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Música – criação de canção: relação entre texto, melodia e língua

 

31/07/2010

Autor e Coautor(es)
Leonardo Stefano Masquio
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RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Claudia Helena Azevedo Alvarenga

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cultura e diversidade cultural
Ensino Médio Artes Música: Estruturas morfológicas
Ensino Fundamental Final Artes Música: Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical
Ensino Fundamental Final Artes Música: Expressão e comunicação em música: improvisação, composição e interpretação
Ensino Médio Artes Música: Estruturas sintáticas
Ensino Fundamental Final Língua Estrangeira Textos orais com marcas entonacionais e pronúncia
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Artes Música: desenvolvimento da linguagem musical
Ensino Médio Língua Estrangeira Competência pluricultural: língua como meio de acesso às manifestações culturais
Ensino Médio Artes Música: Contextualização
Ensino Fundamental Final Artes Música: Compreensão da música como produto cultural e histórico
Ensino Médio Artes Música: Canal
Ensino Fundamental Final Artes Teatro: Teatro como comunicação e produção coletiva
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Experimentar diversas entonações para um texto
  • Conhecer as sonoridades de diversas línguas
  • Criar um banco de palavras e frases em uma língua inventada
  • Compor melodias a partir do mesmo trecho de texto dado
Duração das atividades
1 aula de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Conhecimento musical informal
Estratégias e recursos da aula

         Caro(a) professor(a), nesta série de aulas abordaremos alguns dos aspectos pedagógicos envolvidos no processo coletivo de criação de canções em sala de aula. Por meio de recursos simples de autoconhecimento da voz e da comunicação cotidiana, é possível introduzir na prática musical dos alunos a criação de suas próprias canções.                   

         Da mesma maneira como a criança se permite riscar o papel em suas primeiras ‘garatujas’ e desenhos, acreditamos ser possível incentivar jovens e crianças a produzir e a organizar seus próprios sons cantados. Muitas vezes a cobrança por um ‘resultado’ prático, ‘bonito’ e condizente com os padrões identificados nos meios de comunicação, sabota um processo de descoberta do som, de possibilidade do erro, do esboço e do ‘brincar’. Compreendemos a canção como ‘brinquedo’, como uma estrutura com a qual desde cedo estamos acostumados, mas que pode ser desmontada, reinventada, experimentada. O percurso de descoberta é salutar para o desenvolvimento cognitivo e expressivo.                    

         Conceitualmente, propomos uma perspectiva de música contemporânea na abordagem da canção popular. Historicamente, a entrada dos compositores contemporâneos, como Schafer e Koellreutter, no campo da educação musical, contribuiu para uma ampliação do conceito de música ao considerar que qualquer som pode ser organizado com intencionalidade musical. No entanto, no Brasil, esta abertura de pensamento, em geral, não faz parte do cotidiano musical do público não especializado que, na maioria das vezes, relaciona-se com música por meio da canção popular através de uma cultura de tradição oral e midiática, por exemplo: Tv aberta, rádios populares e comunitárias, internet etc. Para esta grande audiência, a canção é um dado, um objeto pronto, acabado, figurativo e dotado de padrões, ou seja, tudo aquilo que não se enquadra, não é ou não tem semelhança com o que é considerado tradicionalmente como música.         

         Esta série de aulas tem por finalidade contribuir para uma compreensão crítica sobre as maneiras como a criança e o jovem de hoje se relacionam com música. Acreditamos que com isso podemos estimular uma relação com música para além da reprodução de um repertório já conhecido. Com este intuito, sugerimos que seja incentivado nas aulas de música o aproveitamento do conhecimento musical informal por meio de discussão, análise e transformação deste material. Sem desconsiderar as especificidades técnicas e estéticas do fazer musical, a criação coletiva de canções, quando abordada em uma perspectiva crítica, é um instrumento provocador de insights e ‘leituras de mundo’.         

