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Projeto iniciação científica – Uma lupa na língua – O emprego dos verbos em gêneros discursivos da ordem do narrar

 

19/04/2012

Autor e Coautor(es)
LAZUITA GORETTI DE OLIVEIRA
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Analisar o emprego dos verbos e do tempo verbal como um recurso linguístico essencial em gêneros discursivos da ordem do narrar.
  • Verificar, por meio de análise de textos, a função dos verbos e dos tempos verbais na sequência lógico-temporal das ações na narrativa.
Duração das atividades
05 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Elementos da estrutura narrativa;
  • Tempos e modos verbais.
Estratégias e recursos da aula
  • Utilização do laptop UCA;
  • utilização de vídeos do Youtube;
  • atividades realizadas em grupo de alunos;
  • utilização de textos, imagens e vídeos veiculados na internet.

 

lupa

Disponível em:

http://4.bp.blogspot.com/_13pKMZejnhQ/S_-T4Q75mqI/AAAAAAAAB-o/Uz8gAggynHE/s1600/magnifying-glass.jpg

Esta proposta de trabalho faz parte de um projeto maior de iniciação científica, intitulado “Uma lupa na língua”, em que se tomam os gêneros discursivos como elementos desencadeadores  de estudo e reflexão sobre as diversas práticas de linguagem: leitura, escuta, produção de textos nas modalidades oral e escrita, reflexão e análise linguística.

Espera-se que o produto final alcançado com a realização desse projeto seja não só o aperfeiçoamento do aluno como leitor e produtor de textos, mas também como interlocutor mais seguro e consciente dos usos da língua e das linguagens que constituem os  gêneros – orais e escritos – mais comuns em circulação na sociedade.

Nesta perspectiva, no caso específico desta proposta,  tomando o "conto" como objeto de ensino, objetiva-se analisar o emprego dos verbos e do tempo verbal como um recurso linguístico essencial em gêneros discursivos da ordem do narrar, nos quais predominam uma postura narrativa, identificada (dentre outras marcas) pela recorrência de verbos principalmente do pretérito perfeito.

Atividade 1

Primeira etapa do projeto: análise e avaliação da situação inicial

 Observação:

Nesta etapa, objetiva-se despertar o interesse do aluno pelas atividades que serão realizadas, buscando sensibilizá-lo para o tema que será estudado.  É importante dar voz ao aluno, envolvendo-o ativamente no projeto, para isso, faz-se necessário aproveitar todas as manifestações dos estudantes, buscando relacioná-las, quando possível, ao tema que será desenvolvido. Neste momento, o professor terá condição de avaliar o conhecimento prévio dos alunos a respeito da temática selecionada, levando-os a fazer inferências e a levantar hipóteses sobre o que vão estudar.

 1. O professor deverá conversar com os alunos, dizendo a eles que irão estudar um gênero da ordem do narrar – o conto, retomando com eles  os elementos que compõem a estrutura narrativa. O professor deverá, nesse momento, perguntar aos alunos, por exemplo:

a. Quais os contistas brasileiros vocês conhecem?

b. Vocês já leram contos? Que tipos de contos vocês já leram ou ouviram?

c.  O gênero discursivo conto caracteriza-se  pela  brevidade e concisão: em um espaço e tempo limitados, ocorre um único conflito, vivido por poucas personagens.  Cite exemplos de contos que confirmam esta afirmação.

2. No conto, em geral, predomina a sequência discursiva narrativa em que as ações ou fatos são organizados em uma sequência temporal e causal. Quais são os elementos linguísticos responsáveis por essa ordenação?

