23/11/2009
Elizabet Rezende de Faria
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Final | Artes | Arte Visual: Produção do aluno em arte visual |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Cultura e diversidade cultural |
Conhecer uma obra da produção poética visual de Tomie Ohtake e Siron Franco;
Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obras dos artistas eleitos;
Exercitar a prática da construção de objetos a partir de sucatas;
Produzir plasticamente uma proposta coletiva com a criação de objeto artístico à luz do referencial teórico-plástico estudado.
• Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras;
• Composição plástica e ressignificação de materiais descartados no cotidiano escolar e contexto familiar.
Apresente as fotos dos artistas Tomie Ohtake e Siron Franco com as respectivas biografias:
http://www.estadao.com.br/ext/especiais/2007/07/imigracaojaponesa/img/tomie.jpg
Tomie Ohtake, natural de Kyoto (Japão). Pintora, gravadora e escultora. Chega ao Brasil em 1936 e fixa-se em São Paulo. Inicia seus estudos de pintura em 1952, com o artista plástico japonês Keisuke Sugano. Em 1953, integra o Grupo Seibi ao lado de Flávio-Shiró, Kaminagai, Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, entre outros. Sua primeira exposição individual ocorre em 1957, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Em 1969, começa a trabalhar com serigrafia e posteriormente executa litografias e gravuras em metal. Realiza diversas obras públicas, como o painel pintado no Edifício Santa Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo; a escultura Estrela do Mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; a escultura em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa no Brasil, painéis para o Memorial da América Latina e para a estação Consolação do Metrô, em São Paulo. Recebe o prêmio melhor pintor do ano, em 1974 e 1979, e, em 1983, o prêmio personalidade artística do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte.
Em 1995 recebe o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura. Em 2000, é lançado em São Paulo o Instituto Tomie Ohtake, idealizado e coordenado por Ricardo Ohtake e projetado por Ruy Ohtake.
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/tomie-ohtake/tomie-ohtake-2.php
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5b/Siron_Franco.jpg/200px-Siron_Franco.jpg
Gessiron Alves Franco (Goiás Velho GO 1947). Pintor, escultor, ilustrador, desenhista, gravador. Muda-se para Goiânia em 1950, onde estuda pintura com D. J. Oliveira e Cleber Gouvêa, em 1960, ano em que também é aluno-ouvinte da Escola de Belas Artes da Universidade Católica de Goiânia. Entre 1969 e 1971, freqüenta os ateliês de Bernardo Cid e Walter Levy, em São Paulo, integrando o grupo que faz a exposição Surrealismo e Arte Fantástica, na Galeria Seta. Em 1975, com o prêmio viagem ao exterior, reside entre capitais européias e o Brasil. Em 1979, inicia o Projeto Ver-A-Cidade, realizando diversas interferências no espaço urbano de Goiânia. Entre 1985 e 1987, faz direção de arte para documentários de televisão como Xingu, concebido por Washington Novaes, premiado com medalha de ouro no Festival Internacional de Televisão de Seul. Desde 1986, realiza monumentos públicos, baseados na realidade social do país. Entre 1892 e 1997, ilustra vários livros, como O Desafio do Branco, de Antonio Carlos Osório, O Forasteiro, de Walmir Ayala, e Contos que Valem uma Fábula: História de Animais Animados, de Katia Canton, entre outros.
Fonte: Itaú Cultural
Atualizado em 23/02/2004
http://www.escritoriodearte.com/listarQuadros.asp?artista=81
Em seguida, mostre as imagens das obras escolhidas para referencial teórico-plástico:
- TOMIE OHTAKE, Tapeçaria em Quatro Cores, tapeçaria, 800 m², 1990.
- SIRON FRANCO, Cobra, tecido pintado, 40 m comprimento, 1991.
SIRON FRANCO, Cobra, tecido pintado, 40 m comprimento, 1991. 2ª Exposição Int ernacional de Esculturas Efêmeras; Fortaleza.
Fonte: A metrópole e a arte. Banco Sudameris Brasil, São Paulo: Prêmio, 1992, p. 73.
TOMIE OHTAKE, Tapeçaria em Quatro Cores; tapeçaria; 800 m2; 1990.
Memorial da América Latina, São Paulo.
Fonte: A metrópole e a arte. Banco Sudameris Brasil, São Paulo: Prêmio, 1992, p. 65.
Realize com o grupo a apreciação das obras, destacando os estranhamentos, as aproximações de uma obra com a outra;
Comente as cores, os efeitos de luminosidade, a técnica usada em cada uma delas – objeto tridimensional de grande proporção e tamanho, instalados em locais públicos, sendo um aberto (um campo verde em Fortaleza) e outro fechado (Memorial da América Latina em São Paulo);
Discuta com o grupo o nome das obras;
Fale sobre a representação de Siron na obra “Cobra” e a aproximação da obra de Tomie Ohtake, “Tapeçaria em Quatro Cores” – que não é uma cobra, mas que a imagem nos remete a esse signo, devido às suas características na construção da forma e disposição no espaço;
Deixe as imagens das obras de Tomie Ohtake e Siron Franco expostas em local visível e acessível a todos;
Proponha aos alunos a construção de uma cobra gigante a partir de sucatas e materiais descartados do cotidiano escolar e residencial, e que, para tanto, será necessário coletar o maior número de objetos para o início da criação na próxima aula. (Materiais como retalhos de tecido e plástico, bijouterias, fitas e cordões, dentre outros).
