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IV Não às drogas: promovendo a conscientização (UCA)

 

27/07/2011

Autor e Coautor(es)
Luiz Fernando de Carvalho
imagem do usuário

BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Professor Doutor Luiz Prazeres

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: processos de construção de significação
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

·                     Interpretar textos que utilizam a linguagem verbal e não verbal;

·                     Reconhecer o gênero carta aberta;

·                     Identificar os elementos que compõem uma carta aberta;

·                     Interpretar e produzir cartas abertas;

·                     Conscientizar-se sobre problemas provocados pelas drogas.

Duração das atividades
6 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Presente na vida de milhões de pessoas, as drogas, ilícitas ou não, causam efeitos irreversíveis ao usuário, condenando-o a uma rotina marcada por vícios, violências e perdas. É por isso que a família e a escola devem desde cedo se atentar a esse problema que atinge principalmente os jovens, no intuito de conscientizá-los sobre os males e prejuízos trazidos pelas drogas. Sem dúvida, os alunos já terão informações a respeito desse assunto já bastante comentado na atualidade e, portanto, cabe ao professor, retomar esses conhecimentos para que, a partir disso, possa ministrar sua aula sobre a importância de se dizer não às drogas, prevenindo qualquer contato com essas substâncias. Essa prevenção pode ser feita, como os alunos já devem saber, de diversas formas, uma delas é por meio da produção de cartas abertas, com o objetivo de conscientizar e até mesmo alertar a população sobre as inúmeras consequências negativas do consumo de drogas. É esse o gênero que será abordado nesta aula para que, posteriormente, os alunos possam produzir suas próprias Cartas abertas em relação aos inúmeros problemas causados pelas drogas.

Estratégias e recursos da aula

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Disponível em:  http://br.livra.com/pick/se-consumo-de-drogas-fosse-considerado-crime-diminuiria-a-violencia/135432510/.

Acesso em: 14 abr. 2011.

Atividade 01

 

O professor deve iniciar a aula ativando os conhecimentos prévios dos alunos sobre as drogas na atualidade. Para tanto, ele deve promover a discussão, por exemplo, ao perguntar os alunos sobre que problemas a sociedade tem enfrentado com o consumo desenfreado de drogas.

 

Nesse ponto, é importante o professor ressaltar não só as causas que levam as pessoas a esse caminho muitas vezes sem volta, como também as terríveis consequências dessa escolha para a vida do usuário, da família e da sociedade em geral.Para desenvolver essa discussão, os alunos, junto ao professor devem analisar a seguinte imagem, que faz parte de uma campanha educativa contra o consumo de drogas.

 

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Disponível em:http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=4597

Acesso em: 05 jun. 2011.

 

Observação:  

Caso os alunos não consigam visualizar o texto apresentado por essa propaganda, ela possui seu texto reproduzido a seguir na íntegra:

 

www.contraasdrogas.gov.br

 

 

Tudo começa com uma balinha numa festa.

Tudo termina com uma bala na cabeça.

 

Droga não mata só o usuário. Mata também pessoas que não têm nada a ver com o vício dos outros. O tráfico de drogas financia a violência e o crime organizado. Quem compra ou usa drogas apóia o assassinato de seres humanos. Droga mata. De qualquer jeito.

 

Disque e denuncie: 0800 11 17 18

 

Campanha contra as drogas.

 

Para analisar a publicidade, o professor fará algumas perguntas oralmente, as quais servirão como base para interpretar a propaganda e promover a discussão:

 

  1. Que figura a propaganda apresenta no lado direito? O que essa figura representa?

  2. O que a pessoa representada apresenta em sua boca? É um simples comprimido?

  3. Por que o rosto da pessoa não aparece por completo? Que efeito isso confere à propaganda?

  4. Repare nas cores utilizadas na propaganda. Que cor está predominando? Que efeito isso confere à propaganda?

  5. A propaganda, em conjunto, faz uma crítica? Essa crítica é dirigida a quê? Que elementos comprovam essa crítica.

  6. De acordo com a propaganda, o consumo de drogas não afeta apenas o usuário, mas traz também inúmeras consequências negativas. Que consequências são essas?

  7. No trecho Tudo começa com uma balinha numa festa. Tudo termina com uma bala na cabeça, a palavra “bala” aparece duas vezes com dois significados diferentes. Que significados são esses?

