20/02/2011
Terezinha de Jesus Oliveira Leão, Carla Cristina Moreira Lopes
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
# Desenvolver o gosto pela leitura
# Produzir textos escritos
# Diferenciar textos de hipertextos
# Criar hipertextos
# Buscar por si mesmo suas fontes de conhecimentos através da pesquisa e da observação
# Saber o que é conto e suas características;
# Entender o que é coesão e coerência;
# Conhecer o que é um hipertexto e como criá-lo (estrutura hipertexto);
# Identificar as diferenças entre o falar e o escrever
1ª Etapa
Começar a aula contando o conto “Negócio de Menino com Menina” de Ivan Ângelo do livro De conto em conto, após a contação perguntar para aos alunos que tipo de (historia) texto é esse. Explicar que é um conto, suas estruturas e características. Deixar os alunos falarem livremente sobre contos e as historias que já conhecem.
Negócio de menino com menina (Ivan Angelo)
O menino, de uns dez anos, pés no chão, vinha andando pela estrada de terra da fazenda com a gaiola na mão. Sol forte de uma hora da tarde. A menina, de uns nove anos, ia de carro com o pai, novo dono da fazenda.
Gente de São Paulo. Ela viu o passarinho na gaiola e pediu ao pai:
— Olha que lindo! Compra pra mim?
O homem parou o carro e chamou:
— Ô menino. O menino voltou, chegou perto, carinha boa. Parou do lado da janela da menina. O homem:
— Esse passarinho é pra vender?
— Não senhor.
O pai olhou para a filha com uma cara de deixa pra lá. A filha pediu suave como se o pai tudo pudesse:
— Fala pra ele vender.
O pai, mais para atendê-la, apenas intermediário:
— Quanto você quer pelo passarinho?
— Não tou vendendo não senhor.
A menina ficou decepcionada e segredou:
— Ah, pai, compra.
Ela não considerava, ou não aprendera ainda, que negócio só se faz quando existe um vendedor e um comprador. No caso, faltava o vendedor. Mas o pai era um homem de negócios, águia da Bolsa, acostumado a encorajar os mais hesitantes ou a virar a cabeça dos mais recalcitrantes:
— Dou dez mil.
— Não senhor.
— Vinte mil.
— Vendo não.
O homem meteu a mão no bolso, tirou o dinheiro, mostrou três notas, irritado.
— Trinta mil.
— Não tou vendendo, não, senhor.
O homem resmungou "que menino chato" e falou pra filha:
— Ele não quer vender. Paciência.
A filha, baixinho, indiferente às impossibilidades da transação:
— Mas eu queria. Olha que bonitinho.
O homem olhou a menina, a gaiola, a roupa encardida do menino, com um rasgo na manga, o rosto vermelho de sol.
— Deixa comigo.
Levantou-se, deu a volta, foi até lá. A menina procurava intimidade com o passarinho, dedinho nas gretas da gaiola. O homem, maneiro, estudando o adversário:
— Qual é o nome deste passarinho?
— Ainda não botei nome nele, não. Peguei ele agora.
O homem, quase impaciente:
— Não perguntei se ele é batizado não, menino. É pintassilgo, é sabiá, é o quê?
— Aaaah. É bico-de-lacre.
Menina, pela primeira vez, falou com o menino:
— Ele vai crescer?
O menino parou os olhos pretos nos olhos azuis.
— Cresce nada. Ele é assim mesmo, pequenininho.
O homem:
— E canta?
— Canta nada. Só faz chiar assim.
— Passarinho besta, hein?
— É. Não presta pra nada, é só bonito.
— Você pegou ele dentro da fazenda?
— É. Aí no mato.
— Essa fazenda é minha. Tudo que tem nela é meu. O menino segurou com mais força a alça da gaiola, ajudou com a outra mão nas grades. O homem achou que estava na hora e falou já botando a mão na gaiola, dinheiro na outra mão.
— Dou quarenta mil, pronto. Toma aqui.
— Não senhor, muito obrigado.
O homem, meio mandão:
— Vende isso logo, menino. Não tá vendo que é pra menina?
— Não, não tou vendendo não.
— Cinqüenta mil! Toma! — e puxou a gaiola.
Com cinqüenta mil se comprava um saco de feijão, ou dois pares de sapatos, ou uma bicicleta velha.
O menino resistiu, segurando a gaiola, voz trêmula.
— Quero não senhor. Tou vendendo não.
— Não vende por quê, hein? Por quê?
O menino acuado, tentando explicar:
— É que eu demorei a manhã todinha pra pegar ele e tou com fome e com sede, e queria ter ele mais um pouquinho. Mostrar pra mamãe.
O homem voltou para o carro, nervoso. Bateu a porta, culpando a filha pelo aborrecimento.
— Viu no que dá mexer com essa gente? É tudo ignorante, filha. Vam'bora.
O menino chegou pertinho da menina e falou baixo, para só ela ouvir:
— Amanhã eu dou ele pra você.
Ela sorriu e compreendeu.
Depois de ouví-los, mencionar os contos de fadas e apresentar outras modalidades de contos: maravilhosos, fantásticos, psicológicos e realistas.
http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u25.jhtm (acesso em 23/09/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contos_de_fadas (acesso em 23/09/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_fant%C3%A1stica (acesso em 23/09/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contos_maravilhosos (acesso em 23/09/2010)
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=291052 (acesso em 23/09/2010)
2ª Etapa
Levar os alunos à biblioteca para realizar a leitura de algum conto. Durante a leitura deverá registrar a bibliografia, resumo e comentário pessoal.
3ª Etapa
Em outra aula estudar a estrutura que todo texto deve ter, coerências, coesão e as diferenças entre o falar e o escrever.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Texto#Textos_Liter.C3.A1rios_e_n.C3.A3o_Liter.C3.A1rios
Assistir aos vídeos para compreender melhor sobre a coesão e coerência
http://www.youtube.com/watch?v=_5aYW_n86GU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=kcFYSrsqEHo&feature=related
4ª Etapa
Fazer em sala o reconto do texto lido de acordo com os critérios estudados sobre a produção de texto.
5ª Etapa
No laboratório de informática, o aluno aprenderá a criar um hipertexto, links através de observações e pesquisas em outros hipertextos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto
6ª Etapa
Montagem do próprio hipertexto no laboratório de informática, por meio de um roteiro estabelecido, que deverá constar:
1. Definição de conto
2. Características
3. Resumo do conto lido
4. Biografia do autor
5. Bibliografia
7ª Etapa
Após montagem do hipertexto os alunos irão postá-lo no blog da biblioteca (bibliotecadocerb.blogspot.com). Logo após, irão ler os hipertextos dos colegas para se autoavaliarem e ver as correções necessárias. Depois do texto estiver totalmente pronto, cada aluno deverá ler e comentar o hipertexto que mais gostou.
- Dicionários
Os alunos serão avaliados durante todo o processo de execução das atividades e da produção do texto até a conclusão final de cada um. Serão avaliados também em participação, interesse, oralidade, criatividade, criação de pagina pessoal com hipertexto e links. O professor poderá fazer alguns questionamentos para avaliar seu trabalho e dos alunos:
Cinco estrelas 1 classificações
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13/08/2011
Cinco estrelasAchei muito interessante , parabéns