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A Primavera dos Povos: 1848 na Europa e o nascimento da noção de cidadania social

 

09/06/2011

Autor e Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Carlos Eduardo Frankiw de Andrade, Ligia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Cidadania e cultura contemporânea
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Trabalho
Ensino Médio História Poder
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Trabalho e relações sociais
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Os alunos irão aprender sobre “A Primavera dos Povos: 1848 na Europa e o Nascimento da Noção de Cidadania Social”: compreender o contexto de formação do conjunto de ideias, práticas e aspirações que irão singularizar o movimento operário europeu como ator político e social; identificar os elementos da composição dos nacionalismos europeus quanto ao seu ideário romântico de povo; distinguir as noções de cidadania e inclusão política em disputa, quando da ocorrência das revoltas de 1848.

Duração das atividades
Seis aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • A Revolução Francesa (1789 - 1797);
  • A Era Napoleônica (1797 - 1815);
  • A Revolução Industrial (1750 - 1850);
  • A Restauração Monárquica Europeia (1815 - 1830).
Estratégias e recursos da aula

INTRODUÇÃO AOS PROFESSORES

 

O ano de 1848 representou uma profunda ruptura nas concepções de pensamento e atuação política e social na Europa. Frutos de um conjunto variado de fatores, que iam da afirmação da identidade nacional em regiões politicamente fragmentadas, como a Alemanha, ou na luta contra potências estrangeiras, como o caso dos húngaros na Áustria-Hungria, às nascentes e crescentes aspirações operárias ou republicanas na França, as revoltas ocorridas neste ano impactaram profundamente os alicerces sociais europeus. Cindida entre aspirações políticas e sociais quanto a direitos, as revoluções de 1848 selaram também a divisão entre as aspirações existentes dentro da oposição progressista europeia em sua luta contra as estruturas institucionais absolutistas restauradas após o fim da Era Napoleônica, divididas entre as aspirações burguesas de limitada ampliação dos direitos políticos e civis e as nascentes aspirações operárias de inclusão de direitos sociais em uma perspectiva revolucionária de transformação da realidade. Sua influência, ressoando em regiões distintas do mundo neste mesmo período em eventos como a Revolução Praieira de 1848, em Pernambuco, fundou as distintas concepções de cidadania e atuação política contemporaneamente vigentes.

 

DESENVOLVIMENTO

 

AULA 1

 

Contextualização

 

O professor deverá iniciar a aula fazendo uma breve introdução acerca do crescente papel das massas trabalhadoras no panorama político europeu nas décadas imediatamente anteriores às agitações de 1848. Ainda que tenha tido pouca influência nos acontecimentos ocorridos neste ano, um dos mais famosos documentos redigidos em 1848 foi o Manifesto Comunista, redigido por dois ativistas políticos radicais alemães, então exilados: Karl Marx e Friedrich Engels. Em larga medida, o Manifesto Comunista procurou sintetizar todo um conjunto de aspirações e de estratégias políticas disseminadas por opositores radicais e pelo movimento operário europeu de então, influenciando profundamente as concepções de organização e pensamento deste movimento nas décadas posteriores.

 

Desenvolvimento

 

A partir da leitura do trecho abaixo do Manifesto Comunista, os alunos deverão fazer, individualmente, uma interpretação descritiva oral em seminário acerca das concepções de leitura das estruturas políticas e sociais presentes no Manifesto que, na visão de seus autores, deveriam matizar os sentidos da atuação política operária de então:

 

"I

BURGUESES E PROLETÁRIOS

[...] Nas condições de existência do proletariado já estão destruídas as da velha sociedade. O proletário não tem propriedade; suas relações com a mulher e os filhos nada têm de comum com as relações familiares burguesas. O trabalho industrial moderno, a sujeição do operário pelo capital, tanto na Inglaterra como na França, na América como na Alemanha, despoja o proletário de todo caráter nacional. As leis, a moral, a religião são para ele meros preconceitos burgueses, atrás dos quais se ocultam outros tantos interesses burgueses.

Todas as classes que no passado conquistaram o poder trataram de consolidar a situação adquirida submetendo a sociedade às suas condições de apropriação. Os proletários não podem apoderar-se das forças produtivas sociais senão abolindo o modo de apropriação que era próprio a estas e, por conseguinte, todo modo de apropriação em vigor até hoje. Os proletários nada têm de seu a salvaguardar; sua missão é destruir todas as garantias e seguranças da propriedade privada até aqui existentes.

