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Carta de leitor

 

20/11/2009

Autor e Coautor(es)
Tânia Guedes Magalhães
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Weitzel Tavela

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Esta aula tem o objetivo de fazer o aluno ler, conhecer e escrever o gênero carta de leitor.

Duração das atividades
5 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Habilidades básicas de leitura e escrita.
Estratégias e recursos da aula
                   

Etapa 1:

Realizar, com os alunos, a leitura do texto “Ginástica para seu cérebro”, retirado da Revista Época de 10 de março de 2008.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI9017-15224,00-GINASTICA+PARA+SEU+CEREBRO.html

(repare que a reportagem é grande; assim, o professor pode fazer uma seleção de trechos, incluindo os joguinhos que se encontram nas últimas páginas. Deixar que os alunos realizarem os joguinhos, pois eles se interessam muito pelo assunto).

 Após a leitura da reportagem, comentar com os alunos aspectos principais da reportagem como tema, autor, principais aspectos abordados etc, já que o foco, nessa aula, não é o trabalho com a reportagem. Por isso, usar o comentário apenas oral.

Etapa 2:

Após os comentários, ler a seção “Caixa postal” da Revista Época de 17 de março de 2008:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI60915-15219,00-CAIXA+POSTAL.html

Após ler a seção “Caixa postal” de Época, realize os seguintes exercícios:

1) Quantas cartas se referem à reportagem de capa?

2) As cartas referentes à reportagem de capa expressam que opinião positiva ou negativa em relação à reportagem “Ginástica para seu cérebro”? Justifique sua resposta com exemplos.

3) As cartas escritas sobre células-tronco no STF emitem opiniões convergentes entre si? Explique.

4) Você conhece uma carta pessoal? Faça um levantamento dos itens que existem numa carta pessoal.

Professor: mostrar, numa lista feita no quadro, que a carta pessoal, em geral, contém local, data, vocativo, assunto, expressão cordial de despedida e assinatura.

5) A carta de leitor apresenta a mesma estrutura da carta pessoal? Que elementos são semelhantes e que elementos são diferentes?

6) Observe novamente a seção “Caixa Postal” com bastante atenção. Por que as cartas de leitor têm títulos?

7) A finalidade principal da carta de leitor é:

a) instruir o leitor a realizar algo;
b) transmitir conhecimentos;
c) narrar uma bela história;
d) convencer, expressando opinião do autor;


8) Na sua opinião, por que você acredita que um leitor escreve uma carta a uma revista?


Etapa 3:

Ler com os alunos os textos da seção “Cartas” da Revista Veja, de 21 de novembro de 2007.


André Petry

Excelente e objetiva a análise feita por André Petry sobre a utilização de animais na experimentação biológica ("O atraso zoofílico", 14 de novembro). É fundamental que a sociedade seja esclarecida para não cair no obscurantismo daqueles que são contra os progressos científicos e os ganhos que a ciência pode trazer para a sociedade. Essas mesmas correntes retrógradas e conservadoras se colocam contra as pesquisas com células-tronco e os benefícios dos alimentos transgênicos.
Samuel Goldenberg
Pesquisador titular da Fiocruz
Presidente da Sociedade Brasileira de Protozoologia
Membro titular da Academia Brasileira de Ciências
Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP)
Curitiba, PR

Como diabética tipo 1 desde os 4 anos e bolsista de doutorado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), devo salientar que, ao contrário do que acha o ilustríssimo e importantíssimo deputado Cláudio Cavalcanti (DEM-RJ), as pesquisas para a cura de doenças como diabetes, câncer, Alzheimer devem se iniciar com cobaias, ratos, camu ndongos, enfim, anim ais, uma vez que o t ratamento dessas doenças envolve lidar com o sistema imunológico, que não pode ser reproduzido em toda a sua totalidade com cultura de células.
Thaís Cachuté Paradella
Cirurgiã-dentista
São José dos Campos, SP

Sou bióloga e durante meu mestrado presenciei experimentos inacreditavelmente cruéis, assim como o uso indiscriminado dos animais, desperdício de tecidos por haver cobaias de sobra, pessoas fazendo seus testes sem nenhuma preocupação a não ser com os resultados. Tudo isso pode ser evitado com a utilização de métodos já existentes e bem estabelecidos em outros países. Podem ser empregados tecidos sintéticos, softwares, cultura de células humanas etc. Para isso basta modificar a mentalidade de pessoas resistentes a mudanças e investir um pouco em novos métodos, que, em alguns casos, são mais seguros que cobaias.
Karine de Souza
Bióloga
Porto Alegre, RS

O movimento pelos direitos dos animais não é contrário ao desenvolvimento da ciência, mas contra a escravidão. Se as cobaias fossem humanas (como o eram em alguns campos de concentração nazistas), será que o colunista também seria da opinião de que não devemos fazê-las sofrer "desnecessariamente", mas também não podemos parar de usá-las?
David Turchick
Rio de Janeiro, RJ
Já está mais do que provado que, devido à incompatibilidade biológica, os estudos feitos em animais em nada ajudam a evolução da ciência. Testar em animais é como jogar batalha naval. Quando não dá água, chega-se a alguma conclusão.
Lewis Carter
Toronto, Canadá

