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MÚSICA: Composição – Aleatoriedade

 

11/05/2010

Autor e Coautor(es)
RODRIGO RUSSANO
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RIO DE JANEIRO - RJ 0205009 ESCOLA MUNICIPAL ALENCASTRO GUIMARAES

Claudia Helena Azevedo Alvarenga

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Artes Música: Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Artes Música: desenvolvimento da linguagem musical
Ensino Médio Artes Música: Contextualização
Ensino Fundamental Final Artes Música: Expressão e comunicação em música: improvisação, composição e interpretação
Ensino Fundamental Final Artes Música: Compreensão da música como produto cultural e histórico
Ensino Médio Artes Música: Canal
Ensino Médio Artes Música: Estruturas sintáticas
Ensino Médio Artes Música: Estruturas morfológicas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

a) Conceituar  aleatoriedade em Música;

b) Compor utilizando processos aleatórios.

Duração das atividades
1 aula de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

     Não é obrigatório nenhum conhecimento formal prévio, mas a aula será mais bem aproveitada e os resultados dos trabalhos propostos serão mais enriquecedores, se os alunos tiverem a experiência anterior de aulas regulares de música na escola, além de conhecerem o vocabulário básico em música. Para tanto, recomendamos as aulas sobre os parâmetros do som:

MÚSICA: Parâmetros do som 1 - altura

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15573  

MÚSICA: Parâmetros do som 2 - duração

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15575  

MÚSICA: Parâmetros do som 3 - intensidade

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15576  

MÚSICA: Parâmetros do som 4 - timbre

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15577  

 

Estratégias e recursos da aula

      Caro professor, a coleção “Música: Composição” tem o propósito de oferecer um grupo de aulas introdutórias que despertem o interesse dos alunos sobre o ato de compor e de mostrar a existência de um trabalho racional por trás do que muitas vezes é considerado um trabalho divino, um ato de pura inspiração.

      Atividade 1

      Inicie a aula explicando que durante o século XX assistimos ao surgimento de uma diversidade de estilos musicais. Muitos obtiveram grande popularidade, tais como: o Rock, o Jazz, o Funk, entre outros. No entanto, alguns são desconhecidos da maioria do grande público ou só obtiveram reconhecimento entre os círculos acadêmicos. Este é o caso da Música Aleatória, um estilo em que o autor deixa alguns dos elementos sonoros que formam a peça serem escolhidos ao acaso. Discuta o conceito de aleatoriedade com os alunos (veja mais em Recursos Complementares).

      Atividade 2

      Passe a uma atividade de apreciação musical. Apresente à turma músicas que tenham elementos aleatórios e peça para eles ouvirem atentamente. A partir da audição, promova um debate e estimule os alunos a fazer observações sobre o material musical exposto. Existem partes musicais que se repetem? Existem mudanças súbitas na música? Quais são os parâmetros que apresentam alto grau de imprevisibilidade (alturas, intensidades, etc)? É possível perceber começo, meio e fim na música?

      Explique qual foi o processo de composição adotado pelo compositor e pergunte ao grupo se é possível reconhecê-lo. Reforce perguntando aos alunos onde está a aleatoriedade nos exemplos apresentados. Por que elas são consideradas aleatórias?

      A seguir, selecionamos duas peças que usam a aleatoriedade em suas estruturações, mas você pode escolher outras que julgar mais adequadas:                      

a) “Music of Changes” (John Cage - 1951)  http://www.youtube.com/watch?v=MXTvAGIzWnU             

      Nesta peça, Cage usa o I Ching para consultar quais sons e ritmos serão usados, baseando-se numa tabela criada por ele e que se relaciona com os quatro hexagramas do oráculo. 

b) “Klavierstück XI” (Karlheinz Stockhausen – 1971)  - http://www.youtube.com/watch?v=RhsvKEjxy7c        

      Nesta peça, o compositor oferece ao intérprete uma série de pequenos fragmentos musicais que devem ser executados numa ordem escolhida por ele. Quando algum fragmento for tocado pela terceira vez, a peça termina.        

