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A narrativa e o hipertexto nos jogos de RPG

 

17/05/2010

Autor e Coautor(es)
Érika Kelmer Mathias
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JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Regina Célia Martins Salomão Brodbeck

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Sistematizar o conhecimento dos principais elementos constituintes de uma narrativa; produzir um hipertexto narrativo através de práticas de jogos de RPG.

Duração das atividades
5 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Habilidades básicas de leitura e escrita.

Estratégias e recursos da aula

Atividade 1   

A) Ao iniciar a aula perguntar aos alunos:

- Vocês gostam de jogos?

- Que tipo de jogos vocês mais gostam?

- Vocês conhecem os jogos de RPG?

- O que são jogos de RPG?

- Quais as características desse tipo de jogo?

- Você já jogou um RPG? Como foi a experiência?

- Dê exemplos de algumas histórias de RPG que você conhece.

B) Discuta essas questões oralmente tentando ouvir todos os alunos. Em seguida, entregar aos eles uma cópia do texto abaixo:

Você curte jogos RPG? Os Role Playing Games, são jogos nos quais você interpreta papéis de personagens prontos ou criados a cada partida. Também são, normalmente, marcados por aventuras épicas, evolução e interação entre o jogador e os personagens controlados pelo computador. Alguns destes jogos RPG oferecem a possibilidade de se jogar com tipos variados de personagens. Sendo assim, uma mesma história pode ser novamente jogada de pontos de vista e com desafios totalmente diferentes. Certamente, viver uma história na pele de um guerreiro e depois fazer o mesmo como um mago são experiências únicas, mesmo tratando-se de um mesmo jogo. As temáticas são as mais variadas. Desde medieval, passando pelo Japão dos ninjas, batalhas espaciais e expedições de piratas. Use toda a sua astúcia para resolver os enigmas e estratégia para vencer os combates.

http://www.sojogosgratis.com.br/jogos_rpg/ 

(Acesso em 08/05/2010).

C) Pedir aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto acima.   

D) Após a leitura silenciosa, solicitar que alguns alunos leiam o texto em voz alta para a turma (cada aluno lê um parágrafo).   

E) Esclarecer possíveis dúvidas sobre o que são os RPGs, de acordo com o que os alunos disseram na discussão oral e de acordo com a leitura do texto.

Atividade 2   

A) Iniciar a aula pedindo aos alunos que levantem algumas hipóteses: como se estruturam os jogos de RPG?   

B) Guiar os alunos com as seguintes questões:

- Como esses jogos se estruturam? (* Professor, os jogos de RPG apresentam estrutura narrativa).

- Quais são os elementos que compõem essa estrutura?

- Como os RPGs se constroem? Há algum narrador principal? Qual a sua função? Como ele é chamado?

- Quem são os personagens da narrativa construída pelos RPGs? Que papel eles desempenham? (* Professor, os personagens são os jogadores, cada um com um papel a sua escolha).

- Quanto tempo pode demorar “uma partida” de RPG? (* Professor, essas “partidas” podem demorar anos para serem encerradas).

- Quais são os principais temas dos jogos de RPG?

C) Ao final dessa discussão, pedir aos alunos que formulem uma definição para o que são RPGs, suas características estruturais e sua função.   

D) Anote a sugestão dos alunos no quadro.

Atividade 3   

A) Entregar aos alunos uma cópia do texto abaixo:

O que são os jogos chamados RPG?

A sigla abrevia a expressão role playing games, que quer dizer "jogos de interpretação de papéis". O gênero foi criado nos Estados Unidos, no início da década de 70, pelos estudantes de história Gary Gygax e Dave Arneson, e inaugurado pelo jogo Dungeons & Dragons (Catacumbas & Dragões). Em sua primeira versão, a caixa continha apenas três livretos, nos quais um conjunto de regras definia um universo medieval fictício, inspirado nas velhas histórias de cavaleiros andantes, e um grupo de personagens, a serem interpretados pelos jogadores. A mesma fórmula, variando os cenários, logo proliferou em centenas de títulos, protagonizados por seres mitológicos, super-heróis, feiticeiros, robôs, espiões, piratas e todo tipo de aventureiro. Ao contrário dos jogos tradicionais, que obedecem a uma seqüência de tarefas, recompensas e punições predefinidas, um mesmo RPG desenvolve naturalmente roteiros diferentes e de duração imprevista, conforme a interação entre seus participantes. Cada partida exige, no mínimo, duas pessoas, mas não há um limite. O ideal, segundo os entusiastas, são seis participantes: um mestre, que conduz o jogo, mais cinco jogadores. O RPG tornou-se repentinamente objeto de polêmica no Brasil, por causa do assassinato, ocorrido em outubro do ano passado, da estudante mineira Aline Silveira Soares, de 18 anos, supostamente motivado por um jogo do gênero. Houve quem condenasse como perigosa a mistura de ficção e realidade promovida pela brincadeira. "Isso é tão absurdo quanto responsabilizar o futebol pelas brigas entre as torcidas. O RPG, como qualquer outro jogo, tem uma única função: divertir", afirma Guilherme Moreno Frias, editor do site especializado SpellBrasil (www.rpg.com.br). Também não faltam estudiosos que acreditam em efeitos benéficos além do entretenimento puro e simples, como o psicólogo Alfeu Marcatto, de São Paulo, que pesquisa a aplicação do RPG na pré-escola. "Como os jogadores são co-autores da história, o jogo estimula a criatividade, a participação em grupo, a troca de idéias e a amizade", diz ele.

