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O cotidiano operário a partir do século XVIII – UCA

 

23/09/2011

Autor e Coautor(es)
ALINNE GRAZIELLE NEVES COSTA
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Leide Divina Alvarenga Turini

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final História Nações, povos, lutas, guerras e revoluções
Ensino Fundamental Final História Cidadania e cultura no mundo contemporâneo
Ensino Fundamental Final História Relações sociais, a natureza e a terra
Ensino Fundamental Final História Relações de trabalho
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Identificar fatores de transformação na vida da população que migrou dos campos para as cidades para trabalhar nas fábricas;
  • Compreender de que forma o tempo passou a regular a vida dos operários das fábricas;
  • Caracterizar os principais movimentos de reivindicação operária.
Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O aluno deverá ter conhecimento sobre as mudanças no sistema produtivo: do artesanato à formação das fábricas no século XVIII.

Estratégias e recursos da aula

UCA

 

Professor, para o desenvolvimento das atividades desta aula, os alunos devem ter acesso ao netbook do projeto UCA (Um computador por aluno) e à internet.

Observação: devido ao pequeno espaço na memória dos netbooks, é importante que cada aluno tenha sempre em mãos um pendrive para salvar os seus trabalhos.

 

Abaixo, a discriminação dos softwares utilizados e as especificações para executá-los no sistema Linux do netbook-UCA:

KWord- Menu K - Metasys - Aplicativos - Ferramentas de Produtividade - Suíte Escritório - Processador de Textos.

WxCam - Menu K Aba Aplicativos - Multimídia; O Aplicativo “Visualizador de Imagens” abre o aplicativo de mesmo nome que nos permite visualizar as imagens armazenadas no disco do laptop ou em memória externa, como por exemplo, um pendrive.

Firefox - ícone “figura de um globo terrestre"  localizado na área de trabalho (Desktop).

KolourPaint - Menu K - Aplicativos - Aplicações Gráficas - Ferramentas de Pintura.

Amarok- Tocador de Música – Metasys- Aplicativos- Multimídia – Tocador de Músicas

Krecord- Menu K Aba Aplicativos Multimídia Editores de Áudio

KPresenter- Menu K - Aplicativos - Ferramentas de produtividade - Gerador de Apresentação

Para entender melhor o uso de alguns aplicativos do Linux, consulte:  http://www.slideshare.net/MOISESSGA/apresentao-formao-projeto-uca

Atividade

I-  A FORMAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA

 

Professor, nos textos abaixo, o aluno compreenderá que a Revolução Industrial fez surgir a classe operária, formada por homens, mulheres e crianças que vendiam sua força de trabalho em troca de salários. Além disso, a Revolução Industrial marcada pelo predomínio do trabalho nas fábricas, acabou alterando a percepção do tempo que orientava a vida das pessoas.

 

TEXTO 1: De substantivo plural a singular: a transformação das classes trabalhadoras em classe operária por Alexandre Barbosa Fraga

I- A formação da classe operária

Thompson e Hobsbawm indagaram-se sobre uma mesma questão: quando e como as classes trabalhadoras transformaram-se em classe operária? Para ambos essa transformação é um fenômeno histórico que ocorreu na sociedade inglesa, mas enquanto para Thompson a classe operária se formou de 1780 a 1832, para Hobsbawm isso somente ocorreu bem mais tarde, de 1870 a 1914. Dessa forma, há entre eles uma discordância no aspecto temporal que, como será aqui retratado, tem por trás uma interessante diferença teórica. 

Edward P. Thompson, em A Formação da Classe Operária Inglesa, estudou o processo de fazer-se da classe trabalhadora na Inglaterra. Os trabalhadores antes de serem operários, reagiram para se manterem artesãos. Para ele, neste processo de transformação econômica, a classe trabalhadora estava em luta, querendo reagir à implementação do regime capitalista. Os tecelões e artesãos aproximaram-se por meio dos costumes, das tradições e dos valores que tinham em comum e reagiram coletivamente contra o trabalho assalariado.

