08/12/2013
Elizabet Rezende de Faria; Leandro Rezende; Gabriela Martins Silva
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Ética | Diálogo |
Ensino Fundamental Inicial | Pluralidade Cultural | Cidadania: diferenças e desigualdades |
Ensino Fundamental Inicial | Pluralidade Cultural | Espaço e pluralidade |
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua escrita: usos e formas |
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua escrita: prática de produção de textos |
Ensino Fundamental Inicial | Ética | Respeito mútuo |
Ensino Fundamental Inicial | Orientação Sexual | Relações de gênero |
Esta aula destina-se a alunos do segundo e terceiro ano do ensino fundamental, devido aos recursos utilizados e habilidades envolvidas nas atividades.
COMENTÁRIOS INICIAIS AO PROFESSOR
Professor, esta aula contempla ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Nesta aula abordaremos a construção de gêneros, assunto de grande relevância para promovermos o respeito mútuo e uma sociedade mais justa. Assim, temos como objetivo propiciar a aprendizagem significativa, na medida em que está conectada com a realidade dos alunos.
ATIVIDADE 1:
1º Momento: Convidar os alunos para ouvirem a contação da história do livro “A princesa sabichona”.
COLE, Babette. A princesa sabichona. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Fonte: Imagem disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-JYNRVQB11Vk/UEPENgDwmRI/AAAAAAAAAjw/36la43WXiLg/s320/grd_Princesa+Sabichona,+A.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Sinopse: Nesta história, uma princesa faz coisas bem diferentes de outras princesas, dentre elas, recusa a se casar.
Sugestão ao professor: Caso não disponha do livro, esta história está disponível no site: http://ninakss.blogspot.com.br/2012/09/a-princesa-sabichona_2.html. Acesso em 12 de novembro de 2013.
2º Momento: Faça uma roda de conversa com os alunos sobre a história, procurando esclarecer os pontos sobre os quais eles manifestarem dúvidas e com o intuito de fomentar a reflexão sobre o tema abordado na história. As seguintes perguntas podem ser úteis para este momento: O que essa princesa tinha de diferente das outras? O que ela gostava de fazer? Como ela se comportava? O que ela não queria fazer? Por quê? Como a história termina? Vocês acham que é possível ser feliz para sempre sem se casar? Por quê?
Neste momento, é importante que o professor problematize a naturalização do casamento como algo que deve ser vivido tanto por mulheres quanto por homens, e dos comportamentos de delicadeza, dependência e obediência como características das mulheres. É importante promover a reflexão dos alunos no sentido de entender que podemos escolher e descobrir, experimentando, o que gostamos de fazer e como queremos que nossa vida seja.
3º Momento: Solicite aos alunos que façam, individualmente, um desenho de uma princesa diferente, que goste de coisas diferentes das princesas comuns e que tenha comportamentos diferentes das princesas comuns. Para isso, entregue a eles folhas sulfite e oriente-os a identificarem os desenhos escrevendo seus nomes nas folhas.
Ao finalizarem a atividade, recolha os desenhos e guarde-os para utilização na atividade seguinte.
ATIVIDADE 2:
1º Momento: Inicie uma conversa com os alunos relembrando a história ouvida na aula anterior. Perguntas como “Vocês se lembram da princesa Sabichona?” e “Como era a princesa Sabichona?” podem ser úteis neste momento.
2º Momento: Convide os alunos para continuarem a conhecer pessoas diferentes, ouvindo a história do livro “Príncipe Cinderelo”.
COLE, Babette. Príncipe Cinderelo. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
Fonte: Imagem disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-BPJbye87AZo/ToaMmEKrGwI/AAAAAAAAAP4/Gqdky2N12aQ/s200/principe-cinderelo-cole-babette-8533612923.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Sinopse: Neste livro a história da Cinderela é contada de um jeito diferente, tendo um príncipe como personagem principal.
Sugestão ao professor: Caso não disponha do livro, esta história está disponível no site: http://bancodashistorias.blogspot.com.br/2008/05/prcepe-cinderelo.html. Acesso em 12 de novembro de 2013.