  8. A propaganda é composta principalmente por frases curtas. Que efeito ela consegue com esse recurso?

  9. A propaganda consegue atingir seu objetivo principal? De que forma ela faz isso?

 

            O professor deve ratificar os comentários mais relevantes da discussão, para reativar os conhecimentos prévios dos alunos e garantir uma maior aproximação deles com o tema debatido, possibilitando uma apreensão mais ampla sobre o problema das drogas.

 

Atividade 02:

 

            Após ativar os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao problema das drogas, o professor deve retomar as principais características do gênero carta aberta, as quais eles já deverão saber, pelo menos em parte, para essa aula. Nesse ponto, basta ao professor apresentar a seguinte Carta e analisar suas principais características.

 

5

Disponível em: http://www.amb.org.br/teste/downloads/carta_mobilizacao_7abril_populacao.pdf.

Acesso em: 06 jul. 2011.

           

A seguir, apresentamos um box em se que sintetizam as principais características da  carta aberta. Aborde-as com os alunos, focalizando a análise da carta aberta anterior.

Carta Aberta

É um gênero ligado ao direito que cada cidadão tem de se manifestar diante dos problemas que atingem a sociedade. O autor de uma carta aberta pode direcionar sua crítica tanto para uma pessoa em específico, quanto para uma determinada comunidade. Isso sem perder de vista que ela está aberta à leitura de toda a sociedade.

 

     Características:

·        Remetente: cidadão comum, grupos de pessoas, entidades.

·        Destinatário: população, grupos políticos, representantes.

·        Objetivo: alertar, persuadir, protestar.

·        Tema: problema que motivou a escrita da carta.

·        Contexto de circulação: rádio, televisão, internet, reuniões, distribuição de folhetos.

 

     Estrutura:

relativamente livre, porém organizada em:

·        Título (que explicita o destinatário da carta);

·        Introdução (que situa e contextualiza o problema);

·        Desenvolvimento (que analisa o problema e apresenta argumentos que fundamentam o ponto de vista do autor);

·        Conclusão (em que geralmente se solicita uma mudança, atitude ou resolução do problema).

·        Assinatura (que pode ser uma pessoa, um grupo ou uma entidade);

·        Local e Data (que geralmente aparece no final do texto).

 

     Linguagem:

·        Registro: predominantemente formal;

·        Interlocução: utilização de vocativos, de pronomes de tratamento e da 2ª pessoa do discurso;

·        Pessoa e tempo verbal: na 1ª do singular ou do plural (nós) e predominantemente no presente;

·        Intenção comunicativa: ampliar o alcance das informações e ganhar o apoio da população envolvida na questão. 

 

 

 

Atividade 03

           

            Após a reativação dos conhecimentos dos alunos já trabalhados em momentos anteriores, a aula pode seguir o curso, para iniciar, de fato, a produção das cartas abertas. Na execução dessa atividade, o professor deve orientar os alunos para que se dividam em grupos de no máximo 04 componentes.

 

            A atividade em grupo visa a desenvolver a capacidade de interação entre os colegas e a avaliar o comportamento e colaboração dos alunos entre si, na produção de um trabalho coletivo.

 

            O professor pedirá, então, para que os alunos, em grupo, utilizem um editor de texto, por exemplo, BROffice (o Microsoft Word do equipamento UCA), para a redação da carta aberta. Isso facilitará a correção e a manipulação do texto, tanto pelos alunos quanto, posteriormente, pelo professor.

 

             Em seguida, o professor deverá apresentar a seguinte produção de texto, analisando sistematicamente cada um dos textos que se seguem, solucionando as principais dúvidas dos alunos.

 

Produção de Texto – Carta aberta

 

            Observe atentamente os textos da coletânea a seguir:

 

Texto 01:

3

Disponível em:http://www.carosouvintes.org.br/blog/?author=16&paged=3.

Acesso em: 05 jul. 2011.

 

Texto 02:

AS DROGAS E A ADOLESCÊNCIA

            Não é um fenômeno único e isolado, o fato de haver  grande aumento do uso de drogas entre os adolescentes, durante a década passada, no Brasil, Estados Unidos e em outros países. Acreditava-se que, na década de 1960, os jovens passaram a consumir mais drogas com o advento da cultura e essa crença limitava-se somente aos jovens. Tal crença é uma ilusão e só pode obstruir as tentativas de se colocar o problema em perspectiva adequada.