Para Thompson, é discutível a ideia de que foram os operários que formaram o verdadeiro núcleo do qual o movimento trabalhista retirou suas ideias, organização e liderança. Para ele, em muitas cidades inglesas, isso foi formado por sapateiros, tecelões, seleiros, livreiros, impressores, pedreiros e pequenos comerciantes. "No princípio da década de 1830, os tecelões manuais do algodão superavam todos os homens e mulheres empregados nas fiações e tecelagens industriais de algodão, lã e seda somados" (THOMPSON, 1987b: 15).

Entre 1780 e 1832 já haveria a formação da classe operária, por conta da consciência de uma identidade de interesses entre esses diferentes grupos de trabalhadores e por haver uma crescente organização política e industrial (sociedades de auxílio mútuo, movimentos religiosos e educativos, organizações políticas, periódicos). "O fazer-se da classe operária é um fato tanto da história política e cultural quanto da econômica. Ela não foi gerada espontaneamente pelo sistema fabril" (THOMPSON, 1987b: 17).

Disponível na íntegra em: http://www.espacoacademico.com.br/082/82fraga.htm

Acesso em 09 de setembro de 2011

 

TEXTO 2: O TEMPO DE TRABALHO NO CAPITALISMO  por Alice Morais Braga

"Da mesma forma que o camponês, o mercador está submetido, na sua atividade profissional, em primeiro lugar ao tempo meteorológico, ao ciclo das estações, à imprevisibilidade das intempéries e dos cataclismos naturais. Neste aspecto, e durante muito tempo, ele só necessitou de submissão à ordem da natureza e de Deus e só teve como meio de ação, a oração e as práticas supersticiosas. Mas quando se organiza uma rede comercial, o tempo torna-se objeto de medida. (LE GOFF, 1979, p. 51) Segundo Le Goff, com as alterações verificadas na economia, a partir do século XIV, o tempo da Igreja, ritmado segundo ofícios ligados a atividades religiosas, foi sendo substituído, “[...] pelo tempo mais exatamente medido, utilizável para as tarefas profanas e laicas, o tempo dos relógios.” (LE GOFF, 1979, p.53). Afirma: A demora de uma viagem, por mar ou por terra, de um lugar para outro, o problema dos preços que, no decorrer de uma mesma operação comercial, e mais ainda quando o circuito se complica, sobem ou descem, aumentam ou diminuem os lucros, a duração do trabalho artesanal ou operário[...] tudo isso impõe cada vez mais à sua atenção e se torna objecto de regulamentação cada vez mais minuciosa. (LE GOFF, 1980, p. 51) Para Marx o tempo de trabalho subdivide em tempo de trabalho necessário e tempo de trabalho excedente. Defini tempo de trabalho necessário àquela fração de tempo de trabalho que é necessária à própria manutenção do próprio trabalhador. Já o tempo de trabalho excedente existe quando o trabalhador não detém mais os meios de produção e a outra fração do seu tempo total de trabalho é dedicada ao detentor desses meios."

Disponível na íntegra em: http://www.estudosdotrabalho.org/anais6seminariodotrabalho/alicebragaejosecanoas.pdf

Acesso em 09 de setembro de 2011

 

ROTEIRO DA ATIVIDADE:

1- Peça aos alunos que acessem os links acima para leitura dos textos na íntegra.

2- Partindo dos textos, sugira aos alunos, em trios,  que, no KWord respondam as questões abaixo:

a) No texto 1, que acontecimento histórico foi objeto de divergência entre os historiadores?

b) Para Thompson, como e quando se formou a classe operária inglesa?

c) Já no texto 2, a autora explica sobre as mudanças na percepção da passagem do tempo. Tendo como referência o texto 2, explique como era a medição do tempo nas áreas rurais e nas cidades.  

d) Para Marx, o tempo de trabalho pode ser subdividido em “tempo de trabalho necessário e tempo de trabalho excedente.” Explique o que Marx estava querendo dizer com isso.

3- Todos os trios deverão socializar suas respostas com todos da turma.

pesquisa

4- Os relógios já existiam muito antes da Revolução Industrial, mas foi a necessidade de sincronizar o trabalho das fábricas que difundiu o uso e a produção do relógio. Desta forma, proponha aos alunos que, em grupos de no máximo cinco integrantes, façam uma pesquisa na internet buscando responder as questões abaixo:

Cite alguns tipos de relógios difundidos desde as origens dessa importante invenção humana.

