Portal do Governo Brasileiro
Início do Conteúdo
VISUALIZAR CLASE
 


Corpo um território de possibilidades inesgotáveis: gênero, etnia e sexualidade

 

02/06/2010

Autor y Coautor(es)
SANDRO PRADO SANTOS
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Cláudia Regina M. G. Fernandes

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Saúde Relações sociais, acordos e limites
Ensino Fundamental Final Saúde Construção da identidade e da auto-estima
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Ciências Naturais Visões de mundo
Ensino Fundamental Final Orientação Sexual Corpo: matriz da sexualidade
Ensino Médio Biologia Identidade dos seres vivos
Ensino Fundamental Final Ciências Naturais Ser humano e saúde
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  1. Entender que o corpo possui uma materialidade que constrói as nossas identidades, associadas às possibilidades de significação.
  2. Compreender que o nosso corpo também aprende, ou seja, o corpo aprende o que nós aprendemos com ele.
  3. Identificar que o corpo constrói conhecimentos continuamente na convivência, na relação, na interação com o outro, seja esse outro, mídia (novelas, livros, jogos, filmes, internet, revistas, música), escola, família, dentre outros.
  4. Reconhecer que o nosso corpo é alvo de diferentes e múltiplos discursos. É por meio destes discursos que marcas/símbolos culturais são inscritos nos corpos.
  5. Refletir que as marcas sociais de gênero, etnia e sexualidade funcionam como um modo de agrupar, ordenar, qualificar e diferenciar quem pertence ou não a certas classificações de corpo: magro, alto, belo, branco, jovem, heterossexual, saudável, entre outros.
Duração das atividades
De 2 a 3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos prévios para a efetuação destas aulas.

Estratégias e recursos da aula

Estratégias utilizadas:

Aula interativa.

Socialização das produções dos/as alunos/as.   

ATIVIDADE 1: Trabalhando com texto: temática corpo   

Corpo – Luca Sant’anna

Extraído do livro do professor “Sexualidade Prazer em Conhecer”- Fundação Roberto Marinho e Governo de Minas Gerais.   

Uma energia comanda meus gestos. Não sei bem o que acontece. Meu corpo vai muito além de mim. Pensamentos, Decisões, Desejos. Fico me perguntando por quê? Por quê? Músculos, pele, ossos, hormônios; Sangue, Óleo Água Salgada Isso tudo sou eu Só isso? O mundo esbarra no meu corpo Sinto calor E frio Meu corpo conta minha história Aponta meu destino É tudo que tenho desde que nasci E vai sobreviver a mim Quando tudo For nada.

Professor/a, objetivando contextualizar a temática e aproximá-la do universo dos/as alunos/as, entregará aos mesmos, divididos em duplas, um texto informativo sobre “Corpo”.

Procedimentos:

Cada dupla terá como uma primeira atividade ler o texto e escrever um comentário geral sobre os sentidos atribuídos ao corpo. Quando todas as duplas finalizarem, o/a professor/a solicitará que leiam para a sala suas considerações. Cabe ao/a professor/a atuar como mediador da atividade, auxiliando os/as alunos/as na elaboração dos comentários, bem como na orientação para estabelecerem relações entre o organismo biológico e o corpo social. Além disso, compreendemos que nesta discussão é necessário:

  1. Como nosso corpo é tratado na sociedade? E em outras sociedades o corpo possui significações diferentes?
  2. No texto, quais passagens representam a dimensão individual do nosso corpo? E quais as retratam as dimensões coletivas?
  3. Qual a reflexão que podemos fazer a partir da passagem “Meu corpo vai muito além de mim”?
  4.  O autor ao dizer “Meu corpo conta a minha história” é possível pensar que esse corpo é construído? Ou já está dado?
  5. Além das dimensões biológicas e fisiológicas existentes no corpo, quais as outras? Tentem ilustram com passagens do texto.

Professor/a, gostaríamos de dizer que apesar de termos um corpo biológico, que nos é dado por herança biológica, advogamos em torno da necessidade, de considerá-lo não só como uma construção biológica, mas especialmente, e de modo mais inclusivo, como uma construção sociocultural. Desse forma, deixe bem claro para os/as alunos/as tais considerações.  

ATIVIDADE 2: O corpo aprende o que nós aprendemos com ele   

Professor/a, essa atividade tem como objetivo enfatizar que os marcadores sociais como gênero; raça/etnia; sexo; orientação sexual; idade; interferem na construção e significação dos corpos.   