Todos os movimentos históricos têm sido, até hoje, movimentos de minorias ou em proveito de minorias. O movimento proletário é o movimento independente da imensa maioria em proveito da imensa maioria. O proletariado, a camada inferior da sociedade atual, não pode erguer-se, pôr-se de pé, sem fazer saltar todos os estratos superpostos que constituem a sociedade oficial.

A luta do proletariado contra a burguesia, embora não seja na essência uma luta nacional, reverte-se, contudo, dessa forma nos primeiros tempos. É natural que o proletariado de cada país deva, antes de tudo, liquidar sua própria burguesia.

Esboçando em linhas gerais as fases do desenvolvimento proletário, descrevemos a história da guerra civil, mais ou menos oculta, que lavra na sociedade atual, até a hora em que essa guerra explode numa revolução aberta e o proletariado estabelece sua dominação pela derrubada violenta da burguesia.

Todas as sociedades anteriores, como vimos, se basearam no antagonismo entre classes opressoras e classes oprimidas. Mas para oprimir uma classe é preciso poder garantir-lhe condições tais que lhe permitam pelo menos uma existência de escravo: o servo, em plena servidão, conseguia tornar-se membro da comuna, da mesma forma que o pequeno burguês, sob o jugo do absolutismo feudal, elevava-se à categoria de burguês. O operário moderno, pelo contrário, longe de se elevar com o progresso da indústria, desce cada vez mais abaixo das condições de sua própria classe. O trabalhador cai no pauperismo, e este cresce ainda mais rapidamente que a população e a riqueza. É, pois, evidente que a burguesia é incapaz de continuar desempenhando o papel de classe dominante; e de impor à sociedade, como lei suprema, as condições de existência de sua classe. Não pode exercer o seu domínio porque não pode mais assegurar a existência de seu escravo, mesmo no quadro de sua escravidão, porque é obrigada a deixá-lo cair numa tal situação, que deve nutri-lo em lugar de se fazer nutrir por ele. A sociedade não pode mais existir sob sua dominação, o que quer dizer que a existência da burguesia é, doravante, incompatível com a da sociedade."

(A íntegra do Manifesto Comunista de 1848, de Karl Marx e Friedrich Engels, encontra-se no seguinte link: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/manifestocomunista.html.)

 

A partir da leitura deste trecho do Manifesto Comunista, o professor deverá trabalhar em um debate orientado num seminário com os alunos as concepções de leitura e atuação na realidade propostas pelos autores ao movimento operário de então, tendo por base as seguintes perguntas temáticas a serem respondidas pelos alunos em suas interpretações orais do texto:

 

- De que forma se estrutura a sociedade dos anos 1840, de acordo com o Manifesto? (De acordo com os autores, a sociedade moderna se encontraria constantemente cindida no que tange à sua estruturação. A disputa política entre burgueses e proletários envolveriam não somente formas distintas de concepção de trabalho, mas também de ordenamento social, fundamentando as lutas dos primeiros como uma luta visando assegurar e alargar sua hegemonia política por meio da elaboração de direitos a partir de sua condição específica de proprietário dos meios de produção e reprodução econômica. No que tange aos operários, sua condição seria a de subordinação a uma estrutura política e econômica opressora, na qual a conquista de seu bem-estar, bem como de suas aspirações, somente se daria a partir de sua própria ação.)

- Quais são as condições específicas que singularizariam o operariado na sociedade de então, de acordo com o Manifesto? (Para os autores, a situação de pauperização diante da completa ausência de propriedade sobre seu trabalho nas sociedades modernas, bem como a constante restrição às suas reivindicações, caracterizariam o operariado como sujeito político e social singularizado por sua completa exclusão quanto ao direito de interferir nos rumos políticos e econômicos das sociedades em que viviam.)

 

- De acordo com os autores, como estariam estruturadas as instâncias de ordenamento das sociedades de então? (Para Marx e Engels, as estruturas de participação política de então seriam reflexo direto daqueles que procuravam assegurar seu domínio sobre a sociedade, sendo suas estruturas de limitação à concretização das aspirações operárias espelho direto do desejo dos estamentos burgueses de estruturar o corpo político e social de acordo com os valores que garantissem o seu domínio.)