            O emprego e abuso propagado de drogas não se restringem aos adolescentes e não começou com o advento da cultura jovem dos anos 1960, como qualquer um que tinha 20 anos na década de 1920 pode atestar.

            Conquanto possa haver diferenças significativas entre as gerações no que concerne aos seus padrões de uso de drogas, a sociedade mais ampla, da qual os adolescentes são uma parte, vem-se desenvolvendo como uma "cultura da droga" há muitos anos. Por exemplo, de um quarto a um terço de todas as prescrições médicas atualmente feitas no Brasil, são para estimulantes ou comprimidos para regime (anfetaminas) ou tranquilizantes. Entre 1964 e 1977, as receitas de Valium e Librium, os dois tranquilizantes mais usados, aumentou de 40 para 73 milhões por ano, só nos Estados Unidos.

            Revistas, jornais, rádios, televisões bombardeiam as pessoas com mensagens insistentes de que o alívio para quase tudo - ansiedade, depressão, excitamento - depende "exatamente de engolir mais um comprimido". Nas palavras de um garoto de 13 anos: "Espera-se que nós não tomemos drogas, mas a TV está cheia de comerciais mostrando pessoas correndo para obter seus comprimidos porque alguma coisa as incomoda". Os adolescentes que adotaram essa maneira de ver como a vida deve ser conduzida podem apenas estar refletindo modelos sociais e paternos.

            Através de pesquisas têm se mostrado que os jovens cujos pais fazem uso significativo de drogas como álcool, tranquilizantes, fumo, sedativos e anfetaminas são mais inclinados que os outros adolescentes a usar maconha, álcool e outras drogas. Como me disse um garoto de 15 anos: "Em minha casa, não se pode espirrar sem tomar algum comprimido. Minha mãe está sempre tomando alguma coisa para dor de cabeça, e meu pai para ficar acordado a fim de trabalhar à noite. Eles não são alcoólatras, mas certamente bebem muito. Assim sendo, sou algum criminoso por fumar maconha?”.

            Embora muitos adolescentes estejam se tornando dependentes de drogas de alto risco, a maioria não está. Apesar das predições lúgubres do fim dos anos 1960, de que estávamos na iminência de uma "epidemia" de uso de drogas entre adolescentes, nada disso realmente aconteceu. O uso da maconha, álcool e fumo está disseminado entre os jovens; mas o uso das drogas da contracultura, como o LSD e outras substâncias, inalantes (cheirar cola), estimulantes (anfetaminas) e calmantes (barbitúricos) e produtos que ingressaram mais recentemente no campo das drogas da juventude, como heroína, cocaína, PCP ("pó de anjo"), quaaludes etc., não tem sido detectado senão em uma de cada cinco pessoas nos Brasil, (e o índice geralmente é menor em outros países ocidentais). Muitos dentre os antigos consumidores ocasionais abandonaram tais drogas sem as substituir por outras.

            Não podemos tapar o sol com a peneira, não há lugar para complacência. Embora seja certo afirmar, por exemplo, que "apenas" de 3% a 5% dos estudantes de nível colegial no Brasil, já experimentaram maconha, isso significa mais de um milhão de jovens. Além disso, o uso de drogas "tradicionais" (isto é, de adultos), sobretudo o álcool, tem aumentado nos últimos anos, mais notavelmente entre os adolescentes mais jovens.

 

Disponível em: http://www.soartigos.com/artigo/458/DROGAS-NA-ADOLESCENCIA/.

Acesso em: 05 jul. 2011 (Adaptação).

 

Texto 03:

2

Disponível em:http://artur-moritz.blogspot.com/2010/04/justica-libera-realizacao-da-marcha-da.html.  

Acesso em: 05 jul. 2011.

 

Texto 04:

 

Quem Mantém o Tráfico é o Usuário
 

Só uma operação em larga escala, que envolva famílias, escola e Estado, poderá deter o avanço da droga.

 

            SEI QUE o combate às drogas é um assunto polêmico e realmente de difícil solução. Sei também que as pessoas que se empenham nesse combate estão agindo de boa-fé e convencidas das posições que defendem.

            Um dos pontos mais difíceis de abordar é a repressão ao usuário de drogas, que é visto não como um contraventor, mas como uma vítima da dependência química. De fato, não teria sentido tratar o viciado, que não consegue livrar-se da droga, do mesmo modo que o traficante, que se vale disso para ganhar dinheiro. Não obstante, me pergunto se todos os que consomem drogas são efetivamente dependentes, sem condição de livrar-se delas.

