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Meios de comunicação e censura durante a ditadura no Brasil

 

19/08/2014

Autor y Coautor(es)
LEIDE DIVINA ALVARENGA TURINI
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UBERLANDIA - MG Universidade Federal de Uberlândia

Eliana Dias, Lazuita Goretti de Oliveira

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio História Poder
Ensino Médio Sociologia Ideologia e a indústria cultural
Ensino Médio Sociologia Movimentos sociais / direitos / cidadania
Ensino Médio História Memória
Ensino Médio História Sujeito histórico
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cidadania e participação
Ensino Médio Sociologia Poder, política e Estado Moderno
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Fundamental Final História Nações, povos, lutas, guerras e revoluções
Ensino Médio História Cultura
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Compreender como os meios de comunicação foram afetados pelo estabelecimento de um regime ditatorial no Brasil a partir de 1964.
  • Refletir sobre os impactos da censura que atingiu a imprensa, o rádio e a televisão durante a ditadura militar, identificando acomodações e resistências no processo.
Duração das atividades
06 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O golpe de Estado de 1964 e a instauração da ditadura no Brasil.

Estratégias e recursos da aula

Estratégias:

  • Leitura e interpretação de fontes escritas.
  • Leitura e interpretação de charges e áudios.
  • Reprodução e análise de vídeos.
  • Produção de texto dissertativo.
  • Debate.

 

Recursos:

  • Computador com internet.
  • Textos, charges, fotos, áudio e vídeos relativos ao tema.

 

 

Módulo 1 - Imprensa e censura durante a ditadura no Brasil

 

Atividade 1

 

Para iniciar os estudos referentes ao tema da aula, reproduza para os alunos a charge abaixo:

 

Charge de Fortuna publicada no Correio da Manhã em 07/10/1966

http://www.lpm-blog.com.br/?p=5874

Acesso em: 15/08/2014

 

Orientações:

a. Os alunos, divididos em duplas, devem analisar atentamente a charge e, em seguida, descrever, por escrito, todos os elementos observados.

b. Oriente os alunos a levantarem hipóteses acerca da ideia central da charge, levantando questões para auxiliar no trabalho de interpretação:

  • Quando o personagem diz "foi você, Maria" a que ele se refere?
  • Qual a relação entre a imagem (um homem que lê um jornal, o qual apresenta-se recortado, ou seja, faltando uma parte) e a fala do personagem? Podemos dizer que o personagem atribui o problema (ausência de parte do jornal) a duas possibilidades/causas. Quais são elas?
  • Levando-se em conta o ano em que a charge foi publicada (1966), quando o personagem diz "ou já começou a lei de Imprensa", a que ele se refere?
  • Chame a atenção dos alunos para a referência à Lei de Imprensa feita no recurso. No próprio link da charge, eles poderão ler que, "em 9 de fevereiro de 1967 entrava em vigor a famigerada Lei de Imprensa, que estabelecia a censura prévia em jornais, revistas, rádios e televisões. Agentes federais se instalaram nos principais veículos de imprensa em todo o Brasil e decidiam – antes do jornal ir para a gráfica – o que poderia ou não ser impresso. O “censor” circulava pelas redações e mantinha contato sistemático com os editores, alertando o que podia e o que não podia sair".  Pergunte aos alunos: a leitura contribui para a compreensão da crítica do autor ao fato representado na charge? Explique.

Obviamente, a ideia é que os alunos compreendam que a charge traz uma crítica à censura imposta pelo governo ditatorial, o qual ditava, no período em questão, o que podia ou não podia ser publicado pela imprensa.

c. O trabalho de interpretação da charge, realizado por cada dupla, deverá ser socializado na turma.

 

Atividade 2

Leitura e interpretação de textos

 

Texto 1 - Censura nos meios de Comunicação

A imprensa foi alvo da censura durante a ditadura instaurada pelo golpe civil-militar de 1964, que assumiu múltiplas formas: a lei da imprensa de 1967, a censura prévia, em 1970, a autocensura.