 

- Para os autores, qual seria a forma específica do operariado de então transformar sua realidade? (Diante das limitações impostas a uma participação política dos operários que viesse a assegurar direitos, bem como minorar suas condições de subsistência, os autores defendem que somente uma violenta mudança de regime político e econômico em favor dos operários tornaria possível a concretização de suas aspirações. Nesse sentido, suas armas seriam a solidariedade e a cidadania ativa visando transformar a sua situação.)

 

AULA 2

 

Contextualização

 

O professor deverá iniciar a aula fazendo uma breve contextualização, procurando associar as especificidades das aspirações do operariado como ator político descritas no Manifesto Comunista de 1848 como resultado direto das limitações à participação política ou do não atendimento das reivindicações dos operários nas décadas imediatamente anteriores aos movimentos que os mesmos organizaram ou deles tomaram parte. Tais limitações se tornaram expressas em dois acontecimentos: a Revolução de 1830, na França, e o Movimento Cartista inglês (1838 – 1848).

 

No que tange à Revolução de 1830, a participação dos trabalhadores no levante contra a Monarquia absolutista na França não foi suficiente para que lhes fosse assegurado o direito à participação política. Mais do que isso, a Revolução teve por resultado a cisão no campo progressista em oposição ao Absolutismo na Europa entre os defensores de reformas políticas de ampliação moderada da participação popular nos Parlamentos e os defensores de uma radical transformação democrática das estruturas institucionais então vigentes.

 

Quanto ao Movimento Cartista, sua profunda agitação política em toda a Grã-Bretanha, visando ampliar o direito à participação política aos operários, resultou em um conjunto de ganhos relativos diretamente relacionados às suas condições de subsistência e trabalho, sendo, entretanto, incapaz de alterar as estruturas de participação política então vigentes naquele país.

 

Desenvolvimento

 

Tendo em vista o impacto da Revolução de 1830 e do Movimento Cartista no reordenamento das concepções de agitação política e social no campo político progressista europeu, o professor deverá dividir a sala em dois grupos para realizarem uma pesquisa acerca da história da participação operária nestes dois acontecimentos.

 

Ao GRUPO 1 deverá ser pedido que pesquise textos e imagens e redija conjuntamente um artigo acerca da história da Revolução de 1830 na França.  Ao GRUPO 2 deverá ser pedido que pesquise textos e imagens e redija conjuntamente um artigo acerca da história do Movimento Cartista na Inglaterra. Os links abaixo são sugestões de pesquisa. Se necessário, os alunos deverão expandir as fontes de pesquisa para além das sugestões.

 

Links:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%B5es_de_1830

http://histoblogsu.blogspot.com/2009/07/cartismo-o-primeiro-movimento-operario.html

 

AULA 3

 

Contextualização

 

O professor deverá iniciar a aula enfatizando que, ainda que originárias de contextos localmente distintos, as revoluções ocorridas em 1848 na Europa procuraram compartilhar de um conjunto relativamente comum de aspirações. Em todas elas, a ideia de constituir ou alargar uma estrutura de representação política nacionalmente unificada e relativamente ampla sob os auspícios de uma constituição liberal se efetivou.

 

Na França, esta bandeira era encampada por boa parte dos opositores à Monarquia, ainda que esta bandeira se dividisse entre republicanos liberais em busca de uma estrutura constitucional que assegurasse direitos políticos e um movimento radical operário em busca de uma reestruturação política que assegurasse a conquista de direitos sociais e econômicos. Ainda que estivessem juntos quando da derrubada da Monarquia, operários e republicanos se cindiram, ainda em 1848, nas Jornadas de Junho, acontecimento resultante de todo um conjunto de decretos da Assembleia Republicana que procurava limitar ou fechar o funcionamento das associações e cooperativas operárias, eivadas por um ideal de cidadania social inclusiva e participativa.

 

Na Alemanha, assim como na Itália, o principal motor se encontrava no desejo de unificar politicamente suas regiões, a partir de uma mistura de valores republicanos com o romantismo nacionalista. Neste sentido, a tentativa de constituição de Parlamentos nestas insurreições representava diretamente uma visão de cidadania representativa como motor de suas revoluções.

