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A Comuna de Paris de 1871 - Ideários e Práticas

 

08/07/2011

Autor e Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Carlos Eduardo Frankiw de Andrade e Lígia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Médio História Poder
Ensino Médio História Trabalho
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Trabalho e relações sociais
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Cidadania e cultura contemporânea
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Os alunos irão aprender sobre “A Comuna de Paris de 1871: Ideários e Práticas”: compreender o contexto europeu de formação de novas nações (Itália e Alemanha); compreender o contexto de formação dos principais ideários e práticas do movimento operário europeu após as revoluções de 1848; identificar as principais ideias disseminadas na insurreição popular conhecida como Comuna de Paris; identificar as principais práticas dos comunardos parisienses; identificar os potenciais legados da Comuna de Paris na tradição revolucionária do século XX.

Duração das atividades
Seis aulas de cinquenta minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

- A Revolução Francesa (1789 – 1797).

- A Era Napoleônica (1797 – 1815).

- A Revolução Industrial (1750 – 1850).

- A Restauração Monárquica Europeia (1815 – 1830).

- As Revoluções de 1848.

- A formação do movimento operário europeu (1820 – 1870).

- A fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores (1864).

Estratégias e recursos da aula

INTRODUÇÃO AOS PROFESSORES

 

A insurreição popular conhecida como Comuna de Paris foi um dos registros mais marcantes da tradição revolucionária do movimento operário europeu durante o século XIX. Ocorrida em um contexto de falência das instituições de poder estatal na França diante da queda do Segundo Império de Luís Bonaparte durante a Guerra Franco-Prussiana (1870 – 1871), a insurreição comunarda sintetizou, nas formas difusas e horizontalizadas de poder construídas nos decretos que intentavam estabelecer um controle popular sobre todas as instituições sociais, todo um conjunto de ideários e práticas disseminado entre os operários europeus durante a segunda metade do século XIX. Seu legado, ainda que difusamente apropriado pelas esquerdas mundiais, perpassou todas as revoluções operárias do século XX.

 

DESENVOLVIMENTO

 

AULA 1

 

Contextualização

 

O professor deverá começar a aula com uma breve introdução explicando que, diante das condições desfavoráveis de rendição da França à Alemanha como resultado da Guerra Franco-Prussiana, bem como diante de uma assembleia republicana impopular que se sucedeu ao poder imperial de Luís Bonaparte, a população de Paris decidiu rebelar-se. Forçando a saída da Assembleia Nacional Francesa de Paris, bem como de todos os poderes estabelecidos a 18 de março de 1871, a população parisiense procurou reorganizar suas instâncias de poder a partir de uma perspectiva comunal profundamente descentralizada e horizontalizada. Eleita no dia 26 de março de 1871, a Assembleia Comunal de Paris se responsabilizou por todo um conjunto de decretos que intencionavam uma radical mudança nos alicerces sociais da sociedade francesa, inspirados pelos ideários operários desenvolvidos durante as décadas anteriores em solo europeu.

 

Desenvolvimento

 

A partir da leitura do Decreto abaixo da Assembleia Comunal de Paris, os alunos deverão fazer, individualmente, uma interpretação descritiva oral em seminário acerca das concepções de gestão operária dos meios de produção disseminadas pela Comuna:

 

            "A COMUNA DE PARIS

Considerando que uma certa quantidade de oficinas foram abandonadas por aqueles que as dirigiam, a fim de escapar às obrigações cívicas e sem levar em conta os interesses dos trabalhadores;

Considerando que, em conseqüência desse covarde abandono, numerosos trabalhos essenciais à vida comunal se acham interrompidos e comprometida a existência dos trabalhadores,

Decreta:

As Câmaras Sindicais operárias são convocadas para o fim de instituir uma comissão de inquérito tendo por fim:

1.°) Levantar uma estatística das oficinas abandonadas, assim como um inventário exato do estado em que se encontram e dos instrumentos de trabalho que encerram;

2.°) Apresentar um relatório estabelecendo as condições práticas da pronta colocação em exploração dessas oficinas, não mais pelos desertores que as abandonaram, mas pela associação cooperativa dos trabalhadores que nelas estavam empregados;

3.°) Elaborar um projeto de constituição dessas sociedades cooperativas operárias;

4.°) Constituir um júri arbitral que deverá estatuir, por ocasião da volta dos referidos patrões sobre as condições da cessão definitiva das oficinas às sociedades operárias e sobre a quota de indenização que as sociedades terão de pagar aos patrões.

Essa comissão de inquérito deverá dirigir seu relatório à Comissão Comunal do Trabalho e do Câmbio, que deverá apresentar à Comuna, no menor tempo possível, o projeto do decreto, dando satisfação aos interesses da Comuna e dos trabalhadores.

