Através de conversas e de experimentações dos movimentos do Taekwon-do, os alunos poderão, entre outras coisas: conhecer os princípios filosóficos adotados por essa luta como norteadores de suas práticas; aprender sobre suas origens; refletir sobre as diferenças entre “o brigar” e “o lutar”; aprender os fundamentos do Taekwon-do; aprender e experimentar atividades de alongamento, percebendo as possibilidades do próprio corpo; controlar os movimentos do corpo, dosando sua força, flexibilidade e resistência, adequado-as para cada nova atividade; etc.

Não há.

Espaços.

Qualquer espaço amplo, com piso macio, que permita que os alunos caiam no chão sem se machucar. Podem ser colocados colchões; tatame e/ou tapete de E.V.A.; ou uma alternativa, na ausência desses pisos, pode-se realizar a aula na grama.

Materiais.

Material macio, tipo colchões ou tatames para proteger as crianças das quedas; almofadas, sacos de areia, pedaço firme de espuma (para os chutes) ou um dos colchões dobrados, material para fazer os rabos (tiras de papel, de sacolas plásticas, de fitas, pedaços de coras, etc).

Atividade 1. Pra começo de Conversa...

Nessas aulas de brincadeiras com o Taekwon-do, propomos um trabalho inicial do conteúdo de lutas que, geralmente, é pouco trabalhado nas aulas de Educação Física nas escolas. Numa conversa inicial, o professor deve preparar uma exposição (oral, por painéis, por fotografias, por imagens projetadas, etc) das origens dessa luta, ressaltando que, artes marciais não têm por objetivo provocar brigas, mas defender-se e controlar-se.
Algumas informações importantes, que podem servir de introdução ao tema, para o professor partilhar com os alunos (sugestão):
1. O Taekwon-do surgiu na Coréia, há aproximadamente 2000 anos, em suas formas mais primitivas de combate. Entretanto, essas formas mais modernas, como são praticadas até hoje em dia, foram criadas pelo General Choi Hong Hi, com o objetivo de ensinar aos seus oficiais técnicas mais apuradas e eficientes de defesa. Essas técnicas deveriam compreender movimentos dos pés e das mãos.
2. Aqui no Brasil, o Taekwon-do chegou em 1970, quando o General Choi Hong Hi designou o Instrutor Internacional Sang Min Cho para introduzir essa arte marcial no país.
3. O significado da expressão Taekwon-do: Tae = pés; kwon = mãos; do = caminho. Sendo assim, o Taekwon-do significa a arte que segue o caminho do ataque e da defesa com os pés e com as mãos.
4. Os cinco princípios básicos do Taekwon-do são:
- Cortesia: combinação de atitudes de modéstia, delicadeza e humanismo que devem estar presentes em todos lutadores.
- Integridade: refere-se ao sentido de justiça e responsabilidade que cada lutador deve ter consigo e com os outros; o importante é que cada um conheça a si mesmo e suas limitações.
- Perseverança: princípio de ter força de vontade.
- auto controle: as artes marciais defendem a idéia de que a falta de controle é o passo inicial para a derrota, por isso, qualquer que seja a situação, o lutador deve manter a calma e não se deixar dominar pelo sentimento de raiva.
- espírito indomável/espírito de luta: o lutador deve ser corajoso, em diferentes circunstâncias.(aprox.25min.).

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Atividade 2. PEGA RABO.

Agora, a atividade é um pegador, mas com algumas regras diferentes. O objetivo da brincadeira é pegar o rabo dos colegas, colocado na altura da cintura, em uma das laterais do corpo. Os alunos podem escolher em qual lado querem colocar seu rabo de papel, pano, plástico, etc sem se defender com os braços, sem segurar o rabo, mas virando o corpo ou “esquivando-se” como na situação de luta. São todos contra todos e, na medida em que as crianças forem perdendo os rabos vão saindo da brincadeira, esperando a próxima rodada.
Essa brincadeira trabalha as movimentações de luta, a atenção, as esquivas, o espírito de participação, entre outras coisas e é muito divertida para as crianças. Podem ser feitas quantas rodadas o professor achar pertinente; enquanto perceber que os alunos encontram-se motivados.(aprox. 20min.).