 

Desenvolvimento

 

Mantendo a divisão dos alunos em dois grupos, estabelecida na aula anterior, os alunos deverão fazer uma interpretação descritiva oral em um seminário das imagens abaixo, de acordo com a seguinte estruturação de grupos quanto aos temas:

 

- GRUPO 1: “A Revolução de 1848 na França e as aspirações de cidadania social”;

- GRUPO 2: “A Revolução de 1848 na Alemanha e as aspirações de um cidadania política nacional”.

 

Os alunos devem debater entre os integrantes de seu grupo a interpretação tópica das imagens e expô-la em apresentações orais ao restante da sala.

 

Ao GRUPO 1 deverá ser cedido o seguinte conjunto de imagens:

 

Figura 1:

Ou o voto, ou o fuzil

Legenda: Ou o voto, ou o fuzil. Cartum francês de 1848. Autor: Bosredon. Fonte: http://www.histoire-image.org/.

 

Figura 2:

Voz do Povo, Voz de Deus

Legenda: Voz do Povo, Voz de Deus.Ilustração de barricada operária francesa durante as Jornadas de Junho de 1848. Autor: Gustave Courbet. Fonte: http://www.fafich.ufmg.br/~luarnaut/cont1.html.

 

 

Com este grupo, o professor deverá trabalhar as aspirações sociais dos operários franceses durante a Revolução de 1848 a partir de duas características presentes nestas imagens, que deverão ser desenvolvidas em interpretações orais dos alunos, conforme as seguintes perguntas temáticas:

 

- Qual era a importância da defesa da bandeira do sufrágio universal para a concepção de cidadania social defendida pelos operários franceses? (Ao defenderem a bandeira do sufrágio universal, os operários franceses acreditavam na ideia de que sua inclusão como ator político institucionalmente reconhecido tornasse possível a concretização de transformação de sua situação econômica e social).

 

- Qual era a concepção de atuação política partilhada pelos operários insurgentes de 1848 na França? (Ao defenderem, por intermédio da insurreição de Junho, o direito à existência de suas associações e cooperativas, os operários acreditavam na ideia de uma cidadania social fundamentada na subordinação das Assembleias aos desígnios e reivindicações populares oriundas de suas práticas em associações e cooperativas.)

 

 

Ao GRUPO 2 deverá ser cedido o seguinte conjunto de imagens:

 

Figura 1:

Revolta dos democratas alemães em Baden

Legenda: Revolta dos democratas alemães em Baden, litografia alemã de 1848. Autor: Friedrich Hecker. Fonte: http://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Schlacht_bei_Kandern_1848.jpg.                     

 

Figura 2:

Parlamento alemão de Frankfurt

Legenda: Parlamento alemão de Frankfurt, em 1848. Autor: Leon Von Elliot. Fonte: http://germanhistorydocs.ghi-dc.org/sub_image.cfm?image_id=309.

 

 

Com este grupo, o professor deverá trabalhar as aspirações sociais de uma cidadania política nacional na Alemanha durante a Revolução de 1848, a partir de duas características presentes nestas imagens, que devem ser desenvolvidas em interpretações orais dos alunos, de acordo com as seguintes perguntas temáticas:

 

- De que forma se dá a alusão à cidadania e ao povo na concepção nacionalista dos insurgentes alemães? (Ao procurar representar os combatentes democráticos alemães como um corpo multiforme de cidadãos e soldados, o autor procura passar a ideia de que a cidadania se formava a partir de um povo em luta pela afirmação de sua nacionalidade ante os interesses localistas ou estrangeiros.)

 

- Qual é a importância da constituição de um Parlamento num território dividido como o alemão, em 1848? (Ao constituírem um Parlamento, os alemães acreditavam que o mesmo servisse de base unificadora de um território culturalmente comum, mas politicamente fragmentado pelo interesse e pela constante intervenção das potências estrangeiras de então.)

 

AULA 4

 

Contextualização

 

O professor deverá fazer uma breve introdução, apontando que o conjunto de ideários que mobilizaram as revoluções de 1848, centradas na ideia de participação política, identidade nacional e de transformação econômica e social, serviu de inspiração a uma série de outros movimentos neste mesmo período fora do território europeu. Entre estes movimentos, incluiu-se a Revolução Praieira de 1848, em Pernambuco.

 

Inspirada por ideias de reforma política e social em um contexto de centralização imperial, a Revolução Praieira de 1848 em muito contribuiu para a disseminação dos ideários que nortearam as lutas europeias deste ano em terras brasileiras.