3. O professor deverá mediar a conversa com os alunos, organizando-a de forma que todos que quiserem tenham espaço  para falar.  A partir dessa sondagem,  o professor define, juntamente com os alunos, os seguintes passos do projeto a ser desenvolvido.

a. Delimitação do tema: o emprego dos verbos e do tempo verbal como um recurso linguístico essencial no conto -  gênero discursivo da ordem do narrar.

b. Perguntas de pesquisa:

  •  Qual é a função dos verbos e do tempo verbal na construção de gêneros discursivos da ordem do narrar?
  •  Como se dá a sequência lógico-temporal das ações na narrativa?

c. Justificativa:

A análise de gêneros da ordem do narrar envolve não só o conhecimento de seus elementos estruturais, mas também de outros fatores, tais como os mecanismos de textualização empregados em um determinado contexto,  por exemplo, o emprego dos verbos no pretérito nos tempos do pretérito, recurso essencial para  a sequência lógico-temporal das ações na narrativa.

d. Metodologia:

O professor deverá dispor os alunos, em grupo de cinco elementos cada, para realizar a análise dos contos que serão sorteados entre eles. Cada grupo deverá analisar, no mínimo, dois contos.

Grupo I: A doida;  Maneira  de amar – Carlos Drummond de Andrade.

Disponíveis em:

http://pensador.uol.com.br/maneira_de_amar_drummond/

http://vislumbresdocesevermelhos.blogspot.com/2010/09/doida-carlos-drummond-andrade.html

Grupo II: A disciplina do amor; As formigas – Lygia Fagundes Telles

Disponíveis em:

http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/

http://manoelneves.com/2008/02/04/o-conto-da-mulher-brasileira-as-formigas-de-lygia-fagundes-telles/

Grupo III: O retrato oval – Edgar Alan Poe; O  Chapéu – Charles Kieffer

Disponíveis em:

http://www.arquivors.com/eapoe1.htm

http://tellstor.blogspot.com/2012/01/o-chapeu-planejei-meticulosamente-o.html

Grupo IV: A aranha – Orígenes Lessa; Tentação – Clarice Lispector

Disponíveis em:

http://tempoesquecido.blogspot.com/2007/03/aranha.html

http://www.tirodeletra.com.br/conto_canino/Tentacao-ClariceLispector.htm

Grupo V:  O primeiro beijo ; Felicidade Clandestina – Clarice Lispector

Disponíveis em:

http://sementedamente.blogspot.com/2011/02/o-primeiro-beijo-por-clarice-lispector.html

http://my.opera.com/Lux%C3%BAria/blog/2009/09/20/felicidade-clandestina

 

e. Cronograma: 05 aulas de 50 minutos cada.

 

Atividade 2

Segunda etapa: desenvolvimento do tema -  momento privilegiado de construção de conhecimento e elaboração de questionários para responder a perguntas das pesquisas.

 Esta  etapa  é o momento de desenvolver atividades que possibilitem o aprofundamento do tema em estudo, preparando os alunos para a etapa seguinte, quando eles trabalharão de forma autônoma. 

I - O professor deverá entregar aos alunos a resenha do conto “ A maior flor do mundo” de José Saramago, o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998. O professor faz a leitura oral do texto para os alunos, perguntando a eles, no final: quem gostaria de conhecer essa história?

amaiorflorcapa

Disponível em:

http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=40243

A maior flor do mundo é uma magnífica história para crianças, mas, antes de tudo, é um legítimo Saramago. Transformando-se em personagem, o autor nos conta que uma vez teve uma ideia para um livro infantil, inventou uma história sobre um menino que faz nascer a maior flor do mundo. Não se julgava capaz de escrever para crianças, mas chegou a imaginar que, se tivesse as qualidades necessárias para colocar a ideia no papel, ela resultaria verdadeiramente extraordinária: "seria a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas...".
É dessa fantasia de grandiosidade que nasce o livro. Os leitores são chamados para uma divertida brincadeira, pois Saramago narra a história do menino e da flor não como se ela fosse a história de verdade, mas como se fosse apenas o esboço do que ele teria contado se tivesse o poder de fazer o impossível: escrever a melhor história de todos os tempos.
Entrando no jogo com o autor, os pequenos leitores vão saber que ninguém nunca teve nem terá esse poder. Vão saber também que a literatura é o lugar do impossível: o menino desta história faz uma simples flor dar sombra como se fosse um carvalho. Depois, quando ele "passava pelas ruas, as pessoas diziam que ele saíra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do que o seu tamanho e do que todos os tamanhos". Como nos velhos livros de literatura infantil, Saramago conclui: "E é essa a moral da história".

Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 2001, categoria criança.

Disponível em:

http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=40243

II -  Nesta aula, o professor deverá exibir para os alunos o vídeo sobre o conto “A maior flor do mundo” de José Saramago, ou solicitar a eles que, em dupla, acessem a página seguinte para assistirem ao filme proposto.

Vídeo: A maior flor do mundo – José Saramago

Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=YUJ7cDSuS1U&feature=related

III - O professor deverá entregar para os alunos a cópia do conto e  fazer a  leitura oral do texto para eles.

A MAIOR FLOR DO MUNDO (José Saramago)

a maior flor

Disponível em:

http://emcapsulas.blogspot.com/2011/02/maior-flor-do-mundo.html

As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá-las complicadas. Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender, e tenho pena. Além de ser preciso saber escolher as palavras, faz falta um certo jeito de contar, uma maneira muito certa e muito explicada, uma paciência muito grande – e a mim falta-me pelo menos a paciência, do que peço  desculpa.

Se eu tivesse aquelas qualidades todas poderia contar, com pormenores, uma linda história que um dia inventei, mas que, assim como a vão ler, é apenas o resumo de uma história, que em duas palavras se diz… Que me seja desculpada a vaidade se eu até cheguei a pensar que a minha história seria a mais linda  de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas… Há quanto tempo isso vai!

Na história que eu quis escrever, mas não escrevi, havia uma aldeia. (Agora vão começar a aparecer algumas palavras difíceis, mas, quem não souber, deve ir ver no dicionário ou perguntar ao professor.)

Não se temam, porém, aqueles que fora das cidades não concebem histórias nem sequer infantis: o meu herói menino tem as suas aventuras aprazadas fora da sossegada terra onde vivem os pais, suponho que uma irmã, talvez um resto de avós, e uma parentela misturada de que não há notícia.

Logo na primeira página, sai o menino pelos fundos do quintal, e, de árvore em árvore, como um pintassilgo, desce ao rio e depois por ele abaixo, naquela vagarosa brincadeira que o tempo alto, largo e profundo da infância a todos nós permitiu…

Em certa altura, chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinho. Dali para diante começava o planeta Marte, efeito literário de que ele não tem responsabilidade, mas com que a liberdade do autor acha poder hoje aconchegar a frase. Dali para diante, para o nosso menino, será só uma pergunta sem literatura: «Vou ou não vou?» E foi.

O rio fazia um desvio grande, afastava-se, e de rio ele estava já um pouco farto, tanto que o via desde que nascera. Resolveu cortar a direito pelos campos, entre extensos olivais, ladeando misteriosas sebes cobertas de campainhas brancas, e outras vezes metendo por bosques de altos freixos onde havia clareiras macias sem rasto de gente ou bicho, e ao redor um silêncio que zumbia, e também um calor vegetal, um cheiro de caule sangrado de fresco como uma veia branca e verde.

Ó que feliz ia o menino! Andou, andou, foram rareando as árvores, e agora havia uma charneca rasa, de mato ralo e seco, e no meio dela uma inóspita colina redonda como uma tigela voltada. Deu-se o menino ao trabalho de subir a encosta, e quando chegou lá acima, que viu ele? Nem a sorte nem a morte, nem as tábuas do destino… Era só uma flor. Mas tão caída, tão murcha, que o menino se achegou, de cansado. E como este menino era especial de história,  achou que tinha de salvar a flor. Mas que é da água? Ali, no alto, nem pinga. Cá por baixo, só no rio, e esse que longe estava!... Não importa.