Aula 2
Realize a apreciação dos objetos/materiais coletados durante a semana e comente a materialidade presente em cada um, como: a qualidade, a forma, a cor e as possibilidades de ressignificação de cada um;
Solicite projetos gráficos em estudos de croquis com ênfase em “cobras”, bem como, sugestões para a sua posterior instalação enquanto objeto artístico;
Distribua uma folha de papel sulfite a cada aluno – o projeto deverá contemplar o estudo de formas, cores, dimensões e materiais coletados e oferecidos/disponibilizados pela escola)
Explique aos alunos que eles farão um projeto individual que será apresentado aos demais colegas e o escolhido será objeto de estudo de todos em uma proposta coletiva de criação plástica;
Exponha os projetos na sala de aula para apreciação e exercício do olhar estético;
Aulas 3 e 4
Comente cada projeto exposto e realize a eleição dos mais significativos ou interessantes, podendo-se adaptar um projeto com outros, de forma a enriquecê-lo – não necessariamente eleger apenas um;
De posse do/s projeto/s eleito/s, inicie com a turma a divisão de funções no projeto de criação do objeto “Cobra”, bem como, a separação do material que será utilizado: retalhos de tecido, cola colorida, tinta acrílica, vela, arame, tesoura, cola, cordão, linha e lã coloridas;
Prepare a sala disponibilizando todos os recursos materiais disponíveis para a construção da proposta coletiva;
Recorte as garrafas pet, retirando o fundo e o gargalo, reservando-os porque serão também utilizados na construção do objeto;
Proponha a cobertura da garrafa com tecidos estampados ou papéis coloridos;
Sugira aos alunos para que usem tinta acrílica, trabalhando/ressignificando o suporte (tecido, papel ou o próprio plástico da garrafa);
Processo criativo
Acervo e autoria - Soraia Lelis
Aulas 5 e 6
Continue com os alunos a criação das peças individuais;
Sugira a pintura com tinta acrílica nas bases recortadas das garrafas;
Providencie arames e velas para a realização de furos no plástico, de forma a possibilitar a amarração com cordão de umas peças nas outras;
Processo criativo
Acervo e autoria- Soraia Lelis
Processo criativo
Acervo e autoria- Soraia Lelis
Aulas 7 e 8
Inicie o processo de montagem do objeto “Cobra” – produção coletiva, amarrando as peças criadas umas nas outras, de acordo com o projeto gráfico-plástico escolhido pela turma;
Processo criativo
Acervo e autoria- Soraia Lelis
Processo criativo
Acervo e autoria- Soraia Lelis
Composição plástica em construção de objeto tridimensional - 5º Ano ESEBA-UFU/2006
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
Aula 9
Conclua a construção do objeto “Cobra” com a turma e proponha a exposição em locais/espaços variados no contexto escolar;
“Olha a cobra!”
Composição plástica em construção de objeto tridimensional - 5º Ano ESEBA-UFU/2006
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
Detalhe - “Olha a cobra!”
Composição plástica em construção de objeto tridimensional - 5º Ano ESEBA-UFU/2006
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
Suporte – Material que serve de base – o papel para o desenho, a tela para a pintura, etc. (SANTOS, Denise. Orientações Didáticas em Arte Educação. Belo Horizonte: C/Arte: FHC/Fumec, 2002. p.92)
Tridimensional - adj. Que comporta três dimensões (altura, comprimento e largura). Disponível em:
<http://www.hostdime.com.br/dicionario/tridimensional.html>Acesso em: Maio/2008.
Objeto - As questões específicas da arte perpassam a compreensão da sua complexidade. O que chamamos de arte (para além de toda a filosofia que aqui se instaura) é apreciável através de um conjunto de objetos, imagens e idéias que participam das mais complexas ações da humanidade. Esses objetos, imagens e idéias podem até ser simples, aparentemente, mas, por representarem o que chamamos de Arte, participam de uma categoria diferenciada em relação aos demais objetos, imagens e idéias produzidas pelo homem; isso significa que a arte não está necessariamente no objeto que se apresenta à visão, mas sim no que ele significa para determinada região, tempo ou cultura. Mila Chiovatto
(Disponível em: <http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=13>
Acesso em: Maio/2009).
• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.
Recursos educacionais
Nome Tipo
Aula expositiva Teórica
Apreciação de imagem de obras Teórica
Desenho Prática
Construção de objeto tridimensional Prática
Sem estrelas 0 classificações
Denuncie opiniões ou materiais indevidos!