         Afinal, como são compostas canções de funk, pagode, rap, bossa nova, mpb, pop, rock e outros gêneros populares? Como é possível compor um verso, um refrão, como o que ouvimos comumente em nossos ipods (mp3 player)? O que envolve este tipo de criação? Que características melódicas, rítmicas, poéticas, harmônicas e interpretativas, encontramos em cada estilo? Qualquer pessoa pode compor uma canção ou é algo destinado apenas a alguns poucos talentos iluminados? Qual o sentido de compor uma canção hoje? É relevante? O que pode expressar? É possível compor uma canção mesmo com pouco conhecimento técnico e recursos limitados?                   

         Nesta série de aulas propomos problematizar aspectos como estes e desafiar o professor a levantar outros tópicos para discussão com seus alunos. Ao esboçar respostas através de uma atividade prática de criação de canções, sugerimos aos educadores que reflitam sobre a necessidade constante de busca por uma ação musical significativa construída junto aos seus alunos.                   

         Para uma pesquisa inicial sobre canção e sua história, vide links 1, 2 e 3 em Recursos Complementares.       

  • Canção
  • O século da canção   
  • História Social da Música Popular Brasileira

   

         Sobre práticas de criação em música, vide links 4 e 5 em Recursos Complementares

  • Música na Educação Infantil
  • Koellreutter Educador

Atividade 1 - Texto e Melodia

          Divida a turma em duplas, de modo que um aluno se sente de frente para o outro. Entregue a cópia da poesia de Paulo Leminski: http://pt.wikiquote.org/wiki/Paulo_Leminski  

         "Nunca cometo o mesmo erro

          duas vezes

          Já cometo duas três

          quatro cinco seis

          Até esse erro aprender

          Que só o erro tem vez"

  1. Peça que cada dupla se divida em A e B.
  2. Proponha que durante 5 minutos o A fale o texto para o B, das mais variadas maneiras.
  3. Transcorrido o tempo, inverta. Agora o B falará o texto para o A.
  4. Discuta com os alunos a experiência observando aspectos melódicos das falas.

Atividade 2 - Língua

          Apresente alguns dos trechos de áudios de falas em diversas línguas, sugeridos abaixo:

         Russo: http://www.audio-lingua.eu/spip.php?rubrique7 

         Francês: http://www.audio-lingua.eu/spip.php?rubrique1 

         Alemão: http://www.audio-lingua.eu/spip.php?rubrique3 

         Português: http://www.audio-lingua.eu/spip.php?rubrique8 

         Espanhol: http://www.audio-lingua.eu/spip.php?rubrique4 

         Inglês: http://www.audio-lingua.eu/spip.php?rubrique2 

         Italiano: http://www.audio-lingua.eu/spip.php?rubrique6  

             

          Proponha aos alunos que imitem o caráter melódico de cada trecho. Reforce que mesmo com as variações possíveis em cada língua, em geral, estas apresentam intrinsecamente variações adquiridas culturalmente: sotaque, entonação e volume. Peça que deem exemplos inspirados na diversidade brasileira: sotaques nordestinos, carioca, paulista, mineiro, sulista etc.   

Atividade 3 - Criação e Experimentação

  1. Divida os alunos em grupos de cerca de 3 ou 4 e estimule-os a inventar palavras em uma língua desconhecida.
  2. Peça que montem um banco de palavras com esta língua inventada e construam frases.

         Obs.: Para a construção de um banco de palavras, veja a Atividade 2 da aula:          

         Conceitos de Música – cultura e significado - aula 4         

                 http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19050       

         3. Dê um tempo para que os alunos possam criar melodias para estas palavras, organizando e ensaiando uma composição.

         4. Proponha que cada grupo apresente sua composição e o seu vocabulário de palavras inventadas.

 

Recursos Complementares
Avaliação

Ao final da atividade, observe se os alunos atingiram os objetivos propostos. Avalie:                 

         1. Conseguiram experimentar diversas entonações para um texto?       

         2. Identificaram as sonoridades de diversas línguas?            

         3. Elaboraram canções com intenção de associar às situações propostas?       

         4. Criaram um banco de palavras e frases em uma língua inventada? 

         5. Compuseram melodias a partir do texto e da língua criados?

         6. Conseguiram discutir em conjunto a composição e tomar decisões em grupo?  

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