A COMUNA DE PARIS"

 

O conjunto de decretos publicados pela Assembleia Comuna de Paris se encontra no seguinte link:

http://pt.scribd.com/doc/50305091/Comuna-de-Paris

 

A partir da leitura deste Decreto da Comuna de Paris, o professor deverá trabalhar em um debate orientado em um seminário com os alunos as concepções de gestão dos meios de produção econômica contidas nesta proclamação, tendo por base as seguintes perguntas temáticas a serem respondidas individualmente pelos alunos em suas interpretações orais do texto:

 

- De que forma a Assembleia Comunal decidiu resolver o problema da paralisação das fábricas durante a insurreição? (Considerando a necessidade do funcionamento destas fábricas para a regularização da vida em Paris, a Assembleia Comunal optou pela expropriação e tomada do controle destas indústrias pelas associações operárias com o objetivo de servirem às necessidades da cidade.)

- De que maneira deveriam ser organizadas as fábricas abandonadas durante a Comuna? (Tendo em vista a cessão do controle das fábricas às associações operárias, as mesmas deveriam organizar-se a partir de estatutos cooperativos autonomamente organizados pelos operários de cada estabelecimento industrial, estabelecendo regimes de rotatividade diária das posições na cadeia produtiva e salários iguais a todos os trabalhadores.)

 

Se possível, de acordo com o interesse do professor, os alunos deverão pesquisar outros decretos visando redigir artigos acerca das concepções de sociedade manifestadas pela Comuna.

 

AULA 2

 

Contextualização

 

O professor deverá iniciar a aula fazendo uma breve introdução procurando relacionar o Decreto da Assembleia Comunal de Paris, acerca das fábricas abandonadas, a um conjunto de ideários comumente disseminados entre o movimento operário europeu ao longo das últimas cinco décadas do século XIX. Em meio a este ideário, marcado por uma visão de radical transformação das instituições societárias a partir do controle político, econômico e social exercido pelos povos acerca dos rumos de suas sociedades, floresceu todo um conjunto de símbolos que procurou singularizar o movimento operário como ator político na modernidade. Entre estes símbolos, o Hino da Associação Internacional dos Trabalhadores, escrito em homenagem à Comuna de Paris, sintetizou muitas das visões de mundo e das aspirações de transformação portadas pelos operários europeus nestes anos.

 

Desenvolvimento

 

Tendo em vista a importância dos símbolos na constituição das identidades próprias dos atores políticos atuantes na cena pública das sociedades modernas, o professor deverá dividir a sala em dois grupos para realizar uma interpretação escrita da letra do Hino da Associação Internacional dos Trabalhadores e a visão de mundo e de transformação portadas em sua letra.

Ao GRUPO 1 deverá ser pedido que faça uma audição da música e uma interpretação de sua letra, visando redigir um artigo acerca da concepção de um mundo dividido, portado pela letra do Hino da Internacional. Ao GRUPO 2 deverá ser pedido que faça uma audição da música e uma interpretação de sua letra, visando redigir um artigo acerca da concepção de transformação da sociedade portada pela canção.

A letra em português segue abaixo:

 

A Internacional

(Compositor: Eugène Pottier/ Tradução: Gregório Nazianzeno Moreira de Queiroz e Vasconcelos)

 

De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

Senhores, patrões, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair desse antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

O crime do rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

Nós fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

 

A letra se encontra no seguinte link:

http://letras.terra.com.br/hinos/588176/

 

O áudio da canção, na interpretação da Banda Punk Garotos Podres, pode ser ouvido no seguinte link:

http://www.youtube.com/watch?v=wxtQW0G3Hwg

 

AULA 3

 

Contextualização

 

O professor deverá dar início à aula por meio de uma breve contextualização acerca dos imaginários desenvolvidos na Comuna e sobre a mesma posteriormente, nos campos do conservadorismo político e das esquerdas progressistas.

Para o campo conservador, a Comuna representava a ideia de uma bárbara destruição das conquistas da civilização ocidental. Nesse sentido, a Comuna e seus atores procuraram ser representados de maneira disforme, como amontoados de pessoas ensandecidas a incendiar Paris.

No campo das esquerdas progressistas, a ideia da Comuna e de seu legado representavam-se num conjunto de intenções e práticas visando à completa transformação das sociedades. Nesse sentido, a iconoclastia de algumas práticas dos comunardos, como o uso das igrejas como lugar de reunião de clubes populares, bem como a presença de estrangeiros em suas fileiras, representavam os anseios que os trabalhadores organizados na Associação Internacional dos Trabalhadores deveriam materializar.

Tais divisões expressam a ideia do imaginário acerca de um evento histórico como lugar de disputas e apropriações entre os atores envolvidos.