   

      Atividade 3

      Agora, passe ao exercício de composição: divida os alunos em grupos conforme a sua necessidade (sugerimos até cinco pessoas por grupo) e peça que componham uma peça usando o conceito de aleatoriedade. Daremos duas sugestões de como isso pode ser feito, mas é recomendável que você deixe os alunos criarem. Pergunte antes, se alguém tem alguma ideia para o processo composicional. Dê alguns minutos para os alunos pensarem...

      Primeira sugestão de atividade composicional:

      1 - Escreva algumas palavras em pedaços de papel que, para você, tenham uma relação imediata com algum som. Por exemplo: “galo”, "porta”, “carro”, “dor”, “vento” e “gol”.

      2 - Dobre os pedaços de papel e sorteie três palavras. Sorteie também três "alunos-solistas" que deverão interpretá-las em momentos pré-combinados no grupo. A quantidade de palavras sorteadas dependerá do número de integrantes de cada grupo.

        Dica:

       - Peça que cada grupo imagine diferentes sonoridades para a interpretação das palavras sorteadas (timbres, alturas, intensidades, durações, etc). Estimule a imaginação sonora e discuta com a turma algumas possibilidades de como este material sonoro pode ser estruturado em uma peça musical.

       - Se achar necessário, como um elemento a mais da estrutura da composição, de modo que dê alguma unidade para a inserção dos elementos aleatórios, você pode criar algum tipo de estrutura musical ou base (rítmica/melódica) para o grupo todo realizar certa quantidade de vezes previamente combinadas.

   

      Segunda sugestão de atividade composicional:

      1- Cada um dos grupos terá: quatro alunos numerados e um aluno regente. Professor, lembramos que a quantidade de alunos por grupo pode ser modificada conforme a sua necessidade.

      2 - Peça a cada grupo que crie quatro trechos melódicos simples e grave-os ou anote-os (peça para eles escreverem, se já souberem) em pedaços de papel. Numere esses trechos melódicos: 1, 2, 3 e 4, por exemplo. Todos devem aprender as melodias criadas pelos diferentes grupos.

      3 - Quatro alunos do mesmo grupo serão numerados de 1 a 4. Cada aluno corresponderá a um trecho melódico composto e deverá decorar (saber cantar ou tocar) o trecho musical a que corresponde. Estes serão os "alunos-intérpretes". Professor, consideramos que você terá essa quantidade de alunos à disposição. No entanto, é possível diminuir ou aumentar o número de participantes.

      4 - Pegue vários pedaços de papel, o suficiente para gerar diferentes possibilidades de ordens e repetições numéricas no sorteio que acontecerá a seguir. Sugerimos vinte pedaços de papel. Escreva cinco vezes o número 1, cinco vezes o número 2, cinco vezes o número 3 e cinco vezes o número 4. Dobre-os para esconder a numeração.

      5 - Escolha um aluno, que será o regente, e peça para ele sortear, no mínimo, quatro papéis, caso o grupo tenha quatro "alunos-intérpretes".

  

     A peça musical será executada da seguinte forma:

     1 - Você terá um aluno-regente com papéis sorteados e numerados na mão.

     2 - Você terá outros quatro "alunos-intérpretes" que saberão cantar ou tocar de memória seus respectivos trechos musicais (1, 2, 3 e 4).

     3 - O "aluno-regente" que possui os papéis sorteados, "acionará” os cantores ou instrumentistas mostrando um dos papéis por vez. Você também pode sugerir que os alunos combinem a ordem em que os trechos melódicos sorteados acontecerão antes de iniciar a realização da peça.

Recursos Complementares
Avaliação

       Grave ou mesmo filme as apresentações para futuras apreciações.

       Depois da performance, discuta com os alunos o que aconteceu, identificando os elementos aleatórios nas composições musicais dos grupos. Avalie:

  1. os processos aleatórios utilizados;
  2. a estruturação das peças criadas a partir da aleatoriedade;
  3. o resultado sonoro obtido.
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