Tratando-se, por princípio, de violação à liberdade de expressão, direito essencial e elementar da democracia, atingiu a imprensa de maneira diferenciada uma vez que o termo refere-se a um conjunto muito amplo e variado de órgãos de informação. Assim, se a censura serviu para cercear periódicos de grande circulação como Última Hora e Correio da Manhã e os da imprensa alternativa ou nanica, como Opinião, Movimento, Em Tempo, Pasquim, igualmente foi útil a muitos outros para calar aqueles que veiculavam posições contrárias ao regime e/ou à ordem capitalista. A censura, assim, desempenhou papel fundamental na implantação e na consolidação da ditadura, silenciando uns e servindo a outros. Houve abençoados pela censura que construíram impérios de comunicações. Lembrar os jornalistas que resistiram ao arbítrio não pode implicar no esquecimento daqueles – jornalistas e jornais – que estiveram a favor do arbítrio, louvando em suas páginas os grandes feitos dos militares, suas conquistas econômicas e a pacificação do país, celebrando a eliminação dos terroristas e dos maus brasileiros que ameaçavam a ordem e o progresso. Essas palavras eram recorrentes na maior parte da grande imprensa não exclusivamente devido à censura, mas, principalmente, porque seus editores – e leitores - assim viam a realidade.

Não se pode silenciar tampouco a respeito das manchetes e dos editoriais às vésperas do 31 de março de 1964, clamando pela intervenção militar contra a baderna, sinônimo aí usado para se referir aos movimentos que defendiam projetos por reformas e/ou revolucionários. Esse sentido civil do golpe e da ditadura precisa ser resgatado e, sobretudo, compreendido.

O texto completo, de autoria de Daniel Aarão Reis e Denise Rollemberg está disponível em:

http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/campanha/censura-nos-meios-de-comunicacao/

Acesso em: 15/08/2014

 

 

Texto 2 - Jornalismo e ditadura militar no Brasil: da censura à resistência nas redações

A primeira consideração relevante sobre o jornalismo durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985) é que a atuação da censura aos meios de comunicação, em sua forma mais coercitiva e opressora, ocorreu após 13 de dezembro de 1968, quando foi decretado o Ato Institucional número 5. Com a suspensão das garantias constitucionais, o Congresso Nacional foi fechado e instituída a censura prévia à imprensa, além de prisões em massa de parlamentares oposicionistas, líderes estudantis e sindicais, intelectuais e artistas. Entre 1964 e 1968, a intervenção governamental em jornais e revistas ocorria em casos relativamente esparsos, através de bilhetes ou telefonemas aos proprietários das empresas jornalísticas, em que as autoridades militares passavam recomendações ou se queixavam de determinadas matérias. Com a vigência do AI-5, jornalistas e donos de jornais sentiram o impacto e a violência da censura policial.

O texto completo, de Lívia Assad, está disponível em: http://alainet.org/active/67660

Acesso em: 15/08/2014

 

Orientações para a atividade:

a. Os alunos devem fazer uma primeira leitura individual e atenta dos dois textos. Em seguida, divididos em duplas, eles devem discutir e responder por escrito as seguintes questões:

 

Sobre o texto 1:

1. De acordo com os autores do texto, a censura "atingiu a imprensa de maneira diferenciada" e "desempenhou papel fundamental na implantação e na consolidação da ditadura, silenciando uns e servindo a outros".  A partir da leitura, os alunos devem explicar as afirmações feitas.

2. Os autores do Texto 1 argumentam que "o sentido civil do golpe e da ditadura precisa ser resgatado e, sobretudo, compreendido". Qual o significado da afirmação?

3. Por que os jornais Opinião, Movimento, Em Tempo, Pasquim são citados como alternativos no texto? Como os autores se posicionam em relação à resistência de jornais e jornalistas no período?

 

Sobre o texto 2:

1. De acordo com a autora, a forma mais coercitiva e opressora da censura aos meios de comunicação ocorreu com o decreto do Ato Institucional de número 5 (AI5). Explique.

