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UCA - O parágrafo de introdução

 

27/10/2011

Autor y Coautor(es)
Rodrigo Santos de Oliveira
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Professor Dr. Luiz Prazeres

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Analisar parágrafos introdutórios de reportagens, de artigos de opinião e de textos de divulgação científica.
  • Identificar os elementos estruturais do parágrafo de introdução.
  • Identificar recursos de contextualização (temática, histórica e temporal) para o parágrafo introdutório dissertativo.
  • Comparar os marcadores de informalidade e de formalidade presentes na apresentação do parágrafo dissertativo.
  • Identificar o rascunho de uma tese ou tópico-frasal no parágrafo introdutório.
  • Aplicar os elementos teóricos estudados em exercícios que desenvolvam a construção do parágrafo introdutório.
Duração das atividades
3 a 4 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Antes de iniciar a aula sobre o tema, o professor deverá propor um debate em torno do conceito geral de parágrafo. É necessário frisar a importância das considerações iniciais de um texto, apresentar  a noção de unidade temática/ argumentativa, a delimitação expositiva da ideia-núcleo e do percurso – ainda que não muito sistematizado ou marcadamente obrigatório – de introdução, de desenvolvimento e de conclusão do tema que se quer abordar dentro do parágrafo. Esse itinerário serve de roteiro, produção e manutenção do caráter objetivo definido para aquele conteúdo.

O professor solicitará que os alunos (em dupla) procurem vários gêneros, cuja modalidade seja a dissertativa e que escolham algum tema de predileção a ser trabalhado. Podem ser pesquisados artigos de opinião, textos científicos/ de divulgação científica, reportagens, entre outros.

É válido ressaltar: ainda que as atividades abordem o parágrafo introdutório, faz-se necessário o professor trabalhar com a introdução associada ao sentido global do texto. Assim, recomenda-se em algumas atividades a leitura integral da referência mencionada.

Estratégias e recursos da aula

Etapa 1 – A introdução: uma porta e suas entradas

Nesta atividade, serão abordados alguns aspectos constituintes do parágrafo introdutório em textos dissertativos em geral.

 

A introdução de um texto pode ser concebida como o “cartão de visita” do autor, um convite ao leitor / à leitora a participar de maneira harmoniosa ou contrastiva em relação à proposta abordada, além de servir de elemento administrativo e regencial do aspecto global do texto. Por esses motivos, é significativo que a introdução de um texto dissertativo contenha elementos atrativos, objetivos, questionadores e que apresente um matiz distintivo (atrelado ao grau opinativo e/ ou informativo) sobre o que será desenvolvido.

 

1.1  Indicadores de temporalidade/ espacialidade

O professor deve observar que, de maneira geral, os alunos tendem a iniciar o texto dissertativo-argumentativo com os seguintes elementos temporais: “Atualmente”, “Nos dias de hoje”, “No mundo atual”, “Na sociedade contemporânea”, “Na sociedade em que vivemos”, entre outros. A recorrência de tais elementos deve-se, muitas vezes, à típica justificativa: “não sei como começar!” ou à ilusória concepção de “obrigatoriedade” de marcadores temporais que indicam a contextualização do tema no presente.

Esses elementos são dispensáveis, pois comprometem de maneira redundante o caráter enunciativo do texto, sua função presentificadora intrínseca para quem o escreve e para quem o lê. Além disso, eles podem comprometer não só o recorte temático e a amplidão do enfoque contextual abordado (“no mundo atual”), bem como a atualidade ou o caráter de “novidade” da informação.

Com o intuito de restringir o pressuposto de localização, é válido solicitar aos alunos que delimitem o aspecto espacial que se quer discutir: “Na civilização ocidental/ oriental”, “Na sociedade brasileira/ latino-americana”, entre outros, de acordo com a discussão que o tema abarca. Tal demarcação certamente exige conhecimento prévio do aluno sobre o recorte geográfico que pretendem selecionar e auxilia no processo de contextualização da unidade temática local (do parágrafo) e também na coerência global da produção escrita.

Outro ponto importante é destacar que a temporalidade pode ser bem utilizada, se estiver associada, por exemplo, a algum período histórico/ político como ponto de partida para a comparação temática (sem necessariamente explicitar os advérbios temporais “ontem”, “hoje”; até mesmo porque, em se tratando de história, muitas vezes, não há demarcação exata de quando algo surgiu, mas pontos de concentração e maior incidência, por isso o “hoje” no texto pode comprometer a coerência externa do ponto de partida temático que se quer explorar).

