26/09/2011
BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO
Professor Doutor Luiz Prazeres Centro Pedagógico, EBAP/UFMG
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
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Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: processos de construção de significação |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: modos de organização dos discursos |
São Paulo, 4 maio 2008É difícil ser criançaPsicóloga analisa as consequências de ser alvo de piadas e chacotasEm todos os tempos se presenciou na escola, ou mesmo nos cursos complementares, alunos que são chacoteados pelos colegas o tempo todo com brincadeiras muito desagradáveis, fazendo com que estes não tenham a menor possibilidade de reagir ou mesmo reclamar. O escolhido do grupo faz de conta que não liga, brinca um pouco para disfarçar a vergonha, até pede para os colegas darem um tempo, mas nada adianta: ele é a bola da vez e nada pode mudar isso.Revidar não adianta. Se o alvo da chacota se irritar ou reagir, a chateação vai aumentar ou mesmo piorar. Se ele fizer de conta que não se importa, o grupo vai "caprichar" na atormentação para provocar alguma reação. Esse comportamento é chamado de bullying.O bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, repetidas e intencionais que ocorrem sem motivação aparente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro. Essas ações causam angústia e dor, e são mantidas dentro de uma relação desigual de poder através de apelidos, ofensas, gozações, provocações, humilhações, exclusão, isolamento, intimidação e perseguições. Além de tiranizar, aterrorizar e ferir o aluno por meio de chutes, tapas, roubos e outras ações de caráter violento.A maioria das escolas negam que isso acontece em suas salas. Dizem que isso é coisa da idade, que os colegas só estão brincando, que não podemos levar a sério as brincadeiras de mau gosto. Claro que em muitos momentos os alunos são inadequados uns com os outros sem a intenção de magoar; as brincadeiras passam dos limites; os apelidos são carinhosos ou nem tanto, mas não ofendem de fato, e isso é coisa da idade sim.Mas do que estamos falando é do apelido jocoso, da brincadeira que ofende e deprecia e que acontece todos os dias. Do prazer mórbido que os colegas sentem em maltratar o outro e de vê-lo sofrer e, com isso, se sentirem "poderosos" e "donos" do colega. Também da humilhação perante as risadas e da exclusão declarada dos grupos, que marca o ano escolar do começo ao fim.Não existe regra definida para ser um alvo de bullying, todos são alvo em potencial. Basta marcar por qualquer diferença ou ter alguma dificuldade, ou mesmo, ser uma pessoa mais sensível.Quem adota esse tipo de comportamento são normalmente aqueles indivíduos que dispõem de poucos recursos emocionais, não se sentem queridos, não têm uma família estruturada, se sentem abandonados e menosprezados, e esse modelo normalmente é aprendido com seus pais e parentes.Para esses indivíduos, a prática do bullying é, de alguma forma, motivada pela necessidade de incluir alguém em sua realidade, mesmo que precariamente, pois não desfruta de um aparato atraente, tanto emocional quanto intelectual, para atrair e manter as pessoas ao seu lado de uma maneira positiva e honesta. Existe uma grande possibilidade de, na maioria dos casos, esse indivíduo se manter violento e infeliz e sem possibilidade de se relacionar adequadamente, podendo se marginalizar.O que potencializa definitivamente uma pessoa a se tornar alvo é a fragilidade emocional associada à diferença de padrão. Estar fora do padrão exige um fortalecimento dos recursos emocionais para enfrentar as reações dos colegas e, muitas vezes, o indivíduo acaba sucumbindo e se abatendo, o que gera um empobrecimento de sua autoestima e o impede de procurar ajuda ou reagir. Com isso, a insociabilidade e a passividade aumentam, fazendo despencar tanto o rendimento escolar, quanto a frequência e o interesse na escola.Este quadro pode levar os jovens a desenvolverem uma série de doenças emocionais ou físicas devido ao stress a que estão expostos diariamente entre elas: depressão, síndrome do pânico, gastrite, colite, asma, bronquites e distúrbios alimentares. Como podemos perceber, carrasco e vítima traduzem suas fraquezas em atitudes opostas estabelecendo uma relação de co-dependência aterrorizante. Essa situação vivida no ambiente escolar e de lazer é capaz de contaminar, ou mesmo, inviabilizar todos os desdobramentos que as relações grupais são capazes de favorecer como, por exemplo, as escolhas futuras e a profissão.Para que esse tipo de conduta seja neutralizada nas escolas deve haver um esforço de pais e orientadores, pois os danos aos alvos são muito severos. Os pais devem avisar professores e orientadores se suspeitarem que seus filhos sejam vítimas do bullying e não devem permitir que a questão seja mal investigada ou sub-valorizada, pois é muito difícil para as escolas admitirem esta situação.Aprendizagem é um processo muito difícil que deve promover a apreensão dos fatos, do conhecimento e da possibilidade de ser feliz e a vivência traumática não deveria fazer parte do pacote que contratamos na escola.Silvana Martani.Psicóloga especialista em obesidade Clínica de Endocrionologiada Beneficência Portuguesa de São Paulo.Disponível em: http://www.observatoriodainfancia.com.br/article.php3?id_article=419.Acesso em: 08 ago. 2011. |
Disciplina: Língua Portuguesa Data: ___/___/___Texto “É difícil ser criança.”Roteiro de QuestõesOrientações: O trabalho deverá ser realizado com base na leitura do texto. Deverá ser feito individualmente, para ser corrigido com o professor em sala de aula.1. SINTETIZE com suas próprias palavras baseando-se na leitura do texto: O que é bullying?2. A parir de sua leitura, EXPLIQUE: Por que o título “É difícil ser criança” está adequado ao texto?3. Segundo a autora, numa situação de bullying, não adianta ao agredido fingir ou revidar. Por quê?4. Algumas escolas negam a existência de bullying entre seus alunos. O que elas alegam? REFLITA um pouco mais sobre a questão: Por as escolas fariam isso?5. Segundo a autora, que atitudes poderiam ser consideradas práticas de bullying?6. De acordo com o texto, como se caracterizam os agressores? O que os motiva a cometer tais práticas? No final das contas, como eles podem terminar?7. Segundo a psicóloga, como se caracterizam os alvos das agressões? Quais as consequências destas para eles?8. De acordo com a autora, as consequências das práticas do bullying, tanto para agressores quanto para agredidos, não se limitam apenas ao contexto escolar. Por quê?9. O que a instituição escolar, de acordo com o texto, deve fazer para conter as práticas de bullying? Essas medidas seriam válidas? Por quê?10. Com base em sua leitura e em seus conhecimentos, que outras medidas poderiam ser tomadas para liquidar as práticas de bullying no contexto escolar? |
Cinco estrelas 2 calificaciones
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30/11/2015
Cinco estrelasotimo
23/01/2013
Cinco estrelasOlá, Gostei bastante da sua aula. Pretendo tomá-la como base para planejar e aplicar com meus alunos este mesmo tema.Estou pensando também em criar uma aula onde os valores sejam destaque.A afetividade, o respeito ao outro, a solidariedade, por exemplo, que andam tão fora da moda neste mundo.