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A intenção discursiva na construção do texto.

 

09/06/2010

Autor e Coautor(es)
Tânia Guedes Magalhães
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Cristina Weitzel

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: processos de interlocução
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: processos de construção de significação
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Levar o aluno à reflexão sobre a intencionalidade discursiva em alguns textos do cotidiano.

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Habilidades básicas de leitura e escrita.

Estratégias e recursos da aula

Etapa 1   

A) Inicie a aula entregando aos alunos uma cópia do texto abaixo:

Caso 1: Cena: Sujeito entrando em uma agropecuária.

- Tem veneno pra rato?

- Tem. Vai levar? – Pergunta o balconista.

- Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!

Caso 2: Cena: Casal abraçadinho, entrando no barzinho romântico.

- Mesa para dois?

- Não, mesa para quatro, duas são para colocar os pés.

Caso 3: Cena: Sujeito apanhando o talão de cheques e uma caneta.

- Vai pagar com cheque?

- Não, vou fazer um poema pra você nesta folhinha.

Caso 4:  Cena: Você na frente do elevador da garagem do seu prédio e chega um que pergunta:

- Sobe?

- Não, esse elevador anda de lado. OU - Não, não, tô aqui esperando meu apartamento descer pra me pegar.

Caso 5: Cena: Sujeito fumando um cigarro.

- Mas você fuma?

- Não, eu gosto de bronzear os pulmões também.

Caso 6: Cena: Homem com vara de pesca na mão, linha na água, sentado.

- Aqui dá peixe?

- Não, aqui dá tatu, quati, camundongo… Peixe costuma dar lá no mato…

Caso 7: Cena: Edifício pegando fogo, funcionários saindo correndo.

- É um incêndio?

- Não, é uma pegadinha do Faustão!

Caso 8: Cena: Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e te perguntam:

- Você tá dormindo?

- Não, to treinando pra morrer…

Caso 9: Cena: Quando está chovendo e percebem que você vai encarar a chuva, perguntam:

- Vai sair nessa chuva?

- Não, vou sair na próxima…

Caso 10: Cena: Quando você acaba de levantar, aí vem um idiota (sempre) e pergunta:

- Acordou?

- Não. Sou sonâmbulo…

Caso 11: Cena: Você acaba de tomar banho e alguém pergunta:  

- Você tomou banho?

- Não, mergulhei no vaso sanitário…

Caso 12: Cena: O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê de flores. Até que ela diz:

- Flores?

- Não! São cenouras.

http://zooa.wordpress.com/2009/08/16/perguntas-idiotas/ 

(Acesso em 10/05/10)

B) Peça aos alunos que leiam o texto silenciosamente.   

C) Em seguida, divida a sala em grupos (de 4 a 5 alunos).   

D) Peça que cada grupo leia, em voz alta, os casos apresentados no texto. Um grupo poderá ler mais de um caso. Três pessoas de cada grupo deverão fazer a leitura: uma será o narrador (que descreve a cena), as outras duas pessoas representarão cada uma das outras duas personagens.

E) Após a leitura em voz alta, peça que os grupos discutam a seguinte questão a respeito de cada caso: com que intenção as pessoas fazem tais perguntas? Como elas são interpretadas? * Professor: peça aos alunos que anotem suas ideias referentes a cada caso.

Etapa 2   

A) Inicie a aula pedindo que a turma forme um círculo em sala de aula.   

B) Solicite aos alunos que peguem a folha do texto da etapa anterior. Retome as questões discutidas entre os grupos da etapa anterior: com que intenção as pessoas fazem tais perguntas? Como elas são interpretadas? Agora, os grupos deverão apresentar para toda a turma a que conclusões chegaram.   

C) Após a apresentação dos grupos, pergunte aos alunos: o que podemos concluir através dessas discussões? O que seria intencionalidade discursiva (ou intencionalidade do discurso)? De que maneira ela contribui para a construção de sentido do texto?   

D) Deixe que os alunos discutam com a classe as seguintes questões e, ao final do debate, anote, no quadro, as sugestões dos alunos.

Etapa 3   

A) Comece a aula pedindo aos alunos que se dirijam até a sala de Informática.   

B) Peça aos alunos que se juntem em duplas diante do computador e que acessem a seguinte página da Internet: http://charges.uol.com.br/arquivo.php    

C) Solicite aos alunos que procurem pela charge “Estudante canta ‘Meteoro’” e que cliquem nela para assisti-la.

D) Logo após a visualização da charge, peça a eles que respondam: com que intenção foi feita uma paródia da música “Meteoro”? O uso da linguagem nessa paródia tem uma intenção implícita ou explícita? Para interpretarmos e entendermos a crítica realizada por essa charge é preciso que, além de compreendermos a sua intenção discursiva, lancemos mão de nosso conhecimento de mundo para identificar qual é o tema que está sendo criticado. Qual é o assunto objeto de crítica nessa charge?   

E) Em seguida, peça aos alunos que acessem a seguinte página: http://charges.uol.com.br/piadadodia.php e que procurem pela piada “Profissões” (10/05/2010):

PROFISSÕES

No primeiro dia de aula a professora resolveu perguntar a profissão do pai de cada um, para conhece-los melhor.

- Pedrinho qual a profissão de seu pai?

- Advogado, professora.

- E a do seu pai, Marianinha?

- Engenheiro.

- E o seu, Aninha?

- Ele é médico.

- E o seu pai, Joãozinho, o que faz?

- Ele...Ele...Ele é striper e garoto de programa!

- Como assim?? - pergunta a professora, surpresa.

- Fessora... Ele dança em boates, com uma sunguinha minúscula cheia de lantejoulas, brilhos, onde homens másculos passam a mão nele e põem dinheiro no elástico da sunga e depois saem para fazer programa com ele.

A professora rapidamente dispensou toda a classe, exceto Joãozinho. Ela caminha até o garoto e novamente pergunta:

- Menino, o seu pai realmente é prostituto?

- Não, professora. Agora que a classe ficou vazia, ficou mais fácil de falar. É que meu pai joga no Corinthians, e eu tenho vergonha de contar perto dos outros...

F) Peça aos alunos que leiam a piada em silêncio.   

G) Após a leitura silenciosa, proponha que os alunos façam uma leitura em voz alta. Selecione cinco voluntários, um para cada personagem.   

H) Depois da leitura em voz alta peça aos alunos para observarem a fala em que a professora pergunta a Joãozinho qual a profissão de seu pai. Diante da resposta do garoto, a professora pergunta: “Como assim??”. Pergunte aos alunos: qual era a intenção da professora ao perguntar isso? O que o garoto responde? Como o garoto interpretou a pergunta da professora? Ela gostaria, realmente, que o menino explicasse em detalhes qual era a profissão do pai?   

I) Discuta com os alunos, oralmente, essas questões e, em seguida, retorne para a sala de aula.

Etapa 4   

A) Construa, com seus alunos, uma definição sobre o que é a intencionalidade discursiva.

Intencionalidade discursiva: são as intenções, explícitas ou implícitas, existentes na linguagem dos interlocutores que participam de uma situação comunicativa.

http://alinguanapontadalingua.blogspot.com/2010/01/linguagem-e-lingua.html 

(Acesso em 14/05/2010).

Recursos Complementares

-

Avaliação

Os alunos deverão elaborar, em duplas, pequenas perguntas “idiotas”, como no exercício da etapa 1. Em seguida, cada dupla deverá ler, interpretando as perguntas que elaboraram. O restante da turma deverá descobrir qual era a intenção implícita ou explícita em cada texto.

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