 

1.2  – O tópico frasal

O tópico frasal ou a ideia núcleo representa, para o parágrafo em geral, a exposição/ proposição de um eixo temático que a unidade selecionada evidencia. Assim:

“O tópico frasal constitui um meio muito eficaz de expor ou explanar ideias. Enunciando logo de saída a ideia-núcleo, o tópico frasal garante de antemão a objetividade, a coerência e a unidade do parágrafo, definindo-lhe o propósito e evitando digressões impertinentes.”, segundo Garcia (2002) [1]

No que se refere ao parágrafo inicial de um texto dissertativo, é válido ressaltar que, além do tema definido, a ideia-núcleo suscita a explicitação do enfoque a ser desdobrado (ao longo do texto) ou esboço da tese a ser defendida. Dessa maneira, o tópico frasal no parágrafo de introdução orquestra, administra e engendra outras ideais ramificadas para a tese que será desenvolvida. Nesse aspecto, ele delimita um ponto de vista, um posicionamento que o autor comprovará por meio de exemplos, comparações, progressões, relações de causa e consequência, contrastes, afirmações, entre outros recursos.

 

1.3  – Elementos coesivos: marcadores de adversidade e concessão

Como modalizadores discursivos, os conectores (sobretudo os de concessão e adversidade) oferecem ao parágrafo introdutório direcionamentos semânticos à unidade que se quer estabelecer, seja de oposição,  comparação, restrição, destaque, concomitância, entre outros.

Assim, pode ser exposta uma opinião ou fato de abordagem comum/ conhecimento geral – como recurso de contextualização ou aspecto informativo ao leitor – e, em seguida, por meio dos recursos coesivos, pode-se delimitar/ especificar ou contrastar a assertiva inicial.

 

1.4 – Uso de perguntas

O uso de perguntas nos títulos e, sobretudo, no parágrafo introdutório oferta um direcionamento facilitador para delimitar o tópico frasal. Esse recurso, num artigo de opinião, por exemplo, é um elemento significativo para se questionar ideias já estabelecidas, além de convidar o interlocutor a compartilhar dessa indagação. No entanto, é necessário lançar perguntas, que serão desdobradas no decorrer do texto. Para propostas de redação em exames avaliativos, por exemplo, que contam com um número exato de linhas a se cumprir, é válido propor o mínimo de questões possíveis e explorar mais as ramificações articuladas que elas revelam.

 

Escrita

 

Imagem disponível em: http://juntosnacontramao.blogspot.com/2011/06/escreve-em-mim.html                         

              

Etapa 2 – A introdução em reportagens e textos de divulgação científica

Nesta atividade, o professor abordará a diversidade apresentativa de um parágrafo introdutório em um texto dissertativo, segundo os gêneros textuais: artigo de divulgação científica e reportagem.

 

Alguns gêneros textuais – como a notícia e a reportagem, por exemplo – não possuem a obrigatoriedade de expor alguma tese ou ponto de vista de maneira imediata, apesar de conter uma ideia núcleo. O professor apresentará o seguinte exemplo para ratificar a afirmação e os alunos apontarão quais mecanismos de contextualização estão presentes no parágrafo.

 

2.1

Abaporu em trânsito

O homem que se fez antropófago

Felipe Fortuna

 

Foi numa tarde de quarta-feira que o Abaporu decolou do Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, rumo a Brasília. Era a terceira vez que deixava a Argentina, agora a pedido do governo brasileiro. Símbolo maior da Antropofagia, a corrente estética do modernismo teorizada por Oswald de Andrade, o quadro de Tarsila do Amaral faz parte do acervo do Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires, o Malba. Quem o comprou, em 1995, foi o empresário argentino Eduardo Costantini, por 1,5 milhão de dólares – uma bagatela, se for considerada uma oferta recente, recusada, de 40 milhões de dólares.

 

Texto na íntegra, disponível em:

http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-55/esquina/abaporu-em-transito

 

É válido o professor ressaltar o teor mais explicativo/ informativo do parágrafo anterior que, por um lado, se compromete a noticiar o empréstimo provisório de um quadro ícone da arte brasileira, pertencente a um museu da Argentina. Mas que, por outro, evidencia de maneira contextual aspectos históricos e culturais relativos à tela “Abaporu”. Esse marcador é típico do gênero de divulgação científica, no que se refere ao ato discursivo de informar a não especialistas/ ao público em geral aspectos básicos para o desdobramento do tema.

