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Resistência política nos cárceres da Ditadura Militar brasileira.

 

30/08/2011

Autor e Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Lígia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Médio História Poder
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Compreender o papel da resistência dos presos políticos no movimento de luta contra a Ditadura Militar, pela Anistia e a favor da redemocratização do Brasil.

- Entender as formas de ações dos presos contra a Ditadura Militar.

- Identificar as estratégias de resistência políticas nos cárceres brasileiros.

Duração das atividades
Três aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

 

A Ditadura Militar no Brasil entre 1964 a 1985.

Estratégias e recursos da aula

Introdução

No final da década de 1970, a Ditadura Militar instalada com o Golpe de 1964 mostrava sinais de enfraquecimento. Os militantes feitos presos políticos em razão da ação do aparelho repressivo da Ditadura cumpriram importante papel na luta pela Anistia. Entre as formas de ação adotadas pelos presos políticos para alcançar os seus objetivos, podem ser citadas: denúncias de torturas, denúncias de assassinatos e das condições carcerárias. As estratégias de resistência passavam pela escrita de diários, a criação de obras de artes, as greves de fome e a formação de coletivos. O ano de 1979 foi marcado por uma importante greve de fome nacional dos presos políticos por uma Anistia ampla, geral e irrestrita.

 

Primeiro momento

Desenvolvimento

O professor irá trabalhar o assunto “Resistência política nos cárceres da Ditadura Militar brasileira” em três momentos diferentes, quando os alunos terão acesso a uma fonte, um suporte e um tema distintos.  Na primeira etapa, o tema será “Greve de fome”, tendo como fontes um texto e fotografias.

Os alunos lerão o texto abaixo, sobre a greve de fome dos presos políticos em 1979. 

 

- Texto, disponível em: http://www.averdade.org.br/modules/news/article.php?storyid=967.

 

A partir das informações do artigo, interpretar as imagens logo a seguir em uma análise oral.O professor deverá chamar a atenção dos alunos para que se fixem em cada elemento que compõe a imagem: pessoas, posturas, hierarquias, escritos, etc.

 

Marco Antônio de Araújo

Marco Antônio de Araújo, cumprindo pena na Colônia João Chaves, aderiu à greve de fome. Local: Natal, Rio Grande do Norte.Data: 5 de agosto de 1979. In: VIANA, Gilney Amorim; CIPRIANO, Perly. Fome de Liberdade. 2. ed. São Paulo: Perseu Abramo, 2009.

 

Jorge Raymundo

Jorge Raymundo recebe soro em sua cela no presídio político da Rua Frei Caneca, durante greve de fome.Local: Rio de Janeiro. Data: 1979. In: VIANA, Gilney Amorim; CIPRIANO, Perly. Fome de Liberdade. 2. ed. São Paulo: Perseu Abramo, 2009.

 

Segundo momento

Nesta segunda etapa, o tema será o “Apoio da sociedade civil à greve”, analisado por meio da figura de Teotônio Vilela, tendo como fontes um texto e uma canção.

Os alunos irão ler o texto abaixo sobre a visita que o então senador Teotônio Vilela, pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), fez ao Presídio Frei Caneca, para ouvir o depoimento dos presos sobre a situação deles na cadeia e o Projeto de Anistia em debate nos meios públicos na ocasião. Os alunos deverão ficar atentos a três aspectos: o objetivo da visita de Teotônio Vilela, a estratégia adotada pelos presos e anunciada na visita e o objetivo da greve de fome.

 

- Pesquisa no Acervo Veja Virtual (os estudantes vão pesquisar o ano de 1979, número 18 de julho de 1979, páginas 22-23), disponível no link: http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx .

 

Em seguida, os alunos escutarão a canção “Menestrel das Alagoas”, composição de Milton Nascimento e Fernando Brant em homenagem a Teotônio Vilela, analisando a identidade que a música cria para o senador, por meio das ações que os músicos listam na letra (por exemplo: “Fala o quê?”; “Espalha o quê?”; “Redescobre o quê?”, etc.).

- Canção “Menestrel das Alagoas”, disponível no link: http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/441460/

 

Por fim, os alunos irão debater sobre o papel de Teotônio Vilela na luta dos presos políticos pela Anistia.

 

Terceiro momento

Nesta terceira etapa, o tema será “Anistia”, tendo como fonte uma charge.

Os alunos deverão ler o texto “Anistia no Brasil, no contexto da Ditadura Militar”, disponível no link abaixo, observando: a definição de anistia, os tipos de anistia e os efeitos da Lei de Anistia brasileira de 1979.

 

- Texto sobre a Lei de Anistia, link: http://www.brasilescola.com/politica/anistia.htm.

 

Em seguida, com base nas informações obtidas com o texto, a proposta é que os alunos interpretem oralmente a charge, a partir da discussão de dois eixos: o primeiro, identificação dos elementos presentes na charge que permitem interpretar a crítica feita pelo autor; o segundo, interpretação da ideia geral da charge.

Anistia

Charge Anistia. S.L. Data: 1979. In: VIANA, Gilney Amorim; CIPRIANO, Perly. Fome de Liberdade. 2. ed. São Paulo: Perseu Abramo, 2009. Autor: Nani.

 

Conclusão

Os alunos deverão ser incentivados a perceber a luta dos presos políticos brasileiros contra a Ditadura Militar no final da década de 1970, por intermédio de suas ações em favor de uma Anistia ampla, geral e irrestrita. A aula proporcionará ao aluno conhecimentos sobre a greve de fome como estratégia de resistência política nos cárceres brasileiros e as ações de mobilização que visavam a obter o apoio da população aos intuitos democráticos dos presos políticos.

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos deverão ser avaliados na sua capacidade de analisar a fonte iconográfica, na sua desenvoltura no debate e na acuidade crítica em relação à canção como suporte de valores do mundo político. Deverão ser avaliados quanto à sua interpretação de fontes históricas impressas, assim como na apresentação das suas conclusões. Por fim, os alunos serão avaliados em relação a sua capacidade de pesquisa e trabalho em grupo, assim como na criatividade da apresentação da pesquisa.

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