Desce o menino a montanha, atravessa o mundo todo, chega ao grande rio Nilo. No côncavo das mãos recolhe quanto de água lá cabia. Volta o mundo a atravessar, pela vertente se arrasta. Três gotas que lá chegaram, bebeu-as a flor sedenta. Vinte vezes cá e lá. Cem mil viagens à Lua. O sangue nos pés descalços. Mas a flor aprumada já dava cheiro no ar. E como se fosse um carvalho, deitava sombra no chão. O menino adormeceu debaixo da flor. Passaram as horas, e os pais, como é costume nestes casos, começaram a afligir-se muito. Saiu toda a família e mais vizinhos à busca do menino perdido. E não o acharam.

Correram tudo, já em lágrimas tantas, e era quase sol-pôr quando levantaram os olhos e viram ao longe uma flor enorme que ninguém se lembrava que estivesse ali. Foram todos de carreira, subiram a colina e deram com o menino adormecido. Sobre ele, resguardando-o do fresco da tarde, estava uma grande pétala perfumada, com todas as cores do arco-íris.

Este menino foi levado para casa, rodeado de todo o respeito, como obra de milagre. 

Quando depois passava pelas ruas, as pessoas diziam que ele saíra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do que o seu tamanho e do que todos os tamanhos. E essa é a moral da história.

Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de não saber escrever histórias para crianças. Mas ao menos ficaram sabendo como a história seria, e poderão contá-la doutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas, e talvez mais tarde venham a saber escrever histórias para crianças…

Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história, escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?...

E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?

Disponível em:

http://www.slideshare.net/bibliotecaesas/a-maior-flor-do-mundo-3473261

 

IV. ANÁLISE DE CONTO

 

O professor deverá discutir com os alunos  as questões  seguintes sobre o conto. A seguir, eles deverão respondê-las  no K-word.

1. Nessa história, o autor se coloca como narrador, posicionando-se logo na abertura do texto.  O que ele esclarece ao leitor?

2. O autor/ narrador  aparece logo nas primeira cenas. Descreva- o.

3.  O escritor/ narrador inventou uma história, mas  se lamenta tentando convencer o leitor de que não tem qualidades adequadas para contá-la:

Na história que eu quis escrever, mas não escrevi, havia uma aldeia. (Agora vão começar a aparecer algumas palavras difíceis, mas, quem não souber, deve ir ver no dicionário ou perguntar ao professor.)

  • Nesse caso, pode-se dizer que o leitor está diante de um narrador convencional? Justifique sua resposta.

4. Observe esta passagem:

Não se temam, porém, aqueles que fora das cidades não concebem histórias nem sequer infantis: o meu herói menino tem as suas aventuras aprazadas fora da sossegada terra onde vivem os pais, suponho que uma irmã, talvez um resto de avós, e uma parentela misturada de que não há notícia.

  • Pode-se inferir que um menino será o herói e a personagem principal da história? Comente.
  • O que o menino faz para se tornar um herói?

5.  Na passagem:

Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de não saber escrever histórias para crianças. Mas ao menos ficaram sabendo como a história seria, e poderão contá-la doutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas, e talvez mais tarde venham a saber escrever histórias para crianças…

Pode-se inferir, nesta passagem que, sendo a tradição narrativa uma atividade humana, nesse caso, a história não acabou, mas continua na imaginação e atitudes que o leitor tomará a partir da leitura?  Comente.

6. No final, o autor/narrador faz um convite ao leitor. Que convite é esse?

7. No gênero conto, predomina a sequência discursiva narrativa que se organiza em situação inicial de equilíbrio, complicaçãoresolução.

Identifique  no conto “A maior flor do mundo” cada um desses momentos.

