JUIZ DE FORA - MG
Universidade Federal de Juiz de Fora
Nelson Vieira da Fonseca Faria
Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino
Componente Curricular
Tema
Ensino Médio
Artes
Arte Visual: Estruturas sintáticas
Ensino Médio
Artes
Arte Visual: Estruturas morfológicas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Exercitar o procedimento "apropriação" utilizando um dos maiores clássicos da pintura "Monalisa" de Leonardo da Vinci
Conhecer obras de outros/as artistas que fizeram uso desse ícone.
Desenvolver a técnica mista (guache e carvão) para a atividade.
Fazer uma exposição explorando o conceito de "instalação" na arte.
Duração das atividades
04 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Saber o que é "apropriação" na arte. Ver aulas sobre "A Apropriação nas artes visuais: base conceitual" de Andréa Senra Coutinho no Portal do Professor - MEC.
Saber o que é "instalação" na arte: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3648&lst_palavras=&cd_idioma=28555&cd_item=8
Conhecer a pintura "Monalisa" de Leonardo da Vinci. Ver: http://www.brasilescola.com/artes/mona-lisa.htm
Estratégias e recursos da aula
Iniciar a aula apresentando ao alunado uma série de releituras da obra clássica Monalisa de Da Vinci realizadas por outros artistas importantes como Botero e Dali (ver abaixo). Utilize imagens impressas ou slides em datashow, assim o grupo de alunos/as poderá observar melhor as alterações dadas pelos artistas sobre o mesmo tema, no caso, Monalisa. Certamente, o grupo não terá dificuldades de perceber que tanto Botero como Dali modificam a Monalisa original, conferindo novas características à imagem clássica. Em Botero a mulher é pintada com formas mais arredondadas e em Dali, a mulher passa ser um mix da imagem original com o auto-retrato de Dali. Nessa última, chame atenção do alunado para as mãos, o bigode, os olhos de Dali mesclados à Monalisa.
Se tiver acesso à internet na escola, programe uma visita ao site acima referenciado, assim o grupo encontrará várias outras abordagens visuais sobre o tema, o que amplia o conhecimento sobre o mesmo. Ou sugira que façam a visita fora da escola e tragam suas impressões pessoais sobre o que viram.
Ao conhecer alguns artistas que se apropriaram do clássico "Monalisa", o alunado perceberá como cada artista deu um novo aspecto à obra. Ou seja, como cada artista fez e representou o ícone clássico à sua maneira, dando a ele, um toque particular e inovador - sendo essa a tônica do exercício prático que será proposto a seguir.
É importante complementar que, em especial na arte contemporânea, utilizar, pegar "emprestado" obras de arte do passado e refazê-la segundo outro ponto de vista, é um procedimento aceitável e bastante empregado.
A proposta da parte prática da aula é que o grupo interfira na imagem da Monalisa, quando cada aluno/a poderá criar todo tipo de alteração que desejar, dando a imagem outro aspecto, sem, no entanto, descaracterizá-la por completo. Ou seja, as mudanças podem ser feitas, sem anular por completo a presença da Monalisa original.
A técnica sugerida é mista, utilizando carvão e guache branco. O alunado irá projetar a imagem através de retro-projetor (ou utilizar alguma outra forma de decalque) e depois capturar a imagem original desenhando seus contornos com um lápis em papel pardo ou outro tipo de papel mais encorpado. Ao terminar o desenho de contornos, irá empregar guache branco nas áreas claras e carvão para as áreas escuras. Veja o resultado abaixo, realizado por alunos do 1º ano do Ensino Médio:
Chame atenção do grupo sobre a diversidade e o traço peculiar que cada um/a tem, pois mesmo que a imagem-base e a técnica aplicada sejam as mesmas, ao trabalhar sobre e com elas, cada aluno/a deu o seu toque pessoal, a sua expressão na construção da nova imagem de Monalisa. Valorize essa diferença! O alunado precisa compreender que cada pessoa tem sua maneira de realizar as coisas, isso ajudará no fortalecimento da auto-estima, da confiança necessária no momento da criação artística e na democratização do diverso.
Ao terminarem, utilizar spray para fixar o carvão, garantindo que o trabalho não borre ou se desmanche.
< li>Com os trabalhos prontos e avaliados, propor a montagem de uma exposição inspirada em um dos conceitos de "instalação" na arte, ou seja, organizar as imagens criadas ocupando um espaço maior do que comumente é feito. Explicando melhor: ao invés de enfileirar os trabalhos, os/as alunos/as poderão fixar as imagens de seus trabalhos procurando ocupar uma parede inteira, mais abaixo, no meio e mais acima. Podem distribuir os trabalhos tanto na horizontal como na vertical da parede em questão. Veja o exemplo abaixo:
A montagem acima foi composta a partir de imagens de desenhos renascentistas de artistas variados. Observe que as imagens se repetem, mas o tratamento dado a elas, não. Mesmo utilizando apenas "Monalisa" como base para os trabalhos, a exposição montada pelo alunado obterá um resultado de efeitos diversificados, como já foi mencionado. Outra idéia é propor utilizar retalhos de cartolinas ou outro papel em cores variadas para preencher os vãos que por ventura ficarem entre um trabalho e outro.
Avaliação
A avaliação é processual, acompanhando a confecção desde a primeira etapa: 1. transferência e captura da imagem, 2. desenho dos contornos, 3. entrada do guache branco, aguardar secagem, 4. entrada do carvão, 5. aplicação do spray, 6. montagem da exposição.
Outros critérios para avaliação como envolvimento e participação são relevantes.