Tráfico

A reportagem "Podia ser sua filha" (14 de novembro) é de abafar qualquer coração de mãe. Uma jovem preparando-se para o vestibular e linda como minha filha... É com imensa tristeza que temos de nos posicionar, ficar alertas e em oração. Jovens de todas as classes sociais estão envolvidos com esquemas de distribuição e uso de drogas. Eles sabem muito bem que estão fazendo algo errado. São inteligentes, universitários, informados, lidam com precisão com a internet... O desejo de ganhar dinheiro "fácil" é uma febre mortífera em nosso país.
Magali Vasconcelos Nunes
Belo Horizonte, MG

Como podemos educar nossos filhos diante de tantos crimes e tanta impunidade em nosso país? Como educá-los em escola pública, se os professores não dão aula e há alunos que traficam drogas e agridem os mestres? Como dizer que é preciso ter valores e estudar, se nossos políticos e nosso presidente são o exemplo contrário disso? Como dizer que é necessário cumprir a lei, se eles têm o exemplo do MST, do Zé Dirceu, Palocci, Genoíno, Lula, Lulinha etc., que enganam a todos e se dão bem na vida, e o caseiro, que denuncia, perde tudo?
Luiz Cláudio Zabatiero
Campinas, SP

Com base nos textos lidos, responda:

1) Qual é a seção em que os textos foram publicados?

2) De que periódico as cartas foram retiradas?

3) A carta de Samuel Goldenberg faz referência a que matéria da Revista Veja?

4) Retire do texto de Samuel Goldenberg adjetivos que expressam opinião sobre o texto lido.

5) As cinco cartas referentes ao texto “O atraso zoofílico” expressam a mesma opinião? Explique.

6) Sobre as cartas cujo título é “Tráfico”, o que a carta de Magali Vasconcelos Nunes, (Belo Horizonte) expressa?

7) Na carta de Luiz Cláudio Zabatiero (Campinas), qual é o ponto de vista defendido? Que recurso de pontuação ele usa para isso?

 Professor: ao final dos exercícios, mostrar aos alunos que a carta de leitor é composta pela seguinte estrutura (pode-se recortar uma carta e xerocá-la ampliada para identificar essas partes em conjunto com os alunos):

- Título (para agrupar as cartas por tema/reportagem; aparece acima da primeira carta);
- referente ou fonte: matéria a qual a carta se refere, geralmente da edição anterior ;
- texto;
- assinatura (que pod e vir acompanhada de algum complemento, como prof issão, especialmente quando se trata de algum especialista na área em questão;
- cidade e estado.

Recursos Complementares

Leituras para enriquecer o conhecimento teórico do professor:


TERRA, E.; NICOLA, J. A correspondência e suas linguagens. In: _______. Português de olho no mundo do trabalho. São Paulo: Scipione, 2006.

BEZERRA, M. A. Por que cartas de leitor em sala de aula? In: DIONÍSIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros textuais e ensino. 2 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

COSTA, S. R. Carta. In: _______. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. (OBS: neste verbete “carta” há uma lista de mais de 30 tipos)

PASSOS, C. M. T. V. As cartas de leitor nas revistas Nova Escola e Educação. In: DIONÍSIO, A. P.; BESERRA, N. S. Tecendo textos, construindo experiências. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

Avaliação

Ler com os alunos a reportagem “Hora de legalizar?”, retirada da Revista Época, de 13 de fevereiro de 2009.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI26753-15228,00-MACONHA+E+HORA+DE+LEGALIZAR.html


Após a leitura e discussão, principalmente quanto aos aspectos positivos e negativos da legalização, pedir aos alunos que escrevam uma carta de leitor para a Revista Época, levando em consideração que na carta ele vai manifestar seu ponto de vista sobre o assunto, usando elementos argumentativos.
A finalidade da carta é refletir sobre o assunto e expressar sua opinião sobre os aspectos abordados na reportagem em questão. O aluno pode usá-la para protestar, denunciar, criticar, contestar, informar, expressar seu ponto de vista de maneira geral.

O texto escrito pelo aluno nessa estapa da avaliação deve cumprir os seguintes aspectos:

- ter título (que é opcional, já que caberia à Revista fazê-lo; CONTUDO, seria um bom exercício verificar se o aluno tem capacidade de elaborar um título coerente com a matéria e com a sua carta);
- não ser muito extensa, em virtude da natureza da carta de leitor (entre 10 e 15 linhas manuscritas);
- estar na norma culta da língua portuguesa, já que a carta é veiculada em contextos formais de linguagem;
- apresentar referente (a que matéria se refere? de quando?)
- apresentar boa argumentação, seja a tese “legalizar” o uso ou não da maconha;
- assinatura, cidade e estado.

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