Nesta aula, pretendemos que o aluno desenvolva ou aprimore a sua capacidade de produzir e compreender textos do gênero resumo, entendendo as estratégias de composição e os objetivos comunicativos de um resumo.

Além de conhecimentos básicos de leitura e escrita, seria importante que os alunos tivessem conhecimentos de gêneros de texto informativos, por exemplo, notícia, reportagem, artigo de opinião, artigo de divulgação da ciência, que serão tomados nesta aula como textos-fonte para a elaboração de resumos.

•  No primeiro momento da aula, o professor deve apresentar aos alunos resumos de filmes a fim de iniciar uma discussão sobre o gênero. Inicialmente, sugerimos que o professor apresente apenas os títulos de 5 filmes, que indicamos a seguir, e faça os questionamentos em “a”, “b” e “c”:

A verdade nua e crua

Divã

Hotel Atlântico

Se beber, não case

2012

a)     Levante hipóteses: qual é o tema de que trata cada um desses filmes?

b)    Você é capaz de dizer qual é o enredo de cada filme apenas pelo título? Na sua opinião, qual é a função comunicativa do título?

c)    Escolha três títulos de filmes, os quais preferencialmente você não tenha visto, e crie um possível enredo intitulado por eles (uma possível história).

• < p>Após discutir com os alunos as respostas, o profess or deve apresentar-lhes as sinopses dos filmes cujos títulos motivaram o exercício anterior e instigá-los a comparar a hipótese de enredo que montaram com o que diz a sinopse dos filmes.

Fontes: (acessadas em 12 de novembro de 2009)

http://www.guiadasemana.com.br/Belo_Horizonte/Cinema/Filme/A_Verdade_Nua_e_Crua.aspx?id=2750

http://www.guiadasemana.com.br/Belo_Horizonte/Cinema/Filme/Diva.aspx?id=2638

http://www.guiadasemana.com.br/Belo_Horizonte/Cinema/Filme/Hotel_Atlantico.aspx?id=3047

http://www.guiadasemana.com.br/Belo_Horizonte/Cinema/Filme/Se_Beber_Nao_Case.aspx?id=2654

http://www.guiadasemana. com.br/Belo_Horizonte/Cinema/Filme/2012.aspx?id=2475

•  Depois de fazer uma leitura das sinopses com os alunos, o professor deve lhes fazer os seguintes questionamentos:

a)    O que é a sinopse?

b)    Qual é a função comunicativa desse tipo de resumo?

• Finalizando esta parte da aula, o professor deve discutir com os alunos as questões “d” e “e”, levando-os a refletir sobre a função indicativa da sinopse de um filme. Estabelecendo um contraste entre o título e a sinopse. Enquanto o primeiro deseja chamar a atenção do leitor e dar indicativos do tema do filme, a sinopse tem por objetivo, além de também chamar a atenção do leitor e dar indicativos do tema de que trata o filme, fazer com que ele conheça parte do enredo da história. É importante fazê-los perceber que a sinopse não revela todo o conteúdo do filme, já que pretende também aguçar o interesse do leitor.

• Sugerimos que o professor esquematize as funções da sinopse em um quadro, como mostramos a seguir, e proponha que os alunos avaliem a sinopse que fizeram na atividade anterior a partir das três funções principais reconhecidas.

• No segundo momento da aula, o professor deve orientar os alunos na produção de um resumo. Sugerimos que seja utilizado o texto a seguir como fonte para essa atividade.

  •  Após fazer com que os alunos leiam o texto, o professor deve propor-lhes as questões seguintes a fim de levá-los a reconhecer informações importantes a serem colocadas em um resumo dessa reportagem.

  a)    Qual o tema tratado pelo texto?

  b)    Retire do texto informações para definir o que é krav magá: origem, perfil das pessoas que o praticam, objetivo.

  c)    Por que as mulheres se identificam com o krav magá?

Mulheres na defesa

Elas aprendem a lutar krav magá para se proteger de bandidos nas ruas

Renato Garcia

Alvos preferenciais de assaltantes, as mulheres estão procurando as academias de krav magá, uma luta israelense, para aprender a se defender. Atualmente, elas representam 30% dos alunos nas 40 academias existentes no Rio, uma das cidades mais violentas do País. Por que as mulheres se interessam por essa luta? Segundo o professor Márcio Hirszberg, 32 anos, porque os movimentos são simples, rápidos e objetivos, e vale tudo, como dedo nos olhos ou puxar os órgãos genitais do agressor. A idéia é atingir os pontos mais vulneráveis para neutralizar o bandido. É uma luta acessível a pessoas de qualquer idade e capacidade física e, não por acaso, os alunos têm entre seis e 70 anos.