Personagens em ação

Cada um dos jogadores deve encarnar o personagem e agir de acordo com o perfil estabelecido para ele no início da partida. Em alguns jogos, eles são representados por miniaturas

Manual do universo

Além das regras do jogo, os livros definem em detalhes o ambiente da ação e as características que cada personagem pode assumir. Cabe ao mestre dar início à história, que vai sendo criada no desenrolar da partida. O final (se houver), só será definido pela interação entre os jogadores.

http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteudo_119925.shtml (Acesso em 08/05/2010).

B) Pedir aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto.   

C) Após essa leitura silenciosa, selecionar alguns alunos para que possam fazer uma leitura em voz alta para a turma. (cada aluno deverá ler um trecho do texto).   

D) Em seguida, entregar aos alunos uma cópia dos exercícios abaixo:

1)     O Texto “O que são os jogos chamados RPG?” é uma reportagem retirada do site da Revista SUPERINTERESSANTE. Segundo o texto, o que são os jogos de RPG?

2)    Como era a primeira história de RPG?

3)    O que aconteceu com a fórmula inicial do jogo?

4)    Quantos participantes são essenciais para uma partida de RPG?

5)    Que fato tornou polêmica a prática de RPG, no Brasil?

6)    Guilherme Moreno Frias, diretor de um site especializado em RPG defende os jogos em relação a essa polêmica criada em torno da prática dos mesmos. O que ele diz a respeito? Para ele, qual a única função dos jogos de RPG?

7)    De que forma o RPG pode auxiliar na pré-escola?

E) Pedir aos alunos que façam os exercícios e, em seguida, corrigi-los.   

F) Em seguida, comente com os alunos a seguinte afirmativa:

Narrativa hipertextual e leitura No RPG, podemos pensar esta alteração no receptor sob a forma de texto como produto final do relato. Um relato de RPG na verdade não produz um texto, mas uma variedade deles. De fato, cada participante pode produzir um ou mais textos diferentes a partir do mesmo relato, entendendo texto aqui como produção em qualquer linguagem e tecnologia.

http://www.historias.interativas.nom.br/tni/cejanuzzi/narrativa.pdf

(Acesso em 08/05/2010).   

G) Questione: o que significa afirmar que o RPG se constitui como uma narrativa hipertextual? (Professor, o objetivo é que o alunos percebam que  uma narrativa em RPG é formada por vários autores, o que pode caracterizar um estrutura de hipertexto).

H) Pedir aos alunos que pesquisem na Internet alguns jogos de RPG e que tragam na aula seguinte.

Atividade 4   

A) Essa aula será dedicada à apresentação dos jogos pesquisados pelos alunos. Se for necessário, levar os alunos para a sala de Informática para que eles apresentem os jogos nos sites em que encontraram.   

B) Durante a apresentação dos alunos, aproveitar para realçar e recordar algumas características dos jogos de RPG, retomando as aulas anteriores.

Recursos Complementares

Recomendamos a leitura do artigo “Narrativa no RPG”, disponível em: http://www.historias.interativas.nom.br/tni/cejanuzzi/narrativa.pdf (Acesso em 08/05/2010). 

Avaliação

A) A avaliação dessa aula será feita durante as aulas através da elaboração de um jogo de RPG e uma apresentação final.   

B) Depois de conhecerem os temas e formas dos jogos de RPG, os alunos votarão um tema para jogarem RPG (o que envolverá atividades em sala e em casa).   

C) Dividir a turma em grupos (de quatro ou de seis alunos).   

D) Aquele que mestra a história será o professor.   

E) Cada grupo terá um personagem, divididos entre bons e perversos.   

F) Apresentar um plano geral para a história. (*Professor, sugerimos uma história que se passe no século XIX, em um Reino atormentado por vampiros e lobisomens. Fica a critério do professor modificar esses elementos. A narrativa será produzida pelos alunos. Apresente apenas um panorama geral, para guiá-los na criação e desenvolvimento da história.).   

G) Os alunos deverão discutir, em grupo, para construir seus personagens (características físicas, emocionais e psicológicas, seus poderes e fraquezas, assim como alguns elementos de passado a serem revelados ao longo da história (um trauma que a personagem teve; uma fraqueza; um ato indigno, etc.)). Eles devem entregar escrito ao professor que, baseado nisso, em casa conceberá situações para serem vividas por eles. É preciso se ter em mente que a história é a mesma, todos participam da mesma história, assim, o professor precisa pensar em situações que permitam o encontro dos personagens na narrativa.

- Professor, sugerimos, meramente como exemplo, a seguinte história: “um homem está em viagem solitária da cidade tal a cidade tal quando precisa passar por um vilarejo para abastecer suas provisões. Lá, na taberna, não tendo mesa para se sentar sozinho é obrigado a compartilhar com um cavaleiro misterioso – isso já pode ser, por exemplo, o personagem de outro grupo – com o qual inicia um diálogo sobre....”. Nesse momento, uma das atividades desses dois grupos é elaborar o diálogo. Assim, os grupos dessas personagens vão se sentar juntos para tal elaboração, cada um na perspectiva do seu personagem. Enquanto os outros grupos estarão fazendo outras coisas. O professor precisa receber sempre tudo escrito e para atualizar na narrativa maior, pois é ele quem mestra.   

- O professor de português, tendo em média quatro aulas por semana, pode separar uma aula da semana, para trabalhar o gênero narrativo nesse foco, durante um ou dois meses, por exemplo, de forma que a narrativa tenha um volume significativo. Depois, é interessante pensar uma forma de articular tudo em um texto a ser compilado para leitura geral da turma, encenação, apresentação, divulgação do jogo etc. É importante ressaltar que, durante a confecção dos textos pelos grupos, deverá ser trabalhada a reescrita dos mesmos quando necessário.

H) O professor poderá avaliar essa aula através da confecção do jogo (em cada parte) e por meio da apresentação final do mesmo (com todas as partes reunidas).

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