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Musgos e liquens são iguais?

 

28/05/2010

Autor e Coautor(es)
MARIA ANTONIETA GONZAGA SILVA
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos, Priscila Barbosa Peixoto e Marina Silva Rocha

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Entender as diferenças entre musgos e liquens.

Duração das atividades
2 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos deverão reconhecer o grupo dos Musgos (Briófitas) e os liquens (associação de fungos e algas), compreendendo características principais de cada um.

Estratégias e recursos da aula

Introdução: uma abordagem para o professor   

Liquens e musgos               

   Liquens são associações simbióticas entre um fungo e uma população de algas verdes ou de cianobactérias. Os fungos obtêm carboidratos e compostos nitrogenados dos parceiros fotossintetizantes (algas e cianobactérias) e proporcionam ambiente adequado para seu crescimento. A habilidade do líquen em sobreviver sob condições ambientais adversas está relacionada com a sua capacidade em suportar dessecação.              

   Muitos grupos de organismos contêm membros que são comumente chamados “musgos”. Certos organismos também conhecidos popularmente como musgos correspondem a liquens, algas e até mesmo plantas vasculares. Contudo os musgos genuínos são membros do filo Bryophyta, que consiste de 3 classes.   São características de ambientes terrestre úmidos, embora algumas apresentem adaptações que permitem a ocupação dos mais variados tipos de ambientes, resistindo tanto à imersão, em ambientes totalmente aquáticos, como a desidratação quando atuam como sucessores primários na colonização, por exemplo, de rochas nuas ou mesmo ao congelamento em regiões polares.   

Adaptado de: http://www.mundovestibular.com.br/articles/392/1/Briofitas/Paacutegina1.html (consultado em 17/05/10, às 08h48min).  

Texto adaptado de: Raven P.H., R.F. Evert e S.E. Eichhorn. 2001. Biologia Vegetal. p. 323-326 e p. 396-401. Sexta edição. Editora Guanabara Koogan SA., Rio de Janeiro.   

Professor, sugerimos os links abaixo com aulas das mesmas autoras, que discorrem sobre os liquens e musgos.   

Aula Musgo é planta?

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18862 (consultado em 19/05/10, às 11h34min).  

Aula Liquens e Poluição

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15525 (consultado em 19/05/10, às 11h35min).    

Estratégia   

Como os alunos poderão atingir os objetivos propostos:             

Os alunos poderão atingir os objetivos propostos através de atividade lúdica (reconhecer erros em um texto que discorre sobre os liquens e os musgos), como um jogo de sete erros. Será exibido também um vídeo que mostra musgos e liquens num mesmo ambiente, e texto sobre os mesmos, como uma forma de fixação do conteúdo.   

Como o professor irá ativar esse processo:             

O professor ativará este processo através de apresentação de um pequeno vídeo sobre musgos e liquens, mostrando as diferenças encontradas entre eles, bem como incentivo às discussões entre os alunos e leitura e interpretação   de texto e identificação dos erros.   

Atividade lúdica: encontrando nove erros num texto             

Professor, num primeiro momento da aula, relembre com os alunos o que estudaram sobre o grupo das briófitas, que nós chamamos de musgos, sondando o que eles recordam destes vegetais. Incentive-os a falarem para a turma, escute seus argumentos e manifestações, mas não os corrija ainda. Relembre também com eles sobre os liquens, verificando seus conhecimentos sobre esta associação, escutando suas ideias. Após esta recordação, explique para eles que receberão um texto falando sobre os musgos e liquens, e que ele contém nove erros, como um jogo dos sete erros, e peça que eles encontrem estes erros e identifiquem-nos, corrigindo-os. Abaixo segue uma sugestão de texto com os erros:

Musgos e Liquens               

Os musgos são os representantes das Briófitas, são plantas de grande porte e avasculares, ou seja, não apresentam vasos condutores de seiva. Podemos encontrá-los em ambientes com baixa umidade e pouca sombra. Para sua reprodução, produzem sementes, não necessitando da água para isso. Como todas as plantas, realizam a fotossíntese como forma de obtenção de energia.             

Já os liquens são plantas de pequeno porte, muito encontradas em troncos de árvores. São importantes bioindicadores, ou seja, podem nos informar sobre a qualidade do ar no local onde estão. Liquens, por serem pioneiros (primeiros colonizadores de rochas, por exemplo, favorecendo a formação dos solos), são capazes de sobreviver em ambientes onde poucos ou nenhum ser vivo é capaz de sobreviver, por exemplo, ambientes secos ou extremamente úmidos.             

Liquens e musgos são seres vivos iguais, pois ambos apresentam folhas, raízes e caule, e realizam fotossíntese como forma de obterem energia. Os musgos são sempre verdes, mas os liquens podem variar de cores, sendo verdes, vermelhos ou amarelos.

Agora o mesmo texto, mas corrigido:   

Musgos e Liquens               

Os musgos são os representantes das Briófitas, são plantas de pequeno porte e avasculares, ou seja, não apresentam vasos condutores de seiva. Podemos encontrá-los em ambientes com alta umidade e muita sombra. Para sua reprodução, produzem gametas, necessitando da água para isso. Como todas as plantas, realizam a fotossíntese como forma de obtenção de energia.             