2. Segundo o texto, qual a importância do decreto-lei n° 1.077, de 26 de janeiro de 1970, na questão da instalação da censura prévia à imprensa?

3. O que é possível concluir a partir dos depoimentos de jornalistas que atuavam nas redações de jornais à época da ditadura?

4. Quais formas de resistência à censura foram implementadas à época, de acordo com a autora do texto?

 

Professor, ao final do Texto 2, o aluno poderá ler, também, entrevistas feitas com jornalistas acerca do tema, cujos links para acesso  a essas entrevistas foram disponibilizados por Lívia Assad.

 

b. Promova a discussão coletiva das respostas às questões propostas.

 

 

Atividade 3

A imprensa alternativa: O Pasquim

 

 

O Pasquim

"[...] foi um jornal de publicação semanal, surgido no Rio de Janeiro, que circulou no Brasil entre 1969 e 1991. De caráter crítico e humor irreverente, foi um fenômeno editorial mesmo no período mais repressor da ditadura, chegando a publicar mais de 200 mil exemplares na década de 1970. Uma das manifestações críticas que mais chamou a atenção dos leitores de O Pasquim, e, também, da censura, foram as charges, que abordavam com ironia o contexto sociocultural da época, do Brasil e do mundo".

http://www.editoraibep.com.br/pnld2015/arte/oed/280/

Acesso em: 15/08/2014


Para que os alunos discutam acerca da importância do jornal "O Pasquim" como um dos jornais publicados durante a ditadura, reconhecido como "imprensa alternativa", uma vez que manifestava resistência ao regime em muitas de suas publicações, proponha a eles que, inicialmente, analisem duas capas do jornal e o áudio abaixo:

 

Capa do Jornal "O Pasquim" de 11 a 17/11/1970

Capa do Pasquim 1

“Nota: Nesta capa, existe um erro no cabeçalho, que está impresso como sendo de 11 a 17 de novembro de 1969, mas, na verdade, a edição 73 foi publicada em 1970. (O Pasquim – Antologia – Vol. I 2006)”.

Capa do Pasquim e comentário disponíveis em:

http://lapecjor.files.wordpress.com/2011/04/o-pasquim-nos-anos-de-chumbo-1969-e28093-1971-a-charge-como-crc3adtica-ao-regime-militar.pdf (p. 107)

Acesso em: 15/08/2014

 

Orientações para a atividade:

 

A capa da edição 73, de novembro de 1970, anunciava os nomes de jornalistas e cartunistas do jornal que haviam sido presos pelo regime ditatorial. E trazia também uma frase: "O Pasquim - o jornal com algo menos".

 

a. Discuta com os alunos a respeito o significado do lobo e do cordeiro na capa. A quem representavam? Por quê?

b. Questione: qual o significado da frase “O Pasquim - o jornal com algo menos”?

c. Oriente os alunos a ouvirem, no link indicado abaixo, o depoimento de Ivan Lessa sobre a censura no Pasquim:

 

Audio Ivan Lessa

http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2014/02/140226_audio_calice_ivan_timeline_fl.shtml

Acesso em: 15/08/2014

 

d. De acordo com Lessa, como a censura atuava? Como o jornal conseguia driblar a censura?

e.  Em seguida, mostre aos alunos outra capa do jornal "O Pasquim":

 

Capa do Jornal O Pasquim de 18 a 24/11/1970

pasquim74

http://wp.clicrbs.com.br/hagaque/2014/04/06/top-5-a-ditadura-e-os-quadrinhos/

Acesso em: 15/08/2014

 

 

f. Pergunte aos alunos: a partir da observação atenta da capa, qual o significado das frases abaixo?

 

  • A saída!! Onde fica a saída?
  • Ainda com algo menos, mas agora com muitos mais. (grifos nossos)

 

Na discussão da questão com os alunos, é importante ressaltar que o ratinho Sig, personagem criado pelo cartunista Jaguar, era o símbolo do jornal. Mesmo após a prisão de jornalistas e cartunistas em 1970, o periódico "O Pasquim" continuou a ser publicado com a colaboração de vários artistas e intelectuais. A capa acima faz referência a este episódio.