Alguns apontamentos...   

No campo do ensino de Ciências, temos nos ocupado do corpo como uma entidade naturalmente dada, como um “substrato biológico”, naturalmente dado e inquestionável, em cima do qual se erguem, de forma separada e independente, os sistemas sociais e culturais de significados.   

Professor/a, sentimos incomodados com o entendimento do corpo conforme mencionamos anteriormente, e, aceitamos o desafio de tentar olhar para o corpo como uma produção cultural. Nesse contexto, propomos essa atividade, esquema corporal em folha de papel A4, que contribuirá para exercitar esse olhar.  

 Material:

• Folhas de papel A4 ou papéis reciclados, a escolha do tipo de papel fica a critério do professor/a;

• Lápis ou canetas esferográficas.   

Problematização:

Peça que os/as alunos/as discutam a seguinte questão:

• Quais os principais acontecimentos ao longo da sua vivência (infância e adolescência) marcaram vocês?

Processo:

  1. Distribua as folhas de papéis e uma caneta ou lápis para cada aluno/a participante.
  2. Peça que individualmente façam a representação de seu corpo, ou seja, do esquema corporal. Dentro do esquema corporal, solicite que os/as alunos/as descrevam/registrem as experiências/vivências marcantes em sua vida.
  3. Discuta alguns exemplos de experiências marcantes na vida como: uma experiência que passou na infância; uma situação vexatória que passou na adolescência; uma situação que marcou muito como mulher ou como homem (comentários, apelidos); uma situação marcante na escola, boa ou não; o primeiro beijo; o primeiro namoro; um professor que deixou boas lembranças; uma atividade na escola que não esquece; entre outras.
  4. Quando todos/as tiverem terminado de escrever, faça o seguinte debate com a turma:   
  • Quais as marcas que carregamos?
  • De onde vêm essas marcas?
  • Como foram produzidas?
  • Como nos foi ensinado a olhar, a escutar o nosso corpo, nas práticas escolares?
  • Quais as experiências, os sentidos, as cicatrizes, os embates que nos constituíram como corpos de mulheres e de homens?
  • O que nos sensibilizaram para refletir sobre o nosso corpo, a nossa sensualidade, a nossa sexualidade?
  • Como aprendemos a apreciar nosso corpo? Como aprendemos a depreciá-lo?
  •  Com quem aprendemos a olhar e a valorar ou (des)valorar a nossa condição feminina ou masculina?   

Professor/a, entendemos que é fundamental problematizar o processo de inscrição dessas marcas e compreender como elas são produzidas, como elas se “tornam marcas” mediante determinadas práticas culturais e a forma como influenciam a nossa vivência cotidiana. Por isso, a proposta de tal atividade.  

ATIVIDADE 3: Entendendo a representação do corpo veiculada na mídia – Técnica adaptada e extraída do manual, “Pelo fim da exploração sexual. O que os homens podem fazer?”, para sensibilização de adolescentes entre 10 a 14 anos. Disponível em: http://www.promundo.org.br/

O objetivo dessa atividade é compreender como são criadas as mensagens, de corpo, que recebemos através da propaganda e promover uma reflexão crítica sobre o seu conteúdo.   

Materiais necessários:   

Cartazes ou filipetas de propaganda ou campanha (conforme indicado no planejamento), fita adesiva é cópias da Ficha de Análise.  

 Dicas de planejamento:   

Se houver possibilidade, os cartazes podem ser substituídos por comerciais de televisão ou quaisquer outras técnicas audiovisuais de propaganda.   

Procedimento:   

  1. Antes de os/as alunos/as chegarem, cole cartazes ou outros materiais de propagandas atuais nas paredes da sala de aula. Os cartazes podem ser colados com certa distância e o número de cartazes deve corresponder ao número de grupos em que os participantes serão divididos. Essa divisão dependerá do tamanho da turma do/a professor/a.
  2. Sugestão: Divida os/as alunos/as em quatro ou cinco grupos, conforme o número de propagandas.
  3. Distribua uma ficha de análise para cada grupo.
  4. Explique aos/as alunos/as que eles/as terão de 10 a 15 minutos para analisar os cartazes com as perguntas da Ficha de Análise.
  5. Depois que todos os grupos tiverem circulados por todas as propagandas e preenchido as fichas, peça que um representante de cada grupo leia as respostas e promova uma discussão entre todos.   