            Já abordei aqui este assunto, quando usei do seguinte argumento: assim como a maioria dos consumidores de bebidas alcoólicas não é constituída de alcoólatras, também a maioria dos consumidores de drogas as consome socialmente.

            Em grande parte, é gente de classe média alta e até mesmo executivos. Não podem ser vistos pelas autoridades do mesmo modo que os consumidores patológicos. Este é um aspecto importante a ser considerado no combate às drogas, uma vez que o consumidor é o fator decisivo para a manutenção ou extinção do tráfico: não haverá comércio de drogas, se não houver quem as compre. Sem consumidor, não há produção nem mercado.

            Insisto neste ponto porque, como disse acima -e todos o sabem- será impossível extinguir o tráfico (e mesmo reduzi-lo drasticamente) se o número de consumidores se mantiver alto. E o fato é que o consumo de drogas cresce de ano para ano. Se se admite, portanto, que é o consumidor quem garante a existência e expansão do tráfico, não resta dúvida de que é nele -no consumidor- que reside a chave do problema.

            Atualmente, prepondera o combate direto ao tráfico, de que resulta uma verdadeira guerra, travada, quase sempre, nos subúrbios e nas comunidades pobres, que enfrentam grandes dificuldades para se manter e a suas famílias, e pagam alto preço pelas consequências dessa guerra. E ao que tudo indica, com poucos resultados positivos. O tráfico continua a se expandir, envolvendo em suas malhas jovens cada vez mais jovens e até mesmo crianças cooptadas em suas escolas.

            Paremos para refletir: se é o consumidor que mantém o comércio de drogas, não é evidente que o modo efetivo de combatê-lo é reduzir progressivamente o número de consumidores? O erro cometido até aqui - se não me equivoco - terá sido reprimir tanto o traficante quanto o usuário de drogas, sem distinguir entre esses os que se drogam por necessidade patológica e os que o fazem socialmente. Mas, de qualquer maneira, a simples repressão, tanto ao usuário quanto ao traficante não resolverá o problema.

            Por estar convencido disso, proponho que se encare essa questão a partir do consumidor, ou seja, impedindo que o número desses continue a crescer e, mais que isso, tentar reduzi-lo progressivamente. Talvez as pessoas, que ainda não refletiram seriamente sobre o problema, tenham dificuldade de considerá-lo em sua verdadeira dimensão.

            Sem exagero, a droga, como fenômeno mundial, pode ameaçar a própria civilização, já que se vale da juventude, isto é, daqueles que amanhã terão a sociedade em suas mãos. Afora isso, a simples destruição de uma vida ou de uma família já justificaria todo o esforço possível para resolver tal problema. Por essa razão mesmo, acredito que o objetivo principal da luta a ser travada é manter os jovens e as crianças fora do alcance do traficante.

            Estou convencido de que só uma operação em larga escala, que envolva não apenas as famílias, mas também a escola e os órgãos do Estado, poderá deter o avanço da droga. Não se trata de simplesmente promover uma campanha de esclarecimento, acreditando que isso seria suficiente. Não o seria.

            Trata-se, a meu ver, de um trabalho permanente a ser desenvolvido por todos os setores da sociedade, devidamente organizado e mantido, evidentemente, pelo governo, com a participação da sociedade. Um trabalho de reeducação e esclarecimento em caráter permanente, visando o futuro, mas implantado depois de muita reflexão e cuidadosamente elaborado. Tarefa para os novos governantes.

 

           Ferreira Gullar. Folha de S. Paulo, 30 maio 2010.

 

COMANDO:

            Presente na vida de milhões de pessoas de todas as classes sociais, as drogas causam efeitos irreversíveis ao usuário, condenando-o a uma rotina marcada por vícios, violências e perdas. Consequências essas que atingem não só o usuário, mas também família, amigos e toda a sociedade em geral, constituindo um problema social para o qual toda a população deve voltar sua atenção.

 

Com base na leitura atenta da coletânea apresentada anteriormente, REDIJA uma carta aberta a ser publicada na Internet e na comunidade escolar com o objetivo de alertar a população sobre o seguinte tema:

 

O consumo de drogas entre os jovens brasileiros

 

            Ao desenvolver essa questão, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo das aulas sobre esse assunto. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, atentando-se à pertinência deles para seu texto.