 

Atividade 4

Reprodução, análise e debate de vídeos

 

Para concluir as discussões relativas à censura que atingiu a imprensa durante a ditadura, proponha aos alunos a reprodução, análise e debate dos vídeos indicados a seguir.

 

 

Vídeo 1: O Pasquim - A subversão do humor

 

Em 2004, a TV Câmara produziu o documentário O Pasquim - a subversão do humor, que conta a trajetória do jornal criado durante a ditadura militar. Para assistir, acesse o link indicado abaixo:

 

PASQUIM

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/tv/materias/DOCUMENTARIOS/164411-O-PASQUIM---A-SUBVERSAO-DO-HUMOR.html

Acesso em: 15/08/2014

 

A Série "Semana do Proibido" (Ver link: http://tvbrasil.ebc.com.br/tags/semana-do-proibido) apresentou uma reportagem sobre a censura sofrida pela imprensa no regime militar. Confira:

 

Vídeo 2: Série mostra censura sofrida pela imprensa

 

Censura Imprensa

http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil-noite/episodio/serie-mostra-censura-sofrida-pela-imprensa

Acesso em: 15/08/2014

 

 

Orientações para a atividade:

 

a. Os alunos devem assistir aos vídeos integralmente e atentamente. O Vídeo 1 tem duração de 44:04 e o Vídeo 2  de 7:56. O professor  deverá fazer a reprodução dos vídeos em local apropriado, para que todos os alunos juntos possam assistir a eles. Outra possibilidade é que os alunos acessem os vídeos por meio de computadores conectados à internet.

 

b. Caso assistam todos juntos, o professor poderá, a qualquer momento, pausar a reprodução e chamar a atenção dos alunos para as ideias centrais dos vídeos, esclarecendo possíveis dúvidas.

 

c. Após a reprodução, promova um debate entre os alunos. O professor deve ser o coordenador do debate, levantando questões que devem ser priorizadas na discussão e anotando aquelas que devem ser retomadas para esclarecimentos ou aprofundamento ao final da dinâmica.

 

d. Ao final do debate, os alunos devem fazer uma síntese das ideias centrais dos vídeos, de acordo com as orientações contidas em:http://www.vestibular1.com.br/revisao/r296.htm. (Acesso em: 15/08/2014).

 

 

Módulo 2 - Rádio, TV e censura durante a ditadura no Brasil

 

Atividade 1

 

De acordo com Laurindo Leal Filho, no texto "Quarenta anos depois, a TV brasileira ainda guarda as marcas da ditadura" (REVISTA USP, São Paulo, n.61, p. 40-47, março/maio 2004):

 

A televisão que temos hoje está fortemente marcada pela ditadura militar brasileira (1964-85). Durante aquele período a TV se consolidou como o principal meio de comunicação de massa do país, suplantando o rádio e deixando muito para trás os jornais e as revistas.

Como de resto, na definição de estratégias políticas mais gerais, a comunicação eletrônica passou a ser pautada pelo novo modelo de desenvolvimento adotado a partir do golpe de Estado de 1 o de abril de 1964. Rompeu-se com a ideia de uma política nacional-desenvolvimentista independente, assinalando, no dizer de Octavio Ianni, o início efetivo da transição para o modelo de desenvolvimento econômico associado. No clássico O Colapso do Populismo no Brasil o sociólogo mostra como esse modelo impõe “a combinação e o reagrupamento de empresas brasileiras e estrangeiras, com a formulação de uma nova concepção de interdependência econômica, política, cultural e militar, na América Latina e com os Estados Unidos” (1).