Sem ter a pretensão de ser um resumo – aliás, não é apropriado reduzir integralmente o conteúdo da tese ou a afirmativa que se quer defender – a introdução dissertativa seria uma espécie de trailler cinematográfico, pois apresenta recortes concatenados e convidativos sobre o tema e  sobre o possível posicionamento/ debate ou direcionamento oferecido em relação ao assunto.

 

Com o objetivo de apresentar aos alunos uma introdução de uma reportagem feita de forma criativa, comunicativa e adequada ao tema proposto, o professor analisará com a turma os marcadores de informalidade/ oralidade presentes nos seguintes textos:

 

2.2

Você tem cinco minutos?

Acredite, é o que basta para aprender a se livrar dessa doença moderna: a falta de tempo

Rodrigo Vergara

 

Em primeiro lugar, obrigado. Se você está lendo esta reportagem, é porque me emprestou cinco minutos do seu tempo. É uma honra. Eu sei, a reportagem tem oito páginas, parece durar mais que isso, mas, acredite, dá para falar o essencial em cinco minutos. Mas espere! Não comece a contar ainda. Se eu só disponho de cinco minutos da sua atenção, quero ela toda para mim. Para me certificar de que você vai estar todo ouvidos, peço que tire o relógio, por favor. Sim, senão você vai olhar para ele o tempo todo. Prometo que quando der cinco minutos eu aviso. Se não é pedir demais, tire também o telefone do gancho, desligue o computador e a TV, peça às crianças que brinquem para lá e avise a quem estiver por perto para não o solicitar nem incomodar. Se puder ir a um local próximo onde ninguém atrapalhe, melhor. Vamos lá, são só cinco minutos. Olha, para facilitar, eu abro um parágrafo. Prepare isso tudo que eu disse e nos encontramos na próxima página, certo? Vai lá.

Disponível em:

http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/020/grandes_temas/conteudo_238009.shtml

 

2.3

Doença do nosso tempo

Mariana Sgarioni

 

Você deve estar pensando: gente teimosa e turrona existe desde que o mundo é mundo. Por que só agora se percebeu que isso é um transtorno de personalidade que deve ser tratado? Porque a vida nunca foi tão difícil para os perfeccionistas.

Disponível em:

http://pimentaroxa.blogspot.com/2008/12/doena-do-nosso-tempo-mariana-sgarioni.html

 

Etapa 3 – A introdução no artigo de opinião

Nesta etapa, pretende-se apresentar como algumas introduções em artigos de opinião utilizam, de maneira criativa, jargões, frases feitas, ditos populares, clichês e outros elementos intertextuais considerados senso comum.

 

3.1

Com que livro eu vou?

Tony Belloto

 

Esqueçam o cachorro. O livro é o melhor amigo do homem. Costumo levar livros comigo para tudo quanto é canto. O segredo é encontrar o livro certo para cada ocasião. Nesse sentido os livros são como roupas, há que existir uma adequação entre o livro e a situação em que será usado. Em consultórios médicos, recomenda-se uma leitura ligeira – tanto no sentido de conteúdo como no de tamanho mesmo -, e a definição engloba desde um Nero Wolfe básico ou uma das histórias do rabino David Small, até livros de poesia, como O ex-estranho, do Paulo Leminski, ou os poemas eróticos de John Donne.

Disponível em:

http://www.blogdacompanhia.com.br/category/colunistas/tony-bellotto/

 

O professor deverá destacar a abordagem criativa do autor ao resgatar o dito popular: “O cão é o melhor amigo do homem”. É interessante frisar que, apesar de haver uma ideia núcleo temática para o parágrafo: “O livro é o melhor amigo do homem”, o tópico frasal (com intuito de esboço da tese) é apresentado no centro do parágrafo: “os livros são como roupas, há que existir uma adequação entre o livro e a situação em que será usado”. Vale destacar também a importância intertextual e temática contida no título, pois esse estabelece a pista para o tópico frasal, e apresenta-se como uma paráfrase do samba “Com que roupa eu vou?”, de Noel Rosa.