 

Desenvolvimento

 

Tendo em vista a importância dos eventos de 1848 na Europa no contexto político brasileiro de então, assinalado pela Revolução Praieira, os alunos deverão fazer uma pesquisa visando redigir artigos acerca dos ideários políticos e sociais que norteavam os insurretos pernambucanos neste ano.

 

Ao GRUPO 1 deverá ser pedido que pesquise e redija um artigo acerca das ideias políticas defendidas pelos insurgentes pernambucanos. Ao GRUPO 2 deverá ser pedido que pesquise e redija conjuntamente um artigo acerca dos ideários sociais portados pelos revolucionários pernambucanos de 1848. Os links abaixo são sugestões de pesquisa, mas podem ser ampliados de acordo com as necessidades dos alunos.

 

Links:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/revolta-praieira/revolta-praieira-1.php

http://www.culturabrasil.pro.br/praieira.htm

 

AULA 5

 

Contextualização

 

O professor deverá fazer uma breve introdução à temática da aula, centrada na importância da disseminação das ideias de cidadania política e social, por intermédio da imprensa, para os movimentos insurrecionais ocorridos em 1848 na Europa e no Brasil. Por meio de panfletos, jornais e brochuras, disseminaram-se não somente a oposição aos absolutismos régios então vigentes, procurando modificar as estruturas institucionais a partir de questões como a unidade política nacional, mas também ideias de igualdade que pressupunham a transformação da realidade existente a partir da reivindicação e construção de práticas sociais e economicamente inclusivas.

 

Desenvolvimento

 

A partir das informações trazidas pelo professor nas aulas anteriores (texto e imagens), das pesquisas e dos artigos redigidos pelos dois grupos, os alunos deverão trabalhar conjuntamente para construir um blog virtual, tendo por tema: “A Primavera dos Povos: 1848 na Europa e no Brasil”.

 

Pela facilidade de configuração e manuseio, recomenda-se hospedar o blog no domínio worldpress. Se acaso os alunos demonstrarem maior familiaridade com a confecção de blogs em outros domínios, os mesmos deverão ser utilizados. O link para o domínio segue abaixo:

http://pt-br.wordpress.com/

 

AULA 6

 

Contextualização

O professor deverá iniciar a aula fazendo uma breve introdução acerca da importância dos valores de cidadania, consagrados a partir de 1848, para as concepções contemporâneas de inclusão social. A disseminação de ideários e a atuação política de diferentes grupos desde então têm forçado as instituições públicas a construir políticas inclusivas e a concessão de direitos, visando ampliar, cada vez mais, a participação política e a inclusão social nas sociedades contemporâneas.

 

Desenvolvimento

 

A partir da leitura do texto disponível no site abaixo, que contém informações acerca das origens e das formas de funcionamento dos Orçamentos Participativos, o professor deverá promover um debate oral com os alunos acerca da constituição de formas democráticas e socialmente inclusivas contemporaneamente, a partir da seguinte pergunta temática: “Como fazer para construirmos práticas cada vez mais socialmente inclusivas de participação popular nas nossas sociedades atuais?”

 

Link:

http://jus.uol.com.br/revista/texto/1277/orcamento-participativo

 

Conclusão

 

Os alunos deverão ser incentivados a perceber a relação entre a existência de uma vida política democrática e socialmente inclusiva e a organização dos cidadãos visando à reivindicação e à concretização de seus direitos. A partir das aulas, os alunos deverão ser levados a desenvolver um senso crítico acerca dos ideários e das formas de participação política e inclusão social e econômica existentes. Por fim, os alunos deverão ser incentivados a perceber a importância da cidadania para a transformação da realidade das comunidades onde vivem.

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos deverão ser avaliados na sua capacidade de compreensão dos conceitos, na sua capacidade de leitura e interpretação oral e escrita dos textos e imagens cedidas, assim como na sua atividade de prática de pesquisa, elaboração e compartilhamento do conjunto de conhecimentos apreendidos durante as aulas.Os textos deverão ser avaliados de acordo com a capacidade de interpretação e exposição analítica dos conteúdos aos quais os mesmos se referem. No que tange ao Blog, sua avaliação deverá centrar-se eminentemente na capacidade do mesmo de exposição e resumo dos conteúdos apreendidos durante as aulas.

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