(...) “Em relação à utilização política dos meios de comunicação de massa, pode-se dizer que 1964 completa o processo iniciado em 1930. Se Vargas soube usar com eficiência o rádio e o cinema para subordinar as oligarquias regionais ao seu projeto, os generais de 64 vão montar uma sofisticada rede de telecomunicações capaz de servir como um dos principais sustentáculos para sua política autoritária e centralizadora” (3)

O texto completo está disponível em: http://www.usp.br/revistausp/61/04-laurindo.pdf

Acesso em: 15/08/2014

 

Professor, faça o fichamento do texto com os alunos, organizando as ideias centrais do autor. Ao final, os alunos devem responder por que, para Laurindo Leal Filho, a televisão brasileira ainda guarda as marcas da ditadura e, principalmente, como eles se posicionam a respeito (se concordam ou não). É importante que os alunos compreendam, na perspectiva do autor, como se deu a relação entre meios de comunicação e censura na ditadura militar.

 

Para a elaboração do fichamento veja as orientações em:

 

Fichamentos: quando utilizar e como elaborar.  http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/16230/index.html?sequence=10

Fichamento. Como fazer. http://www.fichamento.com.br/comofazer.html

Acesso em: 15/08/2014

 

 

Leitura e interpretação de charges

 

Em seguida, reproduza para os alunos as duas charges abaixo:

 

Charge 1  Charge 2

Charge Guidacci

Charge de Redi (Sylvio Redinger) GUIDACCI. O Pasquim, Rio de Janeiro, 6-12 jun. 1975. p. 3.

Charge 1, disponível em: http://caesdeguarda-jornalistasecensores.blogspot.com.br/2007_03_01_archive.html

Charge 2, disponível em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon770751/icon770751.pdf

Acesso em: 15/08/2014

 

Orientações:

 

a. Os alunos, divididos em duplas, devem analisar atentamente as charges e, em seguida, descrever, por escrito, todos os elementos observados em cada uma delas.

 

b. Oriente os alunos a levantarem hipóteses acerca da ideia central de cada uma das charges.

 

c. Na Charge 1, o personagem à direita segura uma tesoura e um filme, em clara mensagem de crítica à censura. Na Charge 2, a tesoura também está presente nas três imagens. Pergunte aos alunos se eles conseguem visualizá-las. Qual o significado simbólico da tesoura nas duas charges?

 

d. Peça aos alunos para relacionarem as imagens da Charge 2 com o que está escrito acima de cada uma delas. A que conclusões chegaram?

 

É importante que os alunos observem que, na Charge 2, cada frase está associada às imagens: na primeira "A CENSURA TIVÊ", numa alusão à censura na televisão (observe a postura do personagem); na segunda "A CENSURA TIOUVE", uma referência à censura no rádio; na terceira, "A CENSURA TICALA", possivelmente referindo-se à censura na imprensa.

 

e. As duplas devem socializar as suas conclusões com os demais colegas.

 

Atividade 2

 

Proponha aos alunos a reprodução do vídeo, abaixo citado, de curta duração (7:25), para que os alunos possam acompanhar uma reportagem sobre a censura ao rádio e à TV na ditadura:

 

 

Vídeo Rádio TV

Disponível em:

http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil-noite/episodio/serie-mostra-censura-militar-ao-radio-e-a-tv

Acesso em: 15/08/2014

 

Em seguida, proponha a discussão coletiva das principais questões abordadas:

 

a. A  censura no rádio, particularmente na Rádio Nacional.

b. As emissoras de televisão e a autocensura: a censura prévia.

c. Depoimentos de artistas do rádio e da televisão acerca do tema.

d. É importante que os alunos façam anotações das ideias centrais do recurso. Posteriormente, elas serão retomadas para a produção de um texto dissertativo.

 

Atividade 3

 

Na sequência das atividades, os alunos devem assistir ao vídeo, abaixo, o qual traz o debate entre Beatriz Kushnir, Álvaro de Moya e Anita Simis, mediado por Lalo Leal, sobre o papel da televisão no golpe de 64 e sua atuação durante os vinte e um anos de ditadura.