Atividade 3. SALTITOS PEGA-PÉ

Nessa atividade o professor deve, primeiro, ensinar aos alunos a posição inicial de luta e os saltitos que deixam o corpo em movimento todo o tempo. Com pernas paralelas e afastadas, transferindo o peso do corpo para um lado e outro . Ao sinal do professor, as crianças sempre darão um salto maior, trocando as pernas de lado. (a prox. 10 min. ).
Depois de aprendidos os saltitos, a proposta é fazer um pega-pés, ou seja, os alunos deverão, executando os saltitos de preparação para a luta, pisar em um dos pés dos colegas (claro, que deve ser combinado que se pise devagar no pé do companheiro). Cada encostada no pé do outro, somente parando os saltitos nesse momento, o aluno marca um ponto, como se fosse uma luta. Não valerá empurrar o colega com os braços; a defesa dos pés se fará somente com os saltitos ou a retirada mais brusca de um dos pés d o chão, na direção oposta ao atacante. (aprox. 15 min.). (tempo total de atividade 25 min.).

Atividade 4. CHUTES

Inicialmente, com todos de frente para o professor - representante, nessa situação da figura do mestre – deverão se organizar em filas, lado a lado, com distância de um braço para cada colega, a turma deve treinar os chutes sem nenhum alvo real, mas imaginando-o. O professor, que falará os nomes dos movimentos e demonstrará para os alunos, dará o sinal para que todos executem os movimentos ao mesmo tempo. É uma dinâmica muito comum nas aulas de lutas. Esses chutes sempre dever ser executados por ambas as pernas, de forma intercalada. Algumas sugestões:
1- AP TCHA OLIGUI (Chutar para cima de frente)
2- YOP TCHA OLIGUI (Chutar de lado para cima)
3- AN TCHAGUI (Chute em semi círculo de fora para dentro)
4- PAKAT TCHAGUI (Chute em semi círculo de dentro para fora)
5- BAN DAL TCHAGUI (Chutar meia lua ao meio)

Agora, com o material macio em mãos (colchões dobrados, almofadas, raquetes de lutas, sacos de areia, etc) o professor pode pedir aos alunos que se distribuam em filas (recomendável fazer mais de uma fila por turma para evitar que os alunos se dispersem). Um aluno por vez deve vir correndo em direção ao alvo (raquete de luta, etc) e executar o chute, trocar de fila e executar outro chute. Sendo assim os alunos passarão de fila em fila, executando vários movimentos diferentes. Essas trocas tornam a aula dinâmica e animada.
(aprox. 20 min.)

Atividade 5. Avaliação - (aprox. 10 min.).

http://www.fbt.org.br/
http://lutasartesmarciais.com/artigos/historia-taekwondo

http://lutasartesmarciais.com/artigos/a-filosofia-taekwondo

http://taekwondo.com.br/sti/taekwondo.html

Livro da Federação Mineira de Taekwon-do, disponível para download:
http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/didaticos/Aprenda_Taekwondo.htm 

Vídeos de aulas para crianças:
http://www.youtube.com/watch?v=QEGHU9Uqpno&feature=related

Demonstração de Taekwon-do em nível mais avançado:
http://www.youtube.com/watch?v=4VZ57J8dPSg&feature=related

Outros movimentos de socos, posições, defesas, etc podem ser abordado em aulas posteriores. O objetivo dessa aula é introduzir o conteúdo, despertando nas crianças o interesse pelas artes marciais e, mais especificamente para o Taekwon-do. Como possibilidades de ampliação dessa, o professor poderá trabalhar as posições das pernas e braços, a contagem em coreano, outros chutes, os nomes das posições e os combates dois a dois, entre outros.

O professor deve avaliar a participação dos alunos nas atividades, o envolvimento e a interação com os colegas durante toda a aula. Conversas com os alunos são sempre importantes e mostram o interesse das crianças pelo tema escolhido, além de indicar possibilidades de ampliação para outras aulas. O professor deve pensar em questões como: o que os alunos aprenderam nessa aula? Quais são as estratégias pedagógicas que necessitam de ajustes? Como foi a participação da turma em diferentes momentos da aula?
Também é importante perguntá-los sobre o contato anterior com a luta; sobre as atividades que mais gostaram; também procure saber o que já conheciam sobre o assunto para avançar em outros conhecimentos de acordo com cada turma; estimule a partilha de saberes com todas as crianças; questione-os se gostariam de ter mais aulas com desse conteúdo; o que aprenderam que não sabiam; quais movimentos tiveram dificuldades e quais tiveram facilidade para executar; etc.
Todas essas informações são essenciais para a avaliação da aula, do conteúdo, da organização do professor, do envolvimento dos alunos.