e rodou para a água.


A princesa seguiu-a com os olhos, mas a bola desapareceu e  como o poço era muito fundo, inútil era tentar agarrá-la. Então começou a chorar perdidamente.

A PRINCEZA ACHARÁ SUA BOLA? POR QUÊ?

De repente ouviu uma voz que lhe dizia:


“Que tens, filha de rei? Por que choras assim dessa maneira que até fazes entristecer as pedras?”


Olhou em redor para ver donde vinha a voz e viu uma rã espetando a sua nojenta cabeça fora da água.

 
“Ah! És tu, velha rã?” disse-lhe a menina. “Choro por causa da minha bola de ouro que me caiu ao poço”.


“Cala-te”, respondeu a rã, “eu vou ajudar-te, mas o que me dás em paga se eu trouxer o teu brinquedo?”

“O que quiseres, querida rã: os meus vestidos, as minhas pérolas e pedras preciosas, até mesmo a coroa de ouro que tenho na cabeça, tudo te darei com gosto”.


A rã respondeu:


“Não quero os teus vestidos, nem as tuas pérolas, nem as tuas pedras preciosas nem a tua coroa de ouro; mas se quiseres levar-me contigo, como amiga e companheira nos teus jogos, sentar-me à tua mesa, dares-me de comer no teu prato de ouro, de beber no teu copo e deitares-me no teu leito, então irei ao fundo do poço e trarei a bola de ouro.”


“Ah!” disse ela, “Prometo tudo o que quiseres se me trouxeres a minha bola”.


Mas dizia consigo:


“Que coisas pede esta pobre rã! Ela pode cantar na água entre as suas semelhantes, mas nunca poderá ser companheira de um ser humano”.


A rã, depois da menina lhe ter prometido o que ela pedia, meteu a cabeça na água, foi ao fundo do poço e pouco depois tornou a aparecer, trazendo na boca a bola de ouro, que lançou para a erva.

A filha do rei, cheia de alegria ao ver o seu lindo brinquedo, apanhou-o e desatou a correr.

“Espera, espera! Gritou-lhe a rã. “Leva-me contigo; eu  posso correr tan to como tu! ” 

A PRINCEZA ACEITARÁ A COMPANHIA DA RÃ ? POR QUÊ?

Mas de nada lhe serviu gritar, porque a princesa não fazia caso; correu para casa e logo esqueceu a infeliz rã, que se viu  obrigada a voltar para a sua vivenda.


No dia seguinte, quando a menina estava sentada à mesa com rei seu pai e os cortesãos, comendo no seu prato de ouro, ouviu qualquer barulho na escada de mármore do palácio. Nisto alguém bateu á porta e disse:


“Filha mais nova do rei, abre-me!”


A princesa levantou-se e foi ver quem batia; era a rã! Assim que a viu fechou a porta e correu e a sentar-se de nova à mesa, cheia de medo.

 
O rei notou a perturbação da sua filha e perguntou-lhe:

“O que tens, minha filha? Está á porta algum gigante que te venha buscar?”


“Ah! Não”, respondeu ela, “ não é um gigante, mas sim uma rã muito feia.”


“Mas o que te quer a rã?”


“Ai, meu querido pai! Ontem, quando eu estava no bosque brincando junto ao poço, caiu à água a minha bola de ouro. Comecei a chorar e a rã trouxe-a depois de me ter feito  prometer que seria a minha companheira; mas nunca pensei que ela pudesse deixar a água; afinal veio até aqui e quer entrar no palácio.”


Entretanto a rã chamava pela segunda vez, dizendo:


“Filha mais nova do rei, abre-me! Não sabes o que ontem me disseste junto ao poço? Filha mais nova do rei, abre-me!”


Então o rei disse:


“Deves cumprir o que prometeste; levanta-te e vai abrir a porta.”


Foi, abriu a porta e a rã entrou acompanhando a menina até a sua cadeira. Sentou-se no chão e disse:


“Levanta-me!”

A menina hesitou até que seu pai a mandou. A rã saltou da cadeira para a mesa e disse:


“Agora chega para bem perto de mim o teu prato de ouro para comermos juntas.”


A princesa cedeu, mas muito contrariada. A rã comeu muito mas a princesa não podia engolir nem um bocado.


Por fim a rã disse:


“Já estou farta e cansada; leva-me para o teu quarto, arranja a tua cama de seda para dormirmos!”

