- Introdução da técnica de reprodução de imagens;
 - Através da obra do artista plástico Julio Ghiorzi, observar a criação de figuras duplas;
 - Criação de imagens duplas utilizando a pintura como base;

O professor pode passar o título da aula no quadro para iniciá-la instigando os alunos a pensarem sobre o que significa produzir imagens gêmeas, ou imagens duplas. Após deixá-los dar as suas opiniões sobre o título (que podem ser anotadas no quadro), o professor pode mostrar as imagens abaixo feitas pelo artista plástico gaúcho Julio Ghiorzi:

http://marciopizarro.files.wordpress.com/2008/09/pinturas-gemeas-esmalte-automotivo-sobre-mdf.jpg

http://marciopizarro.files.wordpress.com/2008/09/pinturas-gemeas-esmalte-automotivo-sobre-mdf3.jpg

http://marciopizarro.files.wordpress.com/2008/09/pinturas-gemeas-esmalte-automotivo-sobre-mdf2.jpg

Antes de falar sobre a obra e o artista, levante os seguintes pontos durante a observação:
 - O que são as figuras?

 - Como eles acham que são feitas?

 - Que tipo de material o artista pode ter usado?

 - O que vocês acham mais interessante das imagens?

 - Qual sensação elas causam em quem as observa?

No caso dessas obras, “o artista causa sempre uma falsa figura e a repetição. Ele apresenta um homem como figura, repetido, serial. Promove um tipo de figuração que não se insere no sistema figurativo conhecido, para criar anti-figuras, figuras em queda, todas derretendo em algum ponto, dissolvendo-se. Trata-se de um apagamento frio, como se quisesse se distanciar do tipo histórico que vigorou durante séculos.” (segue referência abaixo)

Proposta de atividade:

Cada aluno pode receber uma cartolina cortada no formato A4 (aproximado). Peça que eles dobrem a folha no meio criando nela um vinco. Em seguida o professor pode orientar a turma a criar uma pintura em um dos lados da folha, contudo devem atentar para o fato de que o exercício deve utilizar mais tinta do que uma pintura comum. Eles não devem “esticar a tinta” criando camadas finas de pintura. As áreas devem ser emplastadas (sem exageros, pois o excesso pode atrapalhar o resultado). Outra dica interessante é buscar preencher os espaços, evitando áreas brancas.

Com a pintura terminada e ainda molhada, eles devem colocar o lado em branco da dobra, sobre o trabalho, e passar as mãos de forma delicada sobre o papel dobrado. Em seguida devem abrir novamente a folha, que agora terá o duplo da imagem formada. O aluno não deve manter assim por muito tempo, pois as folhas podem “colar”, rasgando o trabalho.

Referência sobre a exposição de Julio Ghiorzi, ocorrida em Goiás:

http://marciopizarro.wordpress.com/2008/09/10/exposicao-afonsofrantzghiorziguimaraes/

Depois de secos os trabalhos devem ser expostos para os alunos fazerem uma auto-avaliação e também a observação dos resultados obtidos. Nesse momento alguns podem observar que achavam a pintura sozinha mais bonita que o trabalho duplo. Isto acontece, porque eles entendem as eventuais manchas e borrões gerados pela impressão como “falha”. O professor deve atuar mostrando como tudo o que acontece durante o processo de formação da imagem pode ser entendido como acréscimos que agregam materialidade ao trabalho. Esses “erros” no caso de impressões podem ser entendidos como efeitos, que em alguns casos tornam os trabalhos mais interessantes. Dê exemplos usando os próprios trabalhos dos alunos.