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A leitura e a escrita de carta como recurso na aprendizagem.

 

07/10/2010

Autor e Coautor(es)
DENIZE DONIZETE CAMPOS RIZZOTTO
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Ana Maria Ferola da Silva Nunes, Eliana Aparecida Carleto, Luciana Soares Muniz, Mariane Éllen da Silva

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de produção de textos
Ensino Fundamental Inicial Ética Diálogo
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua oral: valores, normas e atitudes
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Ensino Fundamental Inicial Ética Justiça
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: gêneros discursivos
Ensino Fundamental Inicial Ética Solidariedade
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Reconhecer o gênero carta.
  • Desenvolver o senso crítico e a responsabilidade com o outro.
  • Elaborar uma carta pessoal/ coletiva.
  • Desenvolver a oralidade e a capacidade de discussão em grupo para deliberação de decisões.
  • Repensar os valores humanos importantes na educação de uma criança.
  • Definir regras de como cuidar coletivamente de uma criança.
Duração das atividades
Aproximadamente 240 minutos - 4 atividades de 60 minutos cada uma.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Professor, é importante que os alunos já escrevam de forma autônoma; que produzam pequenos textos, mas se tiver em sua turma alunos que ainda estão na fase alfabética ou silábica da escrita, utilize esta atividade para desafiá-los em suas hipóteses. Faça uma sondagem sobre as hipóteses que eles têm sobre “cartas” e se percebem a sua função social.

Estratégias e recursos da aula
  • Leitura e elaboração de cartas.         
  • Debate e produção escrita em grupo.        
  • Leitura e interpretação de texto informativo.
  • Discussão e elaboração coletiva.

Recursos materiais que serão  utilizados nas atividades:

  • ·         Cartas
  • ·         Livro do ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente)
  • ·         Caderno de relatório

1ª Atividade: aproximadamente uma aula de 60 minutos.

Professor, vamos utilizar ADOÇÃO como tema transversal, assim poderemos trabalhar com um gênero textual muito utilizado e de grande relevância social, que é carta, bem como os valores humanos: solidariedade, cuidar do outro, respeito e justiça social, que são valores que estão presentes no ECA. Inicie a aula organizando a turma em uma roda de conversa e coloque a seguinte situação: você leu em uma notícia na internet e também no jornal, que grande número de crianças vive em abrigos a espera de adoção, pergunte-lhes se sabem o que é adoção e quando é que uma criança precisa ser adotada. Informe-os sobre onde costumam ficar estas crianças até serem adotadas.

Disponibilize o texto abaixo para leitura a fim de instigá-los sobre o tema.

Adoção - Toda Criança tem direito a uma família

Uma família é tudo o que elas sonham
Publicado no Dia 24/05/2008 – Jornal Correio da Tarde (Correio Natal) - Allan Darlyson e Katarina das Vitórias

O sonho de ter uma família faz parte da vida de dezenas de crianças que esperam a adoção em orfanatos e abrigos do Rio grande do Norte. O preconceito de alguns postulantes a pais adotivos com relação às maiores de dois anos atrapalha o sistema previsto pela lei. Mas uma criança do orfanato Lírio do Vale, em Macaíba, com quatro anos de idade, mostrou que essa história pode ser revertida. Juninho, como é conhecido o menino José Marcondes Junior, chegou ao orfanato aos três anos, com muitos ferimentos, vestígios de maus tratos e risco de morte. Ele foi levado ao abrigo depois de ser espancado pelos pais, que, drogados, segundo o conselho tutelar de Macaíba, não tinham as menores condições de educar o filho. O pastor e diretor do Lírio do Vale, Francisco de Assis Pereira Moura, há três anos à frente da instituição, contou que apesar de não ser recém-nascido, Juninho foi disputado por três famílias brasileiras e uma portuguesa, às quais querem tê-lo como filho. "A família portuguesa é a mais interessada nele, duas brasileiras já desistiram em favor dela. Agora o casal de Portugal aguarda a desistência de mais uma para ficar com a criança", contou o pastor. A crianças aguardam o resultado do processo judicial, mas já tem a garantia de que ganharão uma nova família em breve.

O sonho frustrado 

Em muitos casos, no entanto, as crianças dos orfanatos não têm a mesma sorte que Juninho. É a situação da estudante Jucileide Almeida de Lima, 19 anos, que chegou ao orfanato com sete e não conseguiu uma família fora do abrigo. Ela, atualmente, trabalha como voluntária na instituição em que cresceu, até que possa seguir em frente por meios próprios. O diretor do orfanato disse que, de acordo com a lei, a instituição só deve manter os internos até os 18 anos, mas continua o trabalho realizado na criação desses novos adultos. "Depois da maioridade, os que vivem aqui ficam como voluntários. Trabalham na criação das outras crianças. Nosso propósito é que essas crianças, encontrem, acima de tudo, felicidade", declarou.