8. No conto, em geral, as ações ou fatos são organizados em uma sequência temporal e causal.  Assinale (V) ou (F), conforme as afirmativas seguintes sejam verdadeiras ou falsas

(  ) A sequência das ações no filme relaciona-se às imagens. O espectador é colocado diante da ação, a uma distância muito próxima dos acontecimentos, por meio de imagens. As informações transmitidas ao espectador limitam-se ao que ele vê e ouve, ao que as personagens fazem ou falam, com apenas eventuais e breves intervenções (verbais, visuais ou audiovisuais), amarrando os acontecimentos. Cabe ao espectador deduzir as significações, a partir daquilo que lhe é apresentado.

(  ) Em uma narrativa, os fatos vividos por personagens são ordenados em uma sequência lógica e temporal, por isso os gêneros dessa ordem caracterizam-se  pelo emprego de verbos de ação que indicam a movimentação das personagens no tempo e no espaço.

(  ) No texto escrito, o mundo narrado é marcado principalmente pelo pretérito perfeito, denotando um distanciamento do narrador em relação ao que é contado, como na passagem abaixo:

Ó que feliz ia o menino! Andou, andou, foram rareando as árvores, e agora havia uma charneca rasa, de mato ralo e seco, e no meio dela uma inóspita colina redonda como uma tigela voltada. Deu-se o menino ao trabalho de subir a encosta, e quando chegou lá acima, que viu ele? Nem a sorte nem a morte, nem as tábuas do destino… Era só uma flor. Mas tão caída, tão murcha, que o menino se achegou, de cansado.

(  ) O mundo comentado indica uma relação de proximidade com o que se diz e é marcado no texto pelo verbos no presente, pretérito imperfeito e pelo discurso direto. As passagens abaixo exemplificam essa afirmação:

O rio fazia um desvio grande, afastava-se, e de rio ele estava já um pouco farto, tanto que o via desde que nascera.

 Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de não saber escrever histórias para crianças.

9. Observe a ocorrência das formas verbais empregadas no conto, discriminando-as no quadro abaixo, conforme o tempo em que estejam flexionados.

 

Presente

Pretérito perfeito

Pretérito imperfeito

Pretérito

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Observe o resultado obtido com esse levantamento e responda:

a. Dentre as ocorrências verbais, qual é o tempo predominante?

b. Qual a relação do pretérito  perfeito  com a progressão,  com a sucessão dos fatos ou ações,  na narração?

c. Qual é tempo verbal predominante nas passagens descritivas, isto é, no mundo comentado? Exemplifique com passagens do texto.

 V. A partir da realização destas atividades, os alunos em grupo, mediados pelo professor, estarão prontos para elaborarem o questionário para responder às perguntas de pesquisa.

1. Conto analisado:

2. Dados do autor:

3. Identifique no conto analisado:

a.Os elementos da estrutura narrativa:

  • personagens;
  • espaço em que se passa a ação;
  • tempo em que a ação se passa;
  • ações/ enredo;
  • narrador.

b. Os momentos da narrativa:

  • situação inicial;
  • conflito;
  • clímax;
  • desfecho.

4. Foco narrativo.

O narrador do conto caracteriza-se como:

(   ) narrador-observador       (   ) narrador-personagem

Justifique com passagens do texto: que marcas linguísticas comprovam a escolha acima?

5.  Exemplifique com passagens do texto as afirmações abaixo.

a. O mundo narrado é marcado principalmente pelo pretérito perfeito, denotando um distanciamento do narrador em relação ao que é contado, como na passagem abaixo.

b. Na sucessão dos enunciados da estrutura narrativa sempre ocorre uma mudança, uma transformação de estado, isto é, observa-se que no texto narrativo ocorrem enunciados de estado e enunciados de ação, os quais fazem acontecer mudanças que dão origem a novas enunciados, novos estados.

c. O mundo comentado indica uma relação de proximidade com o que se diz e é marcado no texto pelo verbos no presente, pretérito imperfeito e pelo discurso direto.

