22/07/2014
Eliana Dias, Lazuíta Goretti de Oliveira
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
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Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: organização estrutural dos enunciados |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: modos de organização dos discursos |
Compreender a importância da descrição nas memórias literárias;
Fazer a distinção entre descrição objetiva e subjetiva e como isso pode ajudar na produção de memórias literárias.
Familiaridade com textos literários narrativos.
Primeiramente o professor apresentará o texto abaixo, do gênero memórias literárias, para trabalhar com o conceito de descrição a partir dele.
Disponível em: <http://www.megaartigos.com.br/blog/wp-content/gallery/curiosidades-cientificas-historicas-1/curiosidades-cientificas-historicas-9.jpg>. Acesso em: 20 jul. 2014.
Texto 1.
A minha cidade querida
Francieli Mabel Villagra
Conversando com a minha avó, fiquei sabendo mais sobre a sua vida.
Quando cheguei a esta terra, ainda adolescente, vinda do sertão nordestino, estranhei muito: as comidas diferentes, o sotaque, muitas coisas que eu conhecia com um nome aqui tinham outros.
Meu pai era agricultor, logo arrumou emprego numa fazenda bem próxima, e minha mãe era professora; ela bordava muito ponto cruz, que era moda; as vizinhas encomendavam e ela fazia. Nas horas de folga dava aulas particulares para algumas crianças cujas mães a procuravam por não ter uma escola por perto.
Era uma vila, com um canavial ao redor das poucas casas que existiam e muitos plantios de mandioca. Como era difícil transitar nos dias de chuva! Mas isso não impedia nossos passeios. Aqui moravam poucas famílias, somente as duas primeiras fundadoras e proprietárias do local.
Diversão no local não existia, tínhamos que nos deslocar até a cidade vizinha para as festas do padroeiro ou quermesse (festas juninas), que eram as mais frequentadas pelas famílias. Outra diversão era ir ao cinema de seu Antônio, que trazia os filmes da capital e passava para os poucos habitantes existentes.
Lembro-me bem de Love story e A lagoa azul. Como eram bonitas as histórias de amor contadas naquele tempo! Lembro-me do Charles Chaplin, que era muito engraçado, a gente dava muitas risadas com seus trejeitos.
Foram chegando famílias de outros Estados e construindo suas casas e montando seu comércio. Primeiro, foi a marcenaria de seu Honório, gaúcho, que começou a fazer móveis, cada um mais bonito que o outro. Depois, seu José e d. Zezinha, que montaram um armazém onde encontrávamos muitas coisas. Lá comprávamos para pagar no final do mês, quando o meu pai recebia o salário, mas para isso tínhamos uma caderneta em casa, onde minha mãe controlava tudo para não ultrapassar o ganho de meu pai e ainda sobrar para comprar roupas e calçados para todos.
A cidade foi crescendo, e foi criada uma escola, onde a primeira professora foi minha mãe, d. Elza. Tinha somente uma sala de aula, e foi lá onde terminei o primário. Também foi nessa época que conheci o meu primeiro namorado. Estudávamos na mesma série e come- çamos a “flertar”, que era como se chamava a paquera de antigamente. Ele havia chegado de São Paulo com seu pai, que comprara uma fazenda pertinho daqui, mas demorou pouco, resolveu ir embora para estudar.
Como era saudável o namoro daquele tempo. A gente trocava bilhetinhos amorosos; também brincava de passar o anel. Fazíamos um círculo e uma pessoa ia passando o anel e só o deixava cair na mão de quem gostasse mais. Era uma brincadeira simples, mas, para nós, divertida.
A vila cresceu rápido, virou cidade, e logo foram construídas escolas municipais, estaduais e particulares. Também foi quando apareceu um italiano que construiu uma indústria de farinha de trigo que depois passou a fazer macarrão, arroz e biscoito. Esta trouxe muitas famílias para trabalhar aqui, e a população foi aumentando. Daí veio a necessidade de mais casas, e apareceram os conjuntos habitacionais, e hoje temos esta cidade bonita e acolhedora.
Formei-me no magistério e comecei a lecionar em uma das escolas estaduais, depois fiz o curso de matemática e continuei como professora. Um dia chegou um rapaz para a vaga de português. Ele era muito sério, mas simpático. Fui a primeira a puxar conversa com ele, ficamos amigos e depois começamos a namorar, foi pouco tempo de namoro. Naquela época o rapaz não podia “alisar banco” por muito tempo e logo nos casamos. Tivemos dois filhos, que nos deram quatro netos.
Hoje estamos aposentados, tenho 65 anos e ele, 70. Passeamos na casa dos filhos, e estamos muito felizes com a família que construímos, com a vida que temos e com a cidade em que vivemos, porque ela nos acolheu como filhos e passamos a amá-la como se fosse a nossa terra natal. Por isso a chamamos de “minha cidade querida”.
(Texto baseado na entrevista feita com a sra. Dulce Pereira Melo, 65 anos.)
Professora: Maria das Graças de Sá Cavalcante Escola: Leonor de Souza Araújo – Polo • Cidade: Nova Alvorada do Sul – MS
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/images/stories/publico/noticias/20101201memorias.pdf>. Acesso em 20 jul. 2014.
Após a leitura do texto, o professor pedirá aos alunos que identifiquem, em duplas:
Para aprofundarmos um pouco mais sobre o que é a descrição e quais as características de uma descrição, o professor apresentará os textos abaixo:
1. Definição e classificação da descrição:
O que é descrição? É a ação que você toma de descrever sobre algo ou alguém. Por fim, vejamos a seguir os dois tipos de descrição existentes: Por Sabrina Vilarinho |
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/redacao/descricao.htm>. Acesso em: 20 jul. 2014.
2. Características de uma descrição:
Disponível em: <http://oqueeh.com.br/wp-content/uploads/2012/02/producao-de-texto.jpg>. Acesso em: 20 jul. 2014.
O professor abrirá espaço para os alunos lerem seus textos para a turma.
Após uma revisão textual, verificando aspectos gramaticais e estilísticos, os alunos poderão publicar seus textos num blog de Língua Portuguesa ou exporem os textos num mural da escola.
Textos finalistas das Olimpíadas de Língua Portuguesa. (2010)
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/images/stories/publico/noticias/20101201memorias.pdf>. Acesso em 20 jul. 2014.
Material sobre o gênero memórias literárias.
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/index.php?view=article&catid=23%3Acolecao&id=215%3Ao-genero-memorias-literarias&option=com_content&Itemid=33>. Acesso em 20 jul. 2014.
O professor poderá avaliar os alunos qualitativamente durante o processo das aulas, avaliando a participação dos mesmos nas atividades propostas.
Um instrumento de avaliação qualitativa poderá ser a produção textual feita pelos alunos, na qual o professor deverá avaliar a existência ou não de descrições subjetivas para a composição do texto de memórias literárias.
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