 

O professor auxiliará os alunos ao longo de todo o processo de elaboração da carta aberta, principalmente na etapa de redação de textos, em que os alunos devem se atentar à utilização de uma linguagem adequada ao contexto. Nessa etapa, o professor deve alertar os alunos para uma escrita vinculada, sobretudo, à norma padrão, para dar maior credibilidade à carta. Entretanto, o professor também deve ressaltar que os alunos devem evitar expressões rebuscadas ou pedantes, já que a carta aberta tem por objetivo a sensibilização do leitor e que seu alcance deve se o mais amplo possível, num universo de eleitos com capitais culturais diferentes..

 

Atividade 04

 

Quando todos os grupos terminarem a elaboração de suas respectivas cartas, os alunos devem proceder a uma revisão atenciosa do trabalho feito.

 

Nesse ponto, os alunos se atentarão à estrutura e às características do gênero, bem como aos aspectos gramaticais que envolvem a escrita. Isto é, os alunos deverão corrigir os equívocos relacionados: à adequação do texto ao tema e à proposta; à argumentação; à coerência e coesão; bem como à norma padrão escolhida para essa produção textual.

 

O professor deve frisar a importância dessa revisão, visto que o texto será divulgado – com o nome deles – não só para a escola, como também para a comunidade e pela Internet. É essencial, portanto que eles corrijam devidamente quaisquer inadequações relacionadas a esse processo de produção.

 

Antes da divulgação do material, o professor deve avaliar cada trabalho produzido, de modo a fazer uma revisão final para evitar que incorreções estruturais sejam divulgadas. Além disso, ele deverá, sobretudo, ressaltar a criatividade dos alunos na produção de suas cartas. Esse retorno positivo é essencial para incentivar os alunos a se empenharem na execução de seus trabalhos.

 

Atividade 05

 

Depois da correção das produções pelo professor e da realização das últimas modificações pelos alunos, a carta aberta pode, então, ser divulgada. A divulgação ocorrerá na Internet, na escola e na comunidade.

 

Na Internet, os alunos deverão postar seus trabalhos no blog da turma para a apreciação dos colegas e dos internautas em geral. Além disso, os alunos devem enviar suas cartas por e-mail à sua lista de contatos, pedindo para que os destinatários também o encaminhem para suas respectivas listas e podem postá-la em redes sociais como o orkut e facebook. Assim, a carta aberta formará uma “corrente”, com o objetivo de atingir e conscientizar o maior número de internautas possível.

 

Na escola e na comunidade, os alunos deverão divulgar as cartas em papel impresso, como um folheto. A impressão fica, inicialmente, a cargo dos grupos, mas seria ótimo se a escola ou outra entidade pudessem custeá-los. Quanto mais cópias, maior a difusão e alcance das cartas, maior também a possibilidade de conscientização das pessoas.

 

Na escola, os alunos podem divulgar as cartas durante o intervalo ou na saída para casa. Na comunidade, os alunos podem divulgá-las, em grupo no horário da aula junto ao professor, indo a um parque ou uma praça, por exemplo, e entregando as cartas para os transeuntes ali presentes. Outra opção é a divulgação em um horário extraclasse. Nesse caso, os alunos, em grupo, deverão se dirigir a seus respectivos bairros para a distribuição das cartas a seus vizinhos, parentes, amigos ou a qualquer outra pessoa de seu círculo social.

 

É essencial que o professor, para o sucesso da atividade, mobilize e incentive seus alunos nessa última etapa. Para isso, é igualmente importante que o próprio professor abrace a causa deste trabalho e faça com que os alunos percebam a relevância de se conscientizar as pessoas sobre os problemas das drogas. Sem um posicionamento ativo quanto a isso, infelizmente, não há como haver interesse por parte dos alunos e muito menos – o mais importante – conscientização por parte das pessoas.    

Recursos Complementares

Sugestão de livros para o professor:

  • Drogas na escola: prevenir educando, Wanier Ribeiro;

  • Drogas na escola: alternativas teóricas e práticas, Julio Groppa Aquino;

  • Juventude e Drogas: anjos caídos, Içami Tiba.

 

Sugestões de livros para os alunos:

     

Sugestão de filmes sobre o assunto:

  • Bicho de sete cabeças;

  • Requiem para um sonho;

  • Christiane F;

  • Tropa de Elite;

  • Meu nome não é Johny;

  • Diário de um adolescente.

