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Projeto morcego - o texto literário e o texto informativo

 

09/11/2009

Autor e Coautor(es)
Graça Regina Franco da Silva Reis
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RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: gêneros discursivos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Perceber a diferença entre um texto literário e um texto informativo

Duração das atividades
1 aula de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Esta aula é indicada para alunos(as) a partir do 3° ano do Ensino Fundamental e deve ser ministrada após as aulas: "Projeto morcego – conto africano - produção de texto" (Língua Portuguesa) e "Projeto morcego - Por que os morcegos ficam pendurados de cabeça para baixo?" (Ciências)

Estratégias e recursos da aula

Turma dividida em grupos
Cada grupo receberá uma tira contendo a seguinte pergunta:
Qual é o único animal mamífero capaz de voar?

Dar as letras que formam a resposta, embaralhadas, deixando que descubram.
R – M – C – O – G- O - E

Leitura do texto:
“Por que será que o morcego só voa de noite

Há muito e muito tempo houve uma tremenda guerra entre as aves e o restante dos animais que povoa as florestas, savanas e montanhas africanas.
Naquela época, o morcego, esse estranho bicho, de corpo semelhante ao do rato, mas provido de poderosas asas, levava uma vida mansa voando de dia entre as enormes e frondosas árvores à cata de insetos e frutas.
Uma tarde, (...) foi despertado pelos trinados aflitos de um passarinho:
- Atenção, todas as aves! Foi declarada a guerra aos quadrúpedes . Todos que têm asas e sabem voar devem se unir na luta contra os bichos que andam no chão.
O morcego ainda estava se refazendo do susto, quando uma hiena passou correndo e uivando aos quatro ventos:
- E agora? – perguntou a si mesmo o aparvalhado morcego. – Eu não sou uma coisa nem outra.
Indeciso, não sabendo a quem apoiar, resolveu aguardar o resultado da luta:
- Eu é que não sou bobo. Vou me apresentar ao lado que estiver vencendo – decidiu.
Dias depois, escondido entre as folhagens, viu um bando de animais fugindo em carreira desabalada, perseguidos por uma multidão de aves que distribuíam bicadas a torto e a direito. Os donos de asas estavam vencendo a batalha e, por isso, ele voou para se juntar às tropas aladas.
Uma águia gigantesca, ao ver aquele rato com asas, perguntou:
- O que você está fazendo aqui?
- Não está vendo que sou um dos seus? Veja! – disse o morcego abrindo as asas. – Vim o mais rápido que pude para me alistar – mentiu.
- Oh queira me desculpar – falou a desconfiada águia. – Seja bem-vindo à nossa vitoriosa esquadrilha.
Na manhã seguinte, os animais terrestres, reforçados por uma manada de elefantes, reiniciaram a luta e derrotaram as aves, espalhando penas para tudo quanto era lado.
O morcego, na mesma hora, fechou as asas e foi correndo se unir ao exército vencedor.
- Quem é você? – rosnou um leão.
- Um bicho de quatro patas como Vossa Majestade – respondeu o farsante, exibindo os dentinhos afiados.
- E essas asas? – interrogou um dos elefantes. – Deve ser um espião. Fora daqui! – berrou o paquiderme erguendo a poderosa tromba num gesto ameaçador.
O morcego, rejeitado pelos dois lados, não teve outra solução passou a viver isolado de todo mundo, escondido durante o dia em cavernas e lugares escuros.
É por isso que até hoje ele só voa de noite.”

Autor: Rogério Andrade Barbosa
Retirada do livro: Histórias Africanas para contar e recontar
Editora do Brasil

Discutir com as crianças as informações contidas no texto lido.
Em seguida, apresentar o texto abaixo dando um para cada grupo.