5. Em uma narração, o produtor se coloca na perspectiva do fazer ou acontecer inserido no tempo. O objetivo é contar o que aconteceu, dizer os fatos ou os acontecimentos, constituindo episódios, ordenados no tempo do mundo real. Nessa perspectiva, na formulação linguística dos gêneros dessa ordem, verificam-se comumente as formas verbais do pretérito.

Faça um levantamento das formas verbais empregadas no conto, discriminando-as no quadro abaixo, conforme o tempo em  que estejam flexionados.

 

Presente

Pretérito perfeito

Pretérito imperfeito

Pretérito

 

 

 

 

 

 

 

 

Analise o resultado obtido com o levantamento feito  e responda:

a. Dentre as ocorrências verbais, qual é o tempo predominante?

b. Qual a relação do pretérito  perfeito  com a progressão,  com a sucessão dos fatos ou ações  no narração?

c. Qual é tempo verbal predominante nas passagens descritivas, isto é, no mundo comentado? Exemplifique com passagens do texto.

6. Além da marcação de tempo feita pelos verbos, verifique se há, no conto analisado, o emprego de outros recursos, tais como: datas; conectores de valor temporal; preposições ou locuções prepositivas (após, antes de, depois de, etc); advérbios e adjuntos adverbiais de tempo; nomes (substantivos e adjetivos) indicadores de tempo: dia, mês, semana, ano, década, etc.

7. Discuta com seus colegas e responda:

a. Pode-se afirmar que, no conto analisado, o pretérito perfeito é utilizado para expressar um evento ocorrido e consumado no passado, ou seja, ele fornece a informação principal da narrativa.? Comente.

b. O pretérito imperfeito encerra uma ação de continuidade ou a repetitividade de ações. Seria por tal  característica que esse tempo verbal se presta a descrever as personagens, as ações comportamentais, os locais e os quadros temporais em que se inscrevem os fatos narrados no passado? Comente.

 Atividade 3

Terceira etapa:  aplicação e tabulação dos dados coletados.

Nesta etapa, os alunos deverão realizar análise dos contos selecionados, respondendo  ao questionário já elaborado.

Atividade 4

Quarta etapa: finalização do projeto

Nesta etapa, os alunos devem elaborar  um relatório, contendo a síntese dos estudos realizados e buscando responder às perguntas  de pesquisa, anteriormente estabelecidas, quais sejam:

(1) Qual é a função dos verbos e do tempo verbal na construção de gêneros discursivos da ordem do narrar?

(2) Como se dá a sequência lógico-temporal das ações na narrativa?

A seguir, o grupo deverá montar uma apresentação  do projeto desenvolvido para  ser exposta, no K-word, aos colegas e professor.

Recursos Complementares

1. Para ampliação dos estudos, os alunos poderão assistir aos vídeos seguintes, sobre contos:

A menina que sonhava em ter  a lua. Conto de Bartolomeu Campos Queirós.

Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=KhFukhlZVAA&feature=related

Felicidade clandestina de Clarice Lispector por Aracy Balabanian.

http://www.youtube.com/watch?v=mbSMwUNjwtE&feature=related

2. Para rever os elementos da  narrativa, os alunos poderão assistir ao vídeo:

Redação. Elementos da narrativa.

Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=2czWvybvTAk&feature=related

Elementos da narrativa. Redação.Vestibulando digital (aula 04)

Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=EitNX9x7sMc&feature=related

Avaliação

Ao final das atividades, os alunos deverão refletir sobre as ações bem-sucedidas, as dificuldades encontradas, os conhecimentos adquiridos referentes ao tema abordado no projeto de pesquisa. Para a avaliação formal,  orientados pelo professor, os alunos deverão montar um portfólio, contendo todos os materiais  planejados, coletados, pesquisados e analisados e ainda o relatório das atividades desenvolvidas.

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