 

Para a leitura a seguir, o professor solicitará que os alunos leiam o artigo de opinião na íntegra, assinalem e comentem os marcadores de senso comum que são retomados/ elaborados de forma criativa pelo autor.

 

3.2

Devagar, devagarinho

Marcos Fabrício Lopes da Silva

 

Velocidade máxima, compreensão mínima. A pressa é amiga da pressão e inimiga da reflexão. Ligeira, a humanidade se atropela, metendo os pés pelas mãos. Sempre atrasados, tudo pra ontem, pisamos no acelerador como se não houvesse freio. À medida que aprendemos a correr, era como se desaprendêssemos a andar. Caminhar à toa parece uma ofensa, um crime de lesa-agenda. Só vale o que for programado. Pintando uma brecha, divirta-se, mas não se empolgue muito. O lazer é tido como vilão do batente. Por isso, ao invés de dignificar, o trabalho está danificando o homem.

Texto na íntegra, disponível em:

http://www.ufmg.br/boletim/bol1749/2.shtml

 

No texto anterior, a ideia núcleo (temática) coincide com o rascunho da tese central que será desenvolvida: “A pressa é amiga da pressão e inimiga da reflexão”. Essa máxima criativa também possui outro desdobramento nuclear no mesmo parágrafo: “O lazer é tido como vilão do batente”. Assim, o texto operará com dois esboços de tese agregadas ao mesmo tema: a pressa cotidiana X o lazer (ou a reflexão).

É interessante destacar como autor apropria-se de frases feitas, clichês, situações/ citações comezinhas, para refletir sobre situações cotidianas, ou seja, a temática do texto está atrelada à forma estilística em que ele foi produzido. O que ratifica que o senso comum pode ser subvertido, adulterado de maneira argumentativa com o intuito crítico nas produções dos alunos. Os alunos devem observar que o texto também resgata uma canção popular, no caso, uma letra de Martinho da Vila.

 

Fone

Imagem disponível em: http://meubuntu.wordpress.com/page/2/

 

Etapa 4 – Identificação dos elementos constituintes de um parágrafo

O professor enviará aos alunos uma lista de exercícios para que eles identifiquem os elementos constituintes do parágrafo de introdução ou a ideia-núcleo (tópico frasal) de um parágrafo padrão. Os alunos podem marcar os parágrafos com cores definidas para cada item. A atividade pode ser feita em dupla.

 

É interessante os alunos aplicarem todos os recursos estruturais da etapa 1, bem como observarem:

a) A relação do título com alguma palavra ou ideia núcleo do parágrafo inicial;

b) O percurso – ainda que não sistematizado ou compulsório – das etapas internas de introdução, desenvolvimento e conclusão do parágrafo;

c) Os marcadores de formalidade e informalidade e os efeitos semânticos que eles produzem em relação ao assunto e ao modo estilístico de abordá-lo;

d) Os elementos implícitos/ explícitos que o tópico frasal indicará e os efeitos de sentido produzidos.

 

4.1

Sertão de contrastes

Zirlene Lemos

 

Quando o assunto é o sertão e o sertanejo, emergem as ideias de escassez, rusticidade, atraso, miséria. Essa visão, ainda que dotada de sentido, não expressa a complexidade de uma região como o Vale de Jequitinhonha. Outros modos de olhar para esse lugar e sua gente serão mostrados no seminário Visões do Vale 5 – Jequitinhonha: desenvolvimento e sustentabilidade, que será realizado nesta quarta e quinta-feira, 9 e 10 de junho, na UFMG.

Texto na íntegra, disponível em:

http://www.ufmg.br/boletim/bol1698/5.shtml

 

4.2

Bastidores dos filmes "Harry Potter" serão abertos aos fãs

Julie Jammot

 

O sonho se tornará realidade na primavera para os fãs de Harry Potter: o de visitar os bastidores dos oito filmes do herói, percorrer seus passos, descobrir o ministério da magia e a cabana do gigante Hagrid, entender como o jovem bruxo voa... Tudo isso nas proximidades de Londres.