Já os liquens são associações de fungos e algas, chegando a grandes extensões no substrato, muito encontradas em troncos de árvores. São importantes bioindicadores, ou seja, podem nos informar sobre a qualidade do ar no local onde estão. Liquens, por serem pioneiros (primeiros colonizadores de rochas, por exemplo, favorecendo a formação dos solos), são capazes de sobreviver em ambientes onde poucos ou nenhum ser vivo é capaz de sobreviver, por exemplo, ambientes secos ou extremamente úmidos.             

Liquens e musgos são seres vivos bem diferentes, embora muito confundidos, pois ambos não apresentam folhas, raízes e caule, mas os musgos possuem rizóides, filóides e caulóides, estruturas semelhantes às raízes, caule e folhas. Os liquens possuem como estrutura de sustentação as hifas do fungo que os compõem, enquanto as algas são as responsáveis pela produção de alimento, através da fotossíntese. Os musgos são sempre verdes, mas os liquens podem variar de cores, sendo verdes, vermelhos ou amarelos.     

Atividade prática: diferenciando musgos e liquens através dos exemplares             

Após a identificação dos erros pelos alunos, não faça ainda a correção, deixando para o final da atividade prática. Antes, realize com eles uma atividade de diferenciação dos musgos e liquens. Para isso, colete exemplar das duas espécies e leve-as para a escola. Leve os alunos para o laboratório, caso seja possível, ou arrume a sala de aula para a realização de atividade em grupo. Divida a turma em grupos de 4 a 5 pessoas e entregue para cada grupo um exemplar de musgo e outro de líquen, sem identificar para os alunos.

Musgo

Líquen

Fotos: Priscila Barbosa Peixoto

Peça que cada grupo identifique os seus exemplares (um é musgo e o outro é líquen), e escreva em folha separada as características de cada um, diferenciando-os.  Isto poderá ser feito como uma tabela de comparação.             

Depois que os grupos os fizerem o paralelo entre musgos e liquens, disponha os alunos em semicírculo, para facilitar as discussões entre eles, e oriente para que os alunos falem sobre as diferenças encontradas.           

Professor! Escreva no quadro as características citadas pelos alunos, e incentive a discussão entre eles, pedindo-lhes que uns analisem o que os outros falaram corrigindo e justificando.             

Após este momento de discussão, volte a falar sobre o texto com nove erros, fazendo com os alunos a correção. Para tanto, peça que eles falem o que marcaram como erros e justifiquem, promovendo discussões entre eles novamente, fazendo as correções e explicações sobre as dúvidas que surgirem.   

Ferramentas tecnológicas             

Professor, após as atividades práticas, apresente para a turma um pequeno vídeo sobre diferenças entre musgos e liquens, para sua melhor visualização.   

Vídeo sem narração, que mostra num ambiente os musgos e liquens, podendo assim perceber as diferenças entre os dois.

http://www.youtube.com/watch?v=OQx24iIBMbA (consultado em 17/05/10, às 08h39min).    

Texto para os alunos             

Professor, após as discussões sobre as diferenças entre musgos e liquens, entregue aos alunos um texto que discorre sobre o assunto, de forma que possam  fixar os conhecimentos que construíram na aula de hoje. Discuta com eles sobre o texto, faça a interpretação e tire as dúvidas que surgirem.     

Musgos e Liquens   

Briófitas são vegetais, em sua maioria, terrestres, apresentando características que as separam das algas e das plantas vasculares. As briófitas são características de ambientes terrestres úmidos, embora algumas apresentem adaptações que permitem a ocupação dos mais variados tipos de ambientes, resistindo à imersão, em ambientes aquáticos. Apresentam-se dependentes da água para o deslocamento do gameta masculino até o gameta feminino.

Os liquens foram, inicialmente, confundidos com musgos e até com outras plantas. No entanto, nem sequer se trata de um indivíduo, mas de uma associação simbiótica de milhões de organismos fotossintéticos (algas) e fungos.

Os liquens proliferam nos substratos mais variados: sobre rochas, solo, casca das árvores e madeira. São seres pioneiros nas rochas nuas, dos solos de florestas queimadas e de escoadas vulcânicas.

Vivem em ambientes onde nem fungos nem as algas se desenvolveriam sozinhos. Assim, toleram condições climáticas extremas, como temperaturas desde 60º C a –196ºC.

Os liquens, apesar de suportarem os rigores ambientais descritos, são muito sensíveis aos agentes poluentes, o que explica a não ocorrência destes seres vivos nas grandes cidades.

Adaptado de: http://www.idealdicas.com/briofitas/ & http://campus.fortunecity.com/yale/757/Liquens.htm (consultado em 17/05/10, às 11h03min).    

Recursos Complementares

Nesta aula não será usado nenhum "Recurso Complementar", pois todas as atividades desenvolvidas estão em "Estratégias e Recursos da aula".

Avaliação

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos que o professor avalie os alunos durante as atividades propostas, verificando como se saem na identificação dos erros e na caracterização dos musgos e liquens. Além disso, proponha à turma a criação de quadros, em que os alunos deverão pintar as estruturas dos musgos e liquens, bem como poderão colar figuras, desenhar ou criar formas, desta forma representando os dois, demonstrando sua criatividade e compreensão das diferenças notadas entre ambos. Os alunos poderão utilizar materiais como papel picado, tinta guache, papel crepom, cola colorida, lápis de cor e de cera, dentre outros. Esta atividade integra conteúdo de ciências com educação artística.

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