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ALFABETIZANDO - EMPREGO E PROFISSÕES 2

 

09/12/2009

Autor e Coautor(es)
DENIZE DONIZETE CAMPOS RIZZOTTO
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Ana Maria Ferola da Silva Nunes, Eliana Aparecida Carleto, Luciana Soares Muniz, Patrícia Carvalho Pacheco

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Através destas atividades o/a aluno/a poderá:

- Reconhecer sua importância enquanto sujeito histórico, que participa da História com suas ações.- Se expressar opinando sobre tema proposto.
- Reconhecer o texto jornalístico enquanto um gênero textual.
- Ler e interpretar um texto jornalístico.
- Compreender a importância do anúncio como um instrumento de comunicação social.
- Entender o valor das partes constitutivas de um anúncio.
- Compreender a mensagem do anúncio.
- Aprender a redigir um anúncio, observando suas características textuais.

Duração das atividades
240 minutos_quatro (4) aulas de 60 minutos cada uma
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Tendo em vista que são alunos/as jovens e adultos/as, pressupõe-se que tenham vivências com diferentes portadores de texto, portanto estão inseridos no processo de alfabetização e letramento, alguns mais outros menos, dependendo de sua condição sócio-econômica. Assim, cabe ao/a professor/a resgatar estas vivências e ampliar esses conhecimentos e sua visão de mundo.

Estratégias e recursos da aula

- Aula interativa
- Trabalho em grupo
- Leitura e debate de texto jornalístico.
- Sala de multimídia.
- Pesquisa em jornais.
- Produção de texto: anúncio

1ª aula –Duas (2) aulas de aproximadamente 60 minutos cada uma

Professor/a retome a aula “ALFABETIZANDO- EMPREGO E PROFISSÕES 1” de minha autoria, publicada no Portal. Nesta aula trabalhamos alguns conhecimentos importantes para que o/a aluno/a compreenda seu papel enquanto sujeito que participa de uma sociedade plural, com diferentes profissões, empregos e condições sociais. Mas, se não trabalhou a aula 1, não inviabiliza o desenvolvimento desta aula.
Organize os/as alunos/as em grupos de 3 ou 4 elementos. Distribua alguns jornais, e solicite que leiam uma notícia. Depois devem escolher uma para ler em conjunto e discutirem. 
Entregue uma ficha com as orientações ou escreva na lousa o que devem destacar.

NOME DO JORNAL:
TÍTULO DA NOTÍCIA:
ASSUNTO/TEMA:
PÁGINA:
OPINIÃO DO GRUPO SOBRE A NOTÍCIA:

Professor/a apesar das notícias trazerem a opinião do jornalista que a escreveu, elas representam uma forma importante de democratização do conhecimento. Mas é preciso orientar os/as alunos/as sobre a importância em ler com consciência da situação em que foram produzidas, ou seja, o momento político, a tendência ideológica do jornal, o tipo de leitores aos quais ele se destina. Isto possibilita a formação do/a leitor/a crítico/a, o que é o nosso objetivo.
Discuta com os/as alunos/as as características deste gênero textual: formato, linguagem, função. Para isto, compare o texto jornalístico com outros tipos de textos como, por exemplo: o texto literário e os textos instrucionais.

Depois de terminado o trabalho em grupo, solicite que cada equipe escolha um/a relator/a para apresentar o resultado de seu trabalho.

EXPLORANDO UMA NOTÍCIA

Agora que já conhecem um pouco sobre texto jornalístico, distribua a cópia da notícia que vamos apresentar a seguir, ou leve-os/as para a sala de multimídia e acesse o sítio: http://www.administradores.com.br/noticias/trabalho_informal_o_que_seria_obvio_infelizmente_nao_e_o_que_acontece/7181/  
Distribua a cópia do texto sugerido, retirada deste sítio:

Trabalho informal: o que seria óbvio, infelizmente não é o que acontece
28 de junho de 2006 às 04h19min
Por Tainá Sinhorini - Assessoria de Imprensa

Uma pesquisa divulgada recentemente pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostrou que o trabalhador brasileiro teve de maio/2005 a maio/2006 um aumento de cerca de 8% em sua renda. Ainda segundo o mesmo Instituto, são vários os motivos para este ganho: queda da inflação, reajuste do salário mínimo, que acabou reverberando nos outros patamares, e aumento do trabalho formal, com carteira assinada.

Mesmo com o aumento do trabalho com carteira assinada, praticamente metade da população brasileira ainda enfrenta a insegurança do mercado de trabalho informal. Muitos não têm escolha. Entre não ter renda alguma ou ter uma renda não declarada e não ter a carteira de trabalho assinada, logicamente o que acontece é a escolha da segunda opção. O trabalho informal é histórico no Brasil. A categoria dos trabalhadores com registro em carteira sempre se destacou como minoria, e só ganhou expressão após a Constituição de 1988.
Indiscutivelmente, o fator que dá força ao trabalho informal em nosso país é o excesso de tributos incidentes sobre o emprego. Ao registrar os seus funcionários, uma empresa paga impostos até para o Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (0 ,2% da folha de pagamento vai para o financiamento do programa de reforma agrária, cujos resultados não vemos com muita — ou nenhuma — frequência). Dos gastos que uma empresa tem para contratar um funcionário, 25,1% vão para o Governo, na forma de tributos. Resumindo: do ponto de vista financeiro, é extremamente vantajoso para o empregador optar por contratar um funcionário informalmente ou, em outras palavras, “por baixo dos panos”. Além disso, também pesa o imposto de renda, cuja tabela desatualizada castiga o trabalhador que ganha um pouquinho acima da média.

