• Identificar as finalidades e funções da leitura por meio do reconhecimento do gênero;
• Produzir textos poéticos, escritos e orais, adequando aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação.

• É desejável que o aluno identifique os gêneros trabalhados. Caso contrário, o professor deverá apresentar a estrutura e funções dos gêneros “Classificados” e poesia;
• Caso tenha na turma crianças não alfabéticas, um colega será o escriba e todos contribuirão. No caso de produções individuais, peça aos alunos alfabetizados que após o término da sua produção, auxiliem o colega que necessitar, ou o mesmo poderá fazer o professor.

Atividade 1

Dica: A organização da turma em duplas contribuirá para a organização do trabalho.

Nesta aula podemos trabalhar dois gêneros textuais: anúncio/classificado e poesia. Caso esses gêneros ainda não tenham sido discutidos em sala, apresente-os para as crianças detalhando suas finalidades e funções. É importante também apresentar os gêneros em outros suportes e deixá-los expostos na sala: uma forma interessante é selecionar algumas poesias e classificados de jornais e anexá-los por meio de varais (cordel).

1. Professor apresente o livro "Classificados Poéticos" de Roseana Murray para as crianças. Entregue para os alunos três copias de poesias contidas no livro. Solicite que algumas crianças leiam em voz alta, e em seguida, ajude a interpretá-las. Procure estabelece diferenças de um “classificado poético” de um classificado convencional.

2. A partir desta interação, construa uma poesia coletiva, escrevendo-a no quadro. Estimule a criatividade das crianças e a relação de compra, venda e troca – sugerida por um classificado. Neste momento o professor poderá trabalhar a sonoridade poética por meio de rimas e terminações de palavras utilizando-se este meio para o desenvolvimento da consciência fonêmica. Solicite que os educandos copie no caderno a poesia construída.

3. Segue abaixo algumas informações sobre consciência fonológica e fonêmica:

Orientação:
MOURA, Simone Raquel Sbrissa; CIELO, Carla Aparecida; MEZZOMO, Carolina Lisbôa. Consciência fonêmica em meninos e meninas. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2009;14(2):205-11.

A consciência fonológica é entendida como a consciência de que as palavras são constituídas por uma seqüência de sons e que se desenvolve gradualmente na infância como parte da habilidade metalinguística, isto é, da capacidade de reflexão sobre a linguagem como um objeto.
Pesquisas sustentam que, para que a criança aprenda a ler e a escrever no sistema de escrita alfabético, é necessário que ela perceba a relação entre os fonemas e os grafemas. Para isso, são fundamentais as habilidades em análise, síntese e manipulação dos componentes fonológicos da fala, que com­põem a consciência fonológica.

Muitos autores concordam que existe uma seqüência de complexidade dependente da unidade linguística que é mani­pulada. Com relação à Língua Portuguesa, pressupõe-se a se­guinte ordem de habilidades, em um crescente de dificuldade: consciência sobre palavras; consciência de rimas; consciência silábica e consciência fonêmica. As mesmas pesquisas que apontam essa seqüência, também consideram que a capacidade de operar com fonemas constitui a tarefa mais complexa.

A habilidade em analisar e manipular de modo consciente os fonemas caracteriza o nível das habilidades em consciência fonêmica. Por se tratar das menores unidades da língua, sem significado, os fonemas são mais dificilmente percebidos ou conceituados pelas crianças do que as palavras ou as sílabas. Desse modo, considera-se que a aprendizagem e o domínio do código alfabético influenciam as habilidades que envolvem a consciência fonêmica.

http://www.scielo.br/pdf/rsbf/v14n2/11.pdf – acessado em 14 de outubro de 2009

PAULA, G. R.; MOTA, H. B.; KESKE-SOARES, M. A terapia em consciência fonológica no processo de alfabetização. Pró-Fono Revista de Atualização Científica,
Barueri (SP), v. 17, n. 2, p. 175-184, maio-ago. 2005.

Em abordagem contemporânea, as pesquisas desenvolvidas na área da Neuropsicologia Cognitiva evidencia m que, para o aprendizado do código escrito em um sistema alfabético é necessário o conhecimento da estrutura fonológica da linguagem, qual seja, de que os componentes sonoros das palavras (fonemas) são representados por letras ou pequenos grupos de letras. Esta habilidade é chamada de Consciência Fonológica, definida como a capacidade para refletir sobre a estrutura sonora da fala bem como manipular seus componentes estruturais apresentando uma estreita relação com o aprendizado do código escrito. A concepção mais abrangente e completa desta relação é a da causalidade recíproca (Morais et al., 1998).

http://www.scielo.br/pdf/pfono/v17n2/v17n2a05.pdf – acessado em 14 de outubro de 2009

Atividade 2

4. Em seguida, a turma irá construir um cartaz que será o anúncio classificado da turma. Entregue um pequeno pedaço de papel para as crianças construírem um novo anúncio poético. Solicite que escrevam um classificado assim como nos apresentou Roseana Murray.

5. Finalize o trabalho anexando o cartaz juntamente com as demais poesias expostas no inicio da aula, ou ainda, nos murais da escola. Retome e solicite que a turma compare os “classificados poéticos” que produziram com os classificados de jornais.

• Como sugestão, trabalhe com o livro de Rosana Murray utilizando-se da seguinte aula do portal do professor: Hora da História: desenvolvendo as capacidades de leitura e compreensão de textos poéticos.

• Os aprendizes serão avaliados durante o processo de leitura e por meio da interpretação oral das poesias trabalhadas: na relação do real com o imaginário ou no sentido das palavras empregadas pela autora, por exemplo;
• Ao final da aula, a criança deverá ser capaz de estruturar um pequeno “classificado poético” e compreender a finalidade e uso social dos gêneros trabalhados. Deverá também saber diferenciar um “classificado poético” de um classificado convencional.