A filha do rei começou a chorar; tinha medo daquela rã que queria dormir na sua cama tão bonita e tão limpinha. Mas o rei observou-lhe:


“Não deves desprezar quem quiseste que te ajudasse quando te era preciso.”


Então ela agarrou na rã, com dois dedos, levou-a e pô-la num canto, e depois deitou-se. Daí a pouco a rã saltou para cima da cama, dizendo:


“Estou cansada. Quero dormir tão bem como tu; deita-me senão vou dizer a teu pai.”

A linda princesa ficou desesperada; agarrou a rã e atirou-a com toda a sua força à parede, dizendo:

“Agora descansarás, nojenta rã!”

O QUE ACONTECERÁ ENTRE A RÃ E A PRINCESA? POR QUÊ?


Mas a rã, ao cair no chão , converte-se num príncipe, e desde logo, pela vontade do rei, foi tido como futuro companheiro e esposa da princesa. O príncipe contou que tinha sido encontrado por uma feiticeira muito má, e que só a menina o podia ter tirado do poço e que o seu desejo era casar-se no dia seguinte e partirem juntos para o seu país.


De manhã esperava-os uma magnífica carruagem tirada por oito cavalos brancos, enfeitados com plumas na cabeça, e as rédeas era correntes de ouro. Atrás ia o jovem criado do príncipe, o fiel Henrique.


Este tinha-se apoquentado tanto quando o seu senhor se convertera em rã, que pôs três barras de ferro em cima do coração para que este, com a dor, não saltasse fora.

.
Instalaram-se na magnífica carruagem do jovem príncipe e o fiel Henrique colocou-se detrás dos noivos,.. Ia tão cheio de alegria, por ver seu amo já salvo.


Já tinham percorrido bastante caminho quando o fil ho do rei ouviu qualquer barulho parecendo, parecendo-lhe que alguma coisa se tinha quebrado.


O príncipe voltou-se e disse:


“Henrique, aconteceu alguma coisa à carruagem?”


“Não senhor, à carruagem não aconteceu coisa alguma, mas quebrou-se uma das barras que eu tinha posto sobre o meu coração quando Vossa Alteza converteu-se em rã.”


Mais duas vezes, se ouviu o mesmo barulho. O príncipe pensava sempre que era a carruagem que estalava, mas afinal eram as barras de ferro que se iam quebrando sobre o coração do fiel Henrique, pois o seu senhor era agora completamente feliz.

VOCÊS GOSTARAM DA HISTÓRIA? POR QUÊ?

História retirada do site: http://www.aletria.com.br/historias.asp?id=351

Atividade 2:

Após a leitura protocolada do texto, peça que verifiquem se suas hipóteses iniciais se confirmaram e que recontem oralmente a história. Proponha também que desenhem a parte que mais gostaram da história para que o trabalho seja fixado no mural. Durante essa atividade, pergunte às crianças que parte estão desenhando e por que a escolheram.

Eleger uma parte da história, registrá-la e justificar sua escolha são operações que também demonstram que compreensão do texto a criança está construindo.

Atividade 3:

Depois de os alunos terem escutado a história mais de uma vez e terem desenhado a parte que mais gostaram, sugerimos que você reescreva o texto coletivamente com a turma. A história pode ser escrita com as palavras das crianças e a professora deverá fazer intervenções para que elas sejam fiéis ao seu conteúdo e ao modo de se contar uma história infantil. Para que a atividade não fique cansativa, ela pode ser feita em mais de uma aula. Essa atividade irá ajudar a criança a compreender qual a estrutura de uma história infantil.

Atividade 4:

Você também pode pedir aos alunos que inventem outro final para história. Leia a história para a turma e interrompa a leitura na pergunta: “O que acontecerá entre a rã e a princesa. Por quê?” Dessa forma, as crianças terão que imaginar um final para história que seja coerente com o seu início e desenvolvimento.

Atividade 5:

Sugerimos, nessa atividade, que você proponha aos alunos que eles criem outro título para a história: “A rã encantada”. Você pode pedir que deem sugestões e, ao final, a turma elejam o que mais agradar a todos. 

Avaliação

Ao final dessa atividade, espera-se que os alunos avancem na compreensão de textos e na construção da habilidade de levantar e de confirmar hipóteses sobre o conteúdo dos materiais que leem. 

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