11/01/2011
BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO
Edna Maria Santana Magalhães
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Aspectos cognitivo-conceituais: mundo, objetos, seres, fatos, fenômenos e suas inter-relações |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: processos de construção de significação |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: léxico e redes semânticas |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Recursos linguísticos em uso: fonológicos, morfológicos, sintáticos e lexicais |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Análise linguística |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
É importante que os alunos apresentem as habilidades (mesmo que parcialmente) de interpretar os sentidos das palavras da língua a partir dos elementos que as compõem e de realizar pesquisas utilizando a Internet. Espera-se, também, que eles consigam expressar suas opiniões com clareza, através do discurso oral e escrito.
Primeira aula - 1h e 40 minutos - duas aulas geminadas.
Professor, inicie a aula conversando com os alunos sobre os processos de formação de palavras na língua portuguesa. Mas, ao invés de dar uma aula expositiva, lance perguntas a respeito do tema, levando-os a refletir sobre a gramática da língua. Aqui vai uma pergunta para introduzir o assunto:
Provavelmente, aperecerão diferentes respostas, referindo-se às letras, às sìlabas, aos sons... Porém, não há problema se eles não souberem responder. Caso isso aconteça, estimule-os com exemplos, tais como: conviver - reviver, tarde - entardecer, infeliz - infelizmente, trato - destrato - contrato, aguardente, peixe-boi, girassol, planalto...
Peça que eles tentem explicar oralmente como são formadas as palavras acima e outros exemplos sugeridos por eles. É importante que os alunos percebam a dinâmica da formação de palavras, através do acréscimo de afixos e da junção de diferentes radicais, assim como o sentido expresso por cada uma.
Retome com os alunos os conceitos de radical, sufixo, prefixo, derivação e composição, levando sempre em conta os conhecimentos prévios deles. Dê uma olhada nos links abaixo.
http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-formacao-de-palavras-i.htm - acesso em 04-11-10
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21069 - acesso em 04-11-10, aula sobre formação de palavras.
Em seguida, projete as imagens a seguir e peça que eles expliquem como são formadas e que sentido apresentam as palavras PRECONCEITO, CONVIVER E PÉ-DE-MOLEQUE.
http://wilsonhijes123.blogspot.com/2009/11/o-preconceito.html - acesso em 04-11-10
http://projetoconviver.blogspot.com/ - acesso em 04-11-10
http://www.madeinbrazil.gr/pe%20de%20moleque.jpg - acesso em 04-11-10
Distribua revistas e jornais para que os alunos, em pequenos grupos, identifiquem palavras derivadas e compostas e façam inferências sobre seus significados. Peça que cada grupo apresente suas conclusões e deixe que os demais comentem. Ao final da atividade, faça as considerações necessárias.
Essa atividade aguçará o olhar dos alunos para os processos de formação das palavras.
Segunda aula - 50 minutos
Reproduza para os alunos o texto abaixo e peça que respondam as questões que o seguem:
O texto a seguir, de autoria de Luís Fernando Veríssimo, é muito interessante, pois tangencia a questão da auto-estima dos brasileiros.
“A leitora Elza Marques Martins me escreve uma carta divertida estranhando que “brasileiro” seja o único adjetivo pátrio terminado em “eiro”, que, segundo ela, é um sufixo pouco nobre. Existem suecos, ingleses e brasileiros, como existem médicos, terapeutas e curandeiros. As profissões de lixeiro, coveiro e carcereiro podem ser respeitáveis, mas o “eiro” é sinal de que elas não têm status. É a diferença entre jornalista e jornaleiro, entre músico ou musicista e roqueiro, timbaleiro ou seresteiro. Há o importador e o muambeiro. “Se você começou como padeiro, açougueiro ou carvoeiro” — escreve Elza — “as chances são mínimas de acabar como advogado, empresário, grande investidor ou latifundiário, a não ser que se dê ao trabalho político antes”. Aliás, há políticos e politiqueiros. Continua Elza: “Eu nunca vou chegar a colunável ou socialite se comecei como faxineira ou copeira. Você pode ser católico, protestante, maometano, budista ou oportunista ou então macumbeiro.” Mas a leitora nota que o dono do banco é banqueiro, enquanto o funcionário é bancário, o que pode ser um julgamento inconsciente de caráter feito pela língua.
Elza — que por sinal se considerava uma harpeira até começar a tocar numa sinfônica e virar harpista — me sugere uma campanha nacional para passarmos a nos chamar de “brasilinos, brasileses, brasilenses, brasilianos, brasilitanos, brasilitas, brasileus, brasilotos ou brasilões”, o que aumentaria muito nossa auto-estima e nossas chances de chegar ao mundo maravilhoso dos americanos, belgas e monegascos.”
Luís Fernando Veríssimo. Jornal do Brasil, 7 de outubro de 1995
http://direitoeoutrasconversas.blogspot.com/2010/10/campanha-pelo-fim-do-sufixo-eiro-para.html - acesso em 04-11-10
Terminada a atividade, corrija oralmente as questões com os alunos e não perca a oportunidade de discutir com eles o preconceito presente na argumentação da leitora.
Em seguida, passe o vídeo abaixo para a turma, discuta os exemplos de diminutivos afetivos dados por Pasquale e solicite que os alunos construam frases com outros exemplos e os apresentem para a turma.
http://www.youtube.com/watch?v=85UbyRsaBPw&feature=related - acesso em 04-11-10 ( Programa nossa língua portuguesa sobre valores dos diminutivos).
Terceira aula - 1h e 40 min.
Nesta terceira aula, relembre com os alunos os processos de formação de palavras estudados no encontro anterior. Em seguida, faça as seguintes perguntas:
Os alunos, provavelmente, identificarão a presença de estrangeirismos na língua portuguesa e darão outros exemplos.
