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Transposição de diferentes falares para a língua- padrão

 

02/12/2009

Autor y Coautor(es)
Josina Augusta Tavares Teixeira
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JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: variação linguística: modalidades, variedades, registros
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Oportunizar ao aluno:

·        Posicionar-se de maneira respeitosa diante das diferenças humanas e sociais.

·        Tornar-se um leitor/escritor crítico e reflexivo.

·        Usar o padrão-culto da língua como instrumento de inserção social.

·        Selecionar e adequar a forma de língua oral e escrita ao contexto social.

Duração das atividades
4 aulas de 50 min (aproximadamente)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Estar inserido no processo de alfabetização e letramento.

Saber ler e escrever os gêneros textuais: poesia e histórias em quadrinhos.
Estratégias e recursos da aula

Justificativa

      A Escola, enquanto agente de equalização social abrange, a cada dia, maior quantidade de alunos das mais diferentes camadas sociais, o que é mais do que desejável em um estado democrático. Como consequência desse processo, a Escola abriga em suas salas de aula grande variedade de falares diferentes, representada por variados sotaques, dialetos e regionalismos.

      Nasce, aí, um conflito que a Escola ainda encontra significativa dificuldade para resolver: a convivência harmoniosa das diferenças. Então, o que poderia ser fonte de enriquecimento cultural para todos os estudantes, não raro acaba por se tornar um desagregador social e um fator de discriminação de minorias.

      Se é objetivo da escola a inclusão social, cumpre a ela tornar-se sujeito atuante na resolução desse conflito, criando práticas pedagógicas que levem seus alunos à construção de um respeito consciente para com as diferenças, bem como oferecendo mecanismos para que essas minorias  possam se instrumentalizar com  a língua-padrão.

 

ATIVIDADES

1a etapa

a)    Distribuir o texto para os alunos:

A mágoa do Chico Bento

 Cuitado do riberão

Tá sujo qui inté dá dó

Os pexe sumiram tudo

Num existe nada pió

Os bicho lá do sertão

Num guenta o chero da água

Tem gosto de detergente

Pur isso eu canto essa mágoa.

Jacaré foi pro zoológico

Foi de cortá o coração

Mas diz num senti sodade

Vive agora atrás das grade

Pra num tê intoxicação.

Se ficá dessa manera

Muitas coisa vão mudá

Num vô vê mais os bichinho

Nem tomá banho de rio

Nunca mais podê pescá.

Temos que arranjá um jeito

De achá a solução

Pra salvá a natureza

Ter de volta a beleza

Na cidade e no sertão.

      (Eita, aí é que vai sê bão!)

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b)    Leitura silenciosa do texto.

c)    Interpretação oral do texto, deixando que os alunos verbalizam livremente suas opiniões:

* A qual gênero pertence o texto?

* Essa poesia contém quantos versos e estrofes?

* Sobre o que fala essa poesia?

* Qual era o sentimento do poeta ao escrevê-la?

* Descubra as rimas que aparecem na poesia:

            Riberão – sertão – coração – intoxicação

            E outras.

         * Por que será que o Chico Bento fala essa “língua” diferente?

         * Levar os alunos, através da leitura e observação da poesia, à reflexão de que há diferentes falares de acordo com a situação geográfica, posição social, cultura e que todas as formas de falar merecem respeito. Explicar-lhes, também, que existe uma norma culta ensinada na escola que permite a seus usuários se posicionarem melhor socialmente.

d)    Leitura oral da poesia que deverá acontecer à frente da sala, no palco ou em um outro lugar adequado à apresentação. (É interessante observar como os alunos  mais inexperientes têm dificuldade de ler em voz alta os textos com linguagem caipira. Por esse motivo, é necessário que a professora, ao perceber essa dificuldade, faça uma leitura oral primeira para orientá-los).

2ª  etapa

e)    Trabalho oral e escrito de transposição da língua caipira para a língua-padrão.

A professora combinará com os alunos para cada um ficar responsável por fazer a transposição de um verso para a língua-padrão. Exemplo:

Cuitado do riberão    -   Coitado do ribeirão

     f) O texto escrito na norma culta vai sendo escrito no quadro-negro e registrado pelos alunos no caderno. E a professora vai, assim, envolvendo todos os alunos e oportunizando-lhes uma participação ativa.

     3ª  etapa

g)    Distribuição de uma história em quadrinhos onde aparece o Cebolinha e a sua troca de r por l:

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Essa e outras historias em: http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm

h)    Leitura oral da história que poderá ser dramatizada.

i)       A professora discutirá com os alunos os possíveis motivos da troca de letras apresentada pelo Cebolinha: ser bem novinho e ainda não conseguir pronunciar corretamente essas duas consoantes, ter um problema fonoaudiológico que poderá ser resolvido por um especialista (o que é bastante comum na nossa realidade).

A professora permitirá que os alunos exponham suas hipóteses, incentivando o envolvimento de toda a turma na discussão.

j)       Pedir aos alunos que copiem em seus cadernos os balões com as falas do Cebolinha, transpondo-os para a língua-padrão.

 

Atividades complementares :

      A professora poderá usar gírias pesquisadas pelos próprios alunos para serem trabalhadas em transposições linguísticas orais e escritas.

Recursos Complementares

      Bibliografia:

     * Aprendendo a Ler com o Jornal e 100 Fichas Práticas para Explorar o Jornal na Sala de Aula, Nicole Herr.

     * Mídia, Escola e Leitura Crítica do Mundo, Graça Caldas.

* Para Ler e Fazer o Jornal na Sala de Aula, Maria Alice Faria e Juvenal Zanchetta Jr.

 * Parâmetros Curriculares Nacionais.

Avaliação

Durante todo o desenvolvimento das atividades a professora observará se seus alunos:

*Compreendem a necessidade de uma postura respeitosa diante das diferenças humanas, como forma de minimizar os conflitos sociais e a discriminação.

* Participam ativamente das discussões, opinando e acatando opiniões.

* Fazem as transposições propostas corretamente.

* Envolvem-se nas atividades com interesse.

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