O sorriso das crianças

Os abrigos acolhem crianças e adolescentes que passavam por situações difíceis fora dele, como espancamento, maus tratos, fome. De acordo com o diretor do Orfanato Lírio do Vale, às vezes os próprios internos não querem sair do local quando conseguem uma nova família, com medo do que possa acontecer lá fora. As meninas Elizabete, Rafaela, Maria e Rebeca, com uma média de quatro anos, já passaram por esse tipo de experiência, mas apesar de pequenas já mostram grande esperança em um futuro com uma nova família. O internos mais novo é Pedro, 2 anos, que chegou em um estado desconfortável. O menino nasceu na comunidade de Capoeira, em Macaíba, e devido à pobreza e total falta de condições de manter uma criança, o conselho tutelar entregou a criança para adoção. Pedro tem mais nove irmãos na mesma situação, mas que permanecem com a família.

Fonte: http://www.orfanatoliriodovale.com.br/m_adocao.php - acessado em 11/08/2010    

Professor, depois de ler e discutir com os alunos sobre o tema questione-os sobre a possibilidade de conhecerem um abrigo ou orfanato de sua cidade. Para isso direcione o debate sobre qual seria a melhor forma de comunicar com esta instituição. Conduza o diálogo de forma que percebam que a CARTA, é a melhor forma de entrar em contato, pois ela possibilita que possamos explicar o objetivo de nossa visita, falar do nosso trabalho na escola, sugerir dia e horário.

- Se possível entre em contato com algum abrigo ou orfanato de sua cidade e descubra o endereço e a pessoa responsável para que os alunos possam escrever uma carta solicitando uma visita. Se você mora em uma cidade pequena que não possui abrigo ou orfanato, que tal escrever para alguma instituição de outra cidade para saber se tem crianças maiores que podem corresponder com os seus alunos? Esta também seria uma excelente possibilidade, com certeza também vai ajudar seus alunos e aquelas que estão nos abrigos. Mas, é importante que você leia as correspondências antes de repassá-las para a turma, a fim de evitar questões que podem causar constrangimentos, pois em se tratando de sentimentos é fundamental sabermos os nossos limites.

- Outra possibilidade é você entrar em contato com a VARA DA INFÂNCIA DE SUA CIDADE, e saber se algum profissional que lida com adoção pode vir até a sua escola para falar sobre o tema, para isso utilize a mesma estratégia: solicitação por carta. Professor, veja a seguir um artigo da Folha de São Paulo que também trata da adoção, é mais um texto que você poderá utilizar para falar da adoção, mas este vai além, pois possibilita o debate sobre etnias,  para o qual é necessário estar bem preparado para que possa conduzir a discussão.   

- Professor, veja a seguir um artigo da Folha de São Paulo que também trata da adoção, é mais um texto que você poderá utilizar para falar da adoção, mas este vai além, pois possibilita o debate sobre preconceito,  para o qual é necessário estar bem preparado para que possa conduzir a discussão.

Cai exigência por adoção de crianças brancas no Brasil

08/08/2010 - 13h47 Fonte: JB Online

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, em 2008, 70% dos 13 mil pretendentes só aceitavam filhos brancos, contra 38% dos 28 mil que estão na fila da adoção neste ano.

 - Dados do Cadastro Nacional de Adoção apontam que caiu quase pela metade a exigência por crianças brancas na hora da adoção. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, em 2008, 70% dos 13 mil pretendentes só aceitavam filhos brancos, contra 38% dos 28 mil que estão na fila da adoção neste ano. Outros 29,6% são indiferentes à cor da criança, enquanto 1,93% aceitam apenas crianças negras. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é responsável pelo cadastro, 65% das crianças para adoção são negras, pardas, indígenas ou asiáticas.

Fonte: http://www.votebrasil.com/noticia/brasil-mundo/cai-exigencia-por-adocao-de-criancas-brancas-no-brasil -acessado em 10/08/2010    

TRABALHANDO COM CARTAS

Professor, trabalhe a estrutura do gênero carta pessoal.

Oriente os alunos sobre a estrutura da carta, se achar melhor faça uma coletivamente organizando-a corretamente, dentro da estrutura do gênero e respeitando as regras de pontuação e concordância. ·       

  •   Local e data;         
  •  Cumprimento / a quem se destina a carta (destinatário);
  •  Motivos que os levaram a escrever;
  •  Desenvolvimento do assunto;
  •  Despedida / agradecimentos;
  •  Quem enviou a carta (remetente);

 Se preferir solicite que cada aluno escreva uma carta e depois você faça uma seleção, votação ou sorteio para escolher qual será a carta que vai ser enviada;   

Fonte: http://www.junior.te.pt/Final/Escolinha/6ano/lingua_portuguesa/escrever_carta2_apr.gif    

2ª Atividade: aproximadamente uma aula de 60 minutos.   