3º Momento: Faça uma roda de conversa com os alunos sobre a história, procurando esclarecer os pontos sobre os quais eles manifestarem dúvidas e com o intuito de fomentar a reflexão sobre o tema abordado na história. As seguintes perguntas podem ser úteis para este momento: O que esse príncipe tinha de diferente dos outros? Quais eram suas atividades? Como ele se comportava? O que ele queria fazer? Esse príncipe é parecido com a princesa Sabichona? Vocês acham que pessoas assim existem?
Neste momento, é importante que o professor problematize a naturalização do dos comportamentos tidos como tipicamente masculinos, como a força, a coragem e inabilidade para tarefas domésticas. Mais uma vez, é importante promover a reflexão dos alunos no sentido de entender que podemos escolher e descobrir, experimentando, do que gostamos de fazer e como queremos que nossa vida seja.
4º Momento: Solicite aos alunos que façam, individualmente, outro desenho, desta vez, de um príncipe diferente, que tenha características e comportamentos diferentes dos príncipes comuns. Para isso, entregue a eles folhas sulfite e oriente-os a identificarem os desenhos escrevendo seus nomes nas folhas.
Ao finalizarem a atividade, recolha os desenhos.
5º Momento: Reúna os desenhos do príncipe diferente e da princesa diferente e faça um mural, expondo os desenhos dos alunos em um local onde outros alunos possam vê-los. Com isso, promovemos a valorização do trabalho dos alunos, bem como incitamos a reflexão sobre os papéis de homem e mulher no âmbito da escola.
ATIVIDADE 3:
1º Momento: Divida os alunos em trios ou grupo de quatro alunos. Entregue a cada grupo as seguintes imagens em tamanho grande (sugere-se o tamanho de uma folha A3):
Fonte: Imagem da própria autora, obtida a partir do endereço http://2.bp.blogspot.com/_TyKUKA0kHak/S1eapehnMqI/AAAAAAAABF4/hn404FDksG8/s640/Digitalizar0078.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Fonte: Imagem da própria autora, obtida a partir do endereço http://2.bp.blogspot.com/_TyKUKA0kHak/S1eapehnMqI/AAAAAAAABF4/hn404FDksG8/s640/Digitalizar0078.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Em seguida, entregue aos alunos revistas e oriente-os a procurar e recortar imagens de objetos, eventos e situações. Após terem recortado as imagens, solicite que as classifiquem como objetos, eventos e situações de menino e/ou de menina, colando-os, com fita crepe, sobre o corpo do menino ou da menina.
É importante que as revistas a serem utilizadas sejam verificadas previamente pelo professor, para retirar delas fotos ou frases que sejam inadequadas para a idade dos alunos.
2º Momento: Faça uma roda com os alunos, sentados nas cadeiras ou no chão e exponha as produções de cada grupo para toda a turma, colocando-as no centro da roda. Converse com os alunos sobre as produções, procurando problematizar as classificações estereotipadas de objetos, eventos ou situações (como futebol para meninos e cor de rosa para meninas). As seguintes perguntas podem ser úteis para este momento: Por que vocês classificaram este objeto, evento ou situação como sendo de menino ou menina? O restante da turma concorda com esta classificação feita pelo grupo? Por quê?
É importante que o professor desenvolva com os alunos a reflexão de que nenhuma atividade é necessariamente ou naturalmente “de menino” ou “de menina”.
Na medida em que essas classificações forem revistas, solicite que os alunos modifiquem os objetos, situações e eventos de “lugar”, descolando a fita crepe de um “boneco” e colando no outro, de modo que objetos, situações e eventos diversos fiquem atribuídos tanto ao menino quanto à menina.
3º Momento: Exponha as produções dos grupos nas paredes da sala de aula para que possam ser tematizadas nas atividades seguintes.
TAREFA DE CASA:
Entrevista com os familiares: Entregue aos alunos uma folha contendo as seguintes questões para serem feitas aos seus familiares com quem moram. Os alunos devem fazer as perguntas e anotar as respostas na folha, trazendo-a para a próxima atividade.
Na sua casa, quem é responsável por lavar as louças?
Na sua casa, quem é responsável por cozinhar?
Na sua cada, quem é responsável por lavar e consertar o carro?
Na sua casa, quem é responsável pelas contas a serem pagas?
