Nessa aula, os alunos poderão identificar as diferentes fases da pré-história a partir de mudanças materiais e reconhecer as transformações biológicas nos seres humanos e suas adaptações culturais. Dessa forma, os educandos estarão aptos a situar a forma de organização social da humanidade durante o período determinado como pré-história.

O aluno deve conhecer as relações de tempo cronológico e tempo histórico.

Para falar sobre a Pré-história, o professor deverá apresentar a charge abaixo e propor os seguintes questionamentos a turma:

1. Qual a atividade os dois personagens estão executando?
2. Como estão vestidos os homens da imagem 1?
3. Os dois personagens são homens pré-históricos? Justifique com elementos da charge.
4. Com suas palavras, defina a crítica social feita pelo desenhista.

Imagem 1:

Disponível em: < http://prof-maurosergio.blogspot.com.br/2011/02/atividade-1a.html > Acesso em: 02/08/10 

O aluno deverá perceber que a charge satiriza a exclusão social,  o não acesso aos avanços tecnológicos. No desenho, ao mesmo tempo que existe desenvolvimento produtivo, representado pela chaminé das indústrias ao fundo, alguns ainda estão atrasados, "vivem na idade da pedra".

Depois da primeira reflexão, os alunos assitirão um trecho do desenho animado Os Flinstones.

Imagem 2:

Disponível em: <http://unidasvenceremos.pbworks.com/w/page/14689988/Flintstones> Acesso em: 02/08/10 

Sobre o trecho do desenho Os Flinstones

Desenho animado produzido pelo estúdio Hanna Barbera nos anos 1960 sobre uma família que vive na pré-história. Repleto de anacronismos, o desenho mescla períodos históricos e brinca com a modernidade.

Palavras-chave: pré-história, relações culturais, anacronismos, modernidade.

Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=17192>  Acesso em: 12/08/10

O desenho de Hanna Barbera apresenta como principal tema o anacronismo. A animação gira em torno de uma família que vive na pré-história, mas tem acesso a modernidades da vida contemporânea. Produzida nos anos 1960, os Flinstones brinca com o "american way of life" numa perspectiva impossível: consumir na Idade da Pedra. Assim, nos interrogamos: a pré-história significa atraso? Como devemos encarar a tecnologia?

ATIVIDADE 1:

Os alunos deverão realizar um debate sobre o tema tecnologia e seus usos no mundo contemporâneo. O debate deverá ser registrado por um redator ou pelo próprio professor. Para falar sobre esses assuntos, os alunos poderão utilizar como exemplo a imagem 1 e o trecho do desenho de Hanna Barbera.Cada aluno poderá expor suas opiniões livremente ou o professor poderá organizar a discussão em equipes. Os resultados serão exibidos em forma de cartazes ou num flyer elaborado com o software scribus.

Sobre o scribus:

O scribus é um aplicativo de Desktop Publishing de código aberto. Ele permite diagramações bastante sofisticadas, ideal para documentos bastante elaborados, com fotos, gráficos, diagramas, etc. Suporta formatos de saída do tipo pdf, ps, png, jpg, svg, entre outros.

Disponível para download: http://www.baixaki.com.br/download/scribus.htm       

O professor de Sociologia pode se envolver a fim de discutir as teorias sobre indústria cultural e alienação sob a perspectiva de Theodor Adorno, Max Horkheimer e Walter Benjamin.

Imagem 3:

Disponível em: <http://professorbruno.webnode.com.br/pre-historia/> Acesso em: 02/08/10 

A fim de aproximar os alunos dos conteúdos relativos aos períodos da pré-história, o professor apresentará o esquema da evolução humana de acordo com a teoria evolucionista de Charles Darwin. Essa análise virá de encontro com o debate sobre tecnologia, na medida que as alterações cranianas dos hominídeos são ilustradas por ancestrais humanos utilizando um certo tipo de ferramenta. Essa progressiva melhora de tecnologia favorecerá a compreensão do aluno que tecnologia não faz referencia apenas ao mundo contemporâneo, e os conceitos de modernidade e progresso são sempre relativos.

ATIVIDADE 2:

Depois de realizadas as observações sobre evolução e tecnologia, os alunos assistirão o trecho de Navegantes: pré-história.

Navegantes: pré-história

Disponível em:  http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=9113 Acesso em: 02/08/10 

Isso feitos, os alunos formarão pequenos grupos para realizar uma pesquisa sobre os períodos da pré-história e suas características.Caso a escola possua laboratório de informática, os alunos poderão realizar sua pesquisa a partir da webquest criada por uma equipe de educadores do CAIC  Professor Mariano Costa

Disponível em: http://descobrindoaprehistoria.vilabol.uol.com.br/principal.htm    Acesso em: 18/08/10 

Sobre a webquest:

De acordo com Gilian Barros "WebQuest é uma metodologia que direciona o trabalho de pesquisa utilizando os recursos da Internet.Metodologia, estudada, desenvolvida e disponibilizada por Bernie Dodge, EducationalTechnology, San Diego State Universit em 1995, e disseminada no Brasil por Jarbas NovelinoBarato, são produzidas para disponibilização na Internet e podem ser editadas em programas como:Front Page, NVU, Dreamweaver, Mozilla Composer".

Disponível em: http://www.gilian.escolabr.com/textos/webquest_giliancris.pdf      Acesso em: 18/08/10.  