O que seria óbvio, infelizmente não é o que acontece. A lógica então seria: se o Estado diminuir a incidência de impostos sobre a folha de pagamento das empresas, elas passarão a contratar mais e formalmente. Experiências realizadas na Argentina e na Espanha, por exemplo, mostram que isso não acontece. Nos dois países, o governo criou novos contratos de trabalho, sobre os quais incidiam menos impostos, mas a taxa de desemprego e de empregados informais pouco mudou após as reformas trabalhistas.

Uma estatística da OIT – Organização Internacional do Trabalho, de 2002, diz que em toda a América Latina, o Brasil está atrás somente da Bolívia no ranking de trabalhadores informais, com 51%. A média no continente asiático é de 65%. A OIT considera como “trabalho informal” o exercido por trabalhadores que não têm direito aos benefícios e proteções sociais ou que estão em empresas registradas ilegalmente. Não inclui, por exemplo, o trabalho agrícola, os trabalhos domésticos e os clandestinos, categorias que aumentariam em muito as estatísticas.

Como já citado muitas vezes, não se tem escolha entre o trabalho informal ou o formal, registrado. Mas para garantir todos os seus direitos e, porque não, deveres, é sempre recomendável o registro em carteira. Infelizmente, em relação aos impostos que incidem sobre a folha de pagamento das empresas, ficaremos à mercê da boa vontade política dos nossos governantes.

Informações do Consultor:
Cláudio Boriola Consultor Financeiro, Conferencista, Especialista em Economia Doméstica e Direitos do Consumidor. Autor do livro Paz, Saúde e Crédito - Editora Mundial e do Projeto para inclusão da disciplina "Educação Financeira nas Escolas". www.boriola.com.br.
Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/trabalho_informal_o_que_seria_obvio_infelizmente_nao_e_o_que_acontece/7181/  

Professor/a solicite que seus/suas alunos/as leiam silenciosamente, depois peça a um/a aluno/a que leia a notícia em voz alta.
Faça uma reflexão sobre o texto solicitando aos/ás alunos/as que destaquem as questões que consideraram mais relevantes. Esclareça os termos que não conhecem, como por exemplo: reverberando e patamares, mas antes verifique qual é a hipótese que eles/as têm e solicite que consultem o dicionário.

1- Quantas pessoas em sua sala trabalham com carteira assinada?
2- Quantas têm registro de autônomos?
3- Quantas trabalham sem nenhum registro?
4- Em sua turma há mais trabalhadores do setor formal ou informal?
5- Qual é a situação da maioria dos trabalhadores da região em que você vive?

Professor/a para a próxima aula solicite que os/as alunos/as pesquisem nos jornais na página dos CLASSIFICADOS anúncios de emprego e tragam para a escola. Porém, é bom sempre trabalhar com a possibilidade de que alguns alunos/as podem não ter acesso a jornais, por isso leve também uma quantidade que dê para suprir esta falta. Faça uma consulta e veja se a maioria deles/as tem acesso a jornais (usados ou novos), se perceber que a grande maioria não tem, proponha a atividade em sala.


2ª aula –Duas (2) aulas de aproximadamente 60 minutos cada uma


Algumas informações importantes:
Os anúncios são muito úteis, pois, através deles, as pessoas vendem, compram, trocam objetos, procuram empregos, oferecem serviços.
Contêm uma mensagem escrita com poucas palavras.
Alguns elementos de um anúncio classificado:
1-O que é oferecido.
2-Descrição das qualidades do produto.
3-Preços e condições de pagamento.
4-Endereço e telefone.
5-Pessoa que deve ser procurada.
6-Nome da empresa, etc.

Professor/a escreva o texto poético a seguir em um cartaz e reproduza para que os/as alunos/as possam colar no caderno.

ANÚNCIO

Precisa-sa de um engraxate

para lustrar a face da lua.

Eu vou abrir uma agência

pra testar os interessados.

É necessário trazer uma fotografia 3/4.

Preciso analisar a cara de cada um.

-Preciso ver se elas são tristes.

                   Gonçalves, Antenor A. Poesias

1- Este anúncio foi retirado das páginas de Classificados de algum jornal? Por quê?
2- Ele é um anúncio real? Por quê?
3- O que ele está procurando?
4- Para que ele queria abrir uma agência? Existem outras formas de procurar emprego? Cite quais você conhece.

5- Recorte e cole no caderno os anúncios que você trouxe.

6- Escolha 1 anúncio e identifique:

- O tipo de emprego que está sendo oferecido.
- O endereço onde o interessado deve se apresentar.
- As exigências para conseguir esse emprego.

CRIANDO ANÚNCIOS

Pense nas seguintes profissões e crie um anúncio de emprego para cada uma.

Procura-se:

COSTUREIRA

JARDINEIRO

JORNALISTA

CARTEIRO


Agora crie anúncios oferecendo serviços como:

MÉDICO

MOTORISTA

PROFESSOR

FAXINEIRO

 Lembre-se de colocar o número de telefone e/ou endereço para contato.
 Professor/a faça uma exposição dos anúncios no mural da sala, no corredor, ou no espaço que for destinado para divulgação dos trabalhos dos/as alunos/as. Isto valoriza a produção deles/as e reforça a função social da escrita enquanto meio de comunicação.

Recursos Complementares
Avaliação

-Observe a participação dos/as alunos/as no debate e suas opiniões.
-Professor/a seja sempre um/a mediador/a e não um/a condutor/a da discussão, assim os/as alunos/as colocarão suas ideias com mais liberdade. Assegure que todos/as participem mesmo as pessoas mais tímidas. Dê voz aos “quietinhos/as” que muitas vezes ficam esquecidos/as. Acompanhe a elaboração dos anúncios e verifique se distinguem as partes do anúncio e sua função comunicativa.

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