Sugestão ao professor: Você pode elaborar outras questões que achar relevante e que tenham ligação com o contexto dos seus alunos.
ATIVIDADE 4:
1º Momento: Convide os alunos a fazerem uma exposição das suas tarefas de casa. Escreva no quadro cada pergunta enviada, construindo colunas para cada pergunta. Em seguida, pergunte a cada aluno sua resposta para cada pergunta e escreva as respostas dos alunos às perguntas, dentro da coluna adequada, sistematizando as várias respostas para cada pergunta.
2º Momento: Analise, juntamente com os alunos, a sistematização das respostas. Construa com eles a percepção de que algumas atividades são executadas em sua maioria pelas mulheres de suas casas (como lavar a louça e cozinhar) e outras pelos homens (como cuidar do carro e pagar as contas). Juntamente com esta percepção, promova a desnaturalização da atribuição destas atividades como sendo tipicamente femininas ou masculinas, levando-os a pensar que todos nós temos a capacidade de realizar essas atividades, desde que as aprendamos. As seguintes questões podem ser úteis para estas reflexões: Será que só a mulher é capaz de lavar a louça? Será que só o homem é capaz de consertar o carro? Como uma mulher pode aprender a consertar o carro? E como um homem pode aprender a lavar a louça?
3º Momento: Solicite que os alunos façam uma produção de texto sobre o que aprenderam com esta tarefa de casa, considerando a discussão sobre como meninos e meninas podem aprender a desempenhar as diferentes tarefas e atividades, independentemente de seu sexo.
ATIVIDADE 5:
1º Momento: Projete imagens de homens e mulheres desempenhando profissões tradicionalmente tidas como masculinas ou femininas. Convide os alunos a analisarem cada uma das imagens.
Para a análise, algumas perguntas podem ser úteis: Que profissão é esta? Esta profissão é de homem ou de mulher? Por quê? Como um homem ou uma mulher pode executar essa função/profissão? Nessa análise, retome com os alunos que todas as atividades podem ser desempenhadas tanto por homens quanto por mulheres, bastando que ambos aprendam como desempenhá-las.
Alguns exemplos de imagens que podem ser utilizadas:
Fonte: Imagem disponível em: http://www.gazetademuriae.com.br/upload/editor/201103041514172273_g.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Fonte: Imagem disponível em: http://www.parana-online.com.br/media/uploads/2013/junho/14-06-13/zzzz4140613.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Fonte: Imagem disponível em: http://www.parana-online.com.br/media/uploads/2013/junho/14-06-13/zzzz5140613.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Fonte: Imagem disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000002187/md.0000026233.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Fonte: Imagem disponível em: http://media.virgula.uol.com.br/uploads/2568849721-homens-dominam-os-saloes-de-beleza-e-se-destacam-em-profissoes-consideradas-femininas-9.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Fonte: Imagem disponível em: http://2.bp.blogspot.com/-oCl4U5kqw_0/T_x_VAM0pMI/AAAAAAAAAGI/25w71qN5jRk/s640/20120423074506197720a.jpg. Acesso em 12 de novembro de 2013.
Sugestão ao professor: Caso não disponha de um projetor, imprima as fotos em tamanho grande e leve-as para a sala de aula.
2º Momento: Entregue aos alunos a seguinte atividade:
Passe para o masculino as profissões que estiverem no feminino e para o feminino as profissões que estiverem no masculino:
O professor
O bombeiro
O pedreiro
A motorista
A manicure
O cabeleireiro
A psicóloga
A médica
O dentista
O músico
A poetiza
O ator
O mecânico
A cozinheira
Sugestão ao professor: Inserir na atividade, outras profissões que considerar relevantes e que estejam ligadas ao contexto de vida dos alunos.
3º Momento: Faça a correção da atividade no quadro, explicando que alguns termos não têm alteração na mudança de gênero, que passa a ser designado pelo artigo “o” e “a”.
ATIVIDADE 6:
1º Momento: Prepare previamente a sala com espelhos e diversas fantasias, maquiagens e roupas. Procure oferecer a maior diversidade possível de fantasias, roupas e acessórios femininos e masculinos, como por exemplo: super-heróis, princesas, vestidos, gravatas, batons e sapatos.