Texto na íntegra, disponível em:

http://www1.folha.uol.com.br/folhateen/984777-bastidores-dos-filmes-harry-potter-serao-abertos-aos-fas.shtml

 

4.3

Vida de índio: prós e contras

Roberto Pompeu de Toledo

 

É bom ser índio? Índio está na moda, daí a pergunta: é bom ser índio? Há vantagens. Vive-se livre da tensão da vida chamada civilizada. Entre os índios ninguém se aflige por causa da "carreira". Nem os jovens nem os velhos se preocupam com o mercado de trabalho. Não há desemprego. Também não há vestibular. Os pais não se angustiam com a educação dos filhos. Devo ou não castigá-lo? Até que horas deixá-lo assistir à televisão? Como lhe falar de sexo? Como mantê-lo longe das drogas? Os pais índios não se põem tais questões. Não precisam consultar psicólogas. Haverá conforto maior, para um pai, ou mãe, do que viver num ambiente onde se está dispensado de consultar psicólogos?

Texto na íntegra, disponível em:

http://veja.abril.com.br/100500/pompeu.html

 

4.4

Turista enfrenta 'via-crúcis' e abandono na capital do Maranhão

Carolina Costa

 

Viajar para a cidade de São Luís é exercício de devoção. A capital do Maranhão, que recebe cerca de 2 milhões de turistas anualmente, maltrata aquele que se aventura por suas calçadas históricas.

Texto na íntegra, disponível em:

http://www1.folha.uol.com.br/turismo/971793-turista-enfrenta-via-crucis-e-abandono-na-capital-do-maranhao.shtml

 

4.5

A força do pilates

Rachel Costa

 

No mundo do fitness, a explosão de novas modalidades é uma constante. Mas, normalmente, com a mesma velocidade com que surgem, elas desaparecem após poucos meses. Quando resistem, tornam-se aqueles fenômenos que mudam a história da malhação e a maneira como enxergamos a atividade física. Foi assim com o surgimento da aeróbica, com a expansão da musculação e assim está sendo com o Pilates. Criado pelo alemão Joseph Pilates durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o método rapidamente caiu no gosto dos bailarinos, que o usavam como complemento ao treino. Mas foi só a partir da década de 90 que se popularizou, atraindo milhares de adeptos em todo o mundo e tornando-se a maior revolução do fitness dos últimos anos. Só nos Estados Unidos, primeiro país a receber um estúdio com aulas da modalidade (ministradas pelo próprio Pilates em Nova York), estima-se que cerca de dez milhões de pessoas o pratiquem. No Brasil, não há dados precisos, mas o crescimento pode ser observado pela grande quantidade de estúdios e de pessoas que se confessam fãs do Pilates. “A rápida percepção dos resultados incentiva cada vez mais gente a aderir à técnica”, analisa a fisioterapeuta Solaine Perini, presidente da Associação Brasileira de Pilates. “Isso faz dele o método de condicionamento físico que mais ganha adeptos no mundo.”

Texto na íntegra, disponível em:

http://www.istoe.com.br/reportagens/164519_A+FORCA+DO+PILATES

 

Etapa 5 – Produzindo uma introdução para um texto já escrito

O professor selecionará o seguinte texto e o enviará aos alunos por e-mail ou deverá postá-lo na plataforma Moodle, caso seja utilizado esse recurso em sala. Será solicitado que eles escrevam uma introdução segundo os pressupostos anteriormente estudados acerca do parágrafo inicial dissertativo e que considerem a coesão/ coerência alinhavada aos elementos desdobrados pelo autor.

 

A falsa ciência que criminaliza o videogame

Christopher J. Ferguson*

 

[...]

Se ouvem falar de estudos que ligam games a agressividade, muitos pais devem imaginar seus filhos batendo nos outros por aí. Eles não sabem que agressões físicas raramente são analisadas em pesquisas científicas. Nos estudos, o comportamento é testado com atividades como estourar balões ou preencher letras que faltam em palavras (pra ver em que os participantes estão pensando).

Além disso, algumas pesquisas são direcionadas. Um dos estudos de referência na área foi publicado em 2000 por professores da Iowa State University e do Lenoir Rhyne College, nos EUA. Nele, jovens ouviam um barulho - detonado por outro competidor - quando perdiam em um jogo. Quatro métodos foram usados para descobrir se os participantes se irritavam com aquilo. Só em um desses métodos a irritação apareceu. Mas os pesquisadores se concentraram nele, porque se aplicava à tese do estudo. E ignoraram o resultado negativo dos outros 3.