Depois dessa conversa inicial, leve-os para o laboratório de informática e peça que, em pequenos grupos, pesquisem sobre o uso de termos estrangeiros em língua portuguesa.
Sugira-lhes os links abaixo:
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/619409 - acesso em 04-11-10
http://www.soportugues.com.br/secoes/estrangeirismos/ - acesso em 04-11-10
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/temas/docs/estrangeirismosred - acesso em 04-11-10
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/redacao/estrangeirismo.php - acesso em 04-11-10
Caso não tenha acesso a um laboratório de informática, imprima os textos para serem trabalhados em sala e projete a imagem a seguir.
Exemplos de estrangeirismos já consagrados pelo uso:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estrangeirismos/index.php - acesso em 04-11-10
Os alunos deverão registrar em um documento do Word (ou por escrito) o conceito de estrangeirismo, exemplos e opiniões dos autores dos textos a respeito do uso de palavras estrangeiras na língua portuguesa.
Em seguida, proponha a produção de um texto argumentativo em que os grupos se posicionem sobre o uso de estrangeirismos pelos falantes do português.
Sobre a estrutura do texto argumentativo, visite com eles o endereço: http://www.pucrs.br/gpt/argumentativo.php - acesso em 04-11-10.
Ao final da atividade, cada grupo deverá apresentar para a turma seu texto, a fim de debater sobre o tema.
Estimule os alunos a comentarem os textos e os argumentos uns dos outros e sugira a reescrita a partir desses comentários.
As produções, após reescritas e corrigidas, poderão ser publicados no blog da turma, no jornal da escola ou expostas no mural da sala.
Quarta aula - 50 minutos
Leve os alunos para o laboratório de informática e solicite que eles pesquisem sobre as maiores palavras da Língua Portuguesa.
Sugira os links:
http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_287287.shtml - acesso em 04-11-10.
http://olimpiadadelinguaportuguesa.mec.gov.br/curiosidade/ver/4 - acesso em 04-11-10.
Em seguida, peça que eles apresentem as palavras encontradas e expliquem o significado de cada uma delas.
Nesta atividade é importante que os alunos percebam que as maiores palavras da Língua Portuguesa estão, em sua maioria, relacionadas às áreas de Ciências e Medicina (dão nomes a substâncias químicas, a doenças...)
Solicite, então, que os alunos pesquisem com os demais professores palavras grandes e/ou estranhas da língua portuguesa que fazem parte do repertório das outras disciplinas. Eles deverão anotar as palavras e o significado e levar para a próxima aula.
Caso não tenha acesso a um laboratório de informática, reproduza para a turma o texto abaixo.
Qual a maior palavra da língua portuguesa?
por Marina Motomura
Segura aí: é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico. Abaixo, você vai ver que o significado desse palavrão de 46 letras é simples. O vocábulo ganhou registro definitivo em 2001, quando apareceu no dicionário Houaiss e fez outras palavras enormes comerem poeira. Antes, o título pertencia ao advérbio "anticonstitucionalissimamente", que tem 29 letras e descreve algo que é feito contra a constituição. O vice era "oftalmotorrinolaringologista", com 28 letras, que se refere ao especialista nas doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta. O Houaiss é o campeão de palavras na língua portuguesa, com 228 500 verbetes. Ele não traz, por exemplo, palavras da química que têm dezenas de sílabas, usadas para definir compostos. Uma delas é tetrabromometacresolsulfonoftaleína, que tem 35 letras e indica um corante usado em reações. "Palavras como essa são muito específicas e só aparecem em glossários de terminologia química", diz o filólogo Mauro Villar, do Instituto Antônio Houaiss.
Olha o palavrão
Entenda cada parte desse vocábulo de 46 letras
Pnmeumoultramicroscópico
Pneumo - Pulmão
Ultra - Fora de
Microscópico - Muito pequeno
Silicovulcanoconiótico
Sílico - Vem de silício, um elemento químico presente no magma vulcânico
Vulcano - Vindo de um vulcão Coniótico - Vem de coniose, doença causada por inalação de pós em suspensão no ar
Tudo isso junto... Pessoa que sofre de uma doença pulmonar, a pneumoconiose, causada pela aspiração de cinzas vulcânicas!
http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_287287.shtml - acesso em 04-11-10
Quinta aula - 50 minutos
Solicite que os alunos apresentem as palavras pesquisadas com os outros professores, peça que expliquem o processo de formação e o significado de cada uma delas.
Proponha, então, a formação de um glossário com essas palavras e convide os alunos a jogarem forca com elas no quadro.
Jogo de forca:
http://www.acessa.com/cidade/arquivo/jfhoje/2003/09/26-estrangeirismo/ - acesso em 04-11-10, texto sobre uso de estrangeirismos.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20258 - aula sobre criação de blog.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23766 - aula sobre os aspectos semânticos e estilísticos do aumentativo e do diminutivo.
Professor/a,
Observe se os alunos alcançaram os objetivos propostos nesta aula, observando seu desempenho nas atividades escritas e nas discussões orais realizadas.
Pergunte-lhes o que aprenderam com esta aula e peça-lhes sugestões sobre as atividades propostas.
Cinco estrelas 2 classificações
Denuncie opiniões ou materiais indevidos!
15/07/2013
Cinco estrelasgostei muito da estrutura da aula , principalmente pelas opções sem laboratório, pois não se pode contar com a rede. tb achei bem diversificada !
09/02/2011
Cinco estrelasOlá, Caroline! Certamente serão aulas muito agradáveis que irei lecionar com essa ajuda! Irei adaptar a parte que sugere a busca de palavras em jornais acrescentando a produção de um mini-dicionário. Obrigada, Abraços.