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Produzindo notícias a partir de uma nova versão da história dos três porquinhos

 

30/11/2009

Autor y Coautor(es)
Livia Fagundes Neves
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JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Andréa Vassallo Fagundes

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: gêneros discursivos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno perceberá que uma história pode ser contada através de diferentes formas (filme, livros literários, notícia de jornal e outros) e que existem diferentes pontos de vista para uma história/fato. Dessa forma, será despertado o senso crítico do aluno enquanto leitor, sendo essa criticidade aprofundada em um trabalho com o gênero notícias de jornal.

O aluno terá a experiência de produzir, mesmo que de forma primitiva, uma notícia de jornal.

Duração das atividades
Aproximadamente 4 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

            O aluno precisará conhecer a história dos Três Porquinhos.

            Precisará ter tido contato com jornais e já ter lido notícias de forma que reconheça que uma notícia tem o objetivo de informar o leitor sobre um acontecimento em um determinado local e num tempo próprio.

            Necessitará, ainda, de estar alfabetizado e inserido no processo de Letramento.

Estratégias e recursos da aula

Momento1:

Inicialmente, o professor perguntará aos alunos se eles conhecem a história dos Três Porquinhos.

Deixar que aqueles que conhecem a contem, pedindo que um aluno inicie a história e os outros completem.

O professor também precisará conhecer a história original, para poder trabalhar com a outra versão desse conto, conforme a sugestão dessa aula.

Momento 2:

O professor poderá mostrar o filme dos Três Porquinhos (Disponível em Recursos Complementares), como forma de ilustrar a aula e de torná-la mais agradável.

Momento 3:

Leitura do conto “A verdadeira história dos três porquinhos”

A verdadeira História dos três Porquinhos!

                                                                                      Pedro Maia

              Em todo o mundo, as pessoas conhecem a história dos Três Porquinhos. Ou, pelo menos, acham que conhecem. Mas eu vou contar um segredo. Ninguém conhece a história verdadeira, porque ninguém jamais escutou o meu lado da história.

             Eu sou o lobo. Alexandre T. Lobo. Pode me chamar de Alex. Eu não sei como começou todo esse papo de lobo Mau, mas está completamente errado.

            Talvez seja por causa de nossa alimentação. Olha, não é culpa minha se os lobos comem bichos engraçadinhos como coelhos e porquinhos. É apenas nosso jeito de ser. Se os cheeseburgers  fossem uma gracinha, todos iam achar que você é mau.

            Mas como eu estava dizendo, todo esse papo de Lobo Mau está errado. A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar.

           No tempo do Era Uma Vez, eu estava fazendo um bolo de aniversário para minha querida e amada vovozinha.

           Eu estava com um resfriado terrível, espirrando muito. Fiquei sem açúcar.

           Então resolvi pedir uma xícara de açúcar emprestada para o meu vizinho. Agora, esse vizinho era um porco. E não era muito inteligente também. Ele tinha construído a sua casa toda de palha. Dá para acreditar? Quero dizer quem tem a cabeça no lugar n ão constrói uma casa de palha.

  ;         É claro que, assim que bati, a porta caiu. Eu não sou de ir entrando ass im na casa dos outros. Então chamei: “Porq uinho, Porquinho, você está aí?”. Ninguém respondeu.

Eu já estava a ponto de voltar para casa sem o açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Foi quando meu nariz começou a coçar. Senti o espirro vindo. Então inflei. E bufei. E soltei um grande espirro. Sabe o que aconteceu? Aquela maldita casa de palha desmoronou inteirinha. E bem no meio do monte de palha estava o primeiro porquinho – mortinho da silva. Ele estava em casa o tempo todo. Seria um desperdício deixar um presunto em excelente estado no meio daquela palha toda. Então eu o comi. Imagine o porquinho como se fosse um grande cheeseburger dando sopa.

          Eu estava me sentindo um pouco melhor. Mas ainda não tinha minha xícara de açúcar. Então fui até a casa do próximo vizinho. Esse vizinho era irmão do Primeiro Porquinho. Ele era um pouco mais esperto, mas não muito. Tinha construído a sua casa com lenha.

          Toquei a campainha da casa de lenha. Ninguém respondeu. Chamei: “Senhor Porco, senhor porco, está em casa?”. Ele gritou de volta: “Vá embora, lobo. Você não pode entrar. Estou fazendo a barba de minhas bochechas rechonchudas”.

          Eu tinha acabado de pegar na maçaneta quando senti outro espirro vindo. Eu inflei. E bufei. E tentei cobrir minha boca, mas soltei um grande espirro. Você não vai acreditar, mas a casa desse sujeito desmoronou igualzinho a do irmão dele. Quando a poeira baixou, lá estava o segundo porquinho – mortinho da silva. Palavra de honra. Na certa você sabe que a comida estraga se ficar abandonada ao relento. Então fiz a única coisa que tinha de ser feita. Jantei de novo. Era o mesmo que repetir um prato. Eu estava ficando tremendamente empanturrado. Mas estava um pouco melhor de resfriado. E eu ainda não conseguira aquela xícara de açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Então fui até a casa do próximo vizinho. Esse sujeito era irmão do Primeiro e do Segundo Porquinho. Devia ser o crânio da família. A casa dele era de tijolos.

