19/05/2010
Cláudia Regina M. G. Fernandes
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Cidadania e participação |
Analisar, identificar e repudiar as atitudes e situações fomentadoras de preconceito e de discriminação.
Desenvolver uma atitude de empatia e solidariedade para com aqueles que sofrem discriminação.
Conscientizar os alunos que a diversidade racial não implica inferioridade.
Não são necessários conhecimentos prévios.
O professor deverá apresentar este texto:
Melanina é uma proteína responsável pela cor da pele, dos olhos, dos pelos humanos e atua também em outros animais. Quanto mais melanina a pessoa tiver em seu corpo, mais escura será a pele. Quanto menos melanina, mais clara a pele será. Algumas pessoas são albinas, pois em seu organismo não existe a produção de melanina. Porém, a cor da pele não depende apenas dos pigmentos da melanina, também do caroteno, que se localiza no tecido adiposo subcutâneo, que tem a cor alaranjada. Além da melanina e do caroteno, os vasos sanguíneos também influenciam na cor da pele, pois quanto mais dilatados, mais a pele fica escura.
I.ESTUDO DO TEXTO: Questões para compreensão e discussão do texto:
II. LEITURA COMPLEMENTAR:
A origem histórica do apartheid é bem antiga e remonta ao período da colonização da África do Sul. Os primeiros colonizadores bôeres (também denominados de afrikaner) compunham-se de grupos sociais europeus que vieram da Holanda, França e Alemanha e se estabeleceram no país nos séculos 17 e 18. O apartheid não deve ser interpretado como simples "racismo", pois ele foi um sistema constitucional de segregação racial que abrangeu as esferas social, econômica e política da nação sul-africana estabelecendo critérios para diferenciar os grupos. Nas regiões dominadas por eles estabeleceu-se uma política racial que diferenciou os europeus (população branca) dos africanos (que incluía todos os nativos não-brancos, também conhecidos por bantus).
É interessante examinar o que motivou os criadores das políticas de apartheid e qual visão do mundo foi defendida por essas pessoas para justificar tal discriminação: É comum considerar que o apartheid tem como centro de suas crenças que:
(I) outras raças diferentes da branca são inferiores,
(II) que um tratamento inferior a raças "inferiores" é apropriado, e
(III) tal tratamento deveria ser reforçado pela lei.
Contudo, têm existido e continuam a existir apologistas acadêmicos para o apartheid que argumentam que apesar da implementação do apartheid na África do Sul ter suas falhas, tinha a intenção por seus arquitetos de ser um sistema que separasse as raças, prevenindo os "Brancos" (e outras minorias) de serem "engolidos" e perderem sua identidade, mas trataria, contudo, as raças de forma justa e igual.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Apartheid
A origem da cor na raça humana é perfeitamente explicável do ponto de vista científico.
Do ponto de vista social ela é estarrecedora porque é capaz de gerar políticas cruéis como o APARTHEID.
Para aprofundar seus conhecimentos, faça uma pesquisa sobre o APARTHEID registrando:
1.O que é o apartheid:
2.Citar algumas leis do apartheid.
3.Citar por quem e quando se deu a sua extinção.
Sites sugeridos para a pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apartheid
http://www.brasilescola.com/geografia/apartheid.htm
Professor: Sugerimos outros recursos que podem aprofundar conhecimentos sobre APARTHEID:
1.Filme:
Mandela - Luta pela Liberdade
Informações Técnicas:
Título no Brasil: Mandela - Luta pela Liberdade
Título Original: Goodbye Bafana
Gênero: Drama
Classificação etária: 10 anos
Tempo de Duração: 140 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Direção: Bille August
Sinopse: A história real de Nelson Mandela, no período de 20 anos que ficou preso, contada através das memórias de um guarda de prisão racista que teve sua vida completamente alterada pela convivência com o líder da África do Sul.
2.Livro:
Título: Nelson Mandela: Uma lição de vida.
Autor: Jack Lang
Tradutora: Rubia Prates Goldoni
ISBN: 9788599802052
Idioma: Português.
Editora: Mundo Editorial
Número de páginas: 236
Ano: 2007
Sinopse: Em cinco capítulos, Jack Lang, ex-ministro da cultura da França, retrata a vida de um mito: Nelson Mandela. Um guerreiro na luta pelos direitos dos negros, Mandela passou 27 anos preso em Robben Island, saindo em liberdade em 1990. Tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul e conseguiu reconciliar negros e brancos. Em 1993, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Este livro, contudo, revela também as contradições do próprio Mandela, na forma de um drama em cinco atos: no primeiro ele é o irmão africano de Antígona; consciente de um dia ter de infringir a lei do Estado em nome de um dever superior, no segundo é Espártaco; o escravo que lidera uma rebelião contra os poderosos, no terceiro é Prometeu; acorrentado pelo racismo; no quarto ato é Próspero de "A tempestade" de Shakespeare, o benfeitor da humanidade, e finalmento no quinto é o Rei Nelson, o sábio soberano.