 

Desenvolvimento

 

Mantendo a divisão dos alunos em dois grupos, estabelecida na aula anterior, os alunos deverão fazer uma interpretação descritiva oral, em um seminário, das imagens abaixo, de acordo com a seguinte estruturação de grupos quanto aos temas:

 

- GRUPO 1: “Os incendiários: a Comuna de Paris e o imaginário conservador”;

- GRUPO 2: “Os libertadores: a Comuna de Paris e o imaginário progressista”.

 

Os alunos deverão debater entre os integrantes de seu grupo a interpretação tópica das imagens e expô-la em apresentações orais ao restante da sala.

 

Ao GRUPO 1 deverá ser cedido o seguinte conjunto de imagens:

 

Figura 1:

Paris Incendiada

Legenda: Paris incendiada. Autor: Numa Fils. Fonte: http://www.histoire-image.org/index.php .

 

Figura 2:

As petroleuses

Legenda: As Síades da Comuna, as petroleuses e os órfãos. Autor: Frédéric Théodore Lix. Fonte: http://www.histoire-image.org/index.php .

 

Com este grupo, o professor deverá trabalhar o imaginário conservador acerca da Comuna de Paris, a partir de duas características presentes nestas imagens, que deverão ser desenvolvidas em interpretações orais dos alunos, conforme as seguintes perguntas temáticas:

- Qual era a imagem de Paris durante a Comuna no imaginário conservador? (A visão aérea da cidade sob explosões procurava passar a ideia de que a insurreição comunarda não detinha nenhum ideário afora a destruição de todas as conquistas civilizatórias representadas pela cidade de Paris, seus monumentos e seus museus por meio das práticas de incendiar a cidade.)

- Qual era a representação das mulheres comunardas no imaginário conservador? (A imagem de mulheres decrépitas juntas com o objetivo de preparar bombas para incendiar Paris procurava representar a ideia do comunardo como sujeito sem qualquer valor moral ou razão, agindo sob o império da emoção com o único intuito de fazer triunfar, pelo terror, suas aspirações.)

 

Ao GRUPO 2 deverá ser cedido o seguinte conjunto de imagens:

 

Figura 1:

Derrubada da Coluna Vêndome

Legenda: Derrubada da Coluna Vêndome, monumento que simbolizava as conquistas militares francesas da Era Napoleônica, durante a Comuna de Paris. Autor: Anônimo. Fonte: http://www.wikipedia.org/ .

 

Figura 2:

Partitura da Associação Internacional dos Trabalhadores

Legenda: Capa de partitura do hino da Associação Internacional dos Trabalhadores. Autor: Théophile Alexandre Steinlen. Fonte: http://www.histoire-image.org/index.php .

 

Com este grupo, o professor deverá trabalhar o imaginário progressista acerca da Comuna de Paris, a partir de duas características presentes nestas imagens, que deverão ser desenvolvidas em interpretações orais dos alunos, conforme as seguintes perguntas temáticas:

- O que significava a iconoclastia diante de símbolos nacionais como a Coluna Vendôme para o imaginário progressista? (A prática de dessacralização de símbolos de poder durante a Comuna de Paris, como a retirada de monumentos nacionais ou o uso de igrejas para reuniões políticas, significava a ideia de afirmação dos espaços públicos como espaços de manifestação legítima popular, a partir do princípio de reconstrução dos significados destes espaços como lugares de manifestação dos ideários de solidariedade e colaboração como verdadeiros valores civilizatórios.)

- Qual era a representação do internacionalismo para o campo progressista? (A presença de estrangeiros ligados à Associação Internacional dos Trabalhadores na Comuna procurava dar materialidade a ideia de que a revolução política, econômica e social tentada pela insurreição era princípio compartilhado entre os operários das mais variadas nações, diversamente representado de acordo com as suas associações locais.)

 

AULA 4

 

Contextualização

 

O professor deverá dar início à aula procurando fazer uma breve alusão à “Semana Sangrenta”, ocorrida entre os dias 21 e 28 de maio de 1871, na qual a insurreição foi esmagada pelo exército francês. A repressão à Comuna de Paris deixou um saldo de cerca de 30 mil mortos, além da prisão e deportação de dezenas de milhares de comunardos.

Ainda assim, a Comuna deixou um importante legado para a tradição revolucionária operária, traduzido pelo conjunto de aspirações a serem materializadas em seus decretos, bem como pela forma de poder estruturada: descentralizada, horizontalizada e difusa, organizada a partir de conselhos representativos de cidadãos dividindo suas atribuições entre questões locais como bairros e distritos, profissões e gêneros.