MODELO DA FICHA DE ANÁLISE   

  1. QUAL É A MENSAGEM?
  2. QUEM É O PÚBLICO PARA O QUAL A CAMPANHA SE DIRIGE?
  3. QUAIS AS ESTRATÉGIAS PARA CHAMAR A ATENÇÃO DESTE PÚBLICO?
  4. DE QUE MANEIRA ESTA MENSAGEM É CAPAZ DE INFLUENCIAR O PÚBLICO?

Discuta as questões sugeridas a seguir:   

  1. O que vocês aprenderam com esse exercício?
  2. O que vocês acharam das propagandas? É comum que outras propagandas utilizem estratégias semelhantes para chamar a atenção do público-alvo?
  3.  Como, em geral, as mulheres são tratadas nas propagandas? Por quê?
  4. Como, em geral, os homens são tratados nas propagandas? Por quê?
  5. Em geral, como as pessoas reagem às propagandas? Os conteúdos são absorvidos facilmente? Geralmente existe uma reflexão crítica sobre o que é divulgado nos meios de comunicação (TV, Jornais, Revistas, etc)?
  6. Quais as consequências de mulheres serem tratadas como objeto de consumo?  

Como fechamento da atividade, sugerimos que o/a professor/a deixe bem claro que as diferenças de gênero presentes nas campanhas e propagandas ajudam a reforçar e/ou legitimar os estereótipos masculinos e femininos. Como resultado dessa dinâmica é interessante que os/as alunos/as percebam como as mulheres são usadas para como estratégias de venda de diversos produtos, e muitas vezes, são elas mesmas oferecidas como produto de consumo. Deve-se promover uma reflexão sobre como nos deixamos influenciar pelos meios de comunicação, inclusive quando são representados personagens alheios a nossa realidade, mas que são vendidos como ideais de corpos masculinos e femininos.  

Recursos Complementares

Fontes para consulta:

BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS. Manual do multiplicador: adolescente. Brasília: Ministério da Saúde, 1997.   

Trabalhando com mulheres jovens: empoderamento, cidadania e saúde. Promundo; Salud e Gênero; ECOS; Instituto PAPAI; World Education – Rio de janeiro: Promundo, 2008.  Disponível em: http://www.promundo.org.br/

Outras aulas do portal do professor que poderão auxiliar na discussão da temática abordada:   O/a professor/a deverá definir em conjunto com a turma os critérios a serem avaliados, para que os/as alunos/as tenham consciência das competências e habilidades a serem desenvolvidas durante a atividade. Sugerimos alguns critérios: Respostas aos questionamentos; Participar das discussões sempre que esta solicitar expressão oral; Trabalho colaborativo, sugestão de ideias, criatividade e integração com o grupo; Dica:  O/a professor/a deverá avaliar não só a apropriação no conteúdo, referente à temática da aula, como também a capacidade individual e coletiva dos/as alunos/as de argumentar e discutir um tema.      

  1. Espelho, espelho meu: Os sentidos do corpo
  2. Este é o meu corpo: Cuidados e influências midiáticas     
  3. Inscrevendo a sexualidade, de maneira responsável, em nosso corpo   
  4. Descobrir o corpo como uma construção biológica e cultural  
Avaliação

O/a professor/a deverá definir em conjunto com a turma os critérios a serem avaliados, para que os/as alunos/as tenham consciência das competências e habilidades a serem desenvolvidas durante a atividade. Sugerimos alguns critérios:

  1. Respostas aos questionamentos;
  2. Participar das discussões sempre que esta solicitar expressão oral;
  3. Trabalho colaborativo, sugestão de ideias, criatividade e integração com o grupo;

Dica:  

O/a professor/a deverá avaliar não só a apropriação no conteúdo, referente à temática da aula, como também a capacidade individual e coletiva dos/as alunos/as de argumentar e discutir um tema.  

Opinión de quien visitó

Cinco estrelas 3 calificaciones

  • Cinco estrelas 3/3 - 100%
  • Quatro estrelas 0/3 - 0%
  • Três estrelas 0/3 - 0%
  • Duas estrelas 0/3 - 0%
  • Uma estrela 0/3 - 0%

Denuncia opiniones o materiales indebidos!

Opiniones

Sem classificação.
INFORMAR ERRORES
¿Encontraste algún error? Descríbelo aquí y colabora para que las informaciones del Portal estén siempre correctas.
CONTACTO
Deja tu mensaje al Portal. Dudas, críticas y sugerencias siempre son bienvenidas.