Como era o modelo de relógio mais utilizado do século XV ao XVII?

Qual a importância do relógio na Revolução Industrial?

Os operários podiam entrar com relógios nas fábricas?

Atualmente, o relógio continua sendo importante?

Sugestões de sites para pesquisar:

http://www.mundodosrelogios.com/tiposrelogios.htm

http://www.relogioantigo.com.br/curiosidades.html

http://pcdsh01.on.br/histrelog1.htm

http://pessoal.educacional.com.br/up/20021/1111376/t1311.asp

5- Peça aos alunos que façam no KPresenter uma apresentação contendo informações e imagens das questões acima levantadas.

6- Todas as apresentações deverão ser socializadas com a turma.

7- A expressão “tempo é dinheiro” surgiu no século XVIII com Benjamim Franklin.Tendo como referência os textos e o que neles foi explicado, sugira aos alunos que, em trios, criem no  KolourPaint um charge sobre a temática tempo é dinheiro.

8-Todos os trios deverão socializar suas charges com a turma.

 

II – O DIA A DIA DO TRABALHADOR

Professor, perceberemos através do texto e do vídeo abaixo, que a vida do trabalhador nos primórdios da industrialização era extremamente dura. O trabalho era exaustivo, monótono e disciplinar.

 

TEXTO: REVOLUÇÂO INDUSTRIAL

"O trabalho fabril na Inglaterra do século XIX: jornada de trabalho de 12 a 16 horas; restrições para tomar água ou mesmo usar o banheiro; exploração do trabalho infantil em larga escala; acidentes frequentes na operação do maquinário. Huberman cita o caso de um proprietário de escravos das Índias Ocidentais que fica chocado ao ver as condições em que crianças trabalham em Londres (HBERMAN, 192). Essas massas são vistas com apreensão pela alta sociedade; há uma cobrança constante por mecanismos de controle social. Os ingleses usam com êxito uma combinação de moral religiosa e direitos naturais de inspiração iluminista que incentivam a resignação; apenas a grande fome da década de 1880 vai fazer com que trabalhadores londrinos se organizem para fazer greves e reivindicações (BRESCIANI, 106)"

Disponível na íntegra em: http://www.webartigos.com/articles/70289/1/Revolucao-Industrial/pagina1.html

Acesso 09 de setembro de 2011

VÍDEO: Daens - Um grito de justiça parte 1 de 13

daens

Disponível em:  http://www.youtube.com/watch?v=dkMpvJREnkA

Acesso em 09 de setembro de 2011

 

 

IMAGEM:

 

 

filme

 

Disponível em: http://cap-unicamp.webnode.com.br/products/daens%20-%20um%20grito%20de%20justi%C3%A7a/

Acesso 09 de setembro de 2011

 

Professor, o vídeo acima é um fragmento do filme Daens - Um grito de justiça, que é um drama indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 1993. Narra a história do Padre belga Adolf Daens (Jan Decleir), um pioneiro na luta pelos direitos dos trabalhadores em seu país na virada do século. Nessa época, as tecelagens do norte da Bélgica decidiram substituir os operários por mulheres e crianças, a quem pagavam salários menores. Conseguiam, assim, manter preços que permitiam enfrentar a concorrência da indústria inglesa.

Roteiro da Atividade:

1- Peça aos alunos que acessem os links acima para leitura do texto na íntegra e para a visualização do vídeo.

2- Com base nas informações acima, proponha aos alunos que, em duplas, elaborem um pequeno texto no KWord  para explicar como os trabalhadores eram tratados nas fábricas.

3- Sugira que cada dupla troque seu texto com outra dupla, e assim por diante,  proporcionando o contato dos alunos com todos os textos da turma.

4- Utilizando as informações do texto e do vídeo acima apresentado, peça aos alunos que, em grupos de no máximo seis integrantes, criem uma peça retratando a vida dos operários nas fábricas. Esta peça deverá ser gravada na  WxCam.

5-Todos os grupos deverão exibir a sua peça para todos da turma.

