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Mesa de artista - transparências em jornal

 

09/11/2009

Autor e Coautor(es)
CLAUDIA MATOS PEREIRA
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JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Nelson Vieira da Fonseca Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno deverá conhecer o que é uma natureza-morta mediante o contato com várias obras de artistas com esta temática e depois ser capaz de realizar um trabalho com noções de proporção entre objetos de uso cotidiano de sua residência, frutas que costuma comer, etc,  bem como também expressar noções de luz e sombra.

Para tal, o professor poderá orientá-lo a realizar uma técnica mista explorando a plasticidade de vários materiais como jornal, pincel atômico, aquarela, guache, carvão e giz branco de quadro negro.

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Esta aula foi aplicada em três turmas de 4º ano do Ensino Fundamental e não possui pré-requisitos, podendo ser ministrada em outras séries. Tanto a temática quanto a expressividade dos alunos com o tipo de técnica trabalhada resultaram em muita motivação durante todo o processo.

Estratégias e recursos da aula

Aula 01:

O professor deverá apresentar aos alunos o livro "Mesa de artista [natureza-morta]"
de Katia Canton, editora Cosac Naify. (Este livro foi adotado pela escola e adquirido pelos alunos, que fizeram a doação dos exemplares para a biblioteca do departamento de artes do colégio). Desta forma, diversos alunos de outras séries também podem usufruir das obras coletivamente, o que enriquece muito as possibilidades visuais das aulas.

A proposta do livro é apresentar diferentes possibilidades de pintar, gravar, esculpir, desenhar, construir uma natureza-morta, ou o que a autora denomina de mesas postas, comidas de artistas. A natureza-morta é apresentada em diversas situações: do cotidiano ao exercício da composição de uma mesa, através da pintura.
O professor poderá apresentar algumas obras do livro, dialogando com os alunos a respeito e buscando diferenciar a pintura, a gravura, discutir sobre as composições com vidro, alumínio fundido, etc. Deve perguntar a todos, quais são os utensílios e objetos que eles possuem nas cozinhas, salas de jantar e mesas de suas casas. Quais são os materiais, as cores, em que tipo de recipientes colocam as frutas, os pães, queijos, garrafas, jarras de flores, jarras de sucos, etc.
Ao final da aula, indicar uma tarefa para ser realizada em casa: o aluno deverá pesquisar em casa os objetos acima mencionados que poderão compor uma natureza morta. Deverá selecioná-los, colocá-los sobre a mesa e fazer um desenho de observação com o intuito inicial de perceber as formas e dimensões. Seria apenas um esboço, um "aquecimento" dentro da temática apresentada em aula.


Aula 02:

Verificar os desenhos feitos em casa e dialogar com os alunos a respeito, analisando quais os objetos, frutas, jarras, etc, mais representados por eles, quais foram as dificuldades, quais foram os aspectos de maior interesse por parte deles.
Logo a seguir, distribuir o livro de referência aos alunos para que eles observem novamente as obras que despertaram maior interesse.
No terceiro momento, distribuir uma folha de jornal (caderno menor - classificados ou metade de uma folha maior) e um pincel atômico para cada um. Orientá-los a desenhar sobre o jornal os traços principais de uma natureza-morta, partindo da recriação de alguma obra do livro ou fazendo um desenho de memória de composições com objetos que eles possuem em casa.
O professor deve orientar também sobre o espaço da folha, onde os objetos deverão ser desenhados em dimensões maiores, para que tenham destaque em relação ao fundo.
A fase seguinte desta aula é explicar aos alunos que devem pintar as figuras representadas com aquarela, somente o interior das figuras, tomando o cuidado de utilizar mais tinta e menos água, para não rasgar. Eles não devem pintar o fundo, somente os objetos representados. O objetivo é que a aquarela possibilita uma maior transparência e irá permitir que os objetos fiquem mais transparentes neste trabalho, deixando à mostra letras e detalhes do jornal.

Aula 03:

Os alunos então, com os objetos já pintados com a aquarela, deverão agora pintar somente o fundo com tinta guache, que além de ser um material mais encorpado e fosco, fará com que o fundo fique menos transparente e após a secagem possibilitará a aderência de detalhes com carvão. Desta forma, a transparência e luminosidade dos objetos estarão em maior evidência com o fundo do trabalho em textura mais opaca.


Aula 04:

Já com todos os trabalhos pintados, figura e fundo, o professor deverá explicar como utilizarão agora o carvão e o giz branco para efeitos de luz e sombra nos trabalhos.
Indicar que, por exemplo, se a luz penetrar no trabalho pelo lado direito, todos os objetos irão apresentar a sombra projetada do lado esquerdo e estarão mais escuros nestas áreas. O professor poderá exemplificar no quadro negro para toda a turma, como também deverá demonstrar em um pedaço de jornal como utilizar o carvão.
Logo a seguir, explicar que a luz, neste caso, entrando pela direita, deixará os objetos mais claros nestas áreas, então o giz branco poderá ser utilizado para dar a sensação de brilho nos objetos nestas regiões específicas.
O professor deve entregar um pedaço de carvão e de giz branco para cada aluno realizar os efeitos em seus trabalhos e pedir que eles, ao final, assinem o nome com o carvão.

Com todos os trabalhos realizados, o professor deverá cortar folhas de papel cartaz preto ao meio e, com o tamanho proporcional e mai or que cada trabalho, colar com os alunos cada folha de jornal pintada, em um pedaço deste papel preto, de forma que fiquem com uma moldura externa. Assim, o acabamento ficará mais apropriado para uma exposição e minimizará a fragilidade do jornal.
Sugiro que seja realizada uma exposição com o objetivo de valorizar, incentivar e motivar os alunos em arte, trabalhando a auto-estima deles, o desenvolvimento da percepção e da criatividade.

Recursos Complementares

BARBOSA, Ana Mae (org.) Ensino da Arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2008. p.335.

CANTON, Kátia. Mesa de Artista [natureza-morta]. 2.ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

MARTINS, Miriam Celeste; GUERRA, M. Terezinha T.; PICOSQUE, Gisa. Didática do Ensino de Arte: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

Avaliação
  • O professor deve estabelecer os critérios de avaliação de forma clara e evidente ao apresentar a proposta de trabalho aos alunos, para que tenham conhecimento do que necessitam desenvolver durante as aulas e consigam atingir os objetivos almejados. O educador deve ser um incentivador em todas as fases do processo e avaliar o interesse, participação e questionamentos apresentados pelos alunos nas reflexões sobre as obras apresentadas. Deverá acompanhá-los para analisar o envolvimento com a proposta chegando à criação de suas naturezas-mortas, verificando as idéias elaboradas. Deverá observar a capacidade de percepção no desenho de memória ou de recriação sobre o jornal, como também a habilidade em realizar a pintura e o jogo de luz e sombra. Analisar atenciosamente as dificuldades apresentadas pelos alunos para renovar a metodologia em aula, caso seja necessário.
  • O professor deverá trabalhar dentro da perspectiva da Abordagem Triangular de Ana Mae e suas seis possibilidades de articulações nas dinâmicas do Apreciar, Contextualizar e Fazer.
Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 3 classificações

  • Cinco estrelas 2/3 - 66.67%
  • Quatro estrelas 1/3 - 33.33%
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