23/11/2009
Fátima Rezende Naves Dias; Marta Regina Alves Pereira; Liliane dos Guimarães Alvim Nunes; Lucianna Ribeiro de Lima
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
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Ensino Fundamental Inicial | Ética | Solidariedade |
1. Refletir sobre a importância da cooperação para o fortalecimento das relações interpessoais.
2. Reconhecer a necessidade de cada um desenvolver uma atitude de cuidado e atenção para com os outros no dia a dia.
3. Identificar situações em que há cooperação entre o grupo e outras em que não prevalecem atitudes cooperativas, bem como as conseqüências destas no contexto escolar.
1º Momento: O professor deverá ler em voz alta a seguinte história para os alunos:
AS LONGAS COLHERES Extraída do livro “Histórias da Tradição Sufi” Autora: Nícia Queiróz Grillo
Uma vez, num reino não muito distante daqui, havia um rei que era famoso tanto por sua majestade como por sua fantasia meio excêntrica.
Um dia ele mandou anunciar por toda parte que daria a maior e mais bela festa de seu reino. Toda a corte e todos os amigos do rei foram convidados. Os convidados, vestidos nos mais ricos trajes, chegaram ao palácio, que resplandecia com todas as suas luzes.
As apresentações transcorreram segundo o protocolo, e os espetáculos começaram: dançarinos de todos os países se sucediam a estranhos jogos e aos divertimentos mais refinados.
Tudo, até o mínimo detalhe, era só esplendor. E todos os convidados admiravam fascinados e proclamavam a magnificência do rei.
Entretanto, apesar de primorosa organização da festa, os convidados começaram a perceber que a arte da mesa não estava representada em parte alguma.
Não se podia encontrar nada para acalmar a fome que todos sentiam mais duramente à medida que as horas passavam.
Essa falta logo se tornou incontrolável.
Jamais naquele palácio nem em todo o país aquilo havia acontecido.
A festa não parava de esforçar-se para atingir o auge, oferecendo ao público uma profusão de músicos maravilhosos e excelentes dançarinos.
Pouco a pouco o mal-estar dos espectadores se transformou numa surda mas visível contrariedade.
Ninguém no entanto ousava elevar a voz diante de um rei tão notável.
Os cantos continuaram por horas e horas. Depois foram distribuídos presentes, mas nenhum deles era comestível.
Finalmente, quando a situação se tornou insustentável, e a fome intolerável, o rei convidou seus hóspedes a passarem para uma sala especial, onde uma refeição os aguardava.
Ninguém se fez esperar. Todos, como um conjunto harmonioso, correram em direção ao delicioso aroma de uma sopa que estava num enorme caldeirão no centro da mesa.
Os convidados quiseram servir-se, mas grande foi sua surpresa ao descobrirem, no caldeirão, enormes colheres de metal, com mais de um metro de comprimento. E nenhum prato, nenhuma tigela, nenhuma colher de formato mais acessível.
Houve tentativas, mas só provocaram gritos de dor e decepção. Os cabos desmesurados não permitiam que o braço levasse à boca a beberagem suculenta, porque não se podiam segurar as escaldantes colheres a não ser por uma pequena haste de madeira em suas extremidades. Desesperados, todos tentavam comer, sem resultado. Até que um dos convidados, mais esperto ou mais esfaimado, encontrou a solução...
Depois, complete a leitura da história. Sempre segurando a colher pela haste situada em sua extremidade, levou-a à boca de seu vizinho, que pôde comer à vontade. Todos o imitaram e se saciaram, compreendendo enfim que a única forma de alimentar-se , naquele palácio magnífico, era um servindo o outro.
Em seguida, o professor deverá perguntar aos alunos: O que esta histór ia nos leva a pensar ? (Professor, é fundamental que os alunos percebam o simbolismo presente na imagem de um alimentar o outro, cuidar do outro e como um problema que era de todos acabou sendo resolvido por meio de uma solução criativa, em que uns colaboraram com os outros de maneira solidária).
2º Momento: Os alunos deverão ser organizados em grupos. Cada grupo receberá uma ficha com a seguinte frase a ser compl etada: Para nós, cooperar significa... Em seguida, o professor disponibilizará alguns balões e cada grupo escolherá um de cor diferente. Antes de enchê-lo, deve-se colocar dentro dele a ficha dobrada. A um sinal do professor, os participantes de cada grupo deverão brincar com o balão, mantendo-o no ar, sem deixá-lo cair no chão.
Dando continuidade, o professor solicitará que um grupo se junte a outro, brincando e mantendo agora os dois balões no ar. Na sequência, pedirá que todos os grupos se juntem formando um único grupo, sendo que agora todos os balões deverão ser jogados e mantidos no ar por todos os alunos. Aos poucos, o professor deverá retirar um balão por vez, até que fique apenas um balão para todo o grupo (Professor, durante a atividade com balões é importante observar como os alunos interagem, se cooperam uns com os outros, se têm alunos que se isolam do grupo ou outros que ficam jogando em duplas, se resistem à retirada gradativa dos balões, se há dificuldade dos alunos em manter os balões no ar, os que mais se envolvem, os mais dispersivos...).
3º Momento: Após brincar por um tempo com o balão, o professor deverá abrir espaço para que os alunos comentem o que sentiram e perceberam em relação ao grupo nas situações vivenciadas por eles. Nesse momento, o professor deverá problematizar com as seguintes questões: Cooperar é fazer pelo outro ou junto com o outro? Cooperar é fazer o que o outro quer?
Em seguida, solicitar que um aluno de cada grupo estoure o balão escolhido e leia a frase completada pelo grupo. Estabelecer relações entre os significados atribuídos à palavra cooperação, identificando semelhanças e diferenças entre eles. Relacionar, também, com a história lida anteriormente: “As longas colheres”.
4º Momento: Na sequência, solicitar que identifiquem situações na sala de aula em que os alunos apresentam atitudes cooperativas e situações em que não há cooperação entre eles, analisando as dificuldades advindas deste comportamento e as possíveis mudanças que possam favorecer a prevalência da cooperação entre o grupo. Registrar em um cartaz as sugestões de mudanças propostas pelos alunos e afixá-lo no mural da sala de aula, para que possam orientar suas ações no cotidiano escolar.
Professor, como complemento para a aula, acesse o sítio
http://terratv.terra.com.br/Especiais/Infantil/Discovery-Kids/4563-248438/Historinha-de-Dragoes-A-Grande-Corrida.htm onde você encontrará um vídeo sobre a importância de se trabalhar em equipe.
A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.
Auto-avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e grupal nas atividades propostas.
Avaliação dos alunos pelo professor: Envolvimento e participação dos alunos na brincadeira com balões, na elaboração do significado de cooperação e nas discussões. Respeito aos momentos de fala e escuta e às opiniões dos colegas. Capacidade de identificar situações em que há cooperação entre o grupo e outras em que não prevalecem atitudes cooperativas e de sugerir propostas de mudanças.
Referência Bibliográfica
GRILLO, N. Q. Histórias da Tradição Sufi. Edições Dervish, 1993.
Cinco estrelas 3 calificaciones
Denuncia opiniones o materiales indebidos!
29/02/2016
Cinco estrelasHistoria maravilhosa e trabalha cooperação tao necessária no mundo de hoje
31/07/2011
Cinco estrelasMuito boa a relação estabelecida com a realidade, seria interessante ainda acrescentar gestos concretos ao final deste trabalho, produzindo em equipe algo que possa ser utilizado para o bem de todos.
09/04/2011
Cinco estrelasfoi ótimo tomare que vc seja minha fã por quê foi ótimo.! exelente.