1. Conhecer perguntas que intrigam os colegas, problematizando-as de maneira crítica, reflexiva e criativa.
2. Diferenciar perguntas mais diretas daquelas que provocam questionamentos, que levam a pensar.
3. Perceber, por meio de perguntas significativas, os diversos interesses que instigam o pensamento e enriquecem as trocas interpessoais.

Não há necessidade de conhecimentos prévios.

Comentários para o professor:

Professor, perguntar rima com pensar e, desse modo, as perguntas são importantes uma vez que instigam nosso pensamento, estimulam a curiosidade e colocam em questão nossas “certezas”. Certas perguntas não são fáceis de ser respondidas, mas isto se torna interessante, principalmente no contexto educacional, na medida em que ficam algumas interrogações abertas, que resistam às respostas fáceis, apressadas, categóricas. É necessário problematizá-las, tornando-as mais significativas e dignas de serem pensadas e não para serem respondidas no sentido de resolvê-las. Nessa perspectiva filosófica, considerar a multiplicidade de sentidos e de interesses é uma forma de contrapor-se ao questionamento confirmador, imitativo ou disciplinador e às tentativas de se universalizar perguntas e respostas. Portanto, a proposta desta aula abre espaço para a experiência do pensar, em que o aluno lança mão do perguntar investigativo, problematizador, em constante interlocução consigo mesmo e com o outro, de maneira crítica, reflexiva, criativa.

Momentos da aula:

1º Momento: O professor deverá iniciar a aula apresentando aos alunos um vídeo curta-metragem intitulado “Minhocas”, em que o personagem Júnior faz muitas perguntas. O dilema do questionamento, enfrentado por pais e filhos, é o assunto dessa família de minhocas, na qual o Júnior está crescendo e ainda não conseguiu do pai, da mãe e do avô nenhuma resposta convincente para uma questão que não pára de intrigá-lo.
Para assisti-lo, acesse o sítio:
http://portacurtas.com.br/curtanaescola/pop_160.asp?cod=4937&Exib=5513

2º Momento: Após a apresentação do curta-metragem, o professor abrirá espaço para os alunos expressarem o que acharam do filme, a parte de que mais gostaram e se descobriram qual era a pergunta que tanto intrigava Júnior. Nesse momento, lançará também os seguintes questionamentos: É importante fazer perguntas? Algumas perguntas podem ficar sem respostas? Por quê? Que tipo de pergunta vocês consideram mais interessante: aquela que intrigava o personagem Júnior ou a que tem uma resposta direta, fácil de ser encontrada?

3º Momento: Após ouvir as opiniões dos alunos, o professor solicitará que se organizem em uma roda. Em seguida, deverá ler perguntas que foram feitas por outras crianças do ensino fundamental, além de outras que queira sugerir, colocando-as no centro do círculo: Se a gente não joga peteca com o pé, porque ela tem esse nome? Qual é a capital do Brasil? As pedras crescem? Por que somente as pessoas têm sobrenome? Se doce não tem sobrenome, por que o pudim pode ser de leite ou de chocolate? Qual é o seu time de futebol preferido? Por que a gente envelhece e morre? Sonhar e imaginar significa a mesma coisa? Pedras e pessoas têm algo em comum? Quantas letras têm a palavra futebol? É possível voar sem ter asas?

Dando continuidade, pedir aos alunos que classifiquem as perguntas em dois grupos: as que julgam as mais interessantes e as menos interessantes, justificando as escolhas.

4º Momento: Na sequência, cada aluno deverá fazer uma pergunta, por escrito, que também o intriga e que deseja compartilhar com os colegas. Após cada aluno ter lido a sua pergunta, o professor solicitará ao grupo que escolha uma delas para que seja discutida, problematizada por todos. Após a discussão, é importante que o professor leve os alunos a perceber e diferenciar perguntas mais diretas daquelas que levam a pensar, refletir e que favorecem várias possibilidades de resposta, atribuição de múltiplos sentidos.

Professor, como complemento interessante para a aula, você poderá utilizar a música “Oito Anos”, de Paula Toller e Dunga, cantada por Adriana Calcanhoto, acessando o sítio http://vagalume.uol.com.br/adriana-calcanhoto/oito-anos.html A música foi criada pela mãe de Gabriel, uma criança de oito anos, com as perguntas feitas por ele.

A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.

Auto-avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e em grupo nas atividades propostas.

Avaliação dos alunos pelo professor: Envolvimento e participação dos alunos nas discussões. Respeito aos momentos de fala e escuta e às opiniões dos colegas. Verificar nos alunos a capacidade de perceber, diferenciar e elaborar perguntas que levam a pensar.