Quando usadas medidas válidas de agressão, e considerada a influência de família e comunidade nos jovens, o efeito dos games não se comprova. E, mesmo que ignorássemos as falhas das pesquisas, os resultados encontrados são irrelevantes. Os estudos indicam que games causam aumento de entre 0 e 2,5% no nível de agressividade. É pouco. Ou seja, no debate sobre violência, um lado defende que o efeito dos jogos é nenhum, e o outro defende que é quase nenhum. Ainda assim, pesquisadores difundem a ideia de que games geram o mesmo risco para a sociedade que ameaças de saúde pública, como o cigarro.

Nas últimas décadas, a popularidade dos games disparou em países como EUA e Japão. Já as taxas de violência juvenil caíram.Precisamos nos concentrar em outros fatores se quisermos acabar com a violência entre jovens, como violência familiar e pobreza. Esses, sim, são ameaças à sociedade.

* Christopher J. Ferguson é doutor em psicologia clínica e professor de ciências aplicadas e comportamentais da Texas A&M International University.

Texto na íntegra, disponível em:

http://super.abril.com.br/ciencia/falsa-ciencia-criminaliza-videogame-573477.shtml

 

Antes de iniciar a atividade, o professor deve solicitar aos alunos a observação do conteúdo temático desdobrado pelo autor, a defesa que é explicitada e a percepção da síntese de defesa contida no título. Pode ser proposta a demarcação do tópico frasal por meio de pergunta ou por meio do contraste.

 

Etapa 6 – Revisando introduções de textos dissertativos

O professor selecionará alguns exemplos de textos dos alunos sobre a introdução produzida na etapa anterior e verificará o cumprimento dos aspectos de: abordagem temática, itinerário informativo/ expositivo (no que diz respeito aos itens de introdução, desenvolvimento e conclusão) e uso do tópico-frasal.

Em seguida, o material será encaminhado aos autores distintos dos originais, com o objetivo de que cada aluno avalie (em um texto descritivo e dissertativo de 10 a 12 linhas) os critérios estudados sobre o parágrafo de introdução.

O texto do colega, seguido do comentário do aluno responsável, estará presente no arquivo e será enviado por e-mail ao professor ou postado na plataforma Moodle.

 

 [l1]GARCIA , Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 22.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2002. p.223.

 

Recursos Complementares
Avaliação

As avaliações ocorrerão de forma processual, ao longo de todas as atividades ministradas, as quais contemplam o desenvolvimento das habilidades de leitura crítica/ participativa, pesquisa e criação. Porém é necessário:

  • Observar e avaliar a identificação das propriedades constitutivas do parágrafo de introdução em um texto dissertativo-argumentativo.
  • Observar a identificação dos tópicos frasais nos exercícios propostos.
  • Avaliar a adequação dos pressupostos de pergunta ou de contraste para a construção da introdução (etapa 4).
  • Avaliar (segundo os elementos de construção do parágrafo inicial – etapa 1) a revisão dos alunos em relação à produção textual dos colegas.
Opinión de quien visitó

Quatro estrelas 4 calificaciones

  • Cinco estrelas 3/4 - 75%
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  • Uma estrela 0/4 - 0%

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Opiniones

  • Silvia Naara, Colégio Adventista , Distrito Federal - dijo:
    silvia.naara@hotmail.com

    13/02/2013

    Cinco estrelas

    Excelente. Parabéns!


  • Angela Silva de Lima, CENTRO EDUC GOES , Rio de Janeiro - dijo:
    angelalimarj@yahoo.com.br

    18/10/2012

    Cinco estrelas

    Gostei bastante da aula, muito bem organizada e ótima escolha dos parágrafos. Adaptei algumas coisas para minha turma de 9º ano e a utilizarei na próxima semana. Muito obrigada!


  • Rodrigo Santos de Oliveira, ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO , Minas Gerais - dijo:
    rodrigocabide@gmail.com

    25/03/2012

    Quatro estrelas

    Muito obrigado, Joanita. Gostaria que me contasse os resultados obtidos em sala. Isso é muito significativo para mim. Atenciosamente


  • Joanita, COLÉGIO EVANGÉLICO JARAGUÁ , Santa Catarina - dijo:
    joart10@gmail.com

    23/03/2012

    Cinco estrelas

    Parabéns Professor Rodrigo!!! Muito bem elaborada a sua aula, destaca conceitos importantes e ficou mais interessante pela boa escolha dos textos, que é próxima da realidade do aluno. Obrigada por compartilhar!!!!


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