 

Vídeo/Debate: O papel da televisão no golpe de 64 e sua atuação durante os vinte e um anos de ditadura

vídeo Ver TV

"Após a derrubada do governo de João Goulart e com o estabelecimento da ditadura, censores passaram a controlar o que era noticiado na imprensa e a censurar programas de entretenimento. O Ver TV desta semana discute o papel da televisão no golpe de 64 e sua atuação durante os vinte e um anos de ditadura. Participam do programa a historiadora Beatriz Kushnir, diretora geral do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro e autora do livro Cães de guarda: jornalistas e censores, do AI-5 à constituição de 88, que mostra a ação da censura, as motivações, os temas censurados e a pressão de segmentos da sociedade contra a censura; o jornalista Álvaro de Moya, ex-diretor da TV Excelsior, emissora fechada pelo governo durante o regime militar; e a professora de Sociologia da UNESP Anita Simis, autora do livro Estado e Cinema no Brasil, um estudo dos filmes produzidos e exibidos no cinema e na televisão durante a ditadura".

Texto e vídeo disponíveis em:

http://tvbrasil.ebc.com.br/vertv/episodio/a-influencia-da-midia-no-periodo-da-ditadura

Acesso em: 15/08/2014

 

DEBATE

 

a. Promova um debate entre os alunos para que possam socializar suas conclusões acerca das ideias centrais do programa VER TV.

 

b. O professor deve ser o coordenador do debate, colocando as regras para a dinâmica, controlando o tempo das falas e anotando questões que devem ser retomadas para esclarecimentos ao final da discussão.

 

c. Para fechar a dinâmica, o professor/coordenador apresentará as questões que anotou durante o debate, as quais ainda necessitam de esclarecimentos, colocando as suas próprias considerações sobre o tema.

 

d. Oriente os alunos a registrarem, por escrito, as principais ideias discutidas.

 

Atividade 4

 

PRODUÇÃO DE TEXTO DISSERTATIVO

 

Proponha aos alunos a elaboração de um texto dissertativo sobre o tema “Meios de comunicação e censura durante a ditadura no Brasil”, tendo como referência todas as atividades desenvolvidas e fontes consultadas anteriormente. No desenvolvimento do texto os alunos devem discutir:

 

  • A imprensa na ditadura: censura, acomodação e resistência.
  • A censura ao rádio e à TV na ditadura.
  • O papel da imprensa, do rádio e da televisão no regime ditatorial.

 

Para rememorar as discussões já realizadas em aulas de Língua Portuguesa e de História acerca das características de um texto dissertativo, indique aos alunos a leitura do texto que se encontra disponível no link:http://www.brasilescola.com/redacao/dissertacao.htm (Acesso em: 15/08/2014),  o qual discute: o que é dissertar?

 

Proponha também a leitura do texto "Como fazer uma boa dissertação?", disponível no linkhttp://www.brasilescola.com/redacao/como-fazer-uma-boa-dissertacao.htm (Acesso em: 15/08/2014).

 

Os textos produzidos devem ser socializados entre os alunos.

 

Atenção, professor! Esta aula pode ser trabalhada conjuntamente com o professor de Português, que poderá trabalhar com os alunos as principais características de um texto dissertativo.

Recursos Complementares

Para alunos e professores:

 

A trajetória da ditadura em fatos, imagens e sons.

Disponível em:  http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2014/03/140321_timeline_golpe_fl.shtml

 

A Imprensa e seu papel na queda de João Goulart.

Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NaPresidenciaRepublica/A_imprensa_e_seu_papel_na_queda_de_Goulart

 

Ditadura militar: a grande imprensa não afrontou.

Disponível em:  http://revistaforum.com.br/digital/141/ditadura-militar-a-grande-imprensa-nao-afrontou/

 

 Os links foram acessados em: 15/08/2014

Avaliação

O professor deve observar se os objetivos propostos na aula foram alcançados pelos alunos, tendo em vista as estratégias desenvolvidas e os recursos utilizados. Assim, poderá avaliar os alunos nas atividades trabalhadas em cada módulo, como: leitura e interpretação de fontes escritas, leitura e interpretação de charges e áudios, reprodução e análise de vídeos, produção de texto dissertativo, debate.

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