6- Na época da Revolução Industrial, a exploração do trabalho dos operários tornou-se uma fonte de enormes lucros para os donos das fábricas que, interessados apenas em lucrar, empregavam muitas crianças que, assim como as mulheres, ganhavam menos. Muitas crianças morriam por causa do excesso e das péssimas condições de trabalho a que eram submetidas.

7- Proponha aos alunos que façam, em grupos de no máximo quatro integrantes, uma pesquisa na internet sobre a exploração do trabalho infantil buscando responder as questões do roteiro abaixo:

Atualmente, existe trabalho infantil?

Quais são os efeitos do trabalho infantil para o desenvolvimento da criança?

O trabalho infantil é proibido por lei?

Qual é esta lei que fala sobre trabalho infantil?

O combate à exploração do trabalho infantil tem tido sucesso?

8- Peça aos alunos que criem um blog contendo informações e imagens das questões acima levantadas.

Sugestão: Professor para entender melhor como se cria um blog sugira aos grupos que consultem o site: blog http://criar1blog.blogspot.com/

9-Todos os grupos deverão apresentar seus blogs a todos da turma e, consequentemente, poderão promover uma campanha contra a exploração do trabalho infantil em sua escola.

 

III – AS LUTAS OPERÁRIAS

Professor, nos vídeos abaixo o aluno poderá retomar alguns assuntos importantes que marcaram a Revolução Industrial e compreenderá que os operários ingleses, apesar das péssimas condições de trabalho a que eram submetidos, não aceitaram passivamente a exploração capitalista.

video

 

Parte1:

enem1

Disponível em:  http://www.youtube.com/watch?v=M6pnuILE688

Acesso em 09 de setembro de 2011

 

Parte 2:

enem2

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=EOt9Y4lWII4&feature=related

Acesso em 09 de setembro de 2011

Roteiro da Atividade:

1- Peça aos alunos que acessem os links dos vídeos acima e assistam aos vídeos.

2- Sugira aos alunos que, em trios, redijam no KWord um texto explicativo sobre a organização do movimento operário a partir do século XIX, contendo as palavras abaixo:

 

Movimento Operário

 

Greves e Motins

Movimento Ludista

Cartismo

Carta do Povo

Organização Sindical

Trade Unions

Manifesto Comunista

 

 

3- Todos os trios deverão socializar seus textos com todos da turma.

pesquisa

4- A partir do século XIX, vários intelectuais propuseram alternativas para a organização da sociedade. Desta forma, proponha aos alunos que se dividam em grupos para a realização de uma pesquisa sobre alguns desses intelectuais abaixo indicados.

Robert Owens

 Saint-Simon

Charles Forrier

Karl Marx

Friedrich Engels

Mikhail Bakunin

Oriente os alunos a considerarem para a pesquisa:

O nome e a nacionalidade desse intelectual;

A época em que ele viveu;

Principais ideias de cada intelectual;

Imagens sobre os teóricos.

5- Os dados coletados pelos grupos, incluindo imagens, devem ser organizados no KPresenter  e apresentados para toda a turma.

Recursos Complementares

Vídeos que os alunos e professores podem acessar para aprofundamento das questões propostas nesta aula:

Vídeo Movimento operário Século XIX:  http://www.youtube.com/watch?v=kXdpUHVCc6Y

Vídeo movimento operário.wmv :  http://www.youtube.com/watch?v=twiovBrjLKY&feature=related

Slides: http://www.slideshare.net/maria40/mundo-industrializado-no-sculo-xix

Sugestão de leitura para professores e alunos:

Da Revolução Industrial ao movimento operário: as origens do mundo contemporâneo:  http://www.moreira.pro.br/tema24.htm

Todos os links foram acessados em 09 de setembro de 2011.

Avaliação

A avaliação deve permear toda a atividade pedagógica do professor. Desta forma, ao longo das propostas apresentadas, o professor poderá avaliar o aluno segundo sua participação nas atividades realizadas: pesquisas, leitura e interpretação de texto, exposições dialogadas, debates, respostas aos roteiros de pergunta, apresentações de pesquisas, criação de charges, blogs e campanhas educativas.

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