 

Sugestão de sites sobre o assunto:

Avaliação

             As avaliações ocorrerão de forma processual, ao longo de todas as atividades ministradas, as quais contemplam o desenvolvimento das habilidades de leitura, de escrita e de expressão oral.

 

            Os alunos, frequentemente, terão oportunidade de participar de discussões para que o professor perceba o desenvolvimento da capacidade interpretativa de cada um, apresentada por meio da oralidade. Nesse momento, o professor deverá estar alerta para o processo de argumentação do aluno, visando à pertinência das informações apresentadas bem como às marcas de registro popular e padrão, utilizadas concomitantemente. Em outras palavras, nessas situações, o professor deve perceber, portanto, como cada aluno tem avançado na produção e fundamentação do próprio texto oral.

            As atividades escritas a serem feitas serão avaliadas de acordo com o nível de entendimento individual do aluno, de forma a considerar a aquisição processual dessa habilidade. O professor deve observar se, nos textos, os alunos abordaram adequadamente:

 

·         O conteúdo relativo ao tema e ao objetivo de cada questão proposta, item mais importante e essencial;

·         A seleção de argumentos, que devem ser pertinentes e relevantes à temática apresentada;

·         Os processos de coesão e de coerência textual, responsáveis pelo encadeamento lógico-discursivo do texto;

·         O registro da língua utilizado, visto que os alunos devem ser capazes de utilizar o registro mais adequado à situação comunicativa apresentada.

 

O trabalho em grupo ressaltará a criatividade, a participação e integração de todos, tanto na apresentação, quanto na colaboração e dedicação da turma, levando em conta o grau de envolvimento e de desenvoltura de cada aluno durante a realização das tarefas. Nessa atividade, o professor terá a oportunidade de avaliar a originalidade e a capacidade de os alunos se interagirem entre si e com os outros. Por isso, ele deve se atentar ao desenvolvimento e envolvimento de cada um deles, lembrando que disso depende, em grande parte, o sucesso de todo o trabalho.

 

 

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 5 classificações

  • Cinco estrelas 4/5 - 80%
  • Quatro estrelas 0/5 - 0%
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Opiniões

  • Fábio Bispo , Colegio Estadual Eliel Martins , Bahia - disse:
    fabioafric@hotmail.com

    02/06/2014

    Cinco estrelas

    Achei muito interessante esse modo de atividade ,esse modo de ensinar um pouco mais sobre as consequencias das drogas em outras formas que não seja em palestras;inclusive estõ cursando o segundo ano do Ensino medio e estou respondendo essa mesma atividade,juntamente com os meu colegas do Colegio Estadual Eliel Martins-BA .


  • Conceição Nunes, Col. Estadual Aluízio Carneiro , Bahia - disse:
    conceicao.olieiranunes@hotmail.com

    04/05/2013

    Cinco estrelas

    Excelente sugestão de aula sobre um tema muito atual que é o uso indevido das drogas e que nos livros didáticos quase não se vê textos e interpretações sobre este conteúdo. Parabéns pelo trabalho, vai ajudar muitos professores comprometidos com a sua função de informar, conscientizar sobres os terríveis males que as drogas causam.


  • renata rodrigues, Escola Mul. Vinícius de Aquino Ramos , Goiás - disse:
    renataroc2010@hotmail.com

    04/09/2012

    Cinco estrelas

    gostei muito da forma como o tema drogas foi abordado pelo professor, caso tenha mais sugestoes como este gostaria que você as disponibilizassem para colegas professores se possivel for. Eu faço um trabalho nas escolas de Itumbiara -Goias que recebe o nome de Prevenção Qualidade de Vida - Amor Exigente ministro aulas nas escolas municipais abordando temas como drogas, gravidez na adolescencia e outros assuntos relacionados sempre a prevenção, e material como este para mim e valioso. obrigada.


  • Maria Cristina, Jorge Avellar Neto , Minas Gerais - disse:
    cristinamaciel63@hotmail.com

    28/07/2011

    Cinco estrelas

    Como estou começando a lecionar agora, adorei sua aula . Parabéns pelo trabalho maravilhoso. Esta já é mais uma ideia para o segundo semestre.


  • ELIANE DA SILVA E SILVA, E M E I F PADRE JOSE DE ANCHIETA , Pará - disse:
    nobre_tulipas@hotmail.com

    28/07/2011

    Três estrelas

    bem criativa, vai me ajudar bastante.


Sem classificação.
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