Professor, depois de escrever a carta e endereçá-la para o abrigo ou orfanato é hora de explorar o tema, que tal aproveitar e trabalhar com o ECA, pois ele é um excelente recurso para informar para as crianças sobre seus direitos e  deveres.   Educar uma criança, esta é a questão: Professor, proponha aos alunos fazerem um levantamento dos valores humanos importantes na educação de uma criança. Relacione no quadro as opiniões dos alunos e solicite que se reúnam em grupos e elaborem um termo de compromisso colocando todos os valores que consideram importantes e apresente para sala.   É hora de se informar:   Explique aos alunos que no  ECA, existem critérios que falam sobre a adoção . Apresente o livro e explique que ele possui vários textos informativos, que nos orientam quanto aos direitos e deveres das crianças e dos adolescentes. Leia a subseção IV da adoção/Estatuto da Criança e do Adolescente: Art. 41 – “A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com os pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.” Explique com suas palavras que a lei determina que uma vez adotada, a criança terá os mesmos direitos dos filhos naturais (nascidos do pai e da mãe daquela família) e perde a ligação (vínculo) com os pais que o abandonaram. Proponha a atividade a seguir:

Fonte da imagem: HTTP://blog.acessasp.sp.gov.br/media/25/20070223-eca-criancas-hqs400.jpg    

Explorando o texto:

 1)      No texto do  ECA tem a expressão “inclusive sucessórios”, ela significa:

(   ) inclusive os direitos iguais

(   ) inclusive os direitos adiquiridos depois

(   ) inclusive os mesmos direitos  

 3)      Qual a finalidade do art. 41 do ECA?

(    ) Informar que quem adota pode se casar

(    ) Informar  que a adoção é para desligar o vínculo com os pais naturais

(    ) Informar os direitos da criança adotada.  

 4)      Dê sua opinião sobre a  importância de conhecer  o art. 41. do ECA.   

3ª Atividade: aproximadamente uma aula de 60 minutos.   

Professor, acesse o portal do professor e desenvolva esta atividade. Vale a pena ver e aplicar. (recursos educacionais)   

Casos de amor   

Ficha Técnica Estrutura curricular Ensino Fundamental: Séries Iniciais | Língua Portuguesa | Língua oral: valores, normas e atitudes

Objetivo Despertar nas crianças o interesse em construir suas próprias histórias de vida, bem como compreender a importância da união familiar. Descrição Conto infantil elaborado artesanalmente por crianças do Movimento Comunitário Estrela Nova, de São Paulo, que narra a história de amor de um jovem casal, o qual vivencia em seu casamento vários valores familiares, como união, superações e cumplicidade   

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/recursos.html  

 

4ª Atividade: aproximadamente uma aula de 60 minutos.   

Professor, depois deste trabalho os alunos estão prontos para a segunda etapa:

O TRABALHO DE CAMPO SISTEMATIZADO.

Depois de obter a resposta do orfanato ou abrigo, planeje com a turma:

  1. O objetivo da visita;
  2. O dia e o horário;
  3. O meio de transporte que será utilizado;
  4. O que deve ser levado;
  5. O que será realizado no local: entrevista, observação ou outra metodologia;
  6. Algumas normas de conduta coletiva;
  7. Solicitação para os pais pedindo a autorização para irem até a instituição, com a assinatura deles.  

INTERCÂMBIO COM UM ORFANATO OU ABRIGO DE OUTRA CIDADE.

Professor, se em sua cidade não houver possibilidade de visitar um abrigo ou orfanato, busque alguns endereços de instituições e envie uma carta solicitando a possibilidade de seus alunos trocarem cartas com as crianças que já estão alfabetizadas e ainda moram no abrigo.

Faça uma caixinha de correio e deixe-a na sala de aula, ou então leve para sala de aula quando chegarem as cartas.

Proponha que as cartas sejam lidas para os colegas, pois nem todos receberão,  isto vai depender do número de crianças que tenha no abrigo e que já dominam a leitura e a escrita.   

CAMPANHA PARA ADOÇÃO.

Esta é outra possibilidade, ou seja, podemos ter vários desdobramentos sobre este tema.

Proponha que os alunos façam uma campanha de conscientização, informando sobre a importância da adoção e do direito de “toda criança ter uma família”, o que está previsto em lei.

Proponha ainda, que escrevam cartas para o poder público: vereadores, prefeito, e outros, cobrando ações que possam ajudar estas crianças.

Escreva junto com os alunos uma carta aos pais dizendo a respeito do que viram ou aprenderam sobre “adoção” e pedindo que todos se mobilizem em prol destas crianças.   

Recursos Complementares
Avaliação

Professor, durante a elaboração da carta observe se os alunos compreenderam a estrutura do gênero carta e sua função comunicativa.

Durante o trabalho de grupo observe os valores humanos que consideram importantes e aproveite para fazer um levantamento das dificuldades dos alunos no registro escrito, para fazer futuras intervenções. Verifique durante as discussões se eles apresentam uma visão critica sobre o tema.

O registro escrito das atividades, é um feedback  para observar a compreensão do texto informativo trabalhado e das discussões sobre o tema.

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