Compreender a relação entre o olfato e o paladar na sensação dos sabores.

Os alunos deverão conhecer os cinco sentidos.

Introdução
Os sentidos do olfato e paladar estão intimamente relacionados.
A forma de ação desses sentidos é semelhante. O odor não passa de partículas que se desprendem da substância e ativa as células olfativas, o mesmo ocorrendo com o paladar. As substâncias em contato com a saliva desprendem partículas e estimulam as papilas gustativas da língua que enviam impulsos nervosos ao cérebro e este interpreta tais sensações.
O olfato tem importante papel na distinção dos alimentos, trabalhando junto com o paladar para fornecerem ao cérebro informações a respeito de comidas e bebidas. Enquanto mastigamos, sentimos simultaneamente o paladar e o cheiro.
O olfato tem uma nítida vantagem em relação ao paladar, não necessita do contato direto com o objeto para que haja excitação, conferindo maior segurança e menor exposição a estímulos lesivos.
O sentido do olfato é mais forte que o paladar. Os seres humanos conseguem diferenciar cerca de 20 mil tipos de odores diferentes (cada um deles, em dez diferentes graus de intensidade), mas apenas 100 tipos de gostos.
Cerca de 80% do que nossos sentidos percebem como gosto de um alimento é na realidade, seu aroma. Por esta razão, quando temos uma gripe ou resfriado e o nariz fica “entupido”, os alimentos perdem grande parte do sabor, por não podermos sentir seu cheiro.

Retirado de: http://www.indagala.org/bdd_image/orgao_%20sentido.pdf (Consultado em 31/10/2009, as 12:50)

Estratégia

Nesta aula será feita uma atividade experimental e posteriormente um texto para trabalhar os conceitos abordados.

Atividade Experimental – Trocando os Sentidos
Materiais Necessários:
- Alho
- Pastilhas de hortelã
- Melão
- Tangerina
- Cebola
- Biscoito de água e sal
- Venda para os olhos
- Modelo anatômico ou cartaz que mostra a ligação que existe entre nariz e boca.

Retirado de: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=382 (consultado em 07/11/09, às 18h10min).

Execução da atividade:
Distribua uma pastilha de hortelã para cada aluno e peça que mastiguem, prestando atenção à sensação que experimentarão.

Turma, quando vocês colocaram a bala na boca, o que sentiram?

Hipóteses:
- Senti a boca ardendo, parecendo que estava gelada.
- Senti meu nariz ardendo também, como se estivesse sentindo o cheiro da bala.

Professor, mostre agora à turma o cartaz relacionando o paladar com o olfato, e demonstre a ligação entre o nariz e a boca.

Turma, observe neste cartaz uma figura de nossa cabeça, mostrando a ligação entre a boca e o nariz. Percebam que estão realmente ligados, e é por isso que, ao mastigarmos uma bala com um sabor forte, sentimos no nariz a sensação de ardência também.

Escolha alguns alunos para participarem do experimento. Tape os olhos de cada um e peça que tapem o nariz. Coloque uma das frutas na boca dos alunos e peça que digam qual gosto sentiram. Agora peça que destapem o nariz e coloque o mesmo alimento na boca, pedindo novamente que digam o gosto que sentiram.

Você sentiu o gosto da fruta. Mas sentiu melhor com o nariz tapado ou destapado?

Hipótese:
- O gosto foi mais forte quando destapei meu nariz.

Escolha mais alguns alunos e vende seus olhos. Aproxime do nariz deles o alho ou a cebola e, ao mesmo tempo, coloque em sua boca o biscoito. Peça que eles falem qual o sabor que sentiram.
Hipóteses:
- Senti um sabor de cebola, acho que é um biscoito de cebola.
- Não consegui saber o gosto, pois senti sensações de cebola e biscoito.

Tanto o olfato quanto o paladar estão relacionados, e por isso, ao taparmos o nariz, não sentimos os sabores dos alimentos com tanta intensidade quanto sentimos normalmente.
Isso acontece também quando sentimos um cheiro e logo após comemos outro alimento, confundindo o sabor do alimento com o possível sabor daquilo que sentimos o cheiro. Por isso vocês acharam que o biscoito tinha sabor de cebola, quando na verdade este biscoito não tem sabor de cebola.

Texto: Troca de sentidos
Professor, entregue o texto abaixo aos alunos, peça que leiam em duplas e respondam a questões interpretativas e de fixação do conteúdo:

Troca de Sentidos
Descubra num incrível experimento como e por que o paladar depende do olfato!

Zíper batia a massa do bolo enquanto Diná preparava uma deliciosa cobertura de chocolate. Rex tentava dar um jeito na cozinha que estava pra lá de bagunçada! Mas todo o esforço valeu a pena: Zíper e Diná lamberam os beiços após o lanche. Rex, porém, não aproveitou quase nada da comilança. Ele estava gripado e, com o nariz entupido, quase não conseguiu sentir o gosto dos alimentos. Por que será? Porque o paladar depende muito do olfato. Isso você pode comprovar agora com o seguinte experimento...
Convide um amigo para ser o degustador do experimento. Pegue uma cebola crua, uma batata crua e uma venda para colocar nos olhos do seu amigo. Peça a ajuda de um adulto para cortar os alimentos em pedaços pequenos! Em seguida, coloque a venda nos olhos do degustador. Segure um pedaço de batata sob o nariz do seu amigo, mas dê a ele um pedaço de cebola para comer. Pergunte a ele o que está comendo. Em seguida, mande-o cheirar a cebola e dê a ele a batata para comer. Mas atenção: não diga ao seu amigo quais alimentos estão sendo utilizados nessa experiência!
É natural que ele se confunda, e você logo irá perceber como o sentido do olfato é mais forte do que o do paladar. Saiba que os seres humanos conseguem diferenciar cerca de 20 mil tipos de odores diferentes (cada um deles em dez diferentes intensidades), mas apenas 100 tipos de gostos!
E por essa informação você não esperava: cerca de 80% do que nossos sentidos percebem como o gosto de um alimento é na realidade o seu aroma! Assim, quando você tem uma gripe ou resfriado e o seu nariz fica entupido, os alimentos perdem grande parte do sabor porque você não pode sentir cheiros -- como aconteceu com o Rex! Saiba logo, então, que o sabor de um alimento é o resultado da interação dos estímulos percebidos pelos sentidos do paladar e do olfato. Outros estímulos, como as sensações de ardor e calor produzidas pela pimenta, a sensação do frio produzido pela menta, assim como a textura e a temperatura também contribuem para o sabor dos alimentos.

Retirado de: Revista Ciência Hoje das Crianças.

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.
Após a leitura do texto “Troca de Sentidos”, citado no item Estratégias e Recursos da Aula, entregue às duplas alguns exercícios, para que você possa avaliar a construção de conhecimentos de seus alunos acerca do assunto trabalhado.

Questões:
1) Quando estamos gripados, conseguimos sentir sabores?
2) Descreva a relação entre o olfato e o paladar.
3) Por que, às vezes, tapamos o nariz para tomarmos um remédio amargo?
4) Se misturarmos vários sabores e odores ao mesmo tempo, perceberemos alguma diferença?