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Introdução à Biologia e Morfo-anatomia Vegetal - Ensino Especial - Deficientes Visuais

 

21/06/2012

Autor e Coautor(es)
Wania Aparecida Christinelli
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SAO CARLOS - SP Universidade Federal de São Carlos

Antonio Rogério Bernardo, Karina Omuro Lupetti, André Farias de Moura

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Biologia Identidade dos seres vivos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Introduzir conceitos básicos sobre a morfologia das plantas (sementes, flores, frutos e folhas) e a fotossíntese. Mostrar a adaptação nas diferentes estruturas e caracterizar os tipos de células nas folhas.

Conteúdo:
- Introdução a biologia;
- Ciclo de vida dos seres vivos;
- Reprodução em angiosperma;
- Morfologia dos vegetais superiores;
- Anatomia dos vegetais;
- Sistema de condução de seiva.

Duração das atividades
50 min
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Para introduzir as vivências, é explorada a definição de Biologia, suas diversas áreas de estudo e importância, estabelecendo o primeiro contato com o grupo.

Estratégias e recursos da aula

Como o entendimento da morfologia é mais complexo para uma pessoa com deficiência visual, uma vez que esse depende da visualização de esquemas, utiliza-se o método de comparação com os animais, em especial os seres humanos.

Inicialmente o estudo tem por finalidade discutir as formas de reprodução da planta. Posteriormente, é discutido a germinação e morfologia das folhas, onde os alunos podem apreciar a adaptação existente em cada tipo de folha para cada tipo de ambiente.

1. Reprodução nas plantas.

- Objetivo: Observar as estruturas responsáveis pela reprodução na flor através do tato.

- Material utilizado: Flor Lirio (Lilium sp.)

- Metodologia e aplicação: O lírio é uma flor que se pode notar tatilmente estruturas envolvidas na polinização e na fecundação da planta. Com auxilio do professor, as estruturas devem ser mostradas e relacionadas quanto a função e adaptação.

2. Germinação: 

- Objetivo: Observar estruturas das sementes germinadas.

- Materiais utilizados: Grãos de feijão, Copo descartável de 50 ml, Algodão e Água

- Procedimento de montagem: Pedir para que os alunos coloquem o algodão no copo descartável, o feijão e água. Esperar por uma semana. O professor pode montar o experimento uma semana antes, e outro no momento da aula. Para que os alunos possam observar de imediato qual é o resultado esperado para ao experimento.

- Aplicação: Verificar quais os nutrientes básicos para sobrevivência de uma planta, questionar o motivo do feijão germinar com a água e não dentro do pacote, por exemplo. Ao observar o crescimento da planta, identificar o que ocorreu com o feijão, mostrar os cotilédones, e quais foram os primeiros passos para o surgimento de raízes da planta. Explorar a busca por luminosidade, deixando a planta privada de luz.

3. Morfologia da Folha:

- Objetivos: Explorar os diferentes tamanhos, texturas e formatos das folhas. Observar a presença de tricomas e cerosas na epiderme foliar.

- Materiais utilizados Os materiais podem ser colhidos em árvores, arbustos, pastagens, desde que seja possível observar todas as diferenças.

- Metodologia e aplicação: Os alunos devem tocar e observar as diferenças da folhas, principalmente com relação ao formato, tamanho e textura. O professor pode complementar questões ligações a adaptação da planta pela sua característica foliar.  Em especial, a função dos tricomas (pêlos) e cerosas.

Ao término dessas comparações, é apresentado aos estudantes um modelo contendo a anatomia básica da folha.

4. Anatomia Básica da Folha:

- Objetivos: Explorar a disposição celular nas folhas, e outras estruturas como tricomas através de estrutura tátil/visual. Uma placa de isopor com bexigas aderidas representa os tricomas, a epiderme superior, o parênquima e estômatos na epiderme inferior. No mesmo modelo, as células envolvidas na fotossíntese podem ser abordadas. Neste modelo, também é citado o meio de distribuição de fluidos na planta: floema e xilema, possibilitando sempre um debate ou questionamento por parte dos alunos para possibilitar maior compreensão.

- Materiais Utilizados: 1 placa de isopor 28 cm x 44 cm, Balões canudo para modelagem de 3 cores distintas (encher cerca de 15 cm), Fita adesiva transparente, Bombinha para encher bexiga, 4 pelos ou cerdas (de vassoura) de aproximadamente 20 cm.

- Procedimento de Montagem do modelo: Encher 3 balões de determinada cor, e colocar enfileiradas horizontalmente com a ajuda da fita adesiva transparente na extremidade maior (extremidade superior) do isopor. Fazer o mesmo com a outra extremidade com outra cor de balão, contudo, o balão que ficará no meio, deverá ser formado por dois balões um sobre o outro, formando um estômato (extremidade inferior). Posteriormente deverão ser colocadas mais 5 ou 6 balões de outra cor pareados verticalmente. Entre os balões da extremidade superior, colocar as cerdas de vassoura perpendiculares ao isopor (de pé no isopor). 2.3.4 Aplicação Os balões da extremidade superior representam a epiderme superior da folha, que contém os tricomas (cerdas da vassoura) ou cerosas.

- Aplicação: Os balões da extremidade inferior, a epiderme inferior da folha, com a presença dos estômatos. Os balões que passam entre a epiderme, representam o parênquima foliar, células pigmentadas que participam da fotossíntese. Pedir para que os alunos toquem nas células para sentir as diferenças no qual se enquadram na folha. A cerda pode servir de parâmetro para mensurar a escala.

5. Questionário:

Ao final da vivência é feito um resumo de todo o conteúdo da aula e um questionário sobre as sensações da aula, as necessidades de mudança, o assunto mais interessante e as maiores dificuldades de compreensão.

Recursos Complementares

Para download da aula em pdf acesse o site: http://www.ufscar.br/ouroboros/cienciainclusao.html

Avaliação

De acordo com os objetivos apresentados na aula, propõe-se duas metodologias de avaliação: Metodologia observacional - Registro cursivo (durante as vivências) e entrevista semi-estruturada.

A observação sistemática, através do registro de comportamentos dos sujeitos envolvidos na situação, possibilita que o pesquisador se aproxime de seu objeto de estudo, obtendo elementos necessários a uma compreensão geral da dinâmica e interação entre alunos, no momento em que ocorre a vivência. A técnica de observação a ser utilizada é o registro cursivo, ou seja, registra-se os comportamentos motores e verbais na seqüência em que ocorrem, apresentando, dessa forma uma imagem real dos fatos. São feitas anotações sobre os acontecimentos, comportamentos, gestos ou palavras, interação entre os participantes.

A entrevista semi estruturada, é composta por uma série de perguntas abertas, feitas verbalmente em uma ordem prevista, onde o entrevistador pode acrescentar perguntas de esclarecimento. Neste caso, podem ser elaboradas questões inerentes ao conjunto teoria-prática das aulas, focando o desenvolvimento dos recursos utilizados nas vivências e suas conexões, com possível ampliação e consolidação do entendimento sobre o assunto. As perguntas de entendimento das aulas são aplicadas ao término de cada aula, sendo, por exemplo,  as seguintes questões:

O que vocês mais gostaram da aula?

O que vocês acham que poderia ser melhorado?

Vocês sentiram alguma dificuldade durante a aula?

O que mais lhes chamou a atenção?

Existe alguma crítica que gostariam de fazer?

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