A pesquisa poderá ser feita ainda com o auxílio de livros e seus resultados deverão estar expostos em forma de cartazes  fixados na sala-de-aula, ou editados como vídeos digitalmente com o auxílio do movie maker ou kino.

Sobre o movie maker:

O Windows Movie Maker é um software de edição de vídeos da Microsoft. Atualmente faz parte do conjunto de aplicativos Windows Live, chamado de Windows Live Movie Maker (apenas disponível para Windows Vista e 7).

Disponível para download: http://www.baixaki.com.br/download/windows-live-movie-maker.htm       

Sobre o kino:  O kino é um programa livre para edição de vídeo não-linear voltado para captura de vídeo via placa IEEE-1394 (também conhecida como FireWire ou i.Link), manipulação básica, reprodução e exportação de arquivos de vídeo e áudio em vários formatos: Raw DV, DV AVI, still frames, WAV, MP3, Ogg Vorbis, MPEG, DivX, entre outros. Considerado um programa estável, a simplicidade deste software é sua principal característica.

Disponível para download: http://www.baixaki.com.br/download/kino.htm     

O apelo visual deverá ser estimulado, inclusive para promover a interdisciplinaridade com as técnicas de artes. Para os alunos menos habilidosos artisticamente, os pŕoprios colegas podem optar por uma divisão de tarefas interna ao grupo a fim de  promover o trabalho colaborativo e priorizar o coletivo.

ATIVIDADE 3:

Para refletir sobre as mudanças biológicas da humanidade e sobre a noção de ciência, o professor deverá retomar a noção de tecnologia. Como sugestão, o professor pode passar o trecho inicial do filme de Stanley Kubrick 2001: uma Odisséia no espaço. O trecho deve ser interpretado como uma obra de ficção científca, no entanto, as intenções do diretor em utilizar uma canção para conduzir a narrativa e o choque do espectador com um hominídeo semelhante a um gorila deverá suscitar um questionamento sobre o embate entre a teoria evolucionista e criacionista. Como forma de estimlar as discussões, os professor exibirá a imagem 4:

Cena do filme 2001: uma Odisséia no espaço do diretor Stanley Kubrick de 1968.

Disponível em: http://cinerosebudd.wordpress.com/2008/07/19/2001-uma-odisseia-no-espaco-2/  

Acesso em: 10/08/10  

Sobre o trecho do filme

As imagens iniciais do filme  de Stanley Kubrick nos colocam diante de animais com os quais dificilmente nos identificaríamos. Se parecem muito mais com os gorilas atuais do que com os seres humanos. Provavelmente a intenção do cineasta fosse causar um certo desgosto, um desconforto e uma sensação de estranheza nos espectadores. Em determinados casos inclusive, gerar uma dúvida tão grande que levasse um grande número de pessoas a ignorar o fato de que aqueles animais pudessem ser verdadeiramente identificados como parentes do Homo Sapiens. O que podemos observar, a princípio, é que esses hominídeos caminhavam apoiando-se sobre os quatro membros, tinham o corpo coberto por uma pelugem considerável e possuíam um maxilar protuberante.

Palavras-chave: relações culturais, ficção científica, hominídeos, pré-história, sociabilidade.

Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=17191> Acesso em: 02/08/10 

Imagem 4:

Disponível em: <http://blog.educacional.com.br/fforcato/page/5/>  Acesso em: 02/08/10 

Interdisciplinaridade com Ciências e/ou Biologia

 Mistérios da Ciência: a teoria de Darwin. Programa dividido em cinco partes, exibido pela National Geographic sobre a Teoria da Evolução de Charles Darwin. A exibição desse documentário por parte do professor de Ciências ou Biologia pode aproximar as temáticas trabalhadas com o tema relativo a teoria evolucionista.

Palavras-chave: Teoria da Evolução, Charles Darwin, seleção natural, espécies, biodiversidade.

Parte I: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=12671

Parte II: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=12672

Parte III: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=12673

Parte IV: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=12674

Parte V: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=12675

O professor deverá apresentar e discutir com a turma os critérios de avaliação. Cada conceito deve ser explicitado e aprovado pelo grupo de alunos. Durante a realização das atividades, o professor deverá despertar o interesse dos alunos pelo tema, apontando as possibilidades de interpretação, auxiliar o alunos a transpor suas dificuldades e ressalatar suas qualidades, motivando-o durante o processo de ensino aprendizagem.

Para auxiliar na avaliação sugerimos alguns critérios:  

1. participação coerente nas reflexões da discussão inicial;
2. realização das atividades;
3. produção e pertinência das respostas apontadas nas discussões;
4. participação individual e coletiva dos alunos no desenvolvimento do contexto geral da aula. 

Referências Bibliográficas:

BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. UNESP: São Paulo, 2001.

CARDOSO, Ciro F. & VAINFAS, Ronaldo. Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia.Campus: Rio de Janeiro, 1997.

CASTRO, Celso (org.) Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Jorge Zahar Editor: Rio de Janeiro, 2005.

DARWIN, Charles. Origem das espécies. Itatiaia: Rio de Janeiro, 2002.

GUGLIELMO, Antonio R. A pré-historia: uma abordagem ecológica.  Brasiliense: São Paulo,  1991.

RODRIGUES, Rosicler M. O Homem na Pré-história - Coleção Desafios. Moderna: São Paulo, 2003.

PISNKY, Carla B. (org.) Novos temas nas aulas de história. Contexto: São Paulo, 2009.

NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema da sala de aula. Contexto: São Paulo, 2002.