Todo mundo sabe o que é um morcego, mas não dá para negar que esses animais ainda são pouco conhecidos pelas pessoas: ainda hoje há quem diga que eles são vampiros de verdade ou ratos velhos que criaram asas – dois grandes mitos. Sem falar que muita gente garante que os morcegos se alimentam apenas de sangue, quando, na verdade, a grande maioria das espécies prefere comer frutas, folhas, néctar e pólen de flores, pequenos vertebrados, insetos... Porém, se há algo que todas as pessoas sabem sobre os morcegos é que eles ficam pendurados de cabeça para baixo em árvores, forros de telhados ou cavernas. Mas por que será que fazem isso?
A resposta tem a ver com o fato de os morcegos serem os únicos mamí feros qu e voam. Duran te a sua evo lução, ao longo de a proximadamente 50 mi lhões de anos, diversa s estruturas do seu corpo se modificaram, adaptando esses animais ao hábito de voar. A posição de “cabeça para baixo”, por exemplo, facilita a saída para o voo. Os morcegos se desprendem do local onde estão – seja um galho, uma rocha ou um forro de telhado –, abrem as asas, planam, e em seguida, batem as asas.
Para que esses animais possam ficar de cabeça para baixo por longos períodos, houve a rotação em 180 graus dos seus membros inferiores: isto é, as plantas dos pés desses animais se voltaram para frente. A circulação do sangue pelo corpo também foi modificada: artérias e veias apresentam válvulas que, ao serem contraídas de forma rítmica, fazem o sangue circular para cima, o que garante que todos os órgãos do corpo desse animal recebam oxigênio de maneira igual, mesmo quando ele está de cabeça para baixo. Além disso, os tendões – cordões fibrosos que se ligam aos ossos e músculos e têm a função de flexionar as articulações – permitem que os morcegos prendam-se firmemente pelas garras dos pés a qualquer lugar que desejem e mantenham o equilíbrio do corpo.
Uma curiosidade: é comum encontrar esses animais mortos, pendurados de cabeça para baixo, em seus abrigos. Tudo porque a musculatura e a força imposta pelos tendões permanece mesmo após a morte! É também nessa posição que as mamães-morcego têm seus filhotes. Porém, vale lembrar que esses animais podem ficar em repouso de “cabeça para cima” ou na horizontal. A maioria também não voa a partir do chão: precisa escalar um substrato – uma rocha, uma parede ou um tronco de árvore, por exemplo – para então alçar voos. Esses animais são, de fato, surpreendentes. Até quando não estão de cabeça para baixo. Você não acha?
Fonte: Susi Missel Pacheco,
Fundação SAUVER e Laboratório de Mastozoologia,
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Retirado de: http://cienciahoje.uol.com.br/53025

Os textos lidos têm o mesmo objetivo?
Qual é o objetivo do primeiro texto lido? Ele recebe o nome de fábula – procurar no dicionário e fazer um registro do significado da palavra fábula, explicar que este tipo de texto é um texto literário.
Qual é o objetivo do segundo texto lido? Podemos chamá-lo de texto informativo.
Registrar com eles a diferença entre estes dois tipos de texto.

Pode-se registrar em forma de quadro comparativo:

texto informativo    texto literário

Pedir que cada aluno(a) elabore um relatório a respeito do trabalho realizado e das descobertas do dia. Trabalhar com eles o fato de que este será um texto informativo.

Recursos Complementares

Esta aula faz parte de um projeto chamado “Projeto morcego” que é composto das seguintes aulas:

Projeto morcego – conto africano - produção de texto
Projeto morcego – conto africano - escrita de autobiografia
Projeto morcego - Por que os morcegos ficam pendurados de cabeça para baixo?
Projeto morcego – contos africanos – a “descoberta” de um continente
Projeto morcego - o texto literário e o texto informativo
Projeto morcego – conto africano – brincando com verbos

Avaliação

A avaliação deverá ser feita, pelo professor, durante todo o processo. O professor deverá, também, realizar a leitura dos relatórios individuais. 

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