            Bati na casa de tijolos. Ninguém respondeu. Eu chamei: “Senhor porco, o senhor está?”. E sabe o que aquele leitãozinho atrevido me respondeu? “Cai fora daqui, Lobo. Não me amole mais”. E venham me acusar de grosseria! Ele tinha provavelmente um saco cheio de açúcar. E não ia me dar nem uma xicrinha para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Que porco! Eu já estava quase indo embora para fazer um lindo cartão de aniversário em vez de um bolo, quando senti um espirro vindo. Eu inflei. E bufei. E espirrei de novo. Então o Terceiro Porquinho gritou: “E a sua velha vovozinha pode ir às favas”.

              Sabe, sou um cara geralmente bem calmo. Mas, quando alguém fala desse jeito da minha vovozinha, eu perco a cabeça. Quando a polícia chegou, é evidente que eu estava tentando arrebentar a porta daquele porco. E todo tempo eu estava inflado, bufando e espirrando e fazendo uma barulheira.

             O resto, como dizem, é história.

              Tive um azar: os reportes descobriram que eu tinha jantado os outros dois porcos. E acharam que a história de um sujeito doente pedindo açúcar emprestado não era muito emocionante. Então enfeitaram e exageraram a história com todo aquele negócio de “bufar, asso prar e derrubar sua casa”. E fizeram de mim o Lobo Mau.

 É isso aí. Esta é a verdadeira história. Fui vítima de uma armação.

               Mas talvez você possa me emprestar uma xícara de açúcar!

MAIA. Pedro. A verdadeira história dos três porquinhos. Cia das Letras. 2005

O professor poderá entregar a história xerocada para os alunos colarem no caderno, e/ou projetar a história no retoprojetor ou no data show para uma leitura coletiva. Há ainda um livro de Literatura com esse conto, o qual o professor poderá adquirir para contar a história para os alunos em uma roda.

Momento 4:

Após a leitura, conversar sobre a história e pontuar a grande diferença entre as duas histórias. (a original e a versão apresentada)

Exemplo: a questão do lobo, nessa nova versão ele não é o vilão.

Nesse momento é importante que o professor enfatize a questão dos pontos de vista.  Nessa última história, o lobo está contando a versão dele, portanto há uma mudança quanto ao ponto de vista. Questionar aos alunos em quais situações do nosso dia-a-dia podem existir diferentes pontos de vista.

exemplo: Em uma briga pode-se escutar uma pessoa só? Ou primeiro deve-se escutar todos os envolvidos e somente depois omitir uma opinião?

 Momento 5:

A professora apresentará uma mesma notícia escrita por dois jornais diferentes.

Ela deve atentar que assim como na história do lobo e dos três porquinhos, na vida real,  os fatos são contados de diferentes maneiras nos jornais. Eles fazem com que a notícia nos chame mais a atenção, às vezes até desvinculando um pouco da verdade.

Diferenciar o que é manchete e o que é notícia.

MANCHETE= título da notícia (Escrito com letras maiores e destacadas, sendo geralmente chamativa e criativa)

NOTÍCIA= texto que conta um fato occorido.

Momento 6:

Criação de uma manchete de jornal e de uma notícia sobre o lobo e os três porquinhos.

O professor deverá solicitar aos alunos que criem, oralmente, uma manchete e uma notícia para um jornal, relatando o ocorrido entre o lobo e os três porquinhos referente à história original.

Em seguida, fazer a cópia coletiva dessa produção, observando a estrutura tanto da manchete, quanto da notícia.

Momento 7:

Na aula seguinte, os alunos irão produzir, individualmente, uma manchete e uma notícia de jornal contando a nova versão do lobo.

É preciso também chamar a atenção para que na manchete eles despertem a curiosidade do leitor.

Essa atividade deve ser realizada em um folha para ser recolhida e corrigida.

Essas notícias poderão ser lidas na aula seguinte e, assim, poderá ser observado se a nova versão do lobo foi compreendida.

Recursos Complementares
Avaliação

O professor recolherá as folhas com as notícias de jornal, criadas pelos alunos, para avaliar:

-a criatividade ao produzir uma notícia;

-o destaque dado à manchete;

-a compreensão quanto ao funcionamento de uma notícia, ou seja, se os alunos sabem que precisam relatar um fato, assumindo um ponto de vista.

 - aspectos ortográficos da escrita.

Opinión de quien visitó

Cinco estrelas 3 calificaciones

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Opiniones

  • KATIA, instituto mairiporã , São Paulo - dijo:
    katia-sabrina@hotmail.com

    17/05/2013

    Cinco estrelas

    muito bom pra aula essas dicas!!!!


  • aline, Curso de magisterio , Minas Gerais - dijo:
    alinereis23@yahoo.com

    25/06/2012

    Cinco estrelas

    muito interessante e de grande conteúdo, muito pode me ajudar


  • ana paula sancho, EMEIF PROFESSORA CONSUELO AMORA , Ceará - dijo:
    anapualasancho@yahoo.com.br

    19/02/2011

    Cinco estrelas

    Um aula interessante e instigante ja que mexe com o imaginario e transpoe para um ambiente real. Estou escrevendo um livro didatico e estava com a ideia de trabalhar os dois textos dos tres porquinho, o original e esta nova versao. E sua aula encaixou exatamente naquilo que buscava.


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