O impacto deste legado não deixou de se manifestar, posteriormente, nas reivindicações, práticas e estruturação de poderes em situação de falência dos poderes estabelecidos, como no caso da Revolução Russa de 1905 e da Revolução Alemã de 1918-1919.

 

Desenvolvimento

 

Tendo em vista o impacto da Comuna de Paris em seus ideários e práticas sobre a Revolução Russa de 1905 e a Revolução Alemã de 1918-1919, os alunos deverão realizar pesquisas acerca destes dois acontecimentos e dos legados da Comuna nos mesmos.

Nesse sentido, o professor deverá manter a divisão de grupos estabelecida nas aulas anteriores, pedindo ao GRUPO 1 que pesquise textos e imagens e redija um artigo acerca da Revolução Russa de 1905, suas estruturas de poder e suas aspirações. Ao GRUPO 2 deverá ser pedido que pesquise textos e imagens e redija um artigo acerca da Revolução Alemã de 1918-1919, suas estruturas de poder e suas aspirações. Os links abaixo são sugestões de pesquisa. Se necessário, os alunos deverão expandir as fontes de pesquisa para além das sugestões.

Links:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Russa_de_1905

http://pt.internationalism.org/ICCOnline/2009/Ha_noventa_anos_a_revolucao_alema

 

AULA 5

 

Contextualização

 

O professor deverá iniciar a aula introduzindo, brevemente, a questão da pluralidade entre os atores da Comuna, expressa tensa ou conciliatoriamente na diversidade de jornais que surgiram em Paris durante o período da insurreição de 1871. Por meio destes jornais e panfletos, os comunardos procuraram divulgar e debater suas ideias e a realidade da Comuna, transformando-se em importantes meios de conscientizar a população acerca das transformações que tentavam realizar em Paris, criando estruturas societárias econômica, política e culturalmente inclusivas.

 

Desenvolvimento

 

A partir das informações trazidas pelo professor nas aulas anteriores (texto, canção e imagens), das pesquisas e dos artigos redigidos pelos dois grupos, os alunos deverão trabalhar conjuntamente para construir um Blog virtual, tendo por tema: “O Ideário da Comuna: Práticas e Legados da Comuna de Paris”.

Pela facilidade de configuração e manuseio, recomenda-se hospedar o Blog no domínio worldpress. Se acaso os alunos demonstrarem maior familiaridade com a confecção de blogs em outros domínios, os mesmos deverão ser utilizados.

Link:

http://pt-br.wordpress.com/

 

AULA 6

 

Contextualização

 

O professor deverá iniciar a aula considerando que os legados das práticas e ideários levantados pela Comuna, ainda hoje, inspiram movimentos reivindicatórios autonomamente organizados pelas sociedades contemporâneas, visando à transformação destas, independentemente dos poderes instituídos, como no caso dos movimentos antiglobalização. Recentemente, a série de protestos na Espanha ocorrida em 2011, no movimento conhecido como M-15, e sua tática de construção de assembleias populares visando protestar contra as estruturas societárias vigentes indicam que o imaginário sobre a Comuna ainda inspiram gerações de jovens a lutar por seus direitos e interesses.

 

Desenvolvimento

 

A partir da leitura do artigo de Joel Sans acerca do Movimento M-15, o professor deverá promover um debate oral com os alunos acerca dos potenciais legados do ideário da Comuna nos movimentos sociais contemporâneos, tendo por base a seguinte pergunta temática: “De que maneira a Comuna de Paris ainda inspira os movimentos sociais atualmente?”

Site:

http://paginaglobal.blogspot.com/2011/05/espanha-15-m-da-indignacao-revolucao-os.html

 

Conclusão

 

Os alunos deverão ser incentivados a perceber a relação entre a existência de uma vida política democrática e socialmente inclusiva e a organização dos cidadãos visando à reivindicação e à concretização de seus direitos. A partir das aulas, os alunos deverão ser levados a perceber a importância da conscientização política e da construção de canais de reivindicação por parte da sociedade civil para a transformação do corpo societário. Por fim, os alunos deverão ser incentivados a refletir sobre a necessidade de ocupação dos espaços públicos, visando a atividades políticas como meio de se debater e transformar sua realidade vivenciada cotidianamente.

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos deverão ser avaliados na sua capacidade de compreensão dos conceitos, na sua capacidade de leitura e interpretação oral e escrita da canção, dos textos e imagens cedidas, assim como na sua atividade de prática de pesquisa, elaboração e compartilhamento do conjunto de conhecimentos apreendidos durante as aulas.Os textos deverão ser avaliados de acordo com a capacidade de interpretação e exposição analítica dos conteúdos aos quais os mesmos se referem. No que tange ao Blog virtual, sua avaliação deverá centrar-se eminentemente na perspectiva de exposição e resumo dos conteúdos apreendidos durante as aulas.

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