3. Livro Paradidático:
Título: África do Sul: o Apartheid
Autor: Fernando Portela
Editora: Ática
ISBN: 8508040253
Origem: Nacional
Ano: 2000
Edição: 14
Número de páginas: 36
Sinopse: Um rapaz vence uma competição de natação e recebe como prêmio uma viagem a África do Sul. Procura se informar então sobre o país e fica sabendo que lá existia, até há pouco tempo, uma discriminação racial institucionalizada: o apartheid.
III. DINÂMICA
I. Selecione um aluno que tenha facilidade de se expor.
Os demais alunos serão divididos em 2 grupos distintos.
Um grupo será o do preconceito/ discriminação e o outro será o grupo das pessoas omissas.
Os grupos não saberão quem representam, apenas serão orientados sobre os papéis que terão de representar.
II. Escreva em uma ficha, de modo bem legível e grande a palavra NEGRO. Cole-a nas costas do aluno escolhido, sem que ele saiba o que está escrito. Ele será orientado a pedir emprego, a participar dos diálogos, a matricular-se em escolas, a entrar em clubes, a participar de festas, etc. As solicitações deverão ser insistentes e ele poderá reagir da maneira que quiser.
III. Oriente os participantes do grupo preconceito/discriminação que deverão fazer tudo para achincalhar o negro. Inclusive usarem de agressão física e verbal (explícita e implícita), a serem irônicos, enfim, subestimá-lo como ser humano. Caso algum aluno, espontaneamente, se recuse a fazer este papel, deverá ser respeitado.
IV. O grupo dos omissos assistirá tudo, poderá se escandalizar ou ser indiferente, poderá se enraivecer, poderá cochichar uns com outros mas não tomará partido algum nem esboçará nenhuma reação. Caso algum aluno, espontaneamente, se recuse a fazer este papel, deverá ser respeitado.
V. Após 15 minutos de representação encerre a atividade. Solicite a todos os participantes, inclusive o NEGRO, que procurem identificar quem ou qual grupo representavam e que descrevam o que sentiram durante a dinâmica.
VI. Peça aos alunos que comente as reações do negro e o que poderia ter sido feito em sua defesa tanto de sua parte como da parte de outras pessoas.
VII. Discuta com os participantes (exceto o que representou o negro) porque aceitaram, sem questionar, a orientação sobre seus papéis. Caso haja alguém que se recusou, peça-lhe para justificar sua decisão. (Aqui abre-se uma discussão sobre comportamentos e atitudes que são herdadas sem nenhum senso crítico).
Avaliação: Solicite aos participantes que, oralmente, façam um fechamento da aula associando-a ao texto abaixo.
DISCRIMINAÇÃO RACIAL
Isso aconteceu num vôo da British Airways entre Johannesburgo e Londres:
Uma senhora branca, de uns cinquenta anos, senta-se ao lado de um negro.
Visivelmente perturbada, ela chama a aeromoça:
- Qual é o problema, senhora? Pergunta a aeromoça.
- Mas você não está vendo? Responde a senhora.
- Você me colocou do lado de um negro. Eu não consigo ficar do lado destes nojentos. Me dê outro assento.
- Por favor, acalme-se. Diz a aeromoça. - Quase todos os lugares deste vôo estão tomados. Vou ver se há algum lugar disponível.
A aeromoça se afasta e volta alguns minutos depois.
- Minha senhora, como eu suspeitava, não há nenhum lugar vago na classe econômica. Eu conversei com o comandante e ele me confirmou que não há mais lugar na executiva. Entretanto ainda temos um assento na primeira classe.
Antes que a senhora pudesse fazer qualquer comentário, a aeromoça continuou:
- É totalmente inusitado a companhia conceder um assento de primeira classe a alguém da classe econômica, mas, dadas as circunstâncias, o comandante considerou que seria escandaloso alguém ser obrigado a sentar-se ao lado de pessoa tão execrável.
E dirigindo-se ao negro, a aeromoça complementa:
- Portanto, senhor, se for de sua vontade, pegue seus pertences que o assento da primeira classe está a sua espera.
E todos os passageiros ao redor que, chocados acompanhavam a cena, levantaram-se e bateram palmas.
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