Uma das adeptas, a médica Maria Ana Brandão, 40 anos, foi vítima de assalto, no ano passado, praticamente na porta da escola de seus filhos, de dois e cinco anos, em Botafogo, zona sul do Rio. Dois homens, numa motocicleta, tentaram roubar sua bolsa. O que mais assustou a médica foi sua própria reação: “Eu persegui os bandidos, impensadamente, correndo o risco de levar um tiro.” No dia seguinte, ela resolveu procurar algum “treinamento para sobrevivência” e se decidiu por uma academia de krav magá. Melhorou a sensação de segurança, embora não tenha superado o trauma do assalto. “Até hoje me sinto assustada quando lembro da minha reação intempestiva”, afirma.

O krav magá foi criado por Imi Lichtenfeld na década de 40 com um grupo de elite do Exército israelense para missões especiais. Em 1964, os militares abriram cursos para civis, formando um grupo de 13 instrutores, entre eles o mestre Kobi Lichtenstein, que se tornou responsável por difundir a prática em toda a América Latina. Kobi chegou ao Brasil em 1990, instalando a primeira academia no Rio. Ele explica que a luta foi criada para vencer o medo. E, com orgulho, afirma que não há registros de casos de lutadores envolvidos em brigas de rua. “Não existem pit boys no krav magá”, declara o mestre.

Mais um motivo pelo qual as mulheres se identificam com essa luta: além das técnicas, os instrutores passam aos alunos a conscientização de que a luta só pode ser empregada para defesa pessoal. Segundo Kobi, apenas 16 horas de curso são suficientes para uma mulher estar tecnicamente apta a se livrar de um bandido, mas o curso dura, em média, quatro meses. A jovem Isabela Lessa de Lacerda Nick, 18 anos, pratica a luta há exatamente quatro meses. “Me sinto muito mais segura quando estou na rua”, garante. Isabela foi assaltada há dois anos, dentro de um ônibus. O ladrão levou seu celular, mas ela conseguiu, calmamente, convencê-lo a não roubar a bolsa com os documentos. A estudante, que se prepara para o vestibular de biologia, reconhece que há situações em que é melhor não esboçar nenhum tipo de reação. É uma sábia. O krav magá é sob medida para pessoas como ela.

• Após discutir com os alunos as respostas, o professor deve solicitar que os alunos as reúnam em um único texto escrito com suas próprias palavras.

• Em seguida, devem ser recrutados três alunos para fazer a leitura dos seus textos em voz alta. Nesse momento, o professor deve levantar uma discussão acerca da adequação dos textos enquanto resumos, por meio das perguntas em “d” a “g”.

  d)    Que informações vocês acham que devem ser acrescentadas nos textos de seus colegas para que ele se torne um resumo completo?

  e)    Que informações vocês omitiriam? Um resumo deve apresentar exemplos? Por quê?

  f)     Um leitor que não conhecesse a reportagem, ao ler os textos dos seus colegas, saberia do que ela trata? È possível compreender o resumo sem ler a reportagem?

  • Para finalizar esta parte da aula, o professor deve solicitar aos alunos que se reúnam duplas para reescrevem os textos que fizeram, tomando como parâmetro a idéia que desenvolveram na discussão levantada pelas questões “d”, “e” e “f”.

O professor pode consultar o sítio http://www.ucb.br/prg/comsocial/cceh/normas_organinfo_resumo.htm (acessado em 04 de outubro 2009) para obter informações sobre o gênero resumo.

• A compreensão das propostas pelos alunos será avaliada a partir do esclarecimento (correção) em sala de aula de cada uma das atividades.

• Sugerimos como avaliação final que o professor peça aos alunos que levem para a sala de aula uma reportagem sobre um assunto que seja de seu interesse. O professor deve, então, que cada aluno organize em tópicos idéias a serem colocadas no resumo do texto que trouxeram. Posteriormente, o professor deve reuni-los em grupos de três e pedir que troquem o exercício feito com os colegas de grupo, para que estes façam observações sobre o acréscimo ou retirada de informações enumeradas nos tópicos. Em seguida, os alunos devem retomar os seus próprios exercícios e construir um texto de resumo. Finalmente, o professor deve recrutar um aluno de cada grupo para fazer a leitura de um dos resumos produzidos. Nesse momento, o professor de estimular a turma a fazer comentários.