Sugestão ao professor: Caso sua escola não disponha destes materiais, faça uma campanha para doação e/ou empréstimo destes materiais junto às famílias, comunidade e corpo docente.
Convide os alunos para um dia de fantasia. Explique que aquele é um momento lúdico, no qual eles poderão brincar livremente com os materiais disponíveis.
Enquanto os alunos brincam, esteja atendo para mediar situações de conflito e ou deboche em decorrência do uso de objetos ou roupas tipicamente femininas ou masculinas, retomando as discussões feitas nas atividades anteriores que flexibilizam as regras sobre o que é de menino e o que é de menina. Além disso, relembre que aquele é um momento de brincadeira e fantasia.
2º Momento: Fotografe o momento de brincadeira e os alunos que quiserem ser fotografados. Guarde os registros para utilização na próxima aula.
ATIVIDADE 7:
1º Momento: Projete as fotos dos alunos, relembrando a brincadeira da aula anterior. Converse com os alunos sobre a experiência vivida, buscando explorar percepções, sentimentos e conflitos surgidos com a atividade.
Neste momento, é importante estar atento aos comentários dos alunos diante das fotos, buscando refletir com eles no caso da presença de comentários ofensivos. Se necessário, retome as atividades e discussões anteriores, como as histórias da princesa sabichona, do príncipe cinderelo e o cartaz com a classificação do que é de menino e de menina. Além disso, relembre que aquele foi um momento de brincadeira e fantasia.
2º Momento: Solicite aos alunos que façam, individualmente, uma produção de texto sobre a experiência com as fantasias. Oriente-os a abordarem as seguintes questões no texto: Quais fantasias você usou? Teve alguma fantasia que você teve vontade de usar, mas não usou? Por quê? O que você mais gostou nessa experiência? O que você achou mais estranho? Como você se sentiu durante a brincadeira? O que você aprendeu com esta brincadeira?
BRENMAN, Ilan. Até as princesas soltam pum. São Paulo: Brinque-Book, 2008.
PIRES, Suyan. O masculino e o feminino na literatura infantil. 2004. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=615. Acesso em 11 de novembro de 2013.
VIDAL, Fernanda Fornari. Os “novos contos de fadas” ensinando sobre relações de gênero e sexualidade. 2008. Disponível em: http://www.fazendogenero.ufsc.br/8/sts/ST44/Fernanda_Fornari_Vidal_44.pdf. Acesso em 11 de novembro de 2013.
A avaliação deverá ser contínua e processual. Observe a concentração, a atenção e o envolvimento dos alunos nos momentos de contação das histórias, nos momentos de discussão, nos trabalhos individuais e em grupo. Observe e avalie a participação dos alunos nas discussões considerando a pertinência das suas colocações, a disponibilidade para ouvir os colegas e para pensar a partir de suas colocações, revendo preconceitos. Avalie as produções de texto, considerando a pertinência ao tema proposto e a aquisição das regras da escrita. Avalie a compreensão do aluno das regras de flexão de gênero dos substantivos. Avalie a participação do aluno no trabalho em grupo considerando a pertinência de suas colaborações dentro das decisões de seu grupo. Avalie ainda o desenvolvimento do aluno no sentido da flexibilização e revisão de estereótipos e preconceitos com relação ao gênero e no respeito à diversidade ao longo das atividades.
Cinco estrelas 3 calificaciones
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29/04/2015
Cinco estrelasQue aula incrível, Liliane! Gostei muito dos livros que você utilizou pra trabalhar com as crianças. Fiquei um pouco receosa com o "dia da fantasia", mas, achei a ideia muito boa. São atividades como essas, que quebram com estereótipos e valorizam as diferenças que estão faltando nas escolas. Parabéns!
03/02/2014
Cinco estrelasParabéns! Textos muito bem selecionados, sequência excelente, ludicidade presente. Gostei muito, pode ser adaptado para qualquer etapa do Ciclo 1.
30/12/2013
Cinco estrelasAmei as atividades, a contextualização, a sequência e os recursos utilizados. Parabéns! Farei o possível para colocar em prática, mesmo adaptando